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PROCEDIMENTO DE END
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1. OBJETIVO
Este procedimento estabelece as condições necessárias para a execução do ensaio por meio de partículas
magnéticas em máquinas estacionárias em materiais ferromagnéticos, a ser utilizado no Sistema Nacional de
Qualificação e Certificação de Pessoal em END - SNQC/END.
2. NORMAS DE REFERÊNCIA
Código ASME Sec. V – edição 2001
4. SAÚDE E SEGURANÇA
4.1 Antes da aplicação deste procedimento todas as pessoas envolvidas com a inspeção, devem estar
familiarizadas com os conteúdos dos procedimentos de segurança local.
4.2 As inspeções devem ser conduzidas em locais ventilados, para se evitar intoxicações por inalação de
vapores provocados por aerossóis ou solventes.
4.3 Como alguns materiais utilizados no ensaio por partículas magnéticas são inflamáveis, os mesmos devem
ser utilizados longe de locais onde possam haver chamas ou superaquecimento.
4.4 Em função dos locais de inspeção e dos produtos a serem utilizados, o inspetor deve avaliar a
necessidade de uso de EPI´S apropriados.
5.1 Equipamentos
5.1.1 Deve ser utilizada para a execução dos ensaios uma máquina (Fonte de Corrente) estacionária ou
semiportátil que atenda aos seguintes dados técnicos:
5.1.2 A corrente de magnetização deve ser retificada (de meia onda ou onda completa), devendo estar dentro
dos limites da TABELA 1 ou 2.
5.1.3 Todos os equipamentos devem possuir amperímetro para verificar se a corrente de magnetização está
sendo aplicada corretamente.
5.1.4 Cada amperímetro deve ser calibrado, no mínimo uma vez por ano e sempre após reparo elétrico, revisão
periódica ou avaria do aparelho. Esta calibração deve ser realizada tomando-se leituras comparativas em
pelo menos três valores de corrente, e o desvio não pode ser superior a ± 10%, do fundo de escala, do
valor real. Os amperímetros devem estar posicionados em local adequado, de modo a ser possível a
leitura da corrente durante o ensaio.
5.1.5 Na Técnica do condutor central deve ser utilizado um condutor de cobre revestido, ou uma vareta de
cobre nua.
5.1.6 Na técnica do contato direto as dimensões das cabeças de contato devem ser suficientes para garantir um
perfeito contato com a peça a ser ensaiada. A corrente de magnetização deve ser ligada após o
posicionamento adequado dos contatos na peça, e ser desligada antes da retirada destes. Devem ser
utilizados elementos de contato ou fixação com superfície de contato e pressão suficiente para permitir o
fluxo de corrente sem a formação de arcos elétricos entre os contatos e a superfície da peça em ensaio.
Os equipamentos estacionários com contatos acionados automaticamente devem ter temporizadores para
ajustar os tempos de pré e pós-magnetização. No caso de equipamentos semiportáteis com eletrodos de
contato de fixação manual, deve existir um interruptor de corrente de magnetização, de controle remoto,
que pode estar incorporado em um dos punhos dos eletrodos. Se for usada uma fonte de corrente de
magnetização com tensão superior a 25V, em circuito aberto, o material das ponteiras dos eletrodos deve
ser de chumbo, aço ou alumínio, ao invés de cobre a fim de evitar a depósito de cobre na peça em ensaio.
5.1.7 Na técnica do contato direto os contatos devem estar limpos e as áreas de contato das peças devem
estar livres de sujeiras, graxas, óleo, carepas, de modo a permitir a passagem de corrente à peça e
minimizar a abertura de arco elétrico.
6. CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO
6.1 GERAL - deverá ser utilizada corrente retificada (de meia onda ou onda completa). As fórmulas de
cálculo apresentadas abaixo, resultam em valores de corrente que proporcionam um campo magnético
satisfatório, principalmente para peças de geometria simples, com poucas variações nas seções
transversais. Para peças de geometria complexa, a corrente pode ser determinada através da aplicação
do descrito no item 15 ou com o auxílio de medidor de densidade de fluxo. Neste último caso deve ser
considerado como satisfatório valores de densidade de fluxo entre 30 e 60 Gauss.
6.2 BOBINA - A intensidade da corrente de magnetização deve ser calculada tendo como base o
comprimento (L) e o diâmetro (D) da peça de acordo com a tabela I. Deve ser utilizada corrente ou
retificada (de meia onda ou onda completa). Para peças não cilíndricas o diâmetro (D) será a maior
diagonal da seção transversal.
Notas:
(1) Quando a Relação "L/D" for maior que 15 e o comprimento da peça for menor que 457 mm
(18"), utilizar na fórmula o valor 15, independente da relação real.
(2) Peças longas devem ser ensaiadas em seções não superiores a 457 mm (18") de comprimento
e neste caso, o valor do comprimento (L) a ser utilizado no cálculo da TABELA I, será de 457
mm (18").
(3) Utilizar prolongadores magnéticos, fabricados com o mesmo material e diâmetro da peça,
encostados em ambas as extremidades da peça. Neste caso, o comprimento (L) a ser utilizado
nas fórmulas da TABELA I, deve ser a soma do comprimento da peça e dos prolongadores.
(4) A corrente de magnetização requerida para se obter a intensidade de campo magnético
necessária deve ser determinada dividindo o número de ampéres-espira obtido na TABELA I
pelo número de espiras da bobina. A corrente de magnetização deve estar dentro de ± 10% do
valor determinado.
