Exercidos resolvidos
A evolução cognitiva da criança nesse período pode ser descrita em seis subestádios nos quais
estabelecem-se as bases para a construção das principais categorias do conhecimento que
possibilitam ao ser humano organizar a sua experiência na construção do mundo: objecto, espaço,
causalidade e tempo.
O mundo para ela não se organiza em categorias lógicas gerais, mas distribui-se em elementos
particulares, individuais, em relação com sua experiência pessoal. O egocentrismo intelectual é a
principal forma assumida pelo pensamento da criança neste estádio. Seu raciocínio procede por
analogias, por transdução, uma vez que lhe falta a generalidade de um verdadeiro raciocínio
lógico.
Por volta dos sete anos a actividade cognitiva da criança torna-se operatória, com a aquisição da
reversibilidade lógica. A reversibilidade aparece como uma propriedade das acções da criança,
susceptíveis de se exercerem em pensamento ou interiormente.
O equilíbrio das trocas cognitivas entre a criança e a realidade, característico das estruturas
operatórias, é muito mais rico e variado, mais estável, mais sólido e mais aberto quanto ao seu
alcance do que o equilíbrio próprio às estruturas da inteligência sensório-motora.
Tanto as operações como as estruturas que se constroem até aproximadamente os onze anos, são
de natureza concreta; permanecem ligadas indissoluvelmente à acção da criança sobre os
objectos. Entre os 11 e os 15-16 anos, aproximadamente, as operações se desligam
progressivamente do plano da manipulação concreta.
Agora, poderá chegar a conclusões a partir de hipóteses, sem ter necessidade de observação e
manipulação reais. Esta possibilidade de operar com operações caracteriza o período das
operações formais, com o aparecimento de novas estruturas intelectuais e, consequentemente, de
novos invariantes cognitivos.
A mudança de estrutura, a possibilidade de encontrar formas novas e originais de organizar os
esquemas não termina nesse período, mas contínua se processando em nível superior. As
estruturas operatórias formais são o ponto de partida das estruturas lógico-matemáticas da lógica
e da matemática, que prolongam, em nível superior, a lógica natural do lógico e do matemático.
Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se
concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação da mãe, a criança
obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato.
Caso a amamentação fosse interrompida precocemente, o autor afirmava que a criança teria
atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto aquela que for constantemente
amamentada terá uma personalidade confiante e ingénua. Com duração de um ano a um ano e
meio, a fase oral termina com na época do desmame.
Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para com a
região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança vê esta fase
como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à personalidade "anal
expulsiva".
A criança poderia também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de
confrontar os pais, o que levaria à personalidade "anal retentiva". Esta fase tem duração de um a
dois anos.
Para um homem, a energia sexual é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de
inveja (às vezes violentos) contra o pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a se
identificar com o pai, em termos de órgãos genitais correspondentes, reprimindo assim o
complexo de Édipo.
Segundo Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus
órgãos genitais e, portanto, em direcção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez
que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar.
Os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade
conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.
Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais
distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.
Nível de desenvolvimento real: conjunto de actividade que a criança consegue resolver sozinha.
Esse nível é indicativo de ciclos de desenvolvimento já completos.
O período pré natal começa com fecundação do óvulo e após 72 horas da fertilização, são
formadas 32 células que se juntam e multiplicam rapidamente e começam a se diferenciar em
órgãos, músculos, ossos, tecidos e outras partes do corpo.
Assim, os primeiros 9 meses da vida do bebé são passados dentro do útero da mãe. Pode-se
conceber o período pré-natal (intra-uterino) em três fases:
b) Fase embrionária – de duas a oito semanas. Em quatro semanas o embrião atinge 1,3 cm de
comprimento e o coração já bate 65 vezes por minuto, embora não desenvolvido por completo.
Através de microscópio é possível detectar ligeiras saliências na cabeça que virão a ser os olhos,
ouvidos, boca e nariz;
c) Fase fetal – começa na oitava semana e vai até ao nascimento. O bebé é chamado de feto. Aos
três meses o feto pesa uns 28 gramas e mede em torno de 8 cm e tem completamente
desenvolvido: dedos das mão e dos pés, pálpebras, orelhas, cordas vocais, lábios e nariz,
permitindo com que o feto respire e engula alimentos.
Aos cinco meses de idade, pesa meio quilo e mede uns 30 cm de comprimento. O
desenvolvimento muscular aumenta e torna mais forte o seu reflexo e movimentos. Ele chuta e
estica-se. O batimento cardíaco dá para se ouvido no abdómen da mãe.
Rappaport (1981b:1)) considera que muitas crenças estabelecem a relação entre o estado
emocional da gestante que se transmite para a criança, afectando no desenvolvimento do feto a
partir “ da suposta conexão neural entre o sistema nervoso da mãe e o do filho e da transmissão
directa de emoções, desejos, angústias”.
