Você está na página 1de 27

TEMA

ESTUDO DO DIMENSIONAMENTO

DA

REDE AÉREA AUTOCOMPENSADA

SETEMBRO 2010
OBJETIVO

 Avaliar as vantagens técnicas para a


implantação de um sistema de rede aérea
autocompensada.
 Realizar um comparativo de falhas entre a
rede aérea fixa e a autocompensada,
utilizando o controle de manutenção da CPTM.
DESENVOLVIMENTO
 TIPOS DE REDE AÉREA
 PRINCIPAIS COMPONENTES
 ELEMENTOS COMPLEMENTARES
 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
 CONJUNTO APARELHO TENSOR
 CONFIGURAÇÃO AUTOCOMPENSADA
 ATUAÇÃO DO APARELHO TENSOR
 SISTEMA INSTALADO E EM CONSTRUÇÃO
 ANÁLISE TÉCNICA
 ANÁLISE COMPARATIVO DE FALHAS
 CONCLUSÃO
TIPOS DE REDE AÉREA

 FIXA: Pode apresentar duas configurações:

 Simples: Utiliza um fio de contato.

 Dupla: Constituída por dois fios de contatos.

 AUTOCOMPENSADA: constituído por aparelhos tensores


contrapesos e roldanas, com a finalidade de manter a
tensão mecânica do fio de contato constante,
independentemente das variações de temperatura.

 RÍGIDA: É normalmente utilizada em túneis, devido à


reduzida altura exigida em relação ao plano de via.
PRINCIPAIS COMPONENTES

 Condutores:
 Cabo mensageiro de 253 mm².
 Fio de contato: 2 fios de 107 mm².
 Cabo equipotencial de 185 mm².
PRINCIPAIS COMPONENTES

 Suspensão e fixação:
 Triângulos ou cantiléveres articulados e isolados.
 Suspensórios e puxadores.
PRINCIPAIS COMPONENTES

 Aparelho de auto compensação:


 Cadernal.
 Conjunto de polias.

 Estruturas:
 Postes de concreto.
 Postes metálicos.
 Pórticos.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES

 Pontos fixos:
 Instalados no centro das seções de compensação do
fio de contato e do cabo mensageiro.
 Seccionamentos:
 A rede aérea é dividida elétrica e mecanicamente em
seções. As chaves seccionadoras são utilizadas para
manter ou interromper a continuidade elétrica entre
duas seções.
 Isoladores de seção:
 Utilizados para separar eletricamente os circuitos.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES

 Contra-pesos:
Podem ser de concreto ou metálicos.
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA

 No sistema de rede aérea fixa o tensionamento é


projetado a temperatura de 20º C.
 No sistema autocompensado o tensionamento é
constante, independente da temperatura ambiente.
 Os equipamentos tensores são distribuídos ao longo da
linha, finalizando os tramos.
 Em trechos muito longos (acima de 1600m) são
instalados pontos fixos no meio para equalizar o
tensionamento.
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA

CADERNAL LINHA 11
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA

CONJUNTO DE POLIAS LINHA 9 Poste

Polia
Cabo

Cabo de
Contrapesos Segurança
CONJUNTO APARELHO TENSOR
CONFIGURAÇÃO AUTOCOMPENSADA
ATUAÇÃO DO APARELHO TENSOR
SISTEMAS INSTALADOS E EM CONSTRUÇÃO
CIDADE COMPANHIA

Belo Horizonte Metrô da CBTU

Recife Metrô da CBTU

Porto Alegre Metrô da Trensurb

Rio de Janeiro Supervia (Gramacho a Campos Elíseos)

São Paulo CPTM Linha 11 (Arthur a Guaianazes)

São Paulo Metrô São Paulo: Linha 5


São Paulo CPTM Linha 9 (Jurubatuba a Grajaú)
São Paulo CPTM Linha 7 (Luz a Francisco Morato – em implantação)
São Paulo CPTM Linha 12 (Brás a Calmon Viana – em implatação)
Salvador Metrô (em construção)

Fortaleza Metrô da Metrofor (em construção)


ANÁLISE TÉCNICA

 Vantagens Operacionais
 Alta qualidade de captação de corrente, compatível
com a alta densidade de tráfego.
 Baixo fator de risco de paralisações de tráfego por
enroscamento de pantógrafos.
 Redução de rupturas de ancoragens.
 Baixa taxa de ruptura dos suspensórios (quase nula)
devido à diminuição de vibração no fio de contato
com a passagem de trens.
ANÁLISE TÉCNICA

 Vantagens de Manutenção
 A boa captação de corrente implicará em um
aumento significativo da vida útil dos fios de contatos
e dos contatos das canoas dos pantógrafos.
 Diminuição de intervenções de manutenção devido ao
aumento da vida útil dos componentes de suspensão,
fixação e desloque.
 Os serviços de manutenção neste tipo de rede aérea
constituem, basicamente, de pequenos ajustes,
facilmente executados com um contingente menor de
pessoal.
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

LINHA 9 - ESMERALDA
 O sistema de rede aérea autocompensada na Linha 9 –
Esmeralda foi implantado no final de 2007, trecho
Jurubatuba – Grajaú.