Amperes – Espira
Corrente (lida no Amperímetro) = -----------------------------------
No de Espiras
6.3 CONTATO DIRETO - Deve ser utilizada corrente retificada (de meia onda ou onda completa). Para
calcular a corrente de magnetização, multiplicar o diâmetro externo da peça pelos valores indicados na
tabela 2. A corrente utilizada no equipamento para magnetização (lida no amperímetro) deverá ficar
dentro dos limites obtidos. No caso de peças não cilíndricas o diâmetro externo será a maior diagonal da
seção trans
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6.4 CONDUTOR CENTRAL - No caso de condutor centralizado, no lado interno da tubulação, a intensidade
da corrente de magnetização deve ser calculada tendo como base o diâmetro (interno ou externo) da
tubulação a ser ensaiada, conforme TABELA 3. Para obter o valor da corrente deve-se multiplicar o
diâmetro externo da peça pelos valores indicados na tabela 3. A corrente de magnetização utilizada no
equipamento (lida no amperímetro deve estar dentro dos limites obtidos.
7. PARTICULAS MAGNÉTICAS
7.1 As partículas magnéticas utilizadas no ensaio por via úmida ou via seca devem possuir características
geométricas, magnéticas e de visibilidade que proporcionem, na condição de ensaio, mobilidade,
contraste e sensibilidade adequada.
7.2 No caso de partículas magnéticas utilizadas por via úmida, a suspensão deve ser preparada segundo as
recomendações do fabricante das partículas magnéticas.
7.3 A concentração de partículas no veículo deve ser verificada em tubo decantador (1). Uma amostra de 100
ml da suspensão que está sendo utilizada deve ser decantada por 30 minutos quando o veículo utilizado
for água e 60 minutos para destilados de petróleo. A concentração deve ser verificada no início e a cada 4
horas de trabalho. Para partículas fluorescentes, o volume de partículas decantado deve estar
compreendido entre 0,1 e 0,4 ml. Para partículas coloridas (visíveis sob luz normal), o volume de
partículas decantado deve estar compreendido entre 1,2 e 2,4 ml. Quando o banho for retirado de um
tanque com sistema de recirculação, o sistema deve permanecer em recirculação por um mínimo de 30
minutos antes da retirada da amostra para decantação.
Nota
(1) :O tubo tipo pêra pode ser usado tanto para partículas fluorescentes, como para partículas
visíveis sob luz normal.
(2) Tubo tipo cone somente pode ser utilizado para partículas fluorescentes
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Tubo decantador tipo pera, utilizado para verificação Tubo decantador tipo cone, utilizado para
da concentração de partículas via úmida colorida ou verificação da concentração de partículas via
fluorescente úmida fluorescente.
8. TINTA DE CONTRASTE
8.1 A espessura da película de tinta de contraste deve ser no máximo de 25 µm. A tinta de contraste não deve
influir desfavoravelmente na mobilidade das partículas magnéticas e não deve ocasionar diminuição da
sensibilidade do ensaio.
8.2 A tinta de contraste não deve ser solúvel no veículo, durante o tempo necessário à execução do ensaio
8.3 O uso de tinta de contraste só é permitido quando a inspeção for realizada por meio de partículas
magnéticas via úmida colorida.
9. EXTENSÃO DO ENSAIO
O ensaio deve cobrir 100% da solda + 25 mm adjacente para cada lado da solda. No caso de eixo deve ser
inspecionado em 100% de sua área.
12. TEMPERATURA
Durante a execução do ensaio, a temperatura da peça não deve ser superior a 315°C (600°F) para o ensaio
por via seca e 57°C (135°F) para o ensaio por via úmida.
13.1 BOBINA - A sobreposição deve ser feita levando-se em consideração as características da bobina, sendo
que deve haver sempre uma sobreposição de campo magnético de aproximadamente 10% da área útil da
bobina. A área útil a ser considerada no ensaio é igual à dimensão (comprimento) da bobina mais o valor
equivalente ao raio da bobina para cada lado desta.
13.2 CONTATO DIRETO – Nesta técnica a magnetização é feita de uma só vez, não sendo necessário a
sobreposição.
13.3 CONDUTOR CENTRAL - No caso de condutor encostado contra a parede interna do tubo, devem ser
aplicadas magnetizações sucessivas, girando o tubo a cada aplicação. A área efetivamente examinada é
de 4 vezes o diâmetro do condutor. A sobreposição de cada aplicação deve ser de 10% desta área efetiva
de inspeção. No caso de condutor centralizado não necessita de sobreposição, visto que a magnetização
é feita na área toda para inspeção.
NOTA : A superfície do entalhe do QQI deverá ficar em contato com a peça, simulando uma
indicação subsuperficial;
16. DESMAGNETIZAÇÃO
16.1 A desmagnetização é necessária para corpos de provas cilíndricos.
16.2 A desmagnetização será realizada retirando-se gradativamente o corpo de prova do campo magnético de
uma bobina operando com corrente alternada, cuja intensidade deve ser igual ou maior que a utilizada no
ensaio.
16.3 Será considerado satisfatório um campo magnético residual inferior e 3 Gauss, após a desmagnetização.
19.1 A avaliação das descontinuidades deverá ser feita conforme o critério apresentado abaixo.
a) Indicação linear é a que apresenta um comprimento maior que três vezes a largura.
b) Indicação arredondada é a que apresenta formato circular ou elíptico, com comprimento igual ou
menor que três a largura
c) Quaisquer indicações questionáveis ou duvidosas devem ser submetidas a um reexame, para que
se defina se as mesmas são relevantes ou não.
20. ANEXOS
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ANEXO 9