ESTUDO 1 – O PECADO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS. TEXTO BÁSICO: Filipenses 3.11 a 21. APRESENTAÇÃO - Após a abençoada série de estudos sobre a Batalha da Fé, em Judas, estaremos iniciando uma nova série. E esperamos em Deus, que a preciosa Igreja de Cristo continue sendo edificada com o estudo sobre o pecado e a redenção. Não temos a pretensão de esgotar o assunto, todavia, almejamos fornecer aos queridos irmãos mais uma ferramenta didática para podermos continuar a vencer a batalha da fé. (Fp 4.7). I – PRELÚDIO SOBRE O PECADO – (1ª Semana, de 29 de junho a 03 de julho – Hino sugerido 266 HC) A doutrina sobre o pecado é chamada de Hamartiologia. 1. POR QUE ESTUDAR SOBRE O PECADO? O Pecado só pode ser praticado ou concretizado por um ser pessoal e inteligente, seja angelical ou humano. Portanto, uma vez enquadrados neste perfil, estamos vulneráveis a ação deste vírus denominado pecado. Como todo vírus o pecado é capaz de transmitir doenças, danificar, corromper e destruir. Em informática, os chamados vírus, programas criados para destruir e corromper informações, é um bom exemplo da ação do pecado. O Pecado ainda pode provocar efeitos indesejáveis, sendo o pior deles a exclusão eterna da presença de Deus. (Gn 3.8, 23 e 24). Desse modo, precisamos estudar todos os males e consequências que o pecado produz ao ser humano e, em particular, ao cristão. Estudar a respeito do pecado, proporcionará a nós cristãos um sentimento de repudia pelo mesmo, e assim procuraremos evitá-lo ao máximo, e diligentemente iremos nos precaver, para não sermos atingido pelos dardos inflamados desse mal. Do contrário, as seqüelas podem ser irreversíveis. (I Co 5.5). Tenhamos cuidado com o sono (morte) da indolência! 2. DEFINNDO PECADO - Segundo o teólogo A. B. Langston, pecado é um estado mau da alma ou da personalidade. Pode-se também defini-lo como qualquer ação ou omissão que resulte fracasso em cumprir a vontade de Deus, porém, a definição clássica é errar o alvo (Fl 3.14). 3. A CRIAÇÃO SEM PECADO – O pecado, nem sempre existiu, porquanto, no início os seres pessoais eram obedientes a Deus. No relato bíblico, em Gn 1, lemos sobre a aprovação de Deus dispensada a sua criação pelo emprego do termo “bom” (vv. 4, 10, 12, 17, 21, 25), e no verso 31 encontramos a expressão: "e eis que era muito bom". Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade. Por isso, afirmamos que o universo estava isento da presença do pecado. O Deus Santo Criou tudo tão perfeito, coroando, assim, os seres pessoais com o livre-arbítrio. CONCLUSÃO - O culto de doutrina é um bom momento para o estabelecimento dos conceitos práticos de pecado. Diante disso, é bom estarmos sempre atentos a não pecarmos nas grande e pequenas ações do dia-a-dia. Como tem sido seu esforço pessoal contra o pecado, que tão de perto nos rodeia? II- O PECADO – (2ª Semana, de 06 a 10 de julho – Hino sugerido 75 HC) 1) O SURGIMENTO DO PECADO – Não há dúvidas quanto a criação perfeita dos anjos. No entanto, as Escrituras relatam que a origem do pecado se deu na esfera angelical, como também fornece motivos dessa rebelião. Vejamos: a) Grande Prosperidade (Rei de Tiro/ Tipo de Satanás - Ez. 28.11-19; I Tm. 3.6); b) Ambição Desmedida e a Concupiscência (Rei da Babilônia, Tipo de Satanás – Is. 14.13,14). Ainda que tenha criado Lúcifer, e consequentemente, de forma indireta o mal (Is 44.24; 45.7), Deus não coagiu nenhuma de suas criaturas, a pecar. O pecado teve início, no coração do ex-querubim ungido, agora diabo. A possibilidade de tais seres perfeitos fazer qualquer uma das duas coisas (obedecer ou desobedecer) sem ser constrangido a qualquer opção, o levaram a pecar. Em outras palavras, havia perfeita liberdade de escolha. Quanto a nós, escolhamos não pecar. Tentado não cedas! 