O que acontece não é uma transmissão por meio neural, pois essa seria impossível devido as
diferenças na maturidade entre a mãe o feto, mas sim são as substâncias que passam da placenta
da mãe para o feto e nesse sentido, “alterações na fisiologia da mãe produzem mudanças no feto”
(idem).
Características da Infância
A infância inicial (0-18 meses) seria o período em que o desenvolvimento intelectual estaria
ligado de forma directa à maturação do sistema nervoso central, à capacidade de receber e
aprender impressões sensoriais, de executar movimento.
Pode-se considerar que uma das funções básicas do desenvolvimento na primeira infância é o
conhecimento do próprio corpo. O bebé ao explorar o seu corpo, olhando as mãos, executando
movimento, está formando um esquema de si próprio, que é designado de eu corporal.
Mas, há que ter em conta, que para além dos factores meramente biológicos, o meio influi muito
na maturação da criança, estimulando-a, principalmente, no desenvolvimento da linguagem. Esta
depende também da estimulação ambiental (cognitiva, afectiva e social), se a qual a criança pode
apresentar retardos na sua aquisição e perturbação.
No entanto, ela ainda terá dificuldades em atar os sapatos, abotoar as calças e a camisa.
Socialmente a criança vai além da sua família, ela estende-se para outras pessoas, expondo-se a
novas situações, ideias, coisas, problemas e papeis, que são importantes para o seu
desenvolvimento social. Mesmo assim, os pais continuam sendo o seu ponto de referência.
É conhecido, também, como o período das perguntas, das quais os pais nem sempre tem as
respostas, o que gera a necessidade da escola. Daí que os pais e os professores têm um papel
importante na facilitação do seu desenvolvimento, na construção da sua autonomia.
Com crescimento as crianças criam formas alternativas de expressão das suas emoções, que
seriam mais aceitáveis, assim elas utilizam o raciocínio para evitarem situações de desconforto.
a) Ao envolver uma variedade de actividades físicas, as capacidades motoras das crianças são
facilitadas e melhoradas;
b) A garantia de uma alimentação sadia, pois esta contribui para o desenvolvimento físico da
criança;
c) Ao se envolver em actividades físicas na idade pré-escolar a criança desenvolve a sua
coordenação muscular e, consequentemente a autoconfiança e a segurança. Assim os professores
devem encorajar o desenvolvimento das capacidades motoras da criança;
A adolescência estende-se dos 12 aos 17anos, 21 anos [pode se confundir com a juventude, essa é
uma discussão muito renhida entre os desenvolvimentistas] e é caracterizada pela busca da
consolidação da identidade.
No âmbito geral, dos 12 aos 18 anos as raparigas experimentam mudanças e crescimento rápido
dois anos à frente dos rapazes e elas ficam mais altas e com maior peso. Em ambos os sexos
acontece à maturidade sexual e a capacidade de reprodução. Há um crescimento acelerado e
mudanças precipitadas nas secreções das hormonas da glândula pituitária, localizada na base do
cérebro.
Nos rapazes aumento o tamanho e força dos músculos e dos troncos. Verifica-se, também o
crescimento rápido dos testículos, dos pêlos púbicos e do pénis, o que permite a erecção, podendo
ser causada por estímulos eróticos e fantasias, pressão provocada sobre as roupas, etc. tal erecção
pode gerar a ejaculação, podendo o rapaz engravidar uma rapariga.
A ejaculação é seguida pelo crescimento dos pêlos nas axilas, pêlos na face (barba) e a mudança
de voz.
Principais mudanças nas raparigas
Normalmente as raparigas nascem com um sistema nervoso e esqueleto mais maduro que os
rapazes. No inicio da adolescência desenvolvem-se as glândulas mamarias e os pêlos púbicos. O
útero, a vagina e o peito aumentam de tamanho em preparação para a função de mãe. Os lábios
da vagina e o clitóris se alargam o que culmina com a primeira menstruação da jovem.
A menstuação é sinal de maturidade sexual, visto que a jovem pode engravidar caso mantenha
relações sexuais sem protecção com o sexo oposto. As ancas e a pélvis tornam-se mais largas, os
odores corporais tornam-se mais intensos.
O tom da voz torna-se mais aguda. Em ambos os sexos, muitas vezes os adolescentes não aceitam
as mudanças que experimentam. Uns ficam insatisfeitos com a aparência física, isso depende da
relação estabelecida pelos pais, que tanto contribuem na formação do auto-conceito (auto-
percepção) concorrendo na formação da sua identidade.
No inicio da idade adulta, os músculos do homem continuam a aumentar, facto que não acontece
com as mulheres. Há uma tendência de aumento de peso e fisicamente, estes se tornam mais
fortes. É o inicio na independência económica, de responsabilidades, estabelecimento de relações
íntimas com o sexo oposto, ocorrência de casamento e formação de uma família.
