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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Exercidos resolvidos

Elina de Assunção Miguel-708201498

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento

Ano de Frequência: 2ª Ano

Tete, Maio, 2021


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Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo, espaçamento
entre linhas

Folha para recomendações de melhoria


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1.Teoria desenvolvimento segundo Jean Piaget

a) O Estádio da Inteligência Sensório-Motora (0 a 2 anos)


O período sensório-motor é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo. Suas
realizações formam a base de todos os processos cognitivos do indivíduo. Os esquemas sensório-
motores são as primeiras formas de pensamento e expressão; são padrões de comportamento que
podem ser aplicados a diferentes objectos em diferentes contextos.

A evolução cognitiva da criança nesse período pode ser descrita em seis subestádios nos quais
estabelecem-se as bases para a construção das principais categorias do conhecimento que
possibilitam ao ser humano organizar a sua experiência na construção do mundo: objecto, espaço,
causalidade e tempo.

b) O Estádio Pré-Operatório ou Simbólico (2 a 6-7 anos)

O período pré-operatório realiza a transição entre a inteligência propriamente sensório-motora e a


inteligência representativa. Essa passagem não ocorre através de mutação brusca, mas de
transformações lentas e sucessivas.

Ao atingir o pensamento representativo a criança precisa reconstruir o objecto, o tempo, o espaço,


as categorias lógicas de classes e relações nesse novo plano da representação. A primeira etapa
dessa reconstrução, que Piaget denomina período pré-operatório, é dominada pela representação
simbólica. A criança não pensa, no sentido estrito desse termo, mas ela vê mentalmente o que
evoca.

O mundo para ela não se organiza em categorias lógicas gerais, mas distribui-se em elementos
particulares, individuais, em relação com sua experiência pessoal. O egocentrismo intelectual é a
principal forma assumida pelo pensamento da criança neste estádio. Seu raciocínio procede por
analogias, por transdução, uma vez que lhe falta a generalidade de um verdadeiro raciocínio
lógico.

O advento da capacidade de representação vai possibilitar o desenvolvimento da função


simbólica, principal aquisição deste período, que assume as suas diferentes formas da linguagem,
a imitação diferida, a imagem mental, o desenho, o jogo simbólico — compreendidas como
diferentes meios de expressão daquela função.
A inteligência tem acesso, então, ao nível da representação, pela interiorização da imitação (que,
por sua vez, é favorecida pela instalação da função simbólica). A criança tem acesso, dessa
forma, à linguagem e ao pensamento.

c) O Estádio Operatório Concreto (7 a 11-12 anos)

Por volta dos sete anos a actividade cognitiva da criança torna-se operatória, com a aquisição da
reversibilidade lógica. A reversibilidade aparece como uma propriedade das acções da criança,
susceptíveis de se exercerem em pensamento ou interiormente.

O domínio da reversibilidade no plano da representação a capacidade de se representar uma


acção e a acção inversa ou recíproca que a anula ajuda na construção de novos invariantes cogni-
tivos, desta vez de natureza representativa: conservação de comprimento, de distâncias, de
quantidades discretas e contínuas, de quantidades físicas (peso, substância, volume etc).

O equilíbrio das trocas cognitivas entre a criança e a realidade, característico das estruturas
operatórias, é muito mais rico e variado, mais estável, mais sólido e mais aberto quanto ao seu
alcance do que o equilíbrio próprio às estruturas da inteligência sensório-motora.

d) O Estádio das Operações Formais (a partir dos 12 anos)

Tanto as operações como as estruturas que se constroem até aproximadamente os onze anos, são
de natureza concreta; permanecem ligadas indissoluvelmente à acção da criança sobre os
objectos. Entre os 11 e os 15-16 anos, aproximadamente, as operações se desligam
progressivamente do plano da manipulação concreta.