 O levantamento das falhas foi realizado no período de


janeiro de 2008 a dezembro de 2009.

 Neste levantamento foram expurgadas as falhas que


não influenciam no comportamento do sistema, o que
nos levaria a uma análise equivocada deste
comparativo.
Osa
s co /

0
1
2
3
4
5
6
7
8
Pres
id en
te A
l tin o

2
P re
sid e
P re nt e
sid e A lt in o

2
nt e
A lt in o
/ Ce
a sa

2
Cea
sa

3
C id a Ja g
u a ré 3
de U
n i ve
rsitá
ri a 2

Pinh Pinh
e iro
s
3

e iro
s/ R
eb o

REDE AÉREA FIXA


uça
s
1

R eb
o uç
as
2

C id a
de J
a rd i
Vila m
4

O lí m
pia /
Be r
2

rini
LINHA 9

Mo r
(2008 - 2009)

umb
1

G i
Gra
n ja r a n ja
Ju lie Ju lie
ta
2

ta /
FALHAS POR SISTEMA

Sa n
to A
mar
o
3

Sa n
to A
mar
o
5

So c S o co
rro
4

orro
/ Ju
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

ruba
tu ba
6

J u ru J u r ub a
tu ba
7

ba tu
ba /
Au tó
Au tó drom
o
REDE AÉREA AUTOCOMPENSADA
1

dro m
o /I
n ter
lag o
s
1

Gra
jaú
4
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

LINHA 9 – ESMERALDA
 Foram constatadas 65 falhas no total:
 59 falhas no sistema de rede aérea fixa,
representando um índice de 1,81 falhas/km.
 06 falhas no sistema autocompensado,
representando um índice de 0,68 falhas/km.
 Analisando-se tais índices podemos afirmar que o trecho
de rede aérea fixa obteve um índice quase três vezes
maior que o de rede aérea autocompensada.
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

FALHAS POR QUILÔMETRO


LINHA 9

REDE AÉREA
0,68
AUTOCOMPENSADA

REDE AÉREA FIXA 1,81

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Br á Brá
s s

26
/ Ta
tuap
é
Tat Tat
uap 38
uap é

13
Car é/ C
rã o ar rã
o

3
Vi la / Vi
Ma la M
atil d
e

8
til de
Pat / Pa
ri arc tri ar
a/A ca

14
Ar tu rtur
r Al A lvi
vi m m
36

/ Ita
qu e
ra

2
Itaq Itaq
u er u er
a/ a

3
Dom
Dom Bos
c
5
B os Dom o
J os co B os
/ Jo c o
1
éB s
onif éB

REDE AÉREA FIXA


á cio onif
1
/ Gu á cio
aian
a zes
2

G ua G ua
ian a
ian a z es
5

zes
/ G ia
nett
i
16

G ia
G ia n ett i
10

nett
i/F
LINHA 11

er ra
z
6
(2005 - 2009)

Fer
raz
3

Fer
raz
/ Po
á
FALHAS POR SISTEMA

10

Poá
7

/ Ca Poá
l mo
nV
5

Cal Cal i ana


mon mon
Vi a V i ana
13

na /
S uz
an o
15

Suz Suz
ano a no
33

/ Ju
ndi a
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

peb
J un a
39

diap J un
eba diap
eba
21

/ Br
Brá ás C
sC uba
B s
31

uba r
s/M ás C
ogi uba
s
10

Mog das
i da Mog Cru
5

sC i da zes
sC
ru ze ru
5

s/E zes
s tud
REDE AÉREA AUTOCOMPENSADA

ante
s
6

Es t
uda
nte
s
2
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

LINHA 11 – CORAL
 Foram constatadas 394 falhas no total:
 375 falhas no sistema de rede aérea fixa,
representando um índice de 8,8 falhas/km.
 19 falhas no sistema autocompensado,
representando um índice de 2,3 falhas/km.
 Analisando-se tais índices podemos afirmar que o trecho
de rede aérea fixa obteve um índice quase quatro vezes
maior que o de rede aérea autocompensada, o que
confirma a vantagem de investimento na substituição
do sistema de rede aérea fixa pelo sistema de rede
aérea autocompensada.
ANÁLISE COMPARATIVA DE FALHAS

FALHAS POR QUILÔMETRO


LINHA 11

REDE AÉREA 2,30


AUTOCOMPENSADA

REDE AÉREA FIXA 8,80

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00
CONCLUSÕES

 Com o aumento da demanda de usuários dos sistemas,


a expansão do transporte sobre trilhos e a
modernização dos sistemas existentes, cada vez mais os
intervalos de manutenção são reduzidos, exigindo
sistemas mais modernos, que requeiram pouca
manutenção com tecnologias e equipamentos mais
sofisticados, permitindo a execução de manutenções
mais eficazes, reduzindo as intervenções que impactam
na operação de trens. Sendo assim, a implantação da
rede aérea autocompensada, do ponto de vista técnico,
é altamente recomendada.
AUTORES

Lincoln Nagaki nagaki@cptm.sp.gov.br


Márcio Luiz Dias marcio.dias@cptm.sp.gov.br
Sidrat P. da Silva Filho sidrat.pereira@cptm.sp.gov.br

Você também pode gostar