Chamamos matéria a tudo que tem massa, ocupa lugar no espaço e pode,
portanto, de alguma forma, ser medido. Por exemplo: madeira, alumínio, ferro, ar, etc.
Corpo é uma porção limitada da matéria e objeto é um corpo fabricado para um
determinado fim. Resumindo, podemos dizer que o ferro é matéria, uma barra de ferro é
um corpo e um portão de ferro é um objeto.
Propriedades Gerais:
São comuns a toda e qualquer espécie de matéria, independentemente da
substância de que ela é feita. As principais são: massa, extensão, impenetrabilidade,
divisibilidade, compressibilidade e elasticidade.
• Massa
Todos os corpos possuem massa.
• Extensão
Todos os corpos ocupam lugar no espaço.
• Impenetrabilidade
Dois corpos não ocupam, ao mesmo tempo, um mesmo lugar no espaço.
• Divisibilidade
Os corpos podem ser divididos em partes cada vez menores.
• Compressibilidade
Os corpos possuem a propriedade de poder diminuir de tamanho, sob a ação de
forças externas.
• Elasticidade
Os corpos possuem a propriedade de voltar à forma e volume originais, cessada
a causa que os deformou.
Propriedades Específicas:
Propriedades Funcionais:
1
São propriedades observadas somente em determinados grupos de matéria. Esses
grupos são chamados funções químicas, e as principais são: ácidos, bases, sais e óxidos
que serão estudados oportunamente.
Substâncias e Misturas:
2
Mistura é qualquer sistema formado de duas ou mais substâncias puras,
denominadas componentes. Pode ser homogênea ou heterogênea, conforme apresente
ou não as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão em que seja
examinada.
Toda mistura homogênea é uma solução, por definição.
HETEROGÊNEAS
I - SÓLIDO - SÓLIDO
3
i) Sublimação: é usada quando um dos sólidos, por aquecimento, se sublima
(passa para vapor), e o outro permanece sólido. Exemplo: sal e iodo ou areia e iodo (o
iodo se sublima por aquecimento).
Obs.: As principais substâncias que podem ser separadas por sublimação são: o
iodo, o enxofre e a naftalina (naftaleno).
MISTURA HOMOGÊNEA
I- SÓLIDO - LÍQUIDO
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Nas misturas homogêneas sólido-líquido (soluções), o componente sólido
encontra-se totalmente dissolvido no líquido, o que impede as sua separação por
filtração. A maneira mais comum de separar os componentes desse tipo de mistura está
relacionada com as diferenças nos seus pontos de ebulição (PE). Isto pode ser feito de
duas maneiras:
Obs.: A entrada de água corrente no condensador deve ser feita pela parte
inferior do aparelho para permitir que seu tubo externo esteja sempre completamente
preenchido por água fria, que irá sair pela parte superior.
II - LIQUIDO - LÍQUIDO
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a) Liquefação fracionada: a mistura de gases passa por um processo de
liquefação e, posteriormente, pela destilação fracionada.
Obs.: Uma aplicação desse processo consiste na separação dos componentes do ar
atmosférico: N2 e O2. Após a liquefação do ar, a mistura líquida é destilada e o primeiro
componente a ser obtido é o N2, pois apresenta menor PE (-195,8 ° C); posteriormente,
obtém-se o O2, que possui maior PE (-183 ° C).
b) Adsorção: Consiste na retenção superficial de gases.
Algumas substâncias, tais como o carvão ativo, têm a propriedade de reter, na
sua superfície, substâncias no estado gasoso. Uma das principais aplicações da adsorção
são as máscaras contra gases venenosos.
Podemos entender fenômeno com sendo qualquer mudança que acorre nos
corpos, causadas por agentes químicos ou físicos, pode ser também qualquer mudança
que aconteça no universo.
Fenômeno Físico
Exemplo:
Fenômeno Químico
6
O fenômeno químico altera a composição natural do material, fazendo surgir no
mínimo uma nova substância.
Exemplo:
7
2º Bimestre
Lei de Lavoisier:
Essa lei também pode ser enunciada pela famosa frase: "Na Natureza nada se
cria e nada se perde, tudo se transforma".
8
Lei de Proust:
Por exemplo:
A lei de Proust pode ser comprovada, por exemplo, se usarmos a água, para
isso será necessário que:
- recolher amostras de água de várias procedências, por exemplo, da chuva, de rios etc
Proporção 1 : 8
9
Modelos atômicos:
Thomson (1.897)
(métodos experimentais)
O pudim é toda a esfera positiva (em azul) e as passas são os elétrons (em amarelo), de
carga negativa.