Como resultado da experiência lógico-matemática, o adolescente consegue agrupar


representações de representações em estruturas equilibradas (ocorrendo, portanto, uma nova
mudança na natureza dos esquemas) e tem acesso a um raciocínio hipotético-dedutivo.

Agora, poderá chegar a conclusões a partir de hipóteses, sem ter necessidade de observação e
manipulação reais. Esta possibilidade de operar com operações caracteriza o período das
operações formais, com o aparecimento de novas estruturas intelectuais e, consequentemente, de
novos invariantes cognitivos.
A mudança de estrutura, a possibilidade de encontrar formas novas e originais de organizar os
esquemas não termina nesse período, mas contínua se processando em nível superior. As
estruturas operatórias formais são o ponto de partida das estruturas lógico-matemáticas da lógica
e da matemática, que prolongam, em nível superior, a lógica natural do lógico e do matemático.

2.Teoria de desenvolvimento de Freud

De acordo com Freud, as crianças passam por cinco fases de desenvolvimento:

I – A fase oral (0 – 1 ano)

Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se
concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação da mãe, a criança
obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato.

Caso a amamentação fosse interrompida precocemente, o autor afirmava que a criança teria
atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto aquela que for constantemente
amamentada terá uma personalidade confiante e ingénua. Com duração de um ano a um ano e
meio, a fase oral termina com na época do desmame.

II – A fase anal (1 – 3 anos)

Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para com a
região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança vê esta fase
como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à personalidade "anal
expulsiva".

A criança poderia também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de
confrontar os pais, o que levaria à personalidade "anal retentiva". Esta fase tem duração de um a
dois anos.

III – A fase fálica (3 – 5 anos)


De acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais crucial para o desenvolvimento sexual na
vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais ou a falta deles, se a criança for do sexo
feminino e os complexos de Édipo ou Electra surgiriam.

Para um homem, a energia sexual é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de
inveja (às vezes violentos) contra o pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a se
identificar com o pai, em termos de órgãos genitais correspondentes, reprimindo assim o
complexo de Édipo.

IV – O período de latência (5 anos – puberdade)

Freud dizia que o período de latência no desenvolvimento da criança não é um período


psicossexual, mas sim uma fase de desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já
superou o complexo da fase fálica e, embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir,
eles são expressos de forma assexuada em actividades como amizades, estudos, até o começo da
puberdade.

V- A fase genital (puberdade e vida adulta)

Segundo Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus
órgãos genitais e, portanto, em direcção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez
que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar.

Os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade
conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.
Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais
distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.

3.Teoria Sociointeracionista de Vygotsky 

Vygotsky fundamentou sua teoria no materialismo histórico e dialéctico e defendeu a perspectiva


de que a aquisição de conhecimentos acontece através da interacção de sujeito e meio.

Desse modo, o desenvolvimento é concebido como um processo, mediado por meio de


instrumentos técnicos e pela linguagem, que são construídos e consolidados numa cultura.
Para o autor, a aprendizagem leva ao considera dois níveis de desenvolvimento:

Nível de desenvolvimento real:  conjunto de actividade que a criança consegue resolver sozinha.
Esse nível é indicativo de ciclos de desenvolvimento já completos.

Nível de desenvolvimento potencial: conjunto de actividades que a criança não consegue


realizar sozinha mas que, com a ajuda de alguém que lhe dê algumas orientações adequadas ela
consegue resolver.

Para Vygotsky, o nível de desenvolvimento potencial é muito mais indicativo do


desenvolvimento da criança que o nível de desenvolvimento real

A distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial,


caracteriza o que Vygotsky denominou de Zona de Desenvolvimento Proximal.

Vygotsky denominou funções mentais superiores, os processos essencialmente humanos, tais


como: como memória, atenção, imaginação, planejamento, elaboração de conceitos,
desenvolvimentos da vontade, raciocínio.

