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FORTALEZA
2018
DIMAS ABREU FURTADO
FORTALEZA
2018
DIMAS ABREU FURTADO
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. Hugo Osvaldo Acosta Reinaldo. (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Prof. Dr. Luiz Carlos Murakami
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Profª. Drª. Márcia Zabdiele Moreira
Universidade Federal do Ceará (UFC)
A Deus.
Aos meus pais, irmão, amigos e
familiares.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 12
2 PROCESSO DE VENDAS NO MERCADO BUSINESS TO BUSINESS 15
2.1 Vendas – evolução ao modelo de vendas complexas........................ 15
2.2 Mercado Business to Business (B2B)................................................. 19
2.3 Os processos nas vendas..................................................................... 21
3 METODOLOGIA...................................................................................... 30
3.1 Estudo de Caso...................................................................................... 31
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................... 33
4.1 Entrevista com a Gomes de Matos Consultores Associados........... 34
4.2 Entrevista com o Supermercado.......................................................... 39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 44
REFERÊNCIAS....................................................................................... 46
APÊNDICE A – TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA COM A 48
CONSULTORIA ......................................................................................
APÊNDICE B – TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA COM O 59
SUPERMERCADO .................................................................................
12
1 INTRODUÇÃO
Segundo Ramper (2018), mercado B2B são empresas que fazem negócio
com outras empresas, figurando como cliente e fornecedor, sendo que esses
negócios podem ser produto ou serviço. Por exemplo:
20
define, ainda segundo o autor, “processo de negócio” como, “trabalho que entrega
valor aos clientes”.
Segundo Rackham e DeVincentis (2007), a visão de processos de vendas
como criação de valor para o cliente pode apresentar uma ideia contra intuitiva. A
maioria das empresas ainda vê a atividade de vendas como provedoras de valor
para a organização e não para o cliente.
Rackham e DeVincentis (2007 p.212) apresentam uma analogia do
processo de vendas complexas com um processo de manufatura:
quais atividades executar para uma maior probabilidade de sucesso. Ainda segundo
o autor, o processo de compra complexa ou B2B pode ser dividido em três fases, a
saber:
a) Conscientização das necessidades: Toda compra começa com a
ativação de uma necessidade. Inicialmente essa necessidade se
mostra confusa e surge por força de algum evento externo, (por
exemplo, um feedback negativo do cliente sobre um serviço prestado
pela empresa). A preocupação com essa necessidade se intensifica até
que seja construído a imagem de uma solução, visualizando assim o
que precisa ser feito para sanar o problema - se essa imagem for
construída a compra segue para a próxima etapa, caso não, ela voltará
a ser uma necessidade latente e só virá novamente à tona quanto outro
fato externo a expuser. Alcançado o entendimento sobre a necessidade
e construída a imagem da solução, a preocupação que inicialmente
estava focada no problema passa agora para a busca de uma solução
viável.
b) Avaliação das soluções: Nesse momento, aciona-se na empresa um
processo denominado divergência, que implica buscar informações,
compará-las e descartar as que não são adequadas à situação e às
necessidades avaliadas. A empresa busca achar nas soluções
existentes no mercado a que melhor se adequa a imagem que já foi
criada na fase anterior e que esteja dentro do orçamento
disponibilizado para tal compra. Ao final do processo de divergência a
empresa terá coletado uma série de informações e, finalmente, saberá
de quem deseja comprar. A empresa está pronta para tomar uma
decisão, prestes a entrar na última fase do processo de compra.
c) A tomada de decisão: Ao finalizar a avaliação das soluções disponíveis
para uma necessidade específica e decidindo qual solução comprar,
duas preocupações se intensificam: o risco da tomada de decisão e o
fato de estar realmente pagando o melhor preço pela compra. Essa
fase pode ser rápida ou demorar algum tempo, dependendo do estilo
de compra de cada empresa e do grau de meticulosidade com que o
processo de análise foi conduzido pelo vendedor.
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3 METODOLOGIA
estabelecido afim de confrontar as práticas postas na teoria versus o que era posto
pelos líderes de ambas as empresas.
Assim como no
processo de compra,
Prospecção;
Processo de Venda: no processo de venda
Qualificação;
Prospecção; a teoria não prevê a
Apresentação; -
Qualificação; existência da
Negociação e
Fechamento. negociação. Diferente
Fechamento.
então apenas nessa
etapa.
Fonte: Elaborada pelo autor.
problema que eles querem resolver e que o consultor, ao seguir com o processo de
venda, qualifica e só então se chega a uma imagem de solução.
Questionado então sobre esse momento de qualificação e como ele
ocorre, o Diretor explica que esse processo acontece na maioria das vezes em uma
reunião presencial com o cliente em que, baseado em um formulário com perguntas
prévias sobre a necessidade inicial apresentada pelo cliente, o consultor consegue
dirigir a reunião, aprofundando no discurso do cliente e entender de fato qual a
necessidade. Além disso o entrevistado explica que é também na qualificação onde
o consultor identifica tudo que possa impactar no processo de decisão do cliente
para que a Gomes de Matos possa saber tudo que o cliente fará até a decisão.
Diante do exposto, o processo de qualificação é exatamente igual ao processo
apontado por Romeo (2009), bem como Thull (2007) ao pontuarem a necessidade
desse momento para confirmar as informações prévias passadas pelo cliente.
