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Pereira (2015), cita em seu texto que a Arte na contemporaneidade tem a função
de criar conexões com o cotidiano e com a vida, mas, ainda assim, muitas vezes ela
deixa de lado a relação com as pessoas, fazendo com que os trabalhos artísticos se
tornem passivos ao não permitir a presença de outros participantes nos processos de
criação. Atendendo aos desdobramentos que o projeto pedia, e buscando sua
potencialização, a artista repensou sua proposta como algo que poderia ser realizado
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De acordo com a autora, a expressão Cartografias Afetivas, em itálico e com iniciais maiúsculas, refere-
se ao nome do projeto. A mesma expressão, escrita em minúsculas e sem itálico, refere-se aos trabalhos
caracterizados como cartografias.
por meio da participação de outras pessoas. Mais tarde, seguindo a sugestão de uma
das participantes de sua banca de qualificação da mestrado, este se tornou o tema de
sua investigação referente à sua pesquisa de doutorado, tendo como problematização,
e foco principal, a construção de cartografias de forma coletiva. Juliana mostra em sua
obra que foi Influenciada por Ítalo Calvino, por meio da possibilidade de uma produção
que fosse idealizada fora do self (CALVINO, 1990, apud PEREIRA, 2015, p. 45), e
também pelo o artista e professor Joseph Beuys, que difundiu suas ideias sobre a arte
entrelaçada com o ensino, através de suas propostas de extensão da Arte à vida
(DAVOSSA, 2010, apud PEREIRA, 2015, p. 45).
Referências:
CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio. 3ª Ed. Tradução: Ivo
Barroso. São Paulo, Companhia das Letras, 1990. In: PEREIRA, Juliana Cristina.
Cartografias afetivas: paisagens/passagens. In: GUIMARÃES, Leandro Belinaso et al
(Org.). Ecologias Inventivas: Experiências das/nas paisagens. Curitiba: Editora Crv,
2015. Cap. 4. p. 45-55.