4.O Desenvolvimento Pré Natal

Características do Período Pré-Natal

O período pré natal começa com fecundação do óvulo e após 72 horas da fertilização, são
formadas 32 células que se juntam e multiplicam rapidamente e começam a se diferenciar em
órgãos, músculos, ossos, tecidos e outras partes do corpo.

Assim, os primeiros 9 meses da vida do bebé são passados dentro do útero da mãe. Pode-se
conceber o período pré-natal (intra-uterino) em três fases:

a) Fase germinal (da concepção até o 14º dia);

b) Fase embrionária – de duas a oito semanas. Em quatro semanas o embrião atinge 1,3 cm de
comprimento e o coração já bate 65 vezes por minuto, embora não desenvolvido por completo.
Através de microscópio é possível detectar ligeiras saliências na cabeça que virão a ser os olhos,
ouvidos, boca e nariz;
c) Fase fetal – começa na oitava semana e vai até ao nascimento. O bebé é chamado de feto. Aos
três meses o feto pesa uns 28 gramas e mede em torno de 8 cm e tem completamente
desenvolvido: dedos das mão e dos pés, pálpebras, orelhas, cordas vocais, lábios e nariz,
permitindo com que o feto respire e engula alimentos.

Aos cinco meses de idade, pesa meio quilo e mede uns 30 cm de comprimento. O
desenvolvimento muscular aumenta e torna mais forte o seu reflexo e movimentos. Ele chuta e
estica-se. O batimento cardíaco dá para se ouvido no abdómen da mãe.

Rappaport (1981b:1)) considera que muitas crenças estabelecem a relação entre o estado
emocional da gestante que se transmite para a criança, afectando no desenvolvimento do feto a
partir “ da suposta conexão neural entre o sistema nervoso da mãe e o do filho e da transmissão
directa de emoções, desejos, angústias”.

O que acontece não é uma transmissão por meio neural, pois essa seria impossível devido as
diferenças na maturidade entre a mãe o feto, mas sim são as substâncias que passam da placenta
da mãe para o feto e nesse sentido, “alterações na fisiologia da mãe produzem mudanças no feto”
(idem).

5.O Desenvolvimento na Infância

Características da Infância

É importante que os educadores tenham noções básicas sobre o desenvolvimento físico na


infância que seriam: peso, capacidades sensoriais e motoras. Há que notar que a infância, período
que vai do nascimento até aos seis ou sete anos de idade, pode ser dividido em sub-períodos.

(a) Infância Inicial (0-18 meses)

A infância inicial (0-18 meses) seria o período em que o desenvolvimento intelectual estaria
ligado de forma directa à maturação do sistema nervoso central, à capacidade de receber e
aprender impressões sensoriais, de executar movimento.

A maturação refere-se aqui a questões de ordem biológica, o crescimento em tamanho e, ainda, o


inicio e o controle de movimento, a integração de impressões sensoriais, a possibilidade de
sentar, gatinhar, andar, parar, agarrar, subir, controlar os esfíncteres, segurar lápis, andar de
bicicleta, etc. A execução de tais actividades revela um desenvolvimento sadio da criança.

Na infância, os órgãos genitais, femininos e masculinos crescem significativamente. A partir dos


seis meses surgem os primeiros dentes, primeiro no maxilar inferior e depois no superior e ao
atingir um ano de idade ela terá aproximadamente doze dentes.

Pode-se considerar que uma das funções básicas do desenvolvimento na primeira infância é o
conhecimento do próprio corpo. O bebé ao explorar o seu corpo, olhando as mãos, executando
movimento, está formando um esquema de si próprio, que é designado de eu corporal.

O eu corporal inclui a experiência de afectos (positivos e negativos) que influenciarão no seu


auto-conceito. Já no segundo ano de idade a criança desenvolve capacidades motoras de correr,
sentar-se numa cadeira, sem ajuda, subir e descer escadas; aumenta o crescimento dos dentes,
demonstra a preferência no uso dos membros (mão direita ou esquerda) no momento das
brincadeiras, na forma de agarrar objectos e na alimentação.