Ainda sobre o momento de qualificação o Diretor, questionado sobre
quem são as pessoas que participam desse momento, informa que isso depende do
tamanho da empresa e da complexidade do serviço, mas que sempre participam um
gestor e o diretor. Porém há casos em que é necessário a entrevista com mais
pessoas da equipe para saber o que está acontecendo em partes correlatas àquela
necessidade, ao passo que, em empresas pequenas, só o diretor já consegue
esclarecer bem toda a demanda. Tal evidência da necessidade da participação de
mais de uma pessoa no processo ratifica em relação a Thull (2007) uma das
características do processo de vendas complexas que é complexidade da solução
desenvolvida.
Quando questionado pelo tempo médio de duração do processo de
vendas, o Diretor informa que ele dura em média 10 dias. Algo que torna ausente
uma das características mais marcantes do processo de vendas complexas, o longo
período para compra.
No entanto ao seguir nas perguntas o Diretor informa que entre o contato
do cliente e a visita de um consultor isso pode levar 4 dias. Questionado também
sobre a finalização da compra por parte do cliente o entrevistado revela que: “[...]
nesses últimos 2 anos em virtude dessa dificuldade econômica financeira as
empresas estão fazendo um processo de cotação com dois, três fornecedores, estão
comparando escopo, né?!, estão avaliando orçamentos e aí esse processo de
negociação ele hoje tem demorado aí de 10 a 30 dias até o fechamento”. Logo, o
38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
vez, exigem esse momento. Uma hipótese possível para essa limitação é que esse
momento de negociação seja algo cultural das empesas brasileiras, uma vez que
ambas as empresas entrevistadas são nacionais e os autores que fomentam essa
teoria não são brasileiros. Contudo essa é apenas uma hipótese que carece de
aprofundamento quantitativo para chegar a sua veracidade.
Por fim, a limitação encontrada pelo presente trabalho entre a
apresentação da solução e o fechamento da compra é a presença necessária da
fase de negociação, que vai de encontro ao que se propõe a ideia de valor, processo
sistematizado de venda e alinhamento entre venda e compra. Segundo as empresas
estudadas a fase de negociação sempre será necessário e o vendedor passa então
a ter uma característica a mais na definição de vendedor consultivo, a de poder de
negociação.
Com a necessidade de aprofundamento quantitativo no trabalho e a
precariedade de estudo sobre a área de vendas o tema se excede ao aqui exposto e
finaliza como base para pesquisas futuras para a verificação da existência da etapa
de negociação no mercado B2B de outros países.
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REFERÊNCIAS
B2B STACK. 5 Tendências para o mercado B2B do Brasil (2018). Disponível em:
<http://blog.b2bstack.net/5-tendncias-para-o-mercado-b2b-do-brasil-2018/> Acesso
em 15 set. 2018.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. - 4. ed. – São Paulo:
Atlas, 2002.
SAMPAIO, Laís dos Santos. Os dois lados da moeda: uma análise B2B e B2C do
ChefsClub. 2016. 115 f. Monografia (graduação) – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Escola de Comunicação, Habilitação Publicidade e Propaganda, 2016.
envolvidos dos dois processos. Me diz aí quais são as características que vocês
mais realizam nesses consultores pra realizar a venda.
Entrevistado – O Consultor, como nós trabalhamos com soluções customizadas e a
gente vende serviço, né?!, o consultor ele precisa ter 3 grandes habilidades para
fazer uma venda. A primeira é a de saber fazer perguntas ao cliente pra identificar a
necessidade, as vezes o cliente ele diz que o problema é um mas quando você faz
uma pergunta ele termina detalhando melhor e você tem melhor condição de avaliar.
A segunda é ele saber demonstrar, é..., o nosso portfólio de serviços, né?!, ele tem
que saber fazer perguntas, tem que conhecer o portfólio de serviços da Gomes de
Matos e a terceira ele tem que ter uma capacidade de negociação, né?!, pra que ele
possa apresentar o projeto junto ao cliente e negociar os termos planejados pra
inicio de contrato.
Entrevistador – Legal. Entendi que tu me falou então que ele precisa conhecer a
empresa, tem a questão de fazer as perguntas e ter o poder de negociação. É...,
entendendo esses pontos, hoje, tu consideraria que os vendedores, eles tem que ter
uma capacidade de ser mais persuasivo, ou seja, se preocupar com o cliente,
exclusivamente com o cliente, e entender a necessidade dele; ou um vendedor que
se preocupa com a abordagem mais consultiva, que além de entender as
necessidade do cliente ele oferece aquilo que de fato se adapta e não só atende a
necessidade do cliente? Pra hoje a Gomes de Matos quais desses dois perfis é mais
interessante?
Entrevistado – A gente precisa de um consultor que tenha uma capacidade, é...,
mais ampla, né?!, então ele tem que ter uma visão sistêmica, então o cliente quer
aumentar as vendas, é..., só baixar o preço não vai aumentar as vendas, eu preciso
identificar. Então ele precisa ter uma capacidade de enxergar além da necessidade
do cliente, né?!, pra que ele possa propor um trabalho usando o conceito de visão
sistêmica.
Entrevistador – Legal. Hoje, uma... A Gomes de Matos ela trabalha dentro de um...
