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CONSECANA-SP
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol
do Estado de São Paulo

MANUAL DE INSTRUÇÕES
6a edição

Piracicaba-SP
2015

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Manual de Instruções
CONSECANA-SP
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol
do Estado de São Paulo

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Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol
do Estado de São Paulo
Manual de Instruções/Edição/CONSECANA-SP, 2015, 80 p., 6a edição
1. Cana-de-Açúcar – Qualidade de Matéria-Prima
2. Cana-de-Açúcar: Sistema de Remuneração
3. Cana-de-Açúcar: Relacionamento Fornecedor-Indústria

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ÍNDICE

Introdução ................................................................................................ 8

Constituição da Diretoria do CONSECANA-SP ....................................9

Constituição da CANATEC-SP ............................................................. 11

Estatuto ..................................................................................................14

Capítulo I – Da entidade .................................................................... 14


Capítulo II – Dos associados ............................................................. 15
Capítulo III – Da organização da entidade ......................................... 15
Seção I – Da assembleia geral ..................................................... 16
Seção II – Da Diretoria ................................................................. 16
Seção III – Da Câmara Técnica e Econômica – CANATEC-SP.... 19
Capítulo IV – Da gestão financeira da entidade................................. 21
Capítulo V – Disposições gerais ........................................................ 22

Regulamento.......................................................................................... 24

Título I – Das funções e estrutura do CONSECANA-SP ................... 24


Capítulo I – Funções do CONSECANA-SP .................................. 24
Capítulo II – Da estrutura do CONSECANA-SP ........................... 26
Seção I – Da Diretoria ............................................................. 26
Seção II – Da câmara técnica – CANATEC-SP ...................... 27
Título II – Do sistema CONSECANA-SP ........................................... 28
Capítulo I – Da qualidade da cana-de-açúcar .............................. 28
Capítulo II – Do preço da cana-de-açúcar .................................... 29

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Capítulo III – Dos negócios de compra e venda de
cana-de-açúcar e da opção pelo sistema
CONSECANA-SP.................................................... 32
Capítulo IV – Da revisão do regulamento do CONSECANA-SP .... 33
Capítulo V – Disposições finais .................................................... 35

Anexo I – Normas operacionais de determinação da


qualidade da cana-de-açúcar  ...............................................36

  Fundamentos.........................................................................................36
  Procedimentos.......................................................................................36
1. Termos e definições ....................................................................... 36
2. Requisitos ...................................................................................... 36
2.1. Veículos de transporte da cana-de-açúcar ............................ 36
2.2. Entrega da cana-de-açúcar queimada .................................. 37
2.3. Amostragem das cargas ........................................................ 38
2.4. Caracterização do número de unidades de transporte..........38
3. Preparo e homogeneização da amostra ........................................ 39
4. Laboratório de análise de cana-de-açúcar..................................... 40
5. Teste de linearidade e repetitividade .............................................. 40
5.1. Teste de linearidade do refratômetro ..................................... 41
5.2. Teste de repetitividade do refratômetro ................................. 41
5.3. Teste de linearidade do sacarímetro ...................................... 42
5.4. Teste de repetitividade do sacarímetro .................................. 43
6. Pesagem da amostra para análise e extração de caldo .................. 44
7. Determinação do peso do bagaço (bolo) úmido (PBU),
conforme Normas ABNT NBR 16221 e 16271.............................. 44
8. Determinação de Brix refratométrico no caldo ............................... 44
9. Determinação da Polarização (Pol) do caldo no visível ................. 45
10. Determinação do Brix e da Pol do caldo por
espectrofotometria de infravermelho próximo (NIR) ....................45
11. Cálculos ........................................................................................ 46
11.1. Pureza aparente do caldo .................................................... 46
11.2. Açúcares redutores do caldo (AR) ....................................... 46
11.3. Fibra % cana (F) .................................................................. 47

4
11.4. Coeficiente C ....................................................................... 47
11.5. Pol % cana (PC) .................................................................. 47
11.6. Açúcares redutores % cana (ARC) ...................................... 47
11.7. Açúcar Total Recuperável (ATR) .......................................... 47
12. ATR Relativo – entrega da cana proporcional à moagem
durante a safra ....................................................48
12.1. ATR Relativo ........................................................................ 48
12.2. Como calcular o ATR Relativo ............................................. 48
12.3. Informações necessárias ..................................................... 49
12.4. Cálculo do ATRus provisório para início da safra ................ 49
12.4.1. Com cana de fornecedores e própria .......................... 49
12.5. Cálculo do ATRus no final do período de moagem da safra ......... 52
13. Tratamento dos dados, conforme a Norma ABNT NBR 16271 ...........55
13.1. Por carregamento e diário ................................................... 55
13.2. Dados quinzenais ................................................................ 55
14.Acompanhamento do sistema, conforme
Norma ABNT NBR 16271 ............................................................. 55
15. Interrupção operacional do sistema, conforme
Norma ABNT NBR 16271 ............................................................ 55
16. Registros, conforme Norma ABNT NBR 16271 ........................... 55
17. Comparação de resultados, conforme Normas
ABNT NBR 16223, 16224 e 16253 ..............................................55
18. Padronização dos cálculos conforme Norma ABNT NBR 16271 ... 55
19. Fatores para transformação dos produtos em ATR,
conforme Norma ABNT NBR 16271 ............................................56
19.1. Para o açúcar ...................................................................... 56
19.2. Para o etanol ....................................................................... 56
20. Métodos de laboratório ................................................................ 58
20.1. Preparo da mistura clarificante à base de alumínio,
de acordo com a Norma ABNT NBR 16224 ........................ 58
20.2. Determinação do Índice de Preparo (IP), de acordo
com a Norma ABNT NBR 16227 ......................................... 58
21. Determinação do teor de açúcares redutores –
Método de Lane & Eynon, de acordo
com a Norma ABNT NBR 16253 .................................................58

5
22. Determinação da fibra da cana – Método de Tanimoto,
conforme Norma ABNT NBR 16225 ............................................58
23. Equipamentos homologados pelo CONSECANA-SP
para a avaliação da qualidade da cana-de-açúcar .....................58
24. Formação do preço da cana-de-açúcar
posta na esteira – exemplo .......................................................... 61
24.1. Dados conhecidos ............................................................... 61
24.1.1. Laboratório (análise da cana)...................................... 61
24.1.2. Produção ..................................................................... 61
24.1.3. Preços do kg de ATR
(divulgados pelo CONSECANA-SP) ............................. 61
24.2. Cálculos ............................................................................... 62
24.2.1. Açúcares Redutores da Cana (ARC) .......................... 62
24.2.2. Açúcar Total Recuperável (ATR) ................................ 62
24.2.3. Cálculo da Quantidade de ATR equivalente ................ 62
24.2.4. Cálculo da participação de cada produto no total
de ATR produzido ....................................................... 63
24.2.5. Cálculo do preço médio do kg de ATR ........................ 63
24.2.6. Preço da tonelada de cana (VTC), em reais .............. 63

Anexo II – Formação do preço da cana-de açúcar e


forma de pagamento ...........................................................64

Título I – Da metodologia de formação do preço final da


cana-de-açúcar ...................................................................64
Capítulo I – Determinação da qualidade da cana
entregue com base na concentração
do açúcar total recuperável .......................................64
Capítulo II – Da formação do preço médio dos produtos acabados .. 66
Capítulo III – Da determinação da participação do custo da
cana-de-açúcar (matéria-prima) no custo
do produto acabado ................................................68
Capítulo IV – Da determinação do preço da cana-de-açúcar
entregue ..................................................................68