Mas, há que ter em conta, que para além dos factores meramente biológicos, o meio influi muito
na maturação da criança, estimulando-a, principalmente, no desenvolvimento da linguagem. Esta
depende também da estimulação ambiental (cognitiva, afectiva e social), se a qual a criança pode
apresentar retardos na sua aquisição e perturbação.

(b) Primeira Infância (3-6 anos)

Neste período manifestam-se na criança o aumento do peso, da estatura e da musculatura dos


membros inferiores e superiores. A criança tem na brincadeira a sua actividade principal, o que
contribui para o desenvolvimento dos seus músculos, dando-a maior aptidão para subir, chutar,
correr e andar.

No entanto, ela ainda terá dificuldades em atar os sapatos, abotoar as calças e a camisa.
Socialmente a criança vai além da sua família, ela estende-se para outras pessoas, expondo-se a
novas situações, ideias, coisas, problemas e papeis, que são importantes para o seu
desenvolvimento social. Mesmo assim, os pais continuam sendo o seu ponto de referência.
É conhecido, também, como o período das perguntas, das quais os pais nem sempre tem as
respostas, o que gera a necessidade da escola. Daí que os pais e os professores têm um papel
importante na facilitação do seu desenvolvimento, na construção da sua autonomia.

Em termos de aprendizagens, as crianças entre os 3 aos 6 anos estariam aptos a assimilarem


novas formas de comportamentos sociais: seguir instruções, ir a casa de banho, tomar banho,
vestir-se e jogar ou brincar com os amigos.

É apto, também a aprender as letras, os números, a fazer pequenas construções, a pintar e


desenhar, tudo isso, dependendo do meio a que está inserido. Seria o momento propicio para
proporcionar a ela o ingresso à educação pré-escolar.

6.O Desenvolvimento Emocional dos 3 aos 6 anos

Quanto ao seu desenvolvimento emocional envolve a compreensão da criança e o controle de


emoções tais como a alegria, o riso, a tristeza, o amor, a zanga, a inveja e a agressão. Há que ter
em conta que neste período as emoções da criança são distinguíveis, assim, as alterações de
humor são acompanhadas de ameaças e de insultos e manifestam-se de forma física, por
exemplo, com pontapés, “os rapazes muitas vezes expressam a sua zanga através de violentos
gestos de agressão, enquanto as raparigas tendem a usar mais a agressão verbal” (Mwamwenda,
p. 49).

Com crescimento as crianças criam formas alternativas de expressão das suas emoções, que
seriam mais aceitáveis, assim elas utilizam o raciocínio para evitarem situações de desconforto.

Dentre as implicações educacionais no período de desenvolvimento físico na infância destacam-


se:

a) Ao envolver uma variedade de actividades físicas, as capacidades motoras das crianças são
facilitadas e melhoradas;

b) A garantia de uma alimentação sadia, pois esta contribui para o desenvolvimento físico da
criança;
c) Ao se envolver em actividades físicas na idade pré-escolar a criança desenvolve a sua
coordenação muscular e, consequentemente a autoconfiança e a segurança. Assim os professores
devem encorajar o desenvolvimento das capacidades motoras da criança;

d) Os pais e professores devem escolher ambientes propícios para o crescimento e o


desenvolvimento da criança;

7.O Desenvolvimento na Adolescência

Principais Características da Adolescência

A adolescência estende-se dos 12 aos 17anos, 21 anos [pode se confundir com a juventude, essa é
uma discussão muito renhida entre os desenvolvimentistas] e é caracterizada pela busca da
consolidação da identidade.

Mwamwenda (2004: 59) caracteriza a adolescência como um período “(...) fascinante,


interessante e desafiante do crescimento e desenvolvimento humano. É um período de grandes
mudanças físicas, sócias, emocionais, fisiológicas e psicológica.

