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c Aluna: Ingrid Dos Santos Baleixo nº: 12
No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse
período. De um lado temos a ascensão dos ideais iluministas, que pregavam a
liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além
disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do
capitalismo industrial.
Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em
que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado
monárquico centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições
feudais. A sociedade francesa estava dividia em classes sócias distintas pela condição
econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado.
De um lado, tínhamos a nobreza e o alto clero usufruindo da posse das terras e a isenção dos
impostos. Além disso, devemos salientar a família real que desfrutava de privilégios e vivia à
custa dos impostos recolhidos pelo governo. No meio urbano, havia uma classe burguesa
desprovida de qualquer auxilio governamental e submetida a uma pesada carga tributária que
restringia o desenvolvimento de suas atividades comerciais.
A classe proletária francesa também vivia uma situação penosa. No campo, os camponeses
eram sujeitos ao poder econômico dos senhores feudais e viviam em condições mínimas.
Muitos deles acabavam por ocupar os centros urbanos, que já se entupiam de um amplo grupo
de desempregados e miseráveis excluídos por uma economia que não se alinhava às
necessidades do nascente capitalismo industrial.
Somados a todos estes fatores, a derrota francesa em alguns conflitos militares e as péssimas
colheitas do final do século XVIII, contribuíram para que a crise econômica, e a desordem
social se instalassem de vez na França. Desse modo, a década de 1780 veio carregada das
contradições, anseios e problemas de uma nação que não dava mais crédito a suas
autoridades. Temos assim, os preparativos da chamada Revolução Francesa.
França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a
passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
s antecedentes da Revolução
A França tomada pelo Antigo Regime era um grande edifício construído por cinquenta
gerações, por mais de quinhentos anos. As suas fundações mais antigas e mais profundas
eram obras da Igreja, estabelecidas durante mil e trezentos anos.
A sociedade francesa do século XVIII mantinha a divisão em três Ordens ou Estados típica do
Antigo Regime ± Clero ou Primeiro Estado, Nobreza ou Segundo Estado, e Povo ou Terceiro
Estado ± cada qual regendo-se por leis próprias (privilégiosA, com um Rei absoluto (ou seja, um
Rei que detinha um poder supremo independenteA no topo da hierarquia dos Estados. O Rei
fora antes de tudo o obreiro da unidade nacional através do seu poder independente das
Ordens, significando que era ele quem tinha a última palavra sobre a justiça, a economia, a
diplomacia, a paz e a guerra, e quem se lhe opusesse teria como destino a prisão daBastilha. A
França sofrera uma evolução assinalável nos últimos anos: não havia censura, a tortura fora
proibida em 1788, e a representação do Terceiro Estado nos Estados Geraisacabava de ser
duplicada para contrariar a Nobreza e o Clero que não queriam uma reforma dos impostos.
Em 14 de julho de 1789, quando a Bastilha foi tomada pelos revolucionários, albergava oito
prisioneiros.
Com a exceção da nobreza rural, a riqueza das restantes classes sociais na França tinha
crescido imensamente nas últimas décadas. O crescimento da indústria era notável. No Norte e
no Centro, havia uma metalurgia moderna (Le Cresot data de 1781A em Lyon havia sedas em
Rouen e em Mulhouse havia algodão na Lorraine havia o ferro e o sal havia lanifícios em
Castres, Sedan, Abbeville e Elbeuf em Marselha havia sabão em Paris havia mobiliário,
tanoaria e as indústrias de luxo, etc..
Existia uma Bolsa de Valores, vários bancos, e uma Caixa de Desconto com um capital de cem
milhões que emitia notas. Segundo Jacques Necker, a França detinha, antes da Revolução,
metade do numerário existente na Europa. Nobres e burgueses misturavam muitos capitais em
investimentos. Antes da Revolução, o maior problema da indústria francesa era a falta de mão
de obra.