6
Título II – Da forma de pagamento .................................................... 70
Capítulo I – Do adiantamento devido ao produtor de
cana-de-açúcar durante o período de moagem .......70
Capítulo II – Do adiantamento devido ao produtor de
cana-de-açúcar entre o término do período de
moagem e o final do ano-safra .................................71
Capítulo III – Do ajuste final do valor devido ao produtor de
cana-de-açúcar .......................................................72
Capítulo IV – Disposições transitórias .......................................... 72
Capítulo V – Disposições finais .................................................... 72

Anexo III – Regras contratuais mínimas .............................................73

I – Nome e qualificação das partes .................................................... 73


II – Preâmbulo .................................................................................... 73
III – Objeto..........................................................................................74
IV – Prazo de vigência ....................................................................... 75
V – Apuração da qualidade da cana entregue ................................... 75
Princípio da linearidade e aplicação do ATR Relativo ................. 75
VI – Preço .......................................................................................... 76
VII – Preço provisório durante o período de moagem ....................... 76
VIII – Ajuste do preço provisório entre o final da moagem e
o final do ano-safra ...................................................................77
IX – Liquidação ao final da safra ........................................................ 77
X – Retenção ..................................................................................... 77
XI – Conciliação ................................................................................. 78

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INTRODUÇÃO

O CONSECANA-SP, após detalhados estudos, apresenta a 6a edição


do seu Manual de Instruções.
Em atenção à dinâmica do setor sucroenergético, houve-se por bem
que esta obra sofresse, uma vez mais, um aperfeiçoamento, ditado pela
necessidade de normatizar os procedimentos de análise da cana-de-açú-
car e seus respectivos cálculos, como fazem os centros mais evoluídos
de tecnologia.
Assim, neste Manual, todos os procedimentos analíticos passam, do-
ravante, a seguir as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas
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NA-SP, elaboradas por técnicos pertencentes às áreas dos produtores de
cana e dos industriais. Ou seja, por elementos conectados, dia a dia, com
o setor, visando a sua compatibilidade com o atual nível tecnológico do
setor sucroenergético do nosso País.
Finalmente, tenciona-se demonstrar, novamente, o caráter dinâmico
do Sistema CONSECANA-SP, através do constante aperfeiçoamento
dos seus procedimentos, de maneira a torná-los cada vez mais justos e
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8
CONSTITUIÇÃO DA DIRETORIA
DO CONSECANA-SP

A Diretoria do CONSECANA-SP é constituída por 10 (dez) membros


titulares, sendo 5 (cinco) da representação dos produtores de cana e 5
(cinco) dos industriais e igual número de suplentes, os quais encontram-se
relacionados a seguir:

Representantes dos Fornecedores de Cana (ORPLANA)

Antônio Fernando da Costa Girardi


Presidente da Associação de Araçatuba – APCA

Arnaldo Antônio Bortoleto


Presidente da COPLACANA – Piracicaba

Fernando de Andrade Reis


Diretor Adjunto da Associação de Assis – ASSOCANA

Gustavo Rattes de Castro


Diretor da Associação dos Produtores de Matérias-Primas para as Indústrias
de Bioenergia de Goiás – APMP

Ismael Perina Júnior 


Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool

Luís Alberto Cassiano Sant’Anna


Presidente da Associação de General Salgado – AFOCANA

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan


Presidente da Associação de Sertãozinho CANAOESTE e da ORPLANA

Maria Christina C. G. Pacheco


Presidenta da Associação de Capivari – ASSOCAP

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Nelson Antunes Júnior 
Conselheiro da Associação de Lençóis Paulista – ASCANA

Pedro Sérgio Sanzovo


Diretor Adjunto da Associação de Jaú – ASSOCICANA

Representação dos Industriais (UNICA)

Denis Arroyo Alves


Diretor de Parcerias e Agrícola da Zilor 

Enrico Biancheri
Diretor Comercial da Biosev

Jaime José Stupiello


Diretor Agrícola da Açúcar Guarani S/A

José Pilon
Diretor Presidente da J Pilon Açúcar e Álcool

Fernando José Balbo


Diretor da Usina Santo Antonio S/A

Luiz Roberto Kaysel Cruz


Superintendente do Grupo Pedra Agroindustrial

José Alcides Hernandes Ferreira


Diretor Agrícola da Noble Brasil – Noble Agri

José Vitório Tararam


Diretor Executivo Etanol Açúcar e Bioenergia da Raízen

Pedro Isamu Mizutani


VP Executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen

Marcelo Campos Ometto


Membro do Conselho de Administração do Grupo São Martinho

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CONSTITUIÇÃO DA CANATEC-SP

A CANATEC-SP é constituída por 8 (oito) representantes dos fornece-


dores de cana-de-açúcar e 8 (oito) representantes dos industriais, a seguir:

Representantes dos Fornecedores de Cana (ORPLANA)

Cesar Luiz Gonzales


Gerente Técnico da Associação de Guariba – SOCICANA

Enio Roque de Oliveira


Assessor Técnico da ORPLANA

Flávio Luis dos Santos Teixeira


Gerente Agrícola da Associação de Assis – ASSOCANA

Geraldo Majela de Andrade Silva


Assessor Técnico da ORPLANA

José Rodolfo Penatti


Gerente do Departamento Técnico da Associação de Piracicaba - AFOCAPI

Manoel Ramalho
Diretor Administrativo da Associação de Lençóis Paulista – ASCANA

Oswaldo Alonso
Consultor da Associação de Sertãozinho – CANAOESTE

Roberto de Campos Sachs


Gerente do Departamento Técnico da Associação de Capivari – ASSOCAP

11
Representação dos Industriais (UNICA)

Antonio de Padua Rodrigues


Diretor Técnico da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – UNICA

Armando Vieira Viotti


Consultor da Raízen

Carlos Alberto Vanni


Gerente Administrativo da Zilor Energia e Alimentos

José Félix Silva Júnior 


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Estado de São Paulo – UNICA

José Luís Franco de Godoy


Gerente Corporativo de Qualidade da Biosev

José Vitório Tararam


Diretor Executivo Etanol Açúcar e Bioenergia da Raízen

Luciano Rodrigues
Gerente de Economia da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – UNICA

Otávio Pilon Filho


Diretor Industrial da J Pilon Açúcar e Álcool

 Assessoria Jurídica
Renata Camargo
Advogada da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – UNICA

12
Os contatos deverão ser realizados pelo site:

www.consecana.com.br 
e-mail: contato@consecana.com.br 

Ou pelos seguintes endereços/telefones:

ORPLANA
Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil
Avenida Dona Maria Elisa, 283 (Vila Rezende)
CEP 13405-232 Piracicaba (SP)
Fone/Fax: (019) 3423-3690
www.orplana.com.br – e-mail: orplana@orplana.com.br 

UNICA
União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2179 – 10º andar 
CEP 01452-000 São Paulo (SP)
Fone: (11) 3093-4949
www.unica.com.br – email: unica@unica.com.br 

13
ESTATUTO

CAPÍTULO I
DA ENTIDADE

Art. 1º – O Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e


Etanol do Estado de São Paulo – CONSECANA-SP é uma
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tuto e pela legislação aplicável.

Art. 2º – O CONSECANA-SP tem sede no Estado de São Paulo e pra-


zo indeterminado de duração.