No âmbito geral, dos 12 aos 18 anos as raparigas experimentam mudanças e crescimento rápido
dois anos à frente dos rapazes e elas ficam mais altas e com maior peso. Em ambos os sexos
acontece à maturidade sexual e a capacidade de reprodução. Há um crescimento acelerado e
mudanças precipitadas nas secreções das hormonas da glândula pituitária, localizada na base do
cérebro.

Principais mudanças nos rapazes

Nos rapazes aumento o tamanho e força dos músculos e dos troncos. Verifica-se, também o
crescimento rápido dos testículos, dos pêlos púbicos e do pénis, o que permite a erecção, podendo
ser causada por estímulos eróticos e fantasias, pressão provocada sobre as roupas, etc. tal erecção
pode gerar a ejaculação, podendo o rapaz engravidar uma rapariga.

A ejaculação é seguida pelo crescimento dos pêlos nas axilas, pêlos na face (barba) e a mudança
de voz.
Principais mudanças nas raparigas

Normalmente as raparigas nascem com um sistema nervoso e esqueleto mais maduro que os
rapazes. No inicio da adolescência desenvolvem-se as glândulas mamarias e os pêlos púbicos. O
útero, a vagina e o peito aumentam de tamanho em preparação para a função de mãe. Os lábios
da vagina e o clitóris se alargam o que culmina com a primeira menstruação da jovem.

A menstuação é sinal de maturidade sexual, visto que a jovem pode engravidar caso mantenha
relações sexuais sem protecção com o sexo oposto. As ancas e a pélvis tornam-se mais largas, os
odores corporais tornam-se mais intensos.

O tom da voz torna-se mais aguda. Em ambos os sexos, muitas vezes os adolescentes não aceitam
as mudanças que experimentam. Uns ficam insatisfeitos com a aparência física, isso depende da
relação estabelecida pelos pais, que tanto contribuem na formação do auto-conceito (auto-
percepção) concorrendo na formação da sua identidade.

8.O Desenvolvimento na Idade Adulta

Principais Características da Idade Adulta

A idade adulta começa normalmente quanto termina a adolescência, entre 18 a 21 anos. E o


adulto é uma pessoa que aceita e se implica em responsabilidades que lhe são atribuídas (a ele ou
ela) e que está numa posição de tomar decisões sociais viáveis, ainda que seja capaz de integrar e
manter uma personalidade estável.

No inicio da idade adulta, os músculos do homem continuam a aumentar, facto que não acontece
com as mulheres. Há uma tendência de aumento de peso e fisicamente, estes se tornam mais
fortes. É o inicio na independência económica, de responsabilidades, estabelecimento de relações
íntimas com o sexo oposto, ocorrência de casamento e formação de uma família.

Davidoff (2001) resume que os adultos são motivados a partenidade/maternidade por nove
valores:

1) Validação do status de adulto e da identidade social – pois há crenças que presumem que não
ter filhos significa não ser adulto, principalmente nas mulheres que se sentem incompletas por
não serem mães;
2) Expansão do eu – os filhos sou visto como vector de ligação como as novas gerações, gerando
um sentimento de imortalidade;

3) Realização dos valores morais – um filho pode significar a realização de ideais sociais,
religiosos ou pessoais;

4) Criação de novos laços – ser mãe ou pai aumenta o grau de afectividade do adulto;

5) Estimulação agradável – as crianças são fontes de novidade e alegria;

6) Realização, competência, criatividade – pelo facto de participar de uma ideia criativa, a de


gerar outro ser;

7) Poder e influência – pelo controlo que se tem quanto ao bebé e pela possibilidade de modelar
um Sr humano;

8) Comparação e competição social – deliciando-se com a ideia de que o seu bebé é melhor que
o dos outros;

9) Utilidade económica – possibilidade do bebé, futuramente, ajudar na casa, nos negócios e na


velhice.

