Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA


Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica
Disciplina: FEMEC43073 - MEF

CAPÍTULO 05

Análise Dinâmica de Placas Finas em Flexão pelo


Método dos Elementos Finitos

Prof. Antonio Marcos G. de Lima


amglima@ufu.br

2020/1o Per. Esp.


01
5.1. Introdução
Vamos obter as equações do movimento da placa fina mostrada abaixo.

Hipósteses:

1 – Placa fina, homogênea e isotrópica


2 – Estado plano de tensões

02
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

 Caracterização dos campos de deslocamentos – Caso do plano xz

u
tgθ y ≈ θ y =
z

u ( x, y, z ) = zθ y ( x, y )
Similarmente,

v ( x, y, z ) = zθ x ( x, y )
w ( x, y , z ) = w ( x, y )
(1)

03
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

 Energia de deformação - caracterização do Estado de Tensão

1 ν 0  εx 
Estado Plano
{ }
σ =
E 
ν 1  ε 
 x 
de Tensão 2 
0 (2)
(EPT) 1 −ν
 0 0 (1 −ν ) 2  γ 
 xy  04
5.2. Problema de uma placa fina em flexão
Da expressão da energia de deformação para corpos elásticos, tem-se:

1 ν 0  εx 
γ xy } ν 1   ε  dV
2 ∫∫∫ { x
1 1 E
U = ∫∫∫ {ε } {σ } dV = ε εy
T

 y 
0
2V 21 −ν V 
 0 0 (1 −ν ) 2  γ 
  (3)
xy

1 E ε 2 + ε 2 + 2νε ε + 1 −ν γ 2  dV
U ∫∫∫ x (4)
21 −ν 2 V 
xy 

y x y
2
 Relações deformações-deslocamentos – Teoria da Elasticidade
θ
 y

∂u ∂θ y ∂u ∂w ∂w
εx = =z γ= + =0 ⇒ θy =

∂x ∂x ∂z ∂x ∂x
xz

θ
 x

(5)
∂v ∂θ x ∂v ∂w ∂w
εy = = z γ= + =0 ⇒ θx =

∂y ∂y yz
∂z ∂y ∂y
∂w ∂u ∂v ∂θ y ∂θ x ∂2w
εz = =0 γ= + =
z +z =
−2 z
∂z ∂y ∂x ∂y ∂x ∂x∂y
xy
05
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

Portanto, o EPT da placa é função do campo de deslocamento transversal:

∂2w ∂2w ∂2w (6)


ε x = −z 2 ε y = −z 2 γ xy = −2 z
∂x ∂y ∂x∂y
Introduzindo a Eq. (6) na Eq. (4), tem-se:

  ∂2w  
2 2
∂  ∂2w  ∂2w ∂2w
2
 
2
1 E w
U 2 ∫∫∫
z  2  +  2  + 2ν 2
2
+ 2 (1 −ν )    dV (7)
21 −ν V  ∂x   ∂y  ∂x ∂y 2
 ∂x∂y  

h 2
Como, ∫ z dz = h 12
2 3

−h 2

D  ∂ 2 w   ∂ 2 w   ∂2w  
2 2
∂2w ∂2w
2

U ∫∫  2  +  2  + 2ν 2 + 2 (1 −ν )    dxdy (8)
2 xy  ∂x   ∂y  ∂x ∂y 2
 ∂x∂y  
Eh3
onde, D=
12 (1 −ν 2 )
06
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

 Energia cinética

ρ
2 2
   dw 
3
1 dw 1 h
T = ∫∫∫ ρ   dV = ∫∫   dxdy (9)
2 V  dt  2 12 xy  dt 
 Discretização das energias via MEF

07
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

Vetor dos gdls elementar

{u } =  w
(e)
θ θ θ θ θ θ θ θ 
k k k l l l m m m n n n T
i x y
w x y
w x y
w x y
(10)

