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A esse respeito, cumpre anotar que não só os atos ilícitos, como também os atos lícitos dos agentes
públicos são capazes de gerar a responsabilidade extracontratual do Estado.
Exemplo: policiais civis em perseguição a um bandido, batem na traseira de um veículo que estava
no meio do caminho. A perseguição policial consiste numa atuação lícita, mas gerou prejuízos e o
estado deverá indenizar os danos causados.
✓ Inexistência do serviço.
✓ Mau funcionamento do serviço.
✓ Retardamento do serviço.
Cabe sempre ao particular prejudicado pela falta comprovar sua ocorrência para fazer justa
indenização.
Excludentes de Responsabilidade
No tocante a responsabilidade civil extracontratual do Estado, importante ressaltar que existem
algumas causas que, uma vez comprovadas, excluem a responsabilidade da Administração Pública.
São elas:
1ª) Caso Fortuito e Força Maior: existem autores que defendem que a força maior decorre de
fenômenos da natureza, enquanto o caso fortuito seria decorrente da atuação humana. Por outro
lado, há quem defenda justamente o contrário. Logo, diante de uma divergência doutrinária,
importante buscarmos o posicionamento da jurisprudência, ou seja, o entendimento dos nossos
juízes e tribunais.
A esse respeito, o Supremo Tribunal Federal não faz distinção entre caso fortuito e força maior,
considerando ambas as causas como excludentes de responsabilidade do Estado.
Ex.1: um terremoto que destrói casas. O Estado não poderá ser responsabilizado, pois o fato não
ocorreu em razão de uma conduta da Administração, mas sim de um fato alheio e imprevisível.
Ex.2: Um assalto em ônibus em que um passageiro é morto exclui a responsabilidade do Estado ou
da empresa concessionária do serviço público, uma vez que a ação do assaltante não tem nenhuma
conexão com o serviço de transporte (Recurso Especial nº 142186).
2ª) Culpa Exclusiva da Vítima ou de Terceiro: quando a vítima do evento danoso for a única
responsável pela sua causa, o Estado não poderá ser responsabilizado. Ex: uma pessoa querendo
suicidar-se, se atira na linha do trem. Nesse caso, a família da vítima não poderá responsabilizar o
Estado, uma vez que a morte só ocorreu por culpa exclusiva da pessoa que se suicidou.
Por outro lado, quando a culpa for concorrente (e não exclusiva) da vítima, não haverá exclusão da
responsabilidade do Estado, mas atenuação. Ex: passageiro que viajava pendurado pelo lado de fora
do trem (pingente) caiu e sofreu danos. Nesse caso, O Superior Tribunal de Justiça reduziu pela
metade o pagamento de indenização, pois concluiu pela culpa concorrente da vítima, isto é, tanto a
vítima quanto a empresa estatal de transporte ferroviário foram considerados responsáveis pela
causação do acidente. O passageiro não deveria andar pendurado no trem e a empresa estatal
deveria proibir essa conduta (Recurso Especial nº 226348).
Quem Responde pelos Danos ??
§ 6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O Estado poderá ser responsabilizado pelos prejuízos causados a terceiros pelas concessionárias e
permissionárias de serviço público?
Em princípio, a resposta é negativa, não respondendo o Estado por danos causados por suas
concessionárias ou permissionárias. Isto porque estas pessoas jurídicas prestam o serviço público
em seu nome, por sua conta e risco.
Entretanto, a responsabilidade do Estado será subsidiária, ou seja, este responderá pelos prejuízos
após o exaurimento do patrimônio das empresas concessionárias e permissionárias do serviço
público. Portanto, se uma dessas empresas, por exemplo, falir e não possuir condições de arcar com
a indenização devida, o Estado deverá pagá-la, não podendo o administrado prejudicado ficar sem
o ressarcimento devido.
FIQUE LIGADO!! O Prazo do Estado entra contra agente causador do dano é imprescritível, ou seja,
não há prazo predeterminado.