Rutherford (1911)
(métodos experimentais)
10
Rutherford e seus colaboradores verificaram que, para aproximadamente cada
10.000 partículas alfa que incidiam na lâmina de ouro, apenas uma (1) era desviada ou
refletida. Com isso, concluíram que o raio do átomo era 10.000 vezes maior que o raio
do núcleo. Comparando, se o núcleo de um átomo tivesse o tamanho de uma azeitona, o
átomo teria o tamanho do estádio do Morumbi. Surgiu então em 1.911, o modelo do
átomo nucleado, conhecido como o modelo planetário do átomo: o átomo é
constituído por um núcleo central positivo, muito pequeno em relação ao tamanho total
do átomo, porém com grande massa e ao seu redor, localizam-se os elétrons com carga
negativa (compondo a "enorme" eletrosfera) e com pequena massa, que neutraliza o
átomo.
Bohr (1.913)
(métodos experimentais)
11
pula para outra órbita mais afastada do núcleo. Pode ocorrer no elétron a perda de
energia por irradiação, e sendo assim, o elétron cai para uma órbita mais próxima do
núcleo. Todavia o elétron não pode ficar entre duas órbitas definidas, específicas, pois
essa não seria uma órbita estável (órbita não específica). Conclui-se então que: quanto
maior a energia do elétron, mais afastado ele está do núcleo. Em outras palavras: um
elétron só pode estar em movimento ao redor do núcleo se estiver em órbitas
específicas, definidas, e não se encontra em movimento ao redor do núcleo em
quaisquer órbitas.
As órbitas permitidas constituem os níveis de energia do átomo (camadas K L
M N...).
A = P + N ou A = Z + N
Exemplos:
23
11Na1+ = perdeu 1 elétron
35
17Cl1- = ganhou 1 elétron
Exemplos:
12
16
8 O2- = ganhou 2 elétrons
35
17 Cl1- = ganhou 1 elétron
Exemplo:
1
1 H = Prótio ou hidrogênio leve
2
1 H = Deutério
3
1 H = Trítio
Exemplo:
19
40 K e 4020Ca
Exemplo:
37
17 Cl e 4020Ca
Exemplo:
Número de nêutrons:
13
Para encontrar a quantidade de nêutrons presentes em um átomo, é feita a
subtração entre o número de massa (A) e o número atômico (Z).
Calculando o número de nêutrons do átomo de Cálcio (Ca):
Ca:
Massa (A) = 40
Número atômico = 20
Número de nêutrons → n = A – Z
n = 40 – 20
n = 20
Formação de íons:
Como o próprio nome já diz a ligação iônica ocorre com a formação de íons. A
atração entre os átomos que formam o composto é de origem eletrostática. Sempre um
dos átomos perde elétrons, enquanto o outro recebe. O átomo mais eletronegativo
arranca os elétrons do de menor eletronegatividade. Ocorre entre metais e não metais e
entre metais e hidrogênio.
14
3º Bimestre
Tabela periódica:
- Metais: 87 elementos: são elementos sólidos (exceto o mercúrio); em geral duros; têm
a propriedade de refletir a luz, manifestando brilho característico (denominado “brilho
metálico”); densos; de altos pontos de fusão e de ebulição; apresentam alta
condutividade elétrica e térmica; ductibilidade, que é a capacidade de serem
transformados facilmente em fios; maleabilidade, facilmente transformados em lâmina;
quanto aos sólidos, perdem facilmente elétrons dando origem a íons positivos (cátions).
15
- Não-Metais (ametais): 11 elementos: apresentam propriedades opostas às dos metais,
ou seja: são maus condutores de calor e eletricidade; em geral são opacos e não
apresentam brilho, não são dúcteis e nem maleáveis e têm tendência a ganhar elétrons,
transformando-se em íons negativos (ânions).
16
elétrons dos níveis mais próximos do núcleo exercem um efeito isolante entre o núcleo
e os elétrons mais periféricos. Com isso, o poder de atração do núcleo diminui muito, e
os elétrons mais externos tendem a ficar mais espalhados.
Num período, os raios diminuem da esquerda para a direita, pois aumenta o
número de prótons e consequentemente, aumenta a atração núcleo-elétrons e o átomo
encolhe. O efeito isolante nos períodos também se manifesta, mas é de dimensão bem
menor do que o que existe nas famílias, pois neles não aumenta o número de níveis
eletrônicos.
• Carga do núcleo atômico (número atômico): quanto mais prótons no núcleo, maior a
atração deste sobre os elétrons. (Este fator justifica plenamente o aumento de potencial
nos períodos quando se vai da esquerda para a direita).