Muitos dos sentidos atingem o seu pico nos primeiros anos da idade adulta. Com o avanço da
idade, a maioria dos sistemas fisiológicos deixa de funcionar no seu ritmo óptimo e podem ser
verificadas mudanças no sistema cadiorvascular, respiratório, sensorial (audição, vista, olfato).

A velhice começa normalmente aos 65 anos para os homens e mais cedo para as mulheres. A pele
fica rugosa, os ossos tornam-se mais frágeis, os sentidos menos precisos, o funcionamento
fisiológico menos eficiente, o ritmo da erecção do homem muda e leva mais tempo para atingir a
excitação sexual. Esta etapa da vida termina com a morte.

9.O Desenvolvimento Moral na perspectiva de Jean Piaget

Piaget considera que as transgressões, desobediências, as teimosias ou mesmo os cinismos das


crianças devem ser analisados a luz do nível do seu desenvolvimento mental. Piaget estuda o
desenvolvimento da moral da criança a partir do seu envolvimento no jogo (de berlindes), onde
observou como as regras eram interpretadas com a variação da idade da criança.
E a criança desenvolve essas regras com o aumento da idade, ou seja, a prática de seguir regras
passa por diversos estágios.

a) Estágio egocêntrico (4 a 7 anos): durante o jogo a criança é incapaz de levar em consideração


o ponto de vista do outro (tal como acontece na linguagem). As crianças jogam juntas, mas cada
uma age a partir de suas próprias regras. É um jogo individual.

b) Estágio de cooperação incipiente (7 aos 10 anos): a cooperação não entendida no sentido de


ajuda mútua, mas no carácter social do jogo, a partir de regras básicas comungadas pelos
jogadores. É a fase da competição, o objectivo é ganhar. Surgem conflitos porque o domínio das
regras não está consolidado.

c) Estágio da cooperação genuína (11-12 anos): A criança tem completo domínio das regras e é
capaz de discutir a legitimidade das mesmas.

Como a linguagem o comportamento moral da criança começa do estado egocêntrico para o


estado socializado. Dos quatro aos dez anos (estágio egocêntrico e de cooperação incipiente) a
criança vive o que Piaget denomina de moralidade heterogénea ou de restrição. Primeiro, ela
acredita que alguma autoridade criou as regras e não seriam passíveis de modificações, apesar de
quebrá-las em alguns momentos e, seguidamente, ao conhecer as regras ela recusa-se a aceitar
modificações.

A partir dos 11 anos de idade a criança deixa de acreditar no carácter perene das regras, pois não
considera mais os pais como ser infalíveis. A autoridade pode ser discutida e, portanto, as regras
podem ser violadas. Para concluir a visão de Piaget, de acordo com Sisto e Martinelli (2008),
distinguem três tipos de moralidade:

a) Anomias Esta fase, por vezes omissa em certos autores, não se pode falar de moralidade, a
criança vive no meio sem seguir as regras ou normas de conduta, é a fase dos bebés recém-
nascidos.

b) Heteronomia Nesta etapa já se pode falar de cumprimento das regras de conduta, porém as
crianças não as seguem porque as reconhecem, mas por medo de represarias ou punições dos pais
ou dos adultos a sua volta. Trata-se de normas impostas.
c) Autonomia Aqui, diferentemente da imposição sofrida na fase anterior, a criança reconhece a
necessidade de cumprimento das regras e autofiscaliza-se. Como o nome sugere, é a fase de
desenvolvimento da autonomia, ela cumpre as obrigações não pelo medo de sanções para pela
compreensão do bem e do mal que pode causar a acção.

10.Desenvolvimento Moral na perspectiva de Kohlberg

Este autor propõe três níveis de moralidade: pré-convencional, convencional e pós-convencional,


dentro destes níveis pode ser verificados alguns estágios.

a) Nível pré-convencional: é típica nas crianças entre 4 a 10 anos de idade em que as crianças
tomam decisões egocêntricas e interesses pessoais.