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I – zelar pelo relacionamento da cadeia produtiva da agroindús-


tria canavieira do Estado de São Paulo, conjugando esforços
de todos aqueles que desta participarem, desde o plantio da
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nutenção e prosperidade;
II – zelar pelo aprimoramento do sistema de avaliação da quali-
dade da cana-de-açúcar, efetuando estudos, desenvolvendo
pesquisas e promovendo a sistematização e constante atuali-
zação dos critérios tecnológicos de avaliação desta qualidade;
III – desenvolver e divulgar análises técnicas sobre a qualidade da
cana e sua aferição, bem como acerca da estrutura e evolu-
ção do mercado da agroindústria canavieira, inclusive no que
tange às condições de contratação e negociação no setor.

14
CAPÍTULO II
DOS ASSOCIADOS

Art. 4° – São associados fundadores do CONSECANA-SP a União da


Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – UNICA e
a Organização de Plantadores de Cana da Região Centro Sul
do Brasil – ORPLANA.
Parág. 1º – Os associados não respondem nem pessoalmente, nem so-
lidariamente e nem subsidiariamente pelas obrigações assu-
midas pelo CONSECANA-SP.
Parág. 2º – Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Art. 5° – O ingresso de novos associados, desde que entidade de clas-


se de produtores, dependerá da expressa anuência de ambas
as entidades fundadoras do CONSECANA-SP.

Art. 6° – Constituem deveres dos associados:

I – cumprir e fazer cumprir as disposições do presente Estatuto,


bem como as deliberações da Diretoria da entidade;
II – contribuir para a difusão, entre os integrantes do sistema, dos
resultados das análises e estudos e da orientação do CON-
SECANA-SP;
III – cooperar para o desenvolvimento e expansão das atividades
da entidade.

Art. 7° – As entidades que integram o CONSECANA-SP instituirão


contribuições eventuais entre seus associados, destinadas à
manutenção das atividades do Conselho.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE

Art. 8º – São órgãos do CONSECANA-SP:

a) a Assembleia Geral;
b) a Diretoria, e
c) a Câmara Técnica e Econômica – CANATEC-SP.

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SEÇÃO I
DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 9º – A Assembleia Geral será convocada ordinariamente, até o dia


15 de abril de cada ano, para deliberar sobre as contas da
entidade, relativas ao exercício social encerrado.

Art. 10º – A Assembleia Geral será convocada extraordinariamen-


te para:

I – Eleger a Diretoria;
II – Destituir a Diretoria; e
III – Alterar o Estatuto.

Parág. 1º – Para as deliberações a que se referem os incisos I e III é exi-


gido o voto concorde de pelo menos 2/3 dos representantes
dos associados.
Parág. 2º – Apenas serão válidas as reuniões com a presença da maioria
absoluta de seus membros.

Art. 11 – A Assembleia Geral será convocada pelo Presidente ou pelo Vi-


ce-Presidente da Diretoria, ou por um quinto de seus diretores.

SEÇÃO II
DA DIRETORIA

Art. 12 – A Diretoria do CONSECANA-SP será composta de 10 (dez)


membros efetivos, sendo 5 (cinco) indicados pela UNICA e
5 (cinco), pela ORPLANA, com igual número de suplentes,
eleitos pela Assembleia Geral.

Parág. 1° – O mandato dos Diretores do CONSECANA-SP será de 2


(dois) anos, permitidas reconduções sucessivas.

Parág. 2° – Os Diretores elegerão, entre eles, por votação aberta, um


Presidente e um Vice-Presidente, que terão mandato de 1

16
(um) ano, sendo obrigatório o rodízio, nestes cargos, entre as
duas entidades representadas.

Art. 13 – A Diretoria reunir-se-á uma vez por mês e, se necessá-


rio, quando convocada na forma dos artigos 14 e 16 des-
te Estatuto.

Art. 14 – O Presidente convocará e presidirá as reuniões da Diretoria


e servirá como elemento de ligação entre as entidades re-
presentadas no CONSECANA-SP, representando a Diretoria
frente a essas entidades.

Parágrafo único: Compete também ao Presidente:

i – representar, judicial e extrajudicialmente, o CONSECANA-SP


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todavia, necessária a assinatura de, pelo menos, mais um
membro da Diretoria para a realização de quaisquer atos que
obriguem ou onerem a entidade;
ii – celebrar contratos e autorizar todas as despesas necessárias
ao desempenho do objeto social do CONSECANA-SP;
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inclusive por meio eletrônico, em conjunto com o Vice-Pre-
sidente, ou procurador por ele nomeado, mediante prévia e
expressa autorização da Diretoria.

Art. 15 – O Vice-Presidente terá por incumbência acompanhar os tra-


balhos da presidência e substituir o Presidente, nos impedi-
mentos ou na falta deste.

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Presidente que convoque uma reunião da Diretoria. Caso
este não providencie a convocação no prazo de 5 (cinco) dias
úteis, a mesma poderá ser feita mediante assinatura de, no
mínimo, 5 (cinco) Diretores.

Art. 17 – As reuniões da Diretoria serão secretariadas por um dos seus


membros, que se encarregará de elaborar a ata da reunião e
de enviá-la, posteriormente, aos demais membros, à CANA-
TEC-SP e aos associados.

17
Art. 18 – Compete à Diretoria:

I – consolidar, sistematizar e divulgar os resultados das análises


e estudos desenvolvidos pela Câmara Técnica e Econômica
 – CANATEC-SP, nas áreas de sua atribuição, conforme o dis-
posto no art. 26 deste Estatuto, orientando os integrantes do
sistema com vistas a aprimorar as condições de contratação
e avaliação da qualidade da cana neste mercado;
II – baixar atos visando à regulamentação e explicitação das dis-
posições deste Estatuto;
III – dirimir dúvidas, responder a consultas e promover a concilia-
         
que diz respeito ao seu Regulamento, com o a poio da CANA-
TEC-SP;
          
inclusive para a operação da CANATEC-SP, consoante as
disposições do Capítulo IV deste Estatuto;
V – expedir as Resoluções ou Circulares do CONSECANA-SP
previamente homologadas pela Diretoria e assinadas pelo
Presidente e Vice-Presidente ou na ausência de um deles por
um diretor da classe representada pelo ausente;
         -
presentar isoladamente o CONSECANA-SP, ou para quais-
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cujo prazo de vigência nunca ultrapassará o prazo do manda-
to dos diretores que outorgaram a procuração, excepcionan-
       
ad judicia;
VII – autorizar a contratação e demissão de empregados e presta-
dores autônomos de serviço;
VIII – estabelecer as contraprestações a serem instituídas visando
ao ressarcimento das despesas decorrentes das atividades
da entidade;
IX – examinar e dar parecer, trimestralmente, sobre as contas,
balancetes e balanços, podendo se valer de trabalhos pré-
vios levados a cabo por auditoria independente, para tan-
to contratada.

18
Parágrafo único: Na hipótese do inciso III deste artigo, a Diretoria va-
ler-se-á do auxílio técnico da CANATEC-SP quando a
matéria o exigir.

Art. 19 – O quorum mínimo para a instalação das reuniões da Diretoria


do CONSECANA-SP será de 60% (sessenta por cento) de
seus integrantes e todas as deliberações desse órgão serão
tomadas por maioria simples, salvo as hipóteses previstas
nos parágrafos 1° e 2° deste artigo.

Parág. 1° – Em caso de empate em qualquer deliberação da Diretoria,


        -
ção de reconhecida aptidão na matéria de objeto da delibera-
ção, que dará o voto de desempate, acompanhado da respec-
 

Parág. 2° – Qualquer deliberação acerca da alteração deste Estatuto ou


da dissolução do CONSECANA-SP ou da CANATEC-SP será
tomada pela Diretoria, mediante voto da maioria absoluta de
seus membros.