Desde a morte do rei Luís XIV, o comércio com o exterior tinha mais do que quadruplicado.
Em 1788, eram 1,061 milhões de , um valor que só se voltará a verificar depois de 1848.
Os grandes portos, como Marselha, Bordéus, Nantes, floresciam como grandes centros
cosmopolitas. O comércio interior seguia uma ascensão paralela.
Sabendo-se que existia uma burguesia tão enriquecida, muitos historiadores colocaram a
hipótese de haver uma massa enorme de camponeses famintos. Na França, o imposto rural
por excelência era a "taille", um imposto recolhido com base nos sinais exteriores de riqueza,
por colectores escolhidos pelos próprios camponeses. A servidão dos campos, que ainda se
mantinha em quase todos os países da Europa, persistia apenas em zonas recônditas da
França, e sob forma muito mitigada, no Jura e no Bourbonnais. Em 1779, o Rei tinha apagado
os últimos traços de servidão nos seus domínios, tendo sido imitado por muitos senhores.
Ao longo da História, a miséria tem provocado muitos motins, mas em regra não provoca
revoluções. A situação da França, antes da Revolução, era a de um Estado pobre num país
rico. [1]
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início da Revolução
Preocupado com seu futuro político, o rei mobilizou tropas militares para reprimir as
manifestações burguesas e populares. Mas foram organizadas milícias populares, financiadas
pela burguesia, para enfrentar as tropas reais. No dia 14 de julho de 1789, a população
parisiense tomou a Bastilha (prisão política, símbolo do autoritarismo e das arbitrariedades do
reiA.
A Assembléia Nacional, estabelecida entre 1789 e 1792, aboliu o voto por estamento e deu
condições para que novas práticas fossem fixadas ao contexto político francês. Contando com
a intensa participação da burguesia e dos camponeses, a Revolução ganhava força nas ruas,
campos e instituições francesas. As leis que garantiam os privilégios nobiliárquicos foram
abolidas, trazendo maior igualdade de direitos entre os franceses.
Resistente às transformações, o rei Luís XVI negou-se a aprovar os termos da Declaração. Tal
recusa provocou uma temerosa reação dos populares que tomaram o Palácio de Versalhes,
forçando o rei a se mudar para o Palácio das Tulherias. No ano de 1790 o clero teve sua
situação alterada com a Constituição Civil do Clero. Através deste documento, os clérigos
transformaram-se em funcionários públicos subordinados ao Estado. Além disso, as terras
clericais foram confiscadas e serviram de lastro para a criação de uma nova moeda, as
assignats.
Em 1791, uma nova constituição começou a vigorar na França. De acordo com seus termos, o
governo passaria a ser comandado por uma monarquia constitucional. O poder passou a ser
exercido pelos três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Apesar de limitar os poderes
reais e abolir os privilégios, o novo governo foi dominado por um processo de aburguesamento
das instituições, garantido por meio do voto censtário. A antiga união de interesses do Terceiro
Estado agora não seria mais a mesma.
Nas ruas os sans-cullotes promoviam a agitação dos centros urbanos e defendiam a adoção de
medidas de caráter puramente popular. Desprovidos de um projeto político mais amplo
mobilizavam-se em torno de reivindicações imediatistas como o tabelamento do preço dos
alimentos. Tornando-se com grande poder de mobilização política, os sans-cullotes receberam
o apoio político dos jacobinos.
ccccUm dos atos mais importantes da Assembléia foi o confisco dos bens do clero francês, que
seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise
financeira. Parte do clero reage e começa a se organizar Como resposta, a Assembléia decreta
a Constituição Civil do Clero isto é, o clero passa a ser funcionário do Estado, e qualquer gesto
de rebeldia levara a prisão.
A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de
1791. Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria
limitado pela atuação do poder legislativo (ParlamentoA.
Neste poder legislativo era escolhido através do voto censitário e isso equivalia dizer que o
poder continuava nas mãos de uma minoria, de uma parte privilegiada da burguesia.