Davidoff (2001) resume que os adultos são motivados a partenidade/maternidade por nove
valores:
1) Validação do status de adulto e da identidade social – pois há crenças que presumem que não
ter filhos significa não ser adulto, principalmente nas mulheres que se sentem incompletas por
não serem mães;
2) Expansão do eu – os filhos sou visto como vector de ligação como as novas gerações, gerando
um sentimento de imortalidade;
3) Realização dos valores morais – um filho pode significar a realização de ideais sociais,
religiosos ou pessoais;
4) Criação de novos laços – ser mãe ou pai aumenta o grau de afectividade do adulto;
7) Poder e influência – pelo controlo que se tem quanto ao bebé e pela possibilidade de modelar
um Sr humano;
8) Comparação e competição social – deliciando-se com a ideia de que o seu bebé é melhor que
o dos outros;
Muitos dos sentidos atingem o seu pico nos primeiros anos da idade adulta. Com o avanço da
idade, a maioria dos sistemas fisiológicos deixa de funcionar no seu ritmo óptimo e podem ser
verificadas mudanças no sistema cadiorvascular, respiratório, sensorial (audição, vista, olfato).
A velhice começa normalmente aos 65 anos para os homens e mais cedo para as mulheres. A pele
fica rugosa, os ossos tornam-se mais frágeis, os sentidos menos precisos, o funcionamento
fisiológico menos eficiente, o ritmo da erecção do homem muda e leva mais tempo para atingir a
excitação sexual. Esta etapa da vida termina com a morte.
c) Estágio da cooperação genuína (11-12 anos): A criança tem completo domínio das regras e é
capaz de discutir a legitimidade das mesmas.
A partir dos 11 anos de idade a criança deixa de acreditar no carácter perene das regras, pois não
considera mais os pais como ser infalíveis. A autoridade pode ser discutida e, portanto, as regras
podem ser violadas. Para concluir a visão de Piaget, de acordo com Sisto e Martinelli (2008),
distinguem três tipos de moralidade:
a) Anomias Esta fase, por vezes omissa em certos autores, não se pode falar de moralidade, a
criança vive no meio sem seguir as regras ou normas de conduta, é a fase dos bebés recém-
nascidos.
b) Heteronomia Nesta etapa já se pode falar de cumprimento das regras de conduta, porém as
crianças não as seguem porque as reconhecem, mas por medo de represarias ou punições dos pais
ou dos adultos a sua volta. Trata-se de normas impostas.
c) Autonomia Aqui, diferentemente da imposição sofrida na fase anterior, a criança reconhece a
necessidade de cumprimento das regras e autofiscaliza-se. Como o nome sugere, é a fase de
desenvolvimento da autonomia, ela cumpre as obrigações não pelo medo de sanções para pela
compreensão do bem e do mal que pode causar a acção.
a) Nível pré-convencional: é típica nas crianças entre 4 a 10 anos de idade em que as crianças
tomam decisões egocêntricas e interesses pessoais.
Estágio II: Orientação Instrumental – a criança determina o certo por aquilo que lhe dá
felicidade.
b) Nível convencional: a moral é centrada no social, os interesses dos outros também são levados
em conta na hora de tomada de decisão. Necessidade e desejo de corresponder às normas sociais.
Estágio III: Orientação para o bom menino ou boa menina – e as crianças evitam, assim,
comportamentos inaceitáveis.
Estágio IV: Orientação para a ordem e a lei – a criança entende que sua aceitação na sociedade
está condicionada a obediência da lei.
c) Nível pós-convencional: a criança é autónoma nos seus julgamentos e não se prende ao seu ego
nem a sociedade na tomada de suas decisões.
Estágio V: Orientação para o contrato social – a criança vê a sociedade como fonte da lei, vale a
protecção dos direitos individuais.
Estágio VI: orientação para os princípios éticos universais – que seria o grau mais elevado do
desenvolvimento moral do indivíduo, o que vale é a vida humana e ela tem primazia sobre todas
as coisas.
11.Conceitos de inteligência, memoria, socialização e motivação
A Inteligência
Memória
A Motivação
A Socialização
O termo necessidade educacional, surgiu no meio académico como uma forma de distinguir as
pessoas que apresentam alguma forma de atraso na maturação necessária para iniciar algum tipo
de actividade, seja ela física, motora, sensorial, linguística ou altas habilidades que é o caso dos
alunos superdotados (Tem um papel fundamental na sensibilizar a compreensão da diversidade
dos sujeitos escolares numa perspectiva multicultural e inclusiva, bem como as politicas e
legislação pertinentes, construindo alternativas pedagógicas de inclusão.
Assim, a adaptação do sistema educativo a crianças com necessidades especiais deve procurar:
Adaptar o ensino das novas tecnologias às crianças com necessidades especiais, preparando as
escolas com os equipamentos necessários e promovendo a adaptação dos programas escolares às
novas funcionalidades disponibilizadas por estes equipamentos.