Art. 20 – Os membros da Diretoria não serão remunerados a qualquer


título e o CONSECANA-SP não distribuirá lucros a associa-
dos e mantenedores sob nenhuma forma ou pretexto.

SEÇÃO III
DA CÂMARA TÉCNICA E ECONÔMICA – CANATEC-SP

Art. 21 – A Câmara Técnica e Econômica – CANATEC-SP será com-


posta de 16 (dezesseis) membros efetivos, sendo 8 (oito) in-
dicados pela UNICA e 8 (oito), pela ORPLANA.

Parág. 1° – Os membros da CANATEC-SP deverão ser escolhidos dentre


       -
térias da competência da Câmara.

Parág. 2° – O mandato dos membros da CANATEC-SP será de dois


anos, permitidas reconduções sucessivas.

19
Parág. 3° – Os membros da CANATEC-SP elegerão, entre eles, por vo-
tação aberta, um Coordenador e um Vice-Coordenador, que
terão mandato de 1 (um) ano, sendo obrigatório o rodízio,
nestes cargos, entre as duas entidades representadas.

Parág. 4º – A CANATEC-SP poderá solicitar a participação de especialis-


tas para o desenvolvimento dos trabalhos técnicos.

Art. 22 – O Coordenador convocará e presidirá as reuniões da CANATEC


-SP e responderá por ela junto à Diretoria do CONSECANA-SP.

Art. 23 – O Vice-Coordenador terá por incumbência substituir o Coor-


denador nos impedimentos ou na falta deste.

Art. 24 – Qualquer membro poderá requerer ao Coordenador que con-


voque uma reunião da CANATEC-SP. Caso este não provi-
dencie a convocação no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a mes-
ma poderá ser feita mediante assinatura de, no mínimo, 3
(três) membros da Câmara.

Art. 25 – As reuniões da CANATEC-SP serão secretariadas por um


dos seus membros, que se encarregará de elaborar a ata da
mesma e de enviá-la posteriormente aos demais membros e
à Diretoria do CONSECANA-SP.

Parágrafo único: As decisões da CANATEC-SP serão tomadas por


maioria absoluta.

Art. 26 – Compete à CANATEC-SP, mediante prévia solicitação da Di-


retoria do CONSECANA-SP:

I – efetuar estudos e desenvolver pesquisas visando ao cons-


tante aprimoramento e atualização dos critérios tecnológicos
de avaliação da qualidade da cana-de-açúcar, bem como das
técnicas de negociação e contratação no mercado da agroin-
dústria canavieira;
II – informar e atualizar os produtores de cana, açúcar e etanol
acerca da evolução dos critérios utilizados para a avaliação
da qualidade da cana e das técnicas de negociação no setor;

20
III – participar de comissões técnicas de outros órgãos e entida-
des, visando à homogeneização e desenvolvimento das nor-
mas técnicas referentes à qualidade da cana;
IV – acompanhar a evolução de preços e custos dos produtos
do setor;
V – elaborar laudos técnicos para o esclarecimento de dúvidas,
           -
grantes do sistema, quando versarem sobre o Regulamento
do CONSECANA-SP;
          
equipamentos utilizados no sistema CONSECANA-SP.

Art. 27 – As atividades de estudos e pesquisas da CANATEC-SP po-


derão ser delegadas a subgrupos, sempre coordenados por 1
(um) membro da Câmara, facultada, ademais, a contratação
      
mediante expressa autorização da Diretoria.

Parágrafo único: O Coordenador da CANATEC-SP responderá, junto


à Diretoria, pelo desenvolvimento dos trabalhos dos
subgrupos.

Art. 28 – Todas as decisões da CANATEC-SP deverão ser levadas ao


conhecimento da Diretoria, que, quando entender ser rele-
vante a matéria para o sistema CONSECANA-SP, expedirá
Circular ou Resolução correspectiva.

CAPÍTULO IV
DA GESTÃO FINANCEIRA DA ENTIDADE

Art. 29 – O CONSECANA-SP terá como fontes de receita:

I – contribuições de que trata o art. 7° deste Estatuto, quando


instituídas;
II – contraprestações a serem instituídas pela Diretoria, visando
ao ressarcimento das despesas decorrentes das atividades
da entidade;

21
III – doações, auxílios e subvenções;
          
com os objetivos e natureza da entidade.

Art. 30 – Todo o patrimônio e receitas do CONSECANA-SP serão utili-


       
ter qualquer outra destinação.

Art. 31 – O exercício social do CONSECANA-SP terá início no dia 1°


de abril e término no dia 31 de março.

Art. 32 – As despesas referentes às atividades do CONSECANA-SP


serão, salvo disposição em contrário deste Estatuto, de res-
ponsabilidade dos Associados, devendo o orçamento de cada
exercício ser aprovado pelos mesmos.

           


enviará, aos seus Associados, a prestação de contas relativa
    

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 34 – Os membros da CANATEC-SP não perceberão remuneração


de qualquer natureza por sua participação neste órgão.

Art. 35 – Os diretores do CONSECANA-SP não são pessoalmente


responsáveis pelas obrigações que contraírem em nome da
entidade, em virtude de ato regular de gestão.

Art. 36 – Em caso de vacância de qualquer cargo da Diretoria do CON-


SECANA-SP ou da CANATEC-SP, o mesmo será preenchido
por indicação da entidade associada representada pelo anti-
go ocupante do cargo.

Art. 37 – Na hipótese de dissolução do CONSECANA-SP, seu patri-


mônio será automaticamente vertido para as entidades asso-
ciadas, na proporção de sua contribuição para a constituição
deste patrimônio.

22
Parágrafo único: Havendo ainda remanescente do patrimônio líquido,
esse será destinado às associadas, constituídas sob
a forma de associações, que representarem os pro-
dutores de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Esta-
do de São Paulo.

Art. 38 – Este Estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pela


UNICA e pela ORPLANA.

23
REGULAMENTO

TÍTULO I
DAS FUNÇÕES E ESTRUTURA DO CONSECANA-SP

CAPÍTULO I
FUNÇÕES DO CONSECANA-SP

Art. 1º – O Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e


Etanol do Estado de São Paulo – CONSECANA-SP, para a
realização dos objetivos previstos em seu Estatuto, tem como
principal função o assessoramento dos produtores de cana-
de-açúcar, açúcar e etanol sediados no Estado de São Paulo
para a realização de contratos de fornecimento de cana-de-
açúcar.

Parágrafo único: O assessoramento prestado pelo CONSECANA-SP


constituir-se-á de:

        -


rios, metodologias e procedimentos aplicados no mercado
para a determinação da qualidade da cana-deaçúcar;
II – estudo e avaliação das características, regras e práticas co-
          -
na-de-açúcar;
III – recomendação, aos participantes dos negócios de cana-de-
açúcar, da adoção de regras gerais que visem ao desenvolvi-
mento e aprimoramento desse mercado.