Resumindo, o que temos é uma Monarquia Parlamentar dominada pela alta burguesia e pela
aristocracia liberal, liderada, por exemplo, pelo famoso La Fayette, é o total afastamento do
povo francês.
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A convenção nacional (1792- 1795)cc
Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que
os Ëacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi
a etapa mais popular do movimento já que os Ëacobinos eram representantes políticos
das classes populares. Para alguns historiadores, esta etapa não predominou a ideologia
burguesa, já que a burguesia não conduzia a revolução neste período . Porém, antes da
queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar uma República ± a
República Girondina em setembro de 1792. A república foi proclamada como um mecanismo
de assegurar a burguesia seus interesses, projetos, no poder político do Estado. Como as
tensões estavam exaltadas, a alta burguesia francesa decidiu tirar todo o poder político do rei
Luis-XVI e transferi-lo para si (a burguesiaA. Desta forma caía a Monarquia na França. Em
1792, a Assembléia Legislativa aprovou uma declaração de guerra contra a Áustria. É
interessante salientar que a burguesia e a aristocracia queriam a guerra por motivos diferentes.
Enquanto para a burguesia a guerra seria breve e vitoriosa, para o rei e a aristocracia seria a
esperança de retorno ao velho regime. Palavras de Luís XVI: "Em lugar de uma guerra civil,
esta será uma guerra política" e da rainha Maria Antonieta: "s imbecis [referia-se a
burguesia]! Não vêem que nos servem". Portanto, o rei e a aristocracia não vacilaram em
trair a França revolucionária. Luís XVI e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao
país por colaborarem com os invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos
prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos
partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Ôanton, Robespierre e Marat, foram
distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de
Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele:"áara
vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França
estará salva". Em 21 de Janeiro do ano seguinte, 1793, Luis-XVI foi condenado e guilhotinado
na praça da revolução´ ± atual Praça da Concórdia situada na avenida Champs-Élysées, em
Paris ± uma vez que os Jacobinos já haviam assumido a liderança do movimento
revolucionário. A rainha Maria Antonieta, foi decapitada no mesmo ano só que em setembro.
Ressalta-se que para que os Jacobinos pudessem alacançar o poder político do Estado e
assumí-lo, teve que contar com um apoio fundamental: os sans-culottes. Os sans-
culottes eram indivíduos populares ± normalmente desempregados e assalariados, a plebe
urbana ± que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas
cabeças.
Os sans-culottes acabaram por se tranformar em uma força motora da revolução. Isto é, como
era formado por uma massa de indivíduos, graças as ações violentas dos mesmos que os
Jacobinos, ligados a eles, chegaram ao poder. Definitivamente os sans-culottes tiveram um
papel fundamental no processo revolcionário francês já que correspondiam as aspirações
populares.
Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado
realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não duraram
muito no poder devido ao que implantaram durante sua República ± a Era do Terror.
Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror, ou seja, era
necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as
conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre
impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados
suspeitos de traição à Guilhotina. Foi o período em que a Guilhotina foi mais usada. Até
mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram
guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de
Estado ± o golpe do Termidor´ ± e derrubassem com a República Jacobina, guilhotinando
inclusive Robespierre.
Conhecido como Reação Oermidoriana, o golpe de Estado armado pela alta burguesia
financeira marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário. Em
compensação, os estabelecimentos comerciais cresciam pois a idéia burguesa havia eliminado
os empecilhos feudais. O novo governo, denominado Ôiretório (1795-1799A, autoritário e
fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em
campanhas externasA, foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria
a burguesialivre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo
Regime.
O Poder Executivo foi concedido ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores
eleitos por cinco anos. E, Apesar disso, em 1796a burguesia enfrentou a reação
dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Kevin liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um
movimentosocialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era
voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira
de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo
Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o
enforcamento de Babeuf.
Bibliografia
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