Estágio I: Orientação para o castigo e a obediência – as crianças avaliam as boas e as más


acções a partir das recompensas e os castigos.

Estágio II: Orientação Instrumental – a criança determina o certo por aquilo que lhe dá
felicidade.

b) Nível convencional: a moral é centrada no social, os interesses dos outros também são levados
em conta na hora de tomada de decisão. Necessidade e desejo de corresponder às normas sociais.

Estágio III: Orientação para o bom menino ou boa menina – e as crianças evitam, assim,
comportamentos inaceitáveis.

Estágio IV: Orientação para a ordem e a lei – a criança entende que sua aceitação na sociedade
está condicionada a obediência da lei.

c) Nível pós-convencional: a criança é autónoma nos seus julgamentos e não se prende ao seu ego
nem a sociedade na tomada de suas decisões.

Estágio V: Orientação para o contrato social – a criança vê a sociedade como fonte da lei, vale a
protecção dos direitos individuais.

Estágio VI: orientação para os princípios éticos universais – que seria o grau mais elevado do
desenvolvimento moral do indivíduo, o que vale é a vida humana e ela tem primazia sobre todas
as coisas.
11.Conceitos de inteligência, memoria, socialização e motivação

A Inteligência

A inteligência é “a habilidade de aprender depressa, resolver problemas, compreender assuntos


complexo e abstractos e, de forma geral, comportar-se de forma razoável, racional e aprorpiada”
(MWAMWENDA, 2004:235). Portanto, a inteligência é a capacidade que os indivíduos possuem
para se adaptarem em circunstâncias em que vivem.

Memória

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar (evocar) informações disponíveis,


seja internamente, no cérebro (memória biológica). Memória, são os processos e estruturas
envolvidos no armazenamento e recuperação de experiências. Por isso mesmo, a aprendizagem e
a memória não podem ser separadas uma da outra.

A Motivação

A motivação é um conceito utilizado para explicar o modo como a pessoa ou o organismo se


comporta. É a energia ou a força interior, um desejo ou um impulso que leva os indivíduos a
envolverem-se em certos comportamentos. Trata-se de uma energia que orienta, dirige, controla
e mantém o comportamento do indivíduo para o alcance dos objectivos propostos.

A Socialização

A socialização implica processo de aprendizagem na escola e na comunidade. Nestas, a criança


adquire comportamentos, atitudes, valores etc., que seriam importantes e adequados para a
cultura em que vive.

12.Importância das necessidades educativas especiais

O termo necessidade educacional, surgiu no meio académico como uma forma de distinguir as
pessoas que apresentam alguma forma de atraso na maturação necessária para iniciar algum tipo
de actividade, seja ela física, motora, sensorial, linguística ou altas habilidades que é o caso dos
alunos superdotados (Tem um papel fundamental na sensibilizar a compreensão da diversidade
dos sujeitos escolares numa perspectiva multicultural e inclusiva, bem como as politicas e
legislação pertinentes, construindo alternativas pedagógicas de inclusão.

Assim, a adaptação do sistema educativo a crianças com necessidades especiais deve procurar:

Incentivar e promover a aplicação das tecnologias da informação e comunicação ao sistema de


ensino. Promover a utilização de computadores pelas crianças e jovens com necessidades
especiais integrados no ensino regular, criar áreas curriculares específicas para crianças e jovens
de fraca incidência e aplicar o tele-ensino dirigido a crianças e jovens impossibilitados de
frequentar o ensino regular.

Adaptar o ensino das novas tecnologias às crianças com necessidades especiais, preparando as
escolas com os equipamentos necessários e promovendo a adaptação dos programas escolares às
novas funcionalidades disponibilizadas por estes equipamentos.

Promover a criação de um programa de formação sobre a utilização das tecnologias da


informação no apoio às crianças com necessidades especiais, destinados a médicos, terapeutas,
professores, auxiliares e outros agentes envolvidos na adequação da tecnologia às necessidades
das crianças.

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