Art. 2º – Para a realização das funções descritas no artigo anterior, o


CONSECANA-SP deverá:

I – estudar, aprimorar e divulgar os critérios apropriados para a

24
determinação da qualidade de cana-de-açúcar, constantes do
Anexo I deste Regulamento;
II – divulgar os critérios recomendados para a apuração do pre-
ço da tonelada da cana-de-açúcar e da participação do custo
        -
tros dados pertinentes, conforme descrito no Anexo II des-
te Regulamento;
III – estudar e divulgar as regras comerciais recomendadas para a
manutenção das boas práticas negociais no setor, tendo em
vista as peculiaridades técnicas do mercado da agroindús-
tria canavieira, conforme disposto no Anexo III deste Regula-
mento, inclusive pela recomendação de cláusulas contratuais
mínimas, constantes no mesmo Anexo, visando a estimular
o desenvolvimento e o aprimoramento do mercado de cana-
de-açúcar;
IV – institucionalizar um foro de discussão e estudo entre os agen-
tes do mercado da agroindústria canavieira, visando a apri-
morar este mercado, mediante a atualização deste Regula-
mento e seus Anexos.

Art. 3º – Qualquer produtor de cana-de-açúcar, açúcar e etanol poderá


utilizar o sistema desenvolvido pelo CONSECANA-SP com
o intuito de aperfeiçoar seus negócios voltados à compra e
venda de cana-de-açúcar.

Parágrafo único: O CONSECANA-SP estabelecerá os valores relati-


vos às contraprestações de serviços que serão de-
vidas pelos usuários do sistema CONSECANA ne-
cessários ao custeio das despesas decorrentes das
seguintes atividades:

I – acesso aos regulamentos, normas técnicas e circulares rela-


tivos ao Sistema CONSECANA-SP, tanto em mídia impressa,
quanto em formato eletrônico;
II – homologação de equipamentos e reagentes empregados na
determinação da qualidade da cana-de-açúcar; e
III – respostas a consultas e realização de conciliação para solu-
      

25
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DO CONSECANA-SP

Art. 4º – São órgãos técnicos e normativos que compõem o CONSE-


CANA-SP:

I – a Diretoria e
II – a Câmara Técnica – CANATEC-SP.

SEÇÃO I
DA DIRETORIA

Art. 5º – São funções da Diretoria:

I – elaborar, alterar e adaptar o presente Regulamento e seus


Anexos, de acordo com as suas deliberações e as recomen-
dações da CANATEC-SP, nas matérias que a ela competir,
conforme o disposto no Estatuto do CONSECANA-SP;
II – assessorar os participantes do mercado da agroindústria ca-
navieira, com base no disposto neste Regulamento, utilizan-
do-se do suporte da CANATEC-SP;
III – responder a consultas, esclarecer dúvidas e promover a con-
       -
CANA-SP, emitindo parecer conclusivo;
IV – elaborar e atualizar, com o auxílio da CANATEC-SP, as cláu-
sulas contratuais mínimas que deverão ser observadas pelos
participantes do mercado que adotarem o sistema CONSE-
CANA-SP.
          
conforme parágrafo único, do art. 3º, supra, os quais poderão
ser diferenciados a partir das classes de usuários do Sistema
CONSECANA-SP.

26
SEÇÃO II
DA CÂMARA TÉCNICA – CANATEC-SP

Art. 6º – São funções da CANATEC-SP:

I – representar um foro de discussão e estudo, visando à elabo-


ração das normas técnicas de avaliação da qualidade da ca-
na-de-açúcar, bem como das normas contratuais recomenda-
das para os negócios de compra e venda de cana-de-açúcar;
II – efetuar estudos e desenvolver pesquisas visando à atualiza-
ção e aperfeiçoamento de normas técnicas de determinação
da qualidade de cana-de-açúcar e dos negócios de compra e
venda da cana-de-açúcar;
III – acompanhar a evolução de preços e custos dos produtos
do setor;
IV – recomendar à Diretoria as alterações e adaptações que se
       
no âmbito da qualidade da cana-de-açúcar e das normas dos
negócios de compra e venda de cana-de-açúcar, conforme os
resultados de seus estudos e pesquisas;
V – assessorar a Diretoria do CONSECANA-SP, inclusive me-
diante a expedição de laudos técnicos conclusivos, para a
resposta a consultas, o esclarecimento das dúvidas e a con-
        
CONSECANA-SP;
VI – constituir ou participar de comissões técnicas de entidades
externas, visando à normalização das normas técnicas de de-
terminação da qualidade de cana-de-açúcar;
          
equipamentos utilizados no sistema CONSECANA-SP.

Art. 7º – A CANATEC-SP deverá reunir-se:

I – mensalmente;
II – extraordinariamente, quando requisitado pela Diretoria ou na
forma do art. 24 do Estatuto do CONSECANA-SP.

27
TÍTULO II
DO SISTEMA CONSECANA-SP

CAPÍTULO I
DA QUALIDADE DA CANA-DE-AÇÚCAR

            


se por qualidade da cana-de-açúcar a concentração total de
açúcares (sacarose e açúcares redutores) recuperáveis no
processo industrial, expressa em kg por tonelada de cana.

Parágrafo único: Em todos os atos do CONSECANA-SP, inclusive no


presente Regulamento e seus Anexos, a concentração
total de açúcares de que trata o caput  deste artigo será
denominado “Açúcar Total Recuperável” (ATR).

Art. 9º – As normas técnicas de determinação da qualidade da cana-


de-açúcar utilizadas pelo Sistema CONSECANA-SP serão
dispostas no Anexo I deste Regulamento

Art. 10º – A Diretoria deverá realizar as alterações no Anexo I sempre


que necessárias, conforme as recomendações apresentadas
pela CANATEC-SP.

Art. 11 – O CONSECANA-SP deverá buscar, por meio da CANATEC-SP,


a normalização dos critérios de análise da qualidade da cana-
de-açúcar em âmbito nacional, inclusive por meio de entida-
des externas.

           -


minação da qualidade da cana-de-açúcar, estabelecidos no
Anexo I deste Regulamento, deverão ser adotadas pelos pro-
dutores optantes do sistema CONSECANA-SP, no prazo de 5
(cinco) dias úteis a partir da divulgação destas, salvo determi-
nação diversa da Diretoria.

           -


téria-prima serão apurados na unidade industrial recebedora,
          -
das pela CANATEC-SP, expressas no Anexo I deste manual.

28
CAPÍTULO II
DO PREÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR

           


I – Ano-safra: o período compreendido entre 1º de abril a 31 de
março do ano seguinte;
II – Moagem: a atividade de processamento da cana-de-açúcar,
realizada pela unidade industrial, para a produção de açúcar
e etanol;
III – Período de moagem: o período compreendido entre a data
de início e a de término da moagem da unidade industrial, no
ano-safra;
IV – Mix de produção: a proporção dos diferentes tipos de açúcar
(branco e bruto) e de etanol (anidro e hidratado) produzidos
pela unidade industrial a partir da cana-de-açúcar, durante o
período de moagem.
V – Mix de comercialização: a proporção dos diferentes tipos
de açúcar – Açúcar Branco Mercado Interno (ABMI), Açúcar
Branco Mercado Externo (ABME), Açúcar VHP (AVHP) – e
de etanol – Etanol Anidro Combustível (EAC), Etanol Anidro
Industrial (EAI), Etanol Anidro Exportação (EAE), Etanol Hi-
dratado Combustível (EAC), Etanol Hidratado Industrial (EHI),
Etanol Hidratado Exportação (EHE) – comercializados pela
unidade industrial durante o ano safra.
Parágrafo único: o mix de produção e de comercialização deverão ser
calculados a partir dos volumes produzidos e comer-
cializados pela unidade industrial. Entretanto, desde
que previamente acordado entre as partes, será per-
mitido o uso do mix de produção e de comercializa-
ção agregado do grupo econômico ou de cooperati-
vas que reúnem diversas indústrias.
VI – Cana entregue pelo produtor: refere-se à matéria-prima entre-
gue pelo fornecedor durante o período de moagem na esteira
da unidade industrial.
VII – Curva de comercialização: proporção mensal do volume ou
da quantidade comercializada de cada produto ao longo do
ano-safra.