• Raio atômico: quando diminui, os elétrons mais externos ficam mais próximos do
núcleo, que assim os segura mais firmemente; quando aumenta, ocorre o contrário.
(Este fator justifica o aumento de potencial nos períodos quando se vai da esquerda para
a direita e explica o aumento do potencial nas famílias, quando as percorremos de baixo
para cima).
• Repulsão entre os próprios elétrons: quanto mais os elétrons, maior a repulsão entre
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eles e mais facilmente são retirados. (Este fator, associado à blindagem, explica a
variação nos grupos).
K 1 s2
L 2 s1 2p
M 3s 3p 3d
Observe que foram ocupados apenas dois subníveis: K e L. Dizemos então, que
o Lítio pertence ao período 2 porque a distribuição eletrônica foi até a camada 2.
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4º Bimestre
Ligações químicas:
Exemplos:
a) 19K:1s22s22p63s23p64s1
19 K1+:1s22s22p63s2p6
b)20Ca:1s22s22p63s23p64s2
20 Ca2+:1s22s22p63s23p6
Exemplos:
a)16S:1s22s22p63s23p4
16 S2–:1s22s22p63s23p6
b)9F:1s22s22p5
9F-:1s22s22p6
Apesar de estar na família 1A, o hidrogênio não é um metal, ou seja, não possui
tendência de perder o seu único elétron. Na verdade, o átomo de hidrogênio tende a
receber um elétron, ficando, assim, com configuração eletrônica igual à do gás nobre
hélio. Como a perda de um elétron originaria um sistema sem elétrons, lembrando que o
íon H+ não é estável no estado isolado.
Observe:
19
Cloreto de potássio
Potássio: Z = 19
K L M N
2 8 8 1
Cloro: Z = 17
K L M
2 8 7
Esses pontos em volta dos símbolos são a representação dos elétrons da valência.
Observe como e possível alcançar a fórmula de um composto iônico:
O: Z = 8
K L
2 6
Al: Z = 13
K L M
2 8 3
20
Fórmula: Al2 O3
Observe:
Através da ilustração
acima, podemos perceber que ambos (oxigênio e enxofre), possuem 6 elétrons de
valência cada um. A ilustração nos mostra também que 1 átomo de enxofre se junta com
um se oxigênio, através de dois pares eletrônicos simples.
Molécula de enxofre – S8
21
Ele é formado por um anel de oito átomos de enxofre, no qual, onde cada um
realiza 2 ligações simples. Observe abaixo a molécula S8, vista de dois ângulos
diferentes.
Vejamos a resolução:
Onde:
22
Para ficar com 8 elétrons na camada de valência, é necessário que A faça 3 pares
eletrônicos, já o B é necessário fazer apenas 1 par eletrônico, sendo assim a fórmula
ficaria assim: AB3
A ligação metálica com relação ao sólido é correto dizer que os átomos ficam
bem perto um dos outros, porém organizados variadamente.
Podemos dizer que existe uma espécie de nuvem no retículo cristalino metálico,
formada por íons positivos com ipedlink1ao redor e orbitais que passam uns pelos
outros.
Ligas metálicas
As ligas metálicas são compostas por dois ou mais metais, e pode conter também
elementos não metálicos, porém a maior quantidade desses elementos deve ser metálica.
Para formar uma liga é necessário fundir os metais, para que eles atinjam um estado
líquido propenso para serem misturados.
23
Latão— constituído por Cu (cobre) e Zn (zinco).
Número de oxidação:
Para saber qual é o NOX de um átomo dentro de uma molécula, devemos seguir
algumas regras:
Forças intermoleculares:
Forças intermoleculares
Essas forças podem ser divididas em dois tipos: forças de Van der Waals e
Ponte de Hidrogênio.
24
Forças de Van der Waals
Exemplo:
25
Ligações de Hidrogênio ou Pontes de Hidrogênio: O átomo de hidrogênio tem
propriedades especiais por ser um átomo muito pequeno, sem elétrons no interior: por
dentro da camada de valência há apenas o núcleo do átomo, o próton. Uma das
propriedades que só o átomo de hidrogênio apresenta é a capacidade de exercer uma
força de atração intermolecular chamada ligação de hidrogênio, ou ponte de
hidrogênio. A ligação de hidrogênio só pode ocorrer quando o hidrogênio estiver ligado
a um átomo pequeno e muito eletronegativo: apenas F, O, N satisfaz as condições
necessárias. Quando o hidrogênio está ligado a um átomo muito eletronegativo, a
densidade eletrônica em torno do próton fica bem baixa; esta parte da molécula é então
fortemente atraída pelos pares de elétrons do F, O, N de outra molécula, estabelecendo a
ligação de hidrogênio.
Exemplo:
26