2) O PECADO NA ESFERA HUMANA – Como o pecado chegou até o ser humano? Houve um roteiro percorrido pelo pecado até alcançar a humanidade. Semelhante aos anjos, o homem foi criado sem pecado (Gn 1.26-28, 31; 2.7- 9, 15-17, 25). O pecado entrou na vida da raça humana por instigação ou tentação diabólica, fazendo esta desobedecer a ordem de Deus, registrada em Gn 3.1-24. O homem desobedeceu a Deus, como isso logo obedeceu ao diabo. A partir da desobediência do representante da raça humana (Gn 3.7-24), todo o ser humano passou a ser pecador (Sl 14.3, Sl 51.5; 53.3; Rm 5.12; Rm 3.10-12, 23). Porém, nem sempre foi assim. 3) A RAIZ DO PECADO – O pecado tem sua raiz, fundamento, ou essência, no egoísmo. Foi assim com o diabo e seus anjos, os demônios. O egoísmo gerado no interior de Lúcifer o levou ao desejo de ser superior a Deus, fazendo-o rebelar-se contra o Criador (Ez 28.11-19). Da mesma forma o homem instigado pelo diabo, deixou o egoísmo tomar conta de si, desejando, por isso, igualar-se a Deus (Gn 3.1-24). Apesar da nociva ação do pecado, este, serve como referência da idéia de que toda a humanidade é descendente dos mesmos ancestrais, a saber: Adão e Eva, os quais pelo pecado original afetaram toda a criação. E, portanto, indiscutivelmente, há uma ligação incondicional de todos os seres humanos em todo e qualquer lugar e época da história humana (Rm 5.12). Assim, todas as pessoas nascem carecendo do perdão divino. E graças ao amor de Deus, Ele mesmo preparou o meio de suprir esta carência humana. CONCLUSÃO - Contudo, agora, pelo sangue de Jesus, a igreja de Deus pode livrar-se do egoísmo e do pecado (Lc 19.10). Nascidos pecadores, podemos em Cristo renascer como novas criaturas e viver em santidade afastando-nos do erro do primeiro Adão! (Rm 5.14; 1 Co 15.45). III- CONSEQUÊNCIAS DIRETAS DO PECADO – (3ª Semana, de 13 a 17 de julho – Hino sugerido 422 HC) São principalmente a morte física e espiritual. Mas antes de quaisquer outras considerações, é bom sabermos que, teológica ou doutrinariamente, morte significa separação (Gn 3.19). 1) A MORTE FÍSICA – O pecado trouxe repentinamente graves conseqüências sobre Adão e sua descendência, sendo a pior delas; a morte (Gn 2.17; Ec 12.7; Rm 5.12, 17, 21; 6.23). Esta afetou toda a constituição física e mental do ser humano, causando-lhe uma degeneração sem precedente. A morte é a punição que sobreveio em conseqüência do pecado e, acompanhado-a, vieram suas mazelas (Gn 3.16-19; Is 53.4-6; Lc 4.40; Sl 41.8; 2 Cr 7.14; Gl 5.19-21). 2) A MORTE ESPIRITUAL – É a separação provisória ou eterna entre o homem e DEUS. "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Is 59.2 e Ef 2.14). E em razão dessa separação, os espíritos demoníacos passaram a atormentar a humanidade (1 Sm 16.23; Mc 5.2; 6.7; 7.25; 9.25; At 5.16, 8.7). 3) TRANSTORNOS A NATUREZA – A entrada do pecado também causou sérios transtornos na natureza como um todo (Gn 3.17 e 18; 2 Cr 7.14; Lc 21.11; Mt 24.7; Is 11.6; 65.25). CONCLUSÃO - No seu ministério, Cristo curou e ressuscitou pessoas, provando ser Ele o remédio divino contra o pecado e suas conseqüências. Por isso, o crente não precisa temer a morte, pois já passou da morte para a vida (Jo 5.24). IV- CONSEQUÊNCIAS INDIRETAS DO PECADO – (4ª Semana, de 20 a 24 de julho – Hino sugerido 289 HC). 