29
Art. 15 – Durante o ano-safra, o CONSECANA-SP divulgará, até o úl-
timo dia útil de cada mês, o preço médio provisório do kg de
ATR do mês e o acumulado até o mês.

Parág. 1º – O preço médio acumulado do kg do ATR será calculado com


base na média ponderada dos preços médios efetivamente
praticados dos produtos derivados da cana-de-açúcar nos
meses já transcorridos do ano-safra.

Parág. 2º – A média ponderada a que se refere o parágrafo anterior será


feita com base:

I – na curva de velocidade de comercialização dos produtos de-


rivados da cana-de-açúcar traçada com base nas últimas três
safras; e
II – no mix de comercialização dos produtos derivados da cana-
de-açúcar, projetado para o ano-safra no Estado de São Paulo.

Parág. 3º – A curva de velocidade de comercialização será traçada com


base nas vendas realizadas nas últimas três safras cujo peso
de cada uma é determinado na seguinte proporção:

I – 50% para a última safra;


II – 30% para a penúltima safra;
III – 20% para a antepenúltima safra.

Parág. 4º – O mix de comercialização para o Estado de São Paulo será


estimado pela CANATEC-SP, antes do início da safra, com
base nas projeções de produção para o ano safra.

Parág. 5º – O CONSECANA-SP divulgará, juntamente com o preço do


kg do ATR, os preços ponderados dos produtos derivados da
cana-de-açúcar com base no mix de comercialização.

Art. 16 – O preço médio acumulado do kg do ATR de que trata o artigo


anterior servirá como referência para o faturamento e para o
cálculo dos adiantamentos (parcela do valor faturado) que a
unidade industrial pagará ao produtor de cana-de-açúcar, na
forma do Anexo II deste Regulamento.

30
Art. 17 – A partir do mês subsequente ao do encerramento da moa-
gem, será iniciado o ajuste do preço da cana-de-açúcar en-
tregue pelo produtor à unidade industrial com base:

I – no mix de produção da unidade industrial ou do grupo econô-


mico/cooperativa;
II – no mix de comercialização provisório da unidade industrial ou
grupo econômico/cooperativa;

O mix de comercialização provisório é calculado a partir das quantida-


des e volumes comercializados no período compreendido entre 1o de abril
e o término da moagem na respectiva safra.

          


de moagem;
IV – nos preços médios acumulados do kg de ATR dos produtos
derivados da cana-de-açúcar, divulgados pelo CONSECANA-
-SP a partir de informações apuradas no Estado de São Pau-
lo, em relação ao ano-safra em curso.

Art. 18 – Com base no expresso nos artigos anteriores, a unidade


industrial acordará com o produtor de cana-de-açúcar o pa-
gamento, ainda a título de adiantamento, durante os meses
restantes do ano-safra, da diferença entre o preço provisório
da cana-de-açúcar entregue e os adiantamentos realizados
durante o período de moagem.

Parágrafo único: Os produtores de cana-de-açúcar poderão ser repre-


sentados por sua associação de classe nas negocia-
ções da forma de pagamento de que trata o caput .

            


dia útil do mês subsequente:

            


efetivo de comercialização dos produtos derivados de cana-
de-açúcar, ambos relativos ao período da safra terminada no
Estado de São Paulo;
          -

31
gram o ‘mix’ de comercialização das unidades industriais para
o Estado de São Paulo;
            
base na curva real de velocidade de comercialização dos pro-
dutos derivados da cana-de-açúcar;
              
        

            


          
forma do Anexo II deste Regulamento, com base:

            


compõem o mix de comercialização do Estado de São Paulo;
II – no mix de produção da unidade industrial ou do grupo econô-
mico/cooperativa de produtores;
III – no mix de comercialização da unidade industrial ou do grupo
econômico/cooperativa de produtores;
           
de-açúcar.

            


adiantamentos efetuados ao longo da safra.

         


II deste Regulamento deverão ser adotadas, pelos produ-
tores optantes do sistema CONSECANA-SP, 5 (cinco) dias
úteis após a data da divulgação, salvo determinação diversa
da Diretoria.

CAPÍTULO III
DOS NEGÓCIOS DE COMPRA E VENDA DE CANA-DE-AÇÚCAR E DA
OPÇÃO PELO SISTEMA CONSECANA-SP

Art. 23 – Aqueles que desejarem optar pelo Sistema CONSECANA-SP


na realização de seus negócios de compra e venda de ca-
na-de-açúcar deverão adotar as regras contratuais mínimas
dispostas no Anexo III deste Regulamento.

32
Art. 24 – Observadas as regras mínimas de que trata o artigo anterior,
as partes contratantes poderão, a seu critério, adotar outras,
em caráter supletivo.

Parágrafo único: Quaisquer regras supletivas ou complementares que


venham a ser adotadas pelo optante do sistema
CONSECANA-SP, em virtude das características de
sua região ou negócios, não deverã o alterar, restringir
ou invalidar as cláusulas mínimas dispostas no Anexo
III deste Regulamento.

         -


CANA-SP, nas regras estabelecidas no Anexo III deste Re-
gulamento deverão ser adotadas pelos optantes do sistema
CONSECANA-SP, na safra subsequente, respeitada a vonta-
de das partes no contrato em curso.

Parágrafo único: Os optantes que venham a assinar contratos após al-


terações introduzidas nas normas estabelecidas no
Anexo III deverão assiná-los de acordo com as no-
vas regras.

Art. 26 – Não poderão valer-se dos serviços prestados pelo CONSE-


CANA-SP os participantes do mercado que não adotarem,
em seus contratos, as regras dispostas no Anexo III des-
te Regulamento.

CAPÍTULO IV
DA REVISÃO DO REGULAMENTO DO CONSECANA-SP

Art. 27 – A cada 5 (cinco) anos, a Diretoria deverá realizar a revisão


dos aspectos técnicos e econômicos, bem como das reco-
mendações de contratação de negócios de compra e venda
       
Anexos, podendo antecipar quando entender conveniente e
oportuno, atualizando-o, se necessário.

Parág. 1º – Caso a revisão do Sistema referida no “caput” deste artigo

33
resulte em qualquer forma de impacto econômico, a mesma
deverá ser precedida de estudos e pareceres que possibilitem
a adequada compreensão deste impacto, antes de ser sub-
metida à discussão e à aprovação pela Diretoria.

Parág. 2º – Na hipótese do parágrafo anterior, a Diretoria requisitará à


CANATEC-SP ou a entidades idôneas de reconhecida repu-
tação técnica, a elaboração de estudos e pareceres, determi-
nando o prazo para a sua conclusão.

Parág. 3º – A revisão do Sistema CONSECANA-SP de que trata o “caput”


deste artigo produzirá seus efeitos a partir do ano-safra ime-
diatamente subsequente ao da sua aprovação, sendo vedada
a aplicação retroativa para safras anteriores.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28 – Todas as comunicações dirigidas ao CONSECANA-SP deve-


rão ser formalizadas por escrito, por meio de endereço publi-
cado no sítio www.consecana.com.br.

Art. 29 – Salvo ordem expressa das partes, o CONSECANA-SP não


dará a terceiros qualquer informação acerca dos negó-
         
eles prestados.