As vendas da Gomes de Matos se encaixam dentro do processo de venda
complexa, né?!, então dentro desse processo algumas características são mais
presentes do que em outras vendas. Da Gomes de Matos quais são as
características que tu vê mais presente nessas vendas. Por exemplo, é..., existem
umas vendas que demandam de um alto investimento, uma solução que ele precisa
ser específica, como é que... Define essas vendas, define esses produtos que vocês
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com que uma parte daquelas pessoas que estão assistindo nos procurem. Então a
gente não tem um processo ativo de busca de clientes sistematizados, mas a gente
tem uma estratégia de selecionar leads por seguimento, buscar identificar contatos
junto a nossa rede de relacionamento se alguém tem relacionamento pra aí haver
uma indicação e a gente fazer a visita. Mas existe algumas ações dentro da empresa
que contribuem para que a gente busque leads de forma ativa, não é sistematizado
mas contribui. Tem os eventos Exclusives que a gente faz, tem o Pizza com RH, tem
os Fóruns que a gente realiza, a Escola de Empresários, Escola e de Consultores e
os Cursos também são é... instrumentos para esse processo.
Entrevistador – Entendi. Você falou quando o cliente procura a Gomes de Matos.
Só pra eu entender, com base aí do que a gente levanta aí na teoria. Hoje quando os
clientes procuram a Gomes de Matos, eles já procuram por uma solução específica,
eles já vêm dizendo que é essa solução que eles querem ou eles só descrevem a
necessidade, algo que eles pensam. Como é que já vem essa imagem de solução
nos clientes que a Gomes de Matos recebe?
Entrevistado – Geralmente o cliente ele liga acreditando que tem uma demanda
específica a ser atendida. No processo de qualificação é muito comum a gente
identificar é... outras necessidades que o cliente por não ter tanto conhecimento da
ferramenta de causa e efeito, de o que é o problema e o que é causa, né?!, a
qualificação nos ajuda a especificar melhor o problema. Mas a maioria dos clientes
que nos procuram eles têm, na visão deles, uma necessidade ou duas específicas.
Nas nossas conversas a gente trabalha isso especificamente.
Entrevistador – Entendi. Legal. É, você falou muito nessa questão da qualificação
que é o grande ponto pra que a gente consiga identificar de fato qual é a demanda
do cliente. Narra pra mim como é que ocorre essa qualificação, esse momento de
levantamento da necessidade. O que é que o, no caso o consultor, precisa fazer...?
Como é que ele vai, o que é que ele usa? Narra um pouco pra mim como acontece
isso hoje aqui na Gomes de Matos.
Entrevistado – A gente tem é..., um formulário base de perguntas é... que ajudam a
identificar e a qualificar o perfil do cliente e dependendo da demanda do cliente a
gente tem algumas perguntas direcionadoras por portfólio. Então se o cliente tem
uma demanda na área comercial a gente tem um formulário que ajuda o consultor a
identificar o básico, o intermediário e o que ele tem de necessidade avançadas,
né?!, então a gente tem um formulário base de perguntas e a gente tem um
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da proposta gira em torno de uma média de 10 dias. Hoje assim que vocês recebem
o contato do cliente vocês já de direto já partir pra esse contato de qualificação ou
não há nenhum tempo entre o contato do cliente e a ida até ele não?
Entrevistado – Quando o cliente liga, dependendo da demanda, a gente vai avaliar
o consultor que tem condição de fazer aquela qualificação, então é... entre o contato
do cliente e a primeira visita aí você demorar aí de 3 a 4 dias porque a gente tem um
agendamento de trabalho semanal que é fechado. Mas entre a visita e a proposta 10
dias é suficiente. Existe as vezes um delay aí entre o contato do cliente com a
empresa e primeira visita quando a agenda do consultor e do cliente é... no primeiro
momento ela não... não... é validada.
Entrevistador – Entendi. Guilherme dentro do que eu pude ver na teoria, muitos
autores falam que o grande processo... A grande questão hoje e o ponto chave hoje
do processo de venda complexa é o que você agrega de valor para o cliente e aí
onde faz essa questão fluir. É... Tem aí no caso o Neil Rackham que ele fala do SPIN
Selling e todo aquele momento de qualificação em que ele cita que o grande ponto é
a agregação de valor. Hoje na Gomes de Matos como é que vocês consideram que
estão agregando valor para o cliente, nesse momento de venda, de processo de
venda?
Entrevistado – Acho que a gente começa a agregar valor no momento que a gente
faz uma qualificação, né?!, onde a gente faz perguntas direcionadoras, que nos
ajudam a especificar o escopo melhor e a conscientização do cliente das primeiras
grandes ações a serem realizadas. A gente agrega valor quando a gente elabora um
projeto, então a gente não elabora uma proposta comercial, a gente elabora um
projeto onde é especificado os resultados esperados, as fases, né?!, e a
dimensionamento de prazo. E a gente agrega valor quando a gente é... mostra pro
cliente que a gente entende do segmento dele e da um direcionador do que deve ser
feito para gerar resultados.
Entrevistador - Toda essa construção é o que de fato gera valor, uma vez que
vocês já entregam previamente uma solução.
Entrevistado – Isso.
Entrevistador – Guilherme um outro ponto que fica muito claro na teoria é que
dentro de... Quando você faz um processo que agrega valor e ele vai gerando
resultado para o cliente isso fica muito fácil para o cliente tomar uma decisão, uma
vez que você desde a qualificação, desde o primeiro contato você construiu essa
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solução com ele. Hoje na Gomes de Matos é... como é que se dá o passo a passo
do processo de decisão do cliente? Vocês sabem, tem ciência e sempre participam
do... do momento específico de decisão do cliente? Tu consegue mapear, vocês
entendem o que o cliente pensa e procura antes de tomar a decisão?