Note que uma vez conhecido, w, de um ponto qualquer da placa, pode-se determinar
suas energias via Eqs. (8) e (9). Portanto, como não se conhece este campo, ele será
aproximado da seguinte forma:

 ( x, y ) =c1 + c2 x + c3 y +
w ou
+ c4 x 2 + c5 xy + c6 y 2 +  ( x, y ) = [ P ( x, y )]{c}
w (11a)
+ c7 x 3 + c8 x 2 y + c9 xy 2 + c10 y 3 +
+ c11 x 3 y + c12 xy 3

onde, [ P ( x, y )] = 1 x y x 2
xy y 2 x 3 x 2 y xy 2 y 3 x 3 y xy 3 

{c} = {c1 c2 c3 c12 }


T

08
5.2. Problema de uma placa fina em flexão
Das Eqs. (5), pode-se obter as Rotações da forma:

θx ( x, y ) =  − Py ( x, y )  {c} (11b)

θy ( x, y ) = [ − P ( x, y )]{c}
x (11c)

Portanto, temos as aproximações do deslocamento e das rotações de forma matricial:

w ( x, y )   P ( x, y ) 
    {c} =
θ
 x ( x , y ) = −
  y P ( x , y )  [ A ( x, y )]{c} (12)
θ ( x, y )   − P ( x, y ) 
 y   x 
O próximo passo é avaliar a Eq. (12) para as condições de contorno nodais:

wk
 a b   k    a b 
Nó k  − , −  ⇒ θ x =  A  − , −   {c} = [ Ak ]{c} (13a)
 2 2 θ k    2 2  
 y
09
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

wl
 a b  l    a b 
Nó l  , −  ⇒ θ x=   A  , −   {c} = [ Al ]{c} (13b)
 2 2 θ l    2 2  
 y
wm
    a b 
Nó m  ,  ⇒ θxm  =
a b
 A  ,   {c} = [ Am ]{c} (13c)
 2 2 θ m    2 2  
 y 
wn
   a b 
Nó n  − ,  ⇒ θxn  = A  − ,   {c} = [ An ]{c}
a b
(13d)
 2 2 θ n    2 2  
 y
Portanto, deve-se associar as equações (13) para a obtenção do vetor dos graus de
liberdade do elemento finito de placa.

10
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

w  
k

θ k 
 x 
θyk 
 l
w  
 θxl   Ak 
 l   
 θ y   Al 
{ } {} [ ] { i }
−1 (e)
 m = c ⇒ c = A u (14)
w    Am 
θxm   An 
 m 
θ y 
w  n  Introduzindo (14) na (11a), tem-se a aproximação em MEF do campo de
  n  deslocamento transversal como sendo uma combinação linear das funções
 θ x  de forma e dos gdls do elemento:
 θyn 
   H ( x,y)
 
 ( x, y ) = [ P ( x, y )][ A] {ui( e ) }
−1
w (15)
11
5.2. Problema de uma placa fina em flexão

Introduzindo (15) em (8) e (9), tem-se as matrizes de massa e rigidez elementares:

1 (e) T 
{ui } D  ∫∫ [ H xx ] [ H xx ] dxdy + ∫∫  H yy   H yy  dxdy +
T T
U
2  xy xy

+2ν ∫∫ [ H xx ]  H yy  dxdy + 2 (1 −ν ) ∫∫  H xy   H xy  dxdy {ui( e ) }


T T

xy xy 

U = {ui }  K i( e )  {ui( e ) }
1 (e) T (16a)
2

1 ( e) T  ρ h3  (e)
T = {ui }  ∫∫ [ H ] [ H ] dxdy {ui }
T

2  12 xy 

T = {ui }  M i( e )  {ui( e ) }
1 (e) T (16b)
2
Como no caso da viga, das energias, pode-se aplicar as Equações de Lagrange para
obter as equações do movimento do sistema a nível elementar.
12
5.3. Exemplo

Exercício 01: Análise dinâmica de uma placa fina em flexão

13

Você também pode gostar