Art. 30 – A Diretoria deverá orientar a CANATEC-SP no sentido de rea-


lizar estudos de impactos na relação de custos, novos produ-
tos e novas tecnologias.

Art. 31 – As informações referentes à efetiva produção, destinação da


comercialização e estoque dos produtos, conforme indicado
no Registro Fiscal exigido pela legislação competente, deve-
rão ser encaminhados às Entidades de Classe dos produto-
res de cana-de-açúcar.

             

34
econômico poderá considerar como seu mix de produção e
de comercialização a destinação indicada pela cooperativa ou
         -
do entre as partes.

            -


calizar a entrega, pesagem e análise da cana-de-açúcar por
ele entregue, por intermédio da Associação de Classe, ou di-
retamente, caso a mesma não preste o serviço.

Art. 34 – Este Regulamento entra em vigor na data de sua divulgação.

35
ANEXO I – NORMAS OPERACIONAIS DE
DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DA
CANA-DE-AÇÚCAR

FUNDAMENTOS
1. A qualidade da cana-de-açúcar, de fornecedores e própria, destinada à
produção de açúcar e de etanol, no Estado de São Paulo, será avalia-
da através de análise tecnológica em amostras coletadas no momento
de sua entrega.

2. Será de responsabilidade da unidade industrial a operação do sistema


de avaliação da qualidade da matéria-prima, incluindo todas as eta-
pas, desde a pesagem da cana até o processamento dos dados.

PROCEDIMENTOS
   

         


de acordo com a Norma ABNT NBR 16228.

2. Requisitos

Para os Requisitos aplica-se o que consta na Norma ABNT NBR 16271


com os seguintes complementos para o Estado de São Paulo:

2.1. Veículos de transporte da cana-de-açúcar 

Quando for realizada pesagem simultânea de duas ou mais carretas,


deve ser considerado como peso de cada carreta o peso total dividido
pelo número de carretas, desde que a cana-de-açúcar seja do mesmo
fundo agrícola e produtor. Caso contrário, as carretas devem ser pesa-
das individualmente.
Para a amostragem de cargas de cana inteira, por sonda horizontal, os
           
vãos passíveis de amostragem.
36
Consideram-se “vãos” os espaços passíveis de amostragem existen-
tes entre fueiros ou outras estruturas destinadas à contenção das cargas.
Os vãos serão contados a partir da cabine do veículo transportador.

2.2. Entrega da cana-de-açúcar queimada

A entrega da cana, sob a responsabilidade do fornecedor, deverá ser


realizada até 72 h (setenta e duas horas) da queima, no período compre-
endido entre o início do período de moagem até 31 de agosto, e de 60 h
            
de moagem.
A cana entregue após os tempos estabelecidos (T) na norma N-011, a
critério da unidade industrial, poderá sofrer descontos no valor da tonelada
de cana, conforme a expressão:
K = 1 – (H –T) x 0,002, onde:
K = fator de desconto a ser aplicado à quantidade de ATR do produtor;
H = tempo, em horas, da respectiva queima;
T = 72 h entre o início da moagem e 31 de agosto;
           
Salvo quando dispensados da obrigação, os fornecedores deve-
rão informar, por meios pré-estabelecidos, a hora da queima, às unida-
des industriais.
Será descontado do tempo que compõe o fator K:
          
industriais, motivado por causas não programadas;
           
desde que não respeitada a proporcionalidade entre as entre-
gas de cana própria e as de fornecedores.

Não será aplicado o fator K quando os serviços de colheita forem efe-


tuados pela unidade industrial ou empresa prestadora destes serviços por
ela gerenciada.
As unidades industriais deverão controlar os tempos previstos, deven-
do incluir, em relatórios, os tempos transcorridos nas ocorrências, que inci-
direm descontos devido à demora de entrega.
As unidades industriais deverão dispor de local apropriado, antes das
balanças de pesagem da tara dos veículos, para remoção dos colmos re-
manescentes dos carregamentos.

37
2.3. Amostragem das cargas

A amostragem das cargas deve ser efetuada por sonda mecânica, ho-
rizontal ou oblíqua, homologada pelo CONSECANA-SP.
O número mínimo de amostra a ser coletado por fundo agrícola (cana
de fornecedor e cana própria) obedecerá ao seguinte critério:

NÚMERO DE UNIDADES DE TRANSPORTE


Entregues/dia Amostradas/dia
01-05 Todas
06-07 5
08-10 8
11-15 10
16-25 12
26-35 13
36-45 15
46-55 16
56-70 17
71-85 19
86-100 20
>100 >23

2.4. Caracterização do número de unidades de transporte

O sorteio das posições de amostragem, constante do Item 5.2.2. da


Norma ABNT NBR 16271, deve ser informatizado e as posições impressas
no boletim de análise.

38
O número de possibilidades de pontos de amostragem, por sondas
horizontais, será dado pela equação:

P = 2 x V – 4, onde:
V = número de vãos para cada tipo de carroceria.

Exemplo:
Carroceria com 6 vãos: P = 2 x 6 – 4 = 8 possibilidades (Figura abaixo)

5 6 7 8

1 2 3 4

O não cumprimento dos requisitos referentes à amostragem implica na


anulação da amostragem efetuada, devendo ser repetida a operação de
amostragem na mesma carga, em local próximo à anterior.

3. Preparo e homogeneização da amostra

Para os efeitos deste procedimento, aplica-se a Norma ABNT NBR


16226, com os seguintes complementos para o Estado de São Paulo:
O desintegrador deverá estar em perfeitas condições mecânicas e
operacionais, tendo, no mínimo, um jogo de facas, de contrafacas e de
martelos, de reposição.
As facas dos desintegradores deverão ser substituídas, diariamente,
ou, pelo menos, a cada 250 (duzentos e cinquenta) amostras, independen-
temente do valor do Índice de Preparo (IP).
A contrafacas do desintegrador deverá estar regulada a uma distância
de 2±0,5 mm (dois milímetros, mais ou menos, meio milímetro).
          
apresentar bordas onduladas e arredondadas.
Os martelos e contramartelos deverão ser substituídos quando apre-
sentarem bordas arredondadas.

39
A metodologia para a determinação do Índice de Preparo encontra-se
na norma ABNT NBR 16227.
Uma quantidade de amostra homogeneizada de 1,5 kg a 2,0 kg (um
e meio a dois quilogramas), aproximadamente, será conduzida ao labo-
            
servirá para as análises tecnológicas.

4. Laboratório de análise de cana-de-açúcar 

Para os efeitos deste procedimento, aplica-se a Norma ABNT NBR


16271, com os seguintes complementos para o Estado de São Paulo:
A temperatura interna do compartimento interno do tubo polarimétrico
deve ser mantida a 20ºC ± 2ºC para as condições do Estado de São Paulo.
Os equipamentos devem estar dimensionados de modo a atender à
demanda operacional das análises da unidade industrial, cana-de-açúcar
de fornecedor e própria, particularmente, no tocante a:
Sacarímetro digital, com comprimento de onda de 589 e 880 nm, auto-
mático, com resolução de 0,01 °Z e calibrado a 20 ºC.
A(s) balança(s) de precisão, o(s) refratômetro(s) e o(s) sacarímetro(s)
devem ser calibrados antes do início do período de moagem, conforme as
boas práticas de laboratório, por empresa acreditada. Durante este perío-
do, checagens periódicas (no mínimo 1 vez por turno) através da utilização
de pesos-padrão calibrados, soluções de índice de refração conhecidos e
pelo tubo-padrão de quartzo.