Entrevistado – A gente busca na qualificação identificar pra... com ele, é..., quais
são os fatores de decisivos pra ele escolher o projeto. Orçamento, prazo, expertise,
Know-how. E aí a gente busca credibilizar a Gomes de Matos, pra que naquele
processo a gente já faça a venda consultiva e ele apenas aprove o orçamento na
proposta.
Entrevistador – Entendi. Então esse passo a passo do processo de decisão mesmo
do cliente isso pode variar de acordo com o cliente e vocês conseguem levantar isso
ficar ciente disso na qualificação, não é?
Entrevistado – Isso.
Entrevistador – Um outro ponto que é muito falado ne teoria é. Você faz uma
proposta legal, você constrói um valor para o cliente, você entende o que ele precisa
e explica pra ele provando é... mostrando a solução e como isso vai agregar valor.
Mas em alguns casos a gente ainda tem uma necessidade de negociação. Alguns
autores falam que vendas é uma coisa e negociação é outra, quem vende não
negocia, tanto é que pra você negociar você precisa ter poder pra isso e o vendedor
não tem, na maioria dos casos, e isso é o que a gente encontra muito na teoria.
Você me falou varias vezes que existe uma negociação e que isso é extremamente
importante como uma característica do vendedor. Por que hoje então é necessário
ter esse momento de negociação? O que é que tem dentro desse processo de
venda que além da gente construir uma... uma... um valor para o cliente ainda é
necessário ter esse momento?
Entrevistado – O processo de venda de consultoria, como eu coloquei, ele é
complexo. Então na medida que eu estou apresentando o escopo, eu já estou
negociando com o cliente, eu estou avisando pra ele que aquela solução precisa
disso, disso e daquilo outro. Como é uma venda técnica o consultor que elabora a
proposta e que apresenta a proposta ele começa a negociação quando ele
apresenta o escopo de trabalho, onde ele pergunta ao cliente se aquele escopo
atende e ele defende o conceito, e como é uma venda técnica a negociação também
do investimento o consultor ele também tem que está apto a realizar é... a discussão
com o cliente na hora, por que sabemos que venda ela também ela tem um fato
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um serviço aí eu indiquei a rede. Por que?!. Por que lá tem um dia específico, é...,
um dia no mês que vai todos os RHs das lojas e setor pessoal vai pra lá pra fazer
um... vai pra lá passar um dia lá. Então aí ele diz - a o Dimas está vendendo um
serviço, de treinamento, tal... de pessoas, trabalha com isso e isso aí a pessoa eles
chamam conversam primeiro a gestora de RH chama aí vê que é interessante, aí
convida ele aí ele vai lá e dá uma palestra ou vai vender o produto dele lá e
geralmente fazer um trabalho lá primeiramente pra sentir – a o RH daqui o nosso
gostou desse... aí ele puxa... E as vezes assim quando todos gostam?! Então ele faz
já uma negociação pra todas as lojas contratar esse serviço.
Entrevistador – Então hoje de fato é mais empresas que vocês contratam. Tem
alguma é... limitação de tamanho? – A , a empresas só contrato empresas grandes
ou não?
Entrevistado - Não. A gente avalia muito a questão do profissional. Quem está
por... não é quem está atrás da empresa, é o quem está na frente da empresa né?!
Geralmente pelo tipo de profissional.
Entrevistador – Quando solicitam esse tipo de serviço, normalmente quando vocês
procuram esses serviços, qual o tipo de vendedor que normalmente vocês se
deparam, que está sempre a frente dessas empresas? Eles tem... Em termos de
personalidade, como é que vocês descreveriam eles? Eles são são do tipo que são
mais persuasivos, vocês sentem que são aqueles vendedores que “não, vai dar
certo vamos fechar comigo, vamos fazer desse jeito” ou você sente que ele está
interessado em de fato entender a sua real necessidade e lhe oferecer a melhor
solução.
Entrevistado - Geralmente assim, a gente encontra os... o moderado né?! e aquele
muito comercial aí gente aí a gente tem que ter muito cuidado para gente saber
diferenciar né?! Eu vou falar assim, quando eu fui contratar o serviço da Gomes
Matos, né?!, eu não conhecia o Guilherme, já conheci o Eduardo, mas quem veio
aqui foi o Guilherme, o Guilherme foi a pessoa do comercial que veio aqui. Então
assim a gente conversou... O que que me interessou quando eu soube do trabalho
da Gomes de Matos? É... que eles iam diretamente pra... pra dentro do problema
eles não... Eu sempre digo assim eles não eram uma consultoria, não é uma
consultoria que eu digo que essas consultorias já morreu, aquelas que não fecharam
ainda vão fechar, que traz receita de bolo né?! Tá aqui tu bota 500g de massa de
trigo, tu bota uma colher de margarina, tu bota mais não sei mais o quê e taí tu faz o
61
bolo e não é, então assim, o que me despertou foi isso né?! Porque minha gerente
RH já conhecia o trabalho deles e disse – Presidente eles vão para dentro mesmo,
eles vão para dentro do depósito, eles vão para portaria, então assim, isso me
despertou. Aí o Guilherme quando ele veio me vender ele foi... assim ele vendeu, e
ele vende muito bem né?! mas o que... Não foi o Guilherme que me... que me
conquistou na questão da venda dele, apesar que ele se expressa muito bem e
vende muito bem o produto dele e realmente é um produto muito bom, mas o que
me despertou foi o complemento de que quando ele saiu da sala meu RH falou.
Então assim então a gente... a gente vai... vamos tomar a decisão. Tanto que na
época a gente ia tomar a decisão, eu tomei a decisão e aí até... lembro que meu
gerente de... ainda era meu gerente de operação chegou e - não mas vamos a
gente... era no meio de Julho para Agosto, vamos começar só no próximo ano. Aí eu
não vou começar esse ano, então assim a gente precisava disso também, então
assim... Mas a gente encontra muito moderados mas também outros que realmente
vem pra vender e eu né?! eu sou um pouco assim... essa área eu sou... sou mais
moderado, não sou muito... aquelas pessoas que vem muito impulsivo eu fico com
receio - Será que o serviço desse cara é bom mesmo? Então eu fico me
perguntando será que o serviço dele é bom mesmo? E às vezes tem uns que a
gente sente que não são tantos vendedores mas com a gente vai ver o produto dele
é um produto deles é um “produtaço”.
Entrevistador – Entendi. Então vocês se deparam com os dois perfis. Um que é
mais persuasivo, que tá insistindo ali na porta, e uns outro que são mais... é... outros
que são mais... Procuram primeiro entender a necessidade, para saber como é que
adapta o produto dele para questão de vocês. Dentro desses dois, nessa área de
serviço, qual você acha que é mais presente? O que procura atender a necessidade
ou o que tenta vender mais o serviço?
Entrevistado – O que tenta vender mais.
Entrevistador – O que tanta vender mais é mais presente né?
Entrevistado – Isso!
Entrevistador - Pensando nessas soluções agora que são apresentadas pela
consultoria certo?! Vocês diriam que são soluções fáceis ou são mais, são soluções
mais difíceis de compreender. Por exemplo, eles apresentam, né?! eu olho para
aquela solução e penso – como é que eles vão fazer isso? Ou não, isso é o que a
gente já estava pensando em mente, é fácil de fazer. Como é que vocês veem essas
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analisassem. Eles chamaram a pessoa vendedor veio né?! Isso aí a gente fica
trocando... Mas assim, geralmente é para acontecer nessas nesses três peças.
Quando se trata do setor comercial, que tem alguma coisa no nosso setor comercial
nós chama também o gerente de comercial para que ele participe também e às
vezes a gente também toma algumas decisões chamando algumas dessas... alguns
dos nossos gerentes.
Entrevistador – Legal, então é... De forma prática eles sempre vem dos gerentes e
depois pro presidente, no caso você. Dependendo de onde é a área, tem uma
gerente da área que é o responsável e aí já vem direto pra você com uma
informação melhor.
Entrevistado – Isso.
Entrevistador - Agora só para a gente estar nessa questão de processos, e aí eu
vou perguntar muito de vocês – fases, quais são essas fases? Primeiro essa fase,
depois dessa fase. Entendeu?! Só para você entender. Quando a gente estava
fazendo esse levantamento, e aí e aí tem muitos tem muitos autores e vários livros
que eles narram como é que as empresas vendem e narram como é que as
empresas compram, né?! E aí eles pontuam vários processos né, compras de
serviços especializados que tem muitas, muitas etapas né?! No caso de vocês quais
são essas etapas que acontecem no processo de compra? Por exemplo, nos livros é
muito comum os autores dizer que primeiro a gente tem uma identificação de quais
necessidades que a gente precisa, depois eu tenho uma avaliação das propostas
que eu recebi das empresas, depois eu tenho um momento que é para essa
decisão... Hoje pensando assim, como é que vocês compram serviços? Quais são
as etapas que ocorrem?
Entrevistado – Quais são as etapas que ocorrem na compra, não é isso?
Entrevistador – Isso, na compra.
Entrevistado – O que a gente analisa muito é essa questão assim é... o quê que...
Não sei se é essa pergunta assim. Mas o quê que ele vai nos trazer de informação.
Às vezes, assim, é... como é que ele... o quê que ele vai agregar pra nós, né?! Não
sei se é bem isso que você está querendo.
Entrevistador – Então deixa eu reformular. Essa pergunta você já respondeu em
outra já (risos) mas é meio que isso. Hoje, você me contou na pergunta de cima
quando eu perguntei sobre as pessoas que estão envolvidas a gente tem o gerente
e tem você como presidente para tomada de decisão. Mas quando surgiu uma
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necessidade de ter uma... algum serviço especializado como é que inicia? Eu tenho
lá do assistente do meu gerente que ele sentiu essa necessidade e aí ele começou
lá - ó vai procurar, procura empresas... e aí esse assistente passou para o gerente
que o gerente decidiu quais empresas eles iriam contactar... Qual é esse caminho
que ocorre lá desde o início da necessidade até chegar você para você decidir?
Entrevistado – A gente sempre assim é... busca saber quais são as nossas
necessidades, não tem um processo que eu tenho de melhorar. Então assim, qual
eu não conheço, a gente sempre diz assim – alguém conhece alguma empresa que
faz isso? Hoje assim, a gente entra na... no... na internet e vai atrás a gente
encontra, né?!, mil e uma coisas do que você quer (risos). Mas assim, geralmente, é
quando surge uma necessidade... Por exemplo, acontece muito de nós estarmos
aqui definindo uma... Nós estamos numa reunião de resultados apresentando e tudo
e as vezes – a pra gente melhorar esse dados aqui? – a vamos fazer pesquisa
com... vamos contratar uma empresa pra fazer pesquisa no nosso concorrente,
vamos fazer uma pesquisa da nossa avaliação, como é que está nosso... nossas
rupturas, então acontece muito... essas coisas está vindo de lá pra cá. Quando vem
a gente analisa sente vê qual é a nossa necessidade e aí a gente faz esse trabalho
geralmente também assim, algumas demandas vem lá de dentro de uma sala de
reunião em que nós estamos discutindo assuntos né?! e aí vem aquela ideias de
como melhorar.
Entrevistador – Aí depois dessas reuniões, que vocês sentiram essa necessidade,
aí da reunião sai alguém responsável por buscar?
Entrevistado – Saí. Aí de lá já é criado um... já é feito uma...
Entrevistador – Encaminhamento.
Entrevistado – Encaminhamento, pronto. Já é feito um encaminhamento. Hoje nós
temos o é... algumas dessas definições, nós temos hoje o nosso diretor de... do
nosso gerente de, de, processos né?! É... então ele já anota e alí ele já faz o
encaminhamento né?!, que tem uma ferramenta que a gente usa que é o Trello,
então quando ele tem essa demanda que ele vai passar para o grupo ele já passa lá
já um comunicado pra todos. Quando a gente ainda vai buscar lá no mercado, a
gente busca ali é tal e depois define para depois ele passar a informação, mas a
gente já faz é... já sai de lá com a demanda e quem é que vai fazer – não esse
assunto aí quem vai tratar é o presidente... não é o fulano... é o cicrano... é a
fulana... Então assim, a gente já direciona com quem é que vai atrás.
66
tudo, eu queria que agora essas notas... eu não levar mais papel pra casa, eu quero
que ele crie um... lá dentro do BSBOARD, um programa que eu consiga ver o
produto, custo que entrou, qual foi a empresa que entrou, a quantidade que nós
temos no estoque, se a gente tem a necessidade de ajustar preço ou não e aí eu
vou conseguir fazer isso sem mais tá olhando papel né?! Isso foi uma necessidade
que surgiu. Assim, veio, a gente que começou a discutir e eu disse – olha eu queria
isso, será que dá pra ser feito? Aí a gente conversando, chamando o pessoal, e isso,
vamos lá... Eu só saí um pouco do assunto para “constetizar” uma demanda que
apareceu. A gente estava contratando e surgiu essa... Isso é uma coisa minha
mesmo que eu disse – não, acho que vai dá pra fazer. E aí eles estão fazendo o
levantamento já pra apresentaram pra gente e vai dá pra fazer.
Entrevistador – Legal. Então no caso, quando você procurou a empresa, você já
sabia exatamente o que queira – Olhe eu não quero mais levar nota, eu quero um
sistema onde eu possa ver tudo aqui online, pronto. Já tinha essa solução
programada.
Entrevistado – Ela tinha vários atalhos do sistema. Seu eu fosse levar pra casa e
usar o RMIS eu ia, digamos assim, ia ser mais complicado pra fazer. E a forma que
me apresentaram, seria mais prático pra me fazer.
Entrevistador – Legal. Você me falou que vocês entram em contato com as
empresas, e as empresas vem apresentar essas opções pra vocês, essas soluções
né?! Como é que ocorre essa questão do recebimento das opções? Eles mandar
antes por e-mail ou eles agendam uma visita para poder apresentar? Como é que,
dentro desse processo de compra, como é que ocorre esse recebimento das
opções?
Entrevistado – Quando a gente recebe alguma coisa por e-mail, aí a gente solicita
mais material. Quando eu recebo, por exemplo, eu, no caso desse empresa... desse
CRM que a gente estamos vendo com eles, nós estamos bem... a negociação bem
avançada, eu recebi através de e-mail. Como eu vi, assim, vários dados deles
falando e tal... Aí fala assim, melhora... crescimento do ticket médio que no
supermercado era tanto e foi tanto... Eles venderam bem né?! Quando eu vi, aí eu
disse, é... aí eu passei pra nossa operação e aí a gente já solicitou mais material,
mas em seguida já ele já agendou uma reunião com o próprio comercial pra poder
ver isso, pra poder sentar, pra poder analisar isso melhor. Então, assim, geralmente
a gente é, as vezes, chama logo a pessoa pra vir, agenda, como eu falei. As vezes
68
senta só o diretor e mais duas pessoas, mas as vezes a gente já participa... Mas ás
vezes, assim eu participo já depois de uma segunda reunião ou uma terceira
reunião. Mas nunca tenho nenhuma história que fechamos na primeira na primeira
vez.
Entrevistador – Então normalmente ele vem aqui.
Entrevistado – É, vem aqui. Geralmente assim, quando tem empresa que convida a
gente, a gente chama pra vir até aqui.
Entrevistador – Entendi. É... O quê que vocês levam mais em consideração no
fornecedor? Vocês definem – ó esse é melhor, esse não é melhor... O quê que vocês
mais consideram quando você tá falando de fornecedor de serviços?
Entrevistado – O que eu mais considero é a como ele faz, da forma que é feito.
Então, assim, é... da forma que a gente tem visto, que escutou... Quando eu pego
uma informação – como foi que você fez esse trabalho lá? Ele fala assim – a eu fiz
lá no Pão de Açúcar, mas lá eu fazia assim. Aí pra gente, assim, é uma informação
que a gente primeiro... A pergunta como ele faz e com quem ele faz e pra quem ele
faz. Aí a gente começa a ter mais informações né?! Tempo de mercado a gente
analisa muito isso também, é muito importante.
Entrevistador – Entendi, é... Mas vocês chegam a fazer um corte... Por exemplo,
empresas novas no mercado vocês não contratam ou não?
Entrevistado – Não, a gente não tem esse corte não. A gente sabe que tem
muitos... é... APPs bons, pessoas desenvolvendo, que são empresas novas, tem
muitos né?!
Entrevistador - Então só retomando. O que vocês mais levam em consideração
quando estão analisando uma empresa é de fato como ele execute né? E se é uma
forma que agrada a empresa, levando todos essas considerações da execução de
fato do serviço né?
Entrevistado – Isso.
Entrevistador – Entendi. Você me falou que é muito difícil, após uma apresentação,
vocês já fecharem. Sempre tem mais de uma né?
Entrevistado – “Umrrum” (Balançou a cabeça sinalizando positivamente)
Entrevistador - Então como é que ocorre esse processo de decisão? O quê que
você leva em consideração? É uma reunião que tem que vir todo mundo e todo
mundo vai opinando? Mas a decisão final é sua... Ou é por eleição – gostei mais
dessa opção, gostei mais dessa... Como é que funciona essas decisões?
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dias. Vamos chamar mais uma ou duas vezes. Já aconteceu. A própria Gomes de
Matos, o Guilherme veio aqui e depois veio mais duas vezes, mas era só parte
comercial.
Entrevistador – Pronto, maravilha. (risos) Aí você já até entrou em um ponto que é
muito interessante que é a parte de negociação. É... Como é que você descreve
então a negociação nesse tipo de compra? Ela sempre vai ter que ser muito
delicada? Sempre vai ter que existir? Essa negociação é sempre por preço ou teria
algum outro ponto que também é negociado? Como é que vocês descrevem esse
momento de negociação?
Entrevistado - O momento da negociação, assim, eu sempre vou pro lado da
negociação, eu puxo. Mas eu também não quero sugar pra que também não encolha
o tamanho do serviço porque quando eu começo a puxar de um lado e depois o
cara... claro que ele já me apresentou um... cronograma né?!, mas aí eu não
posso... Eu sei que tem os profissionais que temos que valorizar os profissionais,
mas principalmente as vezes... As vezes eu digo – olha eu vou entrar... Eu não uso a
questão de dizer assim – olha eu sou o presidente da rede, se você me fizer isso
aqui pra mim, Dimas, eu vou levar você pra vender pros outros sócios lá. Não, eu
não vou utilizar e nem utilizo isso. E nenhum se chegar aqui e disser - eu vou fazer
isso aqui porque você é o presidente da rede, mas eu não quero que você fale nada.
Não, eu não, faça assim - a condição que você fizer pra mim, faça pra ele, porque se
eles vierem me perguntar eu vou dizer o que você fez. Então, na realidade o que eu
gosto de usar é assim - onde você chegar né? Onde... Como é que... - a eu consigo,
é 10 mil, eu só consigo fazer 9. É... mas eu faço em 9, aí tá lá pra me pagar em duas
vezes. Não, faça em 9, tudo bem, eu pago os 9, mas vamos dividir em 5x, ou vamos
dividir em 10x. Então assim a gente vai para ambos os lados. Quando eu não
consigo puxar no preço... Primeiramente eu vou no preço, depois eu vou pra
questão do prazo. Mas deixando também... que eu sei que o profissional ele tem que
ganhar e ele tem que levantar meu serviço com qualidade, também com satisfeito
pela negociação. Porque não adianta eu trazer um profissional pra cá que eu achatei
a margem do cara e quando o cara tá aqui desmotivado, não tá com aquele espírito
que poderia tá vindo se estive bem né?!
Entrevistador – É... Perfeito. Então a gente tem um momento que normalmente ele
é muito lento.
Entrevistado – É, exatamente, é mais lento.
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melhorar, e a gente também, aí a gente agiliza. A gente acha que o resultado vai ser
muito rápido e assim – a eu estou com uma deficiência altíssima naquilo dalí aí sim
é um processo de agilidade rápida. Nós já vamos tratando rápido porque sabiamos,
como se diz, tem uma sangria e aquela sangria não pode demorar mais de 15 dias.
Então a gente, às vezes, anda mais rápido.
Entrevistador – Já corre mais né?
Entrevistado - Já corre mais!
Entrevistador – Legal. Hoje, dentro de todos essas etapas que a gente conversou,
você me narrou. É mais demorado lá no início, de identificar o fornecedor que
trabalha com esse serviço, ou é mais demorado hoje receber as propostas do
fornecedor, ou seria avaliar essas opções, ou até mesmo a negociação? Qual
desses pontos, é... dessas etapas que a gente conversou e que você vê que mais
demora?
Entrevistado – É avaliar.
Entrevistador – Avaliar as opções?
Entrevistado – Avaliar as opções.
Entrevistador – Por quê?
Entrevistado – As vezes a gente recebe... Existe outras demandas que a gente
acaba deixando, meio que as vezes de lado. Quando eu sento já com você, quando
você vem e já me traz... Que as vezes tá muito claro pra mim, eu só tenho que teria
a dúvida lá... Sentar com o meu pessoal, que eu mesmo levo. As vezes é mais fácil,
mas as vezes quando você traz uma... um projeto que ele vem muito volumoso, ou...
mesmo que você receba por e-mail, vem lá não sei quantas páginas, e as vezes, eu
acho que quando ele vem mais resumido se torna mais fácil a decisão, mais fácil da
gente tomar. Quando o processo vem muito volumosos ele se torna... Ele fica mais
tempo engavetado, ele fica mais tampo pra poder ser analisado. É então eu sempre
acho que quando ele vem mais resumido se resolve mais rápido.
Entrevistador – Então devido é... Variando aí com a complexidade do projeto,
conforme ele for apresentado então tende a... leva essa avaliação das opções a
demorar mais em todo esse processo né?
Entrevistado – Isso
Entrevistador – Certo. A gente discutiu bastante sobre essa questão de como é que
funciona hoje, na empresa, como é que funciona pro nossos fornecedores essa
recepção. Pra você, sua visão assim, que toma mais decisões junto com a sua
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equipe, você considera que tudo que você faz dentro do seu processo tá alinhado
também com o que o vendedor faz? Todos os momentos que tem, que uma proposta
passa até chegar a decisão é o mesmo... O vendedor ele já, também, já tá
esperando por esses momentos ou não? Você tem a percepção que – olha eu passo
por esse processo aqui mas o vendedor tá totalmente desalinhado comigo. As vezes
eu preciso de tempo pra analisar e ele não entende. Pra você hoje, quando faz esse
processo de compra, você percebe um alinhamento entre o processo de compra seu
e o de venda do vendedor?
Entrevistado – Muitos sim. Mas já aconteceu também de a gente perceber que a
pessoa tá desalinhado. É assim, a pessoa não tem a mesma informação eu a gente
achava que ela poderia ter, é como eu até falei, algumas vezes, de uma negociação
que ele não tem o poder de negociação comercialmente. Até aí eu reconheço que
não tem nada a ver, mas as vezes a gente acontece que a gente ver alguns
vendedores que realmente que ele não tá muito alinhado até com a forma que o
projeto é pra conduzir e que forma é pra ser conduzido. Mas assim, é a grande
maioria tem o conhecimento e sabe direitinho como é realmente o processo a ser
conduzido.
Entrevistador – Sabe então todas as etapas que vocês fazem, precisam ter
internamente e eles fazem também dessa mesma forma pra correr né?
Entrevistado – Sim.
Entrevistador – Legal. O ponto que vocês mais pegam e essa apresentação da
proposta então é o tempo que mais demora dentro do processo de compra porque é
quando vocês vão analisar, ao passo que quando eu também tenho uma
apresentação mais rápida que o vendedor mostra o que é que eu vou ganhar
quando eu tenho um problema que precisa ser resolvido mais rápido então essa
solução tende a ser contratada mais rápido, né?
Entrevistado – Sim.
Entrevistador –no geral, assim, você vê que a maioria desses serviços eles já
mostram, eles são bem práticos em dizer o que é que você vai ganhar contratando
eles ou a maioria a gente sente assim uma assim – rapaz eu tenho que... Demora
mais um tempinho pra ver de fato o quê que eu vou ganhar contratando ele? O quê
que você acha que é mais comum?
Entrevistado – Eu digo assim, a gente fica... Eu dividiria em 50% a gente acha que
o resultado vai ser rápido e 50% a gente as vezes quer rápido, mas ás vezes
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Entrevistador – Então é a maioria dos vendedores você vê como dessa forma, eles
já conseguem passar valor, nesse ponto né?
Entrevistado – Sim!
Entrevistador – Então o que... essa questão da negociação é mais uma questão de
preço mesmo ou talvez até um pouco de cultura da nossa... em tentar essa
barganha, ver como é que a gente pode melhorar pra isso. Seria nessa visão né?
Entrevistado – É, isso. Antes, assim eu sempre... eu acho que as empresas né?!,
elas é... necessitam que tenham outras pessoas, outras consultorias, elas... eu
acredito que todas devem passar por isso, agora eu sei que tente saber qual é a
sua... qual é o seu momento, qual é o momento que a empresa está precisando,
mas eu acredito que toda empresa ela deve ter pessoas prestando serviço de
consultorias, seja lá em que área for - área financeira, área tributária, ou na área de
processos, ou na área de operação. Eu sinto... Eu hoje, eu sinto a necessidade.
Depois que a gente começou a trazer consultorias pra dentro, hoje a gente enxerga
essas necessidades. A gente com certeza estando terminando um trabalho com a
consultoria, mas sabemos que vamos ter necessidade de... daqui um... pode ficar
uns 6 meses sem consultoria ou daqui a um ano, mas a gente... vamos ter que
contratar outra, outras ferramentas de trabalho. Porque assim, pra você inovar, pra
você trazer algo novo é, as.... você não consegue absorver tudo do mercado, você
precisa trazer pessoas que consigam agregar isso junto a você, porque só você não
consegue trazer tudo isso não.
Entrevistador – Perfeito. Um último ponto pra gente fechar nossa entrevista. Mesmo
que o fornecedor... Eu sei que a maioria dos meus vendedores eles conseguem me
agregar valor mesmo antes de executar o serviço, lá na apresentação da proposta
ele já está me mostrando que eu vou ganhar aqui ali e tudo. Mesmo assim, eu
conseguindo ver o que eu vou ganhar eu necessariamente passo pelo momento de
negociação? Ele tem que ter esse momento de negociação?
Entrevistado – Sim! Ele tem que ter o momento de negociação.
Entrevistador – Todos passam?
Entrevistado – Todos passam!
Entrevistador – Legal. Sr. Presidente, muitíssimo obrigado pela atenção.
Entrevistado – De nada, espero que eu tenha contribuído e pode ficar a vontade
para o que precisar.
Entrevistador – Obrigado.