1) A PERDA DA SEMELHANÇA MORAL – Antes da queda, o homem, era semelhante a Deus, natural e moralmente (Gn 1.26-27). Após a queda, esta semelhança ficou afetada. (Rm 3.10−23). Conseqüentemente, houve uma corrupção das faculdades humanas, quais sejam: A Inteligência (Gn 2.20); A Afeição (2 Tm 3.3); e a Vontade (Rm 7.19 e 20). Em virtude da perversão do ser humano seus poderes, características, e as suas tendências pendem agora para o pecado (Gn 6.11-12; Sl 14.1-3; Rm 3.10-18). Assim sendo, o homem tornou-se mais tendencioso para a sua carne e pecado do que para o espírito e comunhão com Deus. Não significa que o ser humano, está totalmente desprovido de boas qualidades. Se a depravação do ser humano o deixasse 100% mau, jamais haveria possibilidade do mesmo ter a Salvação Eterna. As boas qualidades, de certa forma, quando colocadas em ação, agradam a Deus. Vide At 10.1- 47 (4, 22, 31). E as benções podem se tornarem ainda maiores se homem receber e crer no nome de Jesus. (Jo 1.12) 2) A EXCLUSÃO DA PRESENÇA DE DEUS – O pecado separa o homem de Deus, excluindo-o da presença do Santo (Gn 3.8, 23−24). Contudo, esta situação se reverte pela regeneração individual do ser humano, operada por Deus, em toda pessoa humana que crê em Jesus Cristo como Único e Suficiente Salvador (2 Co 5.17; Tt 3.4−7). Com a regeneração, através da redenção, a comunhão entre o homem e DEUS é restabelecida, obtendo-se a permissão de entrar na Cidade Santa pelas portas, como observamos em Apocalipse 22.14. Batalhe por permanecer ativo na presença do Senhor! CONCLUSÃO – O sacrifício de Cristo é justamente o remédio de Deus para o restabelecimento do estado original do homem. “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." (I João 3.8). V- DEUS E AS CONSEQUÊNCIA DO PECADO – (5ª Semana, de 27 a 31 de julho – Hino sugerido 292 HC) Os resultados do pecado são muitos e complexos. O pecado tem seu efeito sobre o próprio Deus. Embora sua justiça, onipotência e demais atributos não sejam prejudicadas pelo pecado, as Escrituras dão testemunho de sua (seu): a) Magoa par causa do pecado (Os 11.8) b) Repugnação pelo pecado (Sl 11.5; Rm 1.18) c) Lamentação pelos perdidos (Mt 23.37; Lc 13.34) d) Paciência para com os pecadores (Ex 34.6; 2 Pe 3.9) e) Busca pela humanidade perdida (Is 1.18; 1 Jo 4.9-10,19) f) Sacrifício em favor da salvação da humanidade (Rm 5.8; 1 Jo 4.14; Ap 13.8). De todas as revelações bíblicas a respeito do pecado, estas talvez sejam as mais humilhantes. A única maneira de se lidar com o pecado e amando a Deus em primeiro lugar, e então passar a ser um canal para levar ao próximo o seu amor, mediante a graça divina. Somente o amor a Deus é capaz de opor-se ao pecado, que se opõe a tudo (Rm 13.10; 1 Jo 4.7-8). Somente o amor pode cobrir o pecado (Pv 10.12; 1 Pe 4.8) e, em último lugar, ser o remédio contra ele (1 Jo 4.10). E somente "Deus é amor" (1 Jo 4.8). CONCLUSÃO – O conhecimento do pecado deve gerar santidade na vida do cristão e uma ênfase a mesma santidade, na pregação e ensino a igreja. Portanto não “apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça." (Romanos 6.13) Vocabulário: Egoísmo - amor exagerado aos próprios valores e interesses a despeito dos de outrem; exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; excessiva vaidade, pretensão, orgulho, presunção. Indolência - ausência de dor , indiferença, falta de disposição física ou moral; morosidade, ócio, preguiça. CONIDERAÇÕES - Nos próximos estudos, permitindo Deus, estaremos abordando temas relevantes como: A influência do pecado sobre a alma e o corpo; A necessidade da redenção; A redenção no antigo testamento e sua tipologia, dentre outros temas. Portanto meus amados irmãos, eu vos conclamo a não faltarem e se possível convidar aos demais irmãos ausentes a apoiarem esta “corrente contra o pecado” que tão de perto nos rodeia (Hebreus 12.1). Desde Já agradeço a todos pelo apoio; vosso conservo, Pastor Jorge Almeida. 2009 – ANO DO PENIEL - JUNTOS, VENDO A FACE DE DEUS.