5. Teste de linearidade e repetitividade de equipamentos

         


às normas AS-K 157, da Austrália.

5.1. Teste de linearidade do refratômetro

Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da


faixa até 30ºBrix não deverá exceder a mais ou menos 0,1º Brix.

Técnica:
       -
los de 10ºBrix e cobrindo a faixa de 0º a 30ºBrix. Ex.: 0, 10, 20
e 30ºBrix.

40
      
           
com o valor em ºBrix esperado, para cada solução, interpo-
lando linearmente os extremos da faixa:

Exemplo:
  
  
       
     

Valor esperado:
               
10,1º Brix

           -


      

A linearidade esperada é a seguinte:

Nº Leitura - Interpolação = Diferença


1 10,1 - 10,1 = 0,0
2 10,2 - 10,1 = 0,1
3 10,0 - 10,1 = -0,1
4 10,1 - 10,1 = 0,0
5 10,0 - 10,1 = -0,1
Média: -0,02º

         

5.2. Teste de repetitividade do refratômetro

Este teste requer que a diferença entre dois resultados simples, ob-
tidos no instrumento, no mesmo laboratório, operado pelo mesmo ana-
lista, utilizando a mesma amostra, não deve exceder a, mais ou menos,
0,2ºBrix, em mais de um par de resultados em duplicata, em 20 repetições
da mesma solução (ou 5 pares em 100 repetições).

41
Técnica:
        
         
        
        
ser preparadas no próprio laboratório e no ato da aferição,
evitando o uso de soluções deterioradas.
     
          
   

Peso de açúcar (g) + Peso de água (g) = Peso Total(g)


    
    
    

          


se a leitura sacarimétrica e calculando-se, posteriormente, a
pol, a qual deverá apresentar os mesmos resultados do Brix.
          

5.3. Teste de linearidade do sacarímetro

Procedimentos preliminares:
           
pastilhas de vidro do tubo sacarimétrico.
             
superior a, mais ou menos, 0,02ºZ.
          -
da, tomando-se o cuidado para não formar bolha de ar no
tubo sacarimétrico.
          -
res conhecidos e, quando possível, calibrados por institui-
ção credenciada.
      
        
       

42
Técnica
        
parte da faixa até 100ºZ, não deve exceder, mais ou menos,
0,03ºZ.
         -
brindo a faixa de 0 a 100º. Exemplo: 0, 25, 50, 75 e 100ºZ.
         
tubo sacarimétrico.
           
com o valor em ºZ esperado para cada solução, interpolando
linearmente entre os extremos da faixa.

Exemplo:
  
  
       
          
       
           -
     
  

Nº Leitura - Interpolação = Diferença


1 25,01 - 25,03 = – 0,02
2 25,01 - 25,03 = – 0,02
3 25,02 - 25,03 = – 0,01
4 25,02 - 25,03 = – 0,01
5 25,04 - 25,03 =  
Média = – 0,01

       

5.4. Teste de repetitividade do sacarímetro

         


obtidos no instrumento, no mesmo laboratório, usando a mesma amostra,
não deve exceder a 0,25ºZ em mais de um par de resultados, em duplica-
ta, em 20 repetições da mesma solução (ou 5 pares em 100 repetições).

43
Técnica
           
e 100ºZ.
        
       
se encontra na norma N-139.

ºZ Peso de Açúcar (g) = Volume Final (mL)


25 32,50 = 500
50 65,00 = 500
75 97,50 = 500
100 130,00 = 500

         


deverão ser preparadas no ato da aferição e no próprio labo-
ratório, evitando-se o uso de soluções armazenadas.
       
       
leituras quando a solução entrar em equilíbrio (estabilidade
do aparelho).
          -
quentemente, a repetitividade.

6. Pesagem da amostra para análise e extração de caldo

Os procedimentos devem seguir a Norma ABNT NBR 16221, com os


seguintes complementos:
A balança de precisão eletrônica deverá possuir saída para impres-
sora e/ou registro magnético, com resolução máxima de 0,1 g (um de-
cigrama). O material restante servirá como contraprova, não podendo
ser desprezado, até que sejam concluídas as leituras de Brix e de Pol.

7. Determinação do peso do bagaço (bolo) úmido (PBU), conforme Normas


ABNT NBR 16221 e 16271

8. Determinação de Brix refratométrico no caldo

Os procedimentos devem seguir a Norma ABNT NBR 16223.

44
9. Determinação da Polarização (Pol) do caldo no visível
Os procedimentos devem seguir as Normas ABNT NBR 16224 e
16271, com o seguinte complemento:
           
           
       
SUGARPOL (SU-5 a 8 g/200 mL), OCTAPOL (OC-6g/200 mL) e CHIARO
(CH-12 g/200 mL). A leitura equivalente em subacetato de chumbo será
calculada pelas equações:
      
      
      
      
onde:
LPb = leitura sacarimétrica equivalente a de subacetato de chumbo
          
de alumínio
       
       
       
             -
des recomendadas, os seguintes procedimentos devem ser tomados, na
ordem de preferência assinalada:
    
         
disponível, ou nova extração do caldo, na presença de um repre-
sentante credenciado pela Associação de Fornecedores.
3) Diluição do caldo extraído na proporção de 1 (uma) parte de água
     
neste caso, o valor da leitura sacarimétrica por 2 (dois).
            -
cedimentos descritos acima será considerada fora do sistema.

10. Determinação do Brix e da Pol do caldo por espectrofotometria de


infravermelho próximo (NIR)
O Brix e a Pol do caldo podem ser determinados pela utilização da

45
       
curvas de calibração, construídas com os resultados de Brix e de Pol dos
métodos tradicionais.
As curvas de calibração devem ser atualizadas a cada safra, através
da inserção de no mínimo 100 novos pares de dados representativos, em
cada terço do período de moagem.
Os laboratórios que utilizarem a espectrofotometria de infravermelho
próximo (NIR) devem realizar as análises tecnológicas, em paralelo, de
Brix e de Pol, conforme as Normas ABNT NBR 16223 e ABNT NBR 16224,
            
representativos para a atualização das curvas de calibração da metodolo-
gia espectrofotométrica.
São considerados dados representativos aqueles que apresentarem
uma distribuição homogênea no espectro (frequência) de resultados.

11. Cálculos

11.1. Pureza aparente do caldo

Será efetuada de acordo com o disposto na Norma ABNT NBR 16271,


com os seguintes complementos:
A Unidade Industrial poderá recusar o recebimento de carregamentos
com Pureza do caldo abaixo de 75% (setenta e cinco por cento).
Os carregamentos analisados conforme estas Normas e cujas Pure-
zas do caldo estiverem abaixo de 75%, se descarregados, não poderão
ser excluídos do Sistema.

11.2. Açúcares redutores do caldo (AR)

Serão efetuados de acordo com as Normas ABNT NBR 16252 e, fa-


cultativamente, a Norma ABNT NBR 16253 (LANE & EYNON), com o se-
guinte complemento:
A equação para o calculo dos Açúcares Redutores do caldo é:

AR = 3,641 – 0,0343 x Q

onde Q é a Pureza aparente do caldo, expressa em porcentagem.

46
11.3. Fibra % cana (F)

Serão efetuados de acordo com as Normas ABNT NBR 16251 ou, fa-
cultativamente, a Norma ABNT NBR 16225 (TANIMOTO), com o seguinte
complemento: A equação para o calculo da Fibra % Cana (F) é:

      

onde PBU = Peso do Bagaço Úmido da prensa, em gramas.

  

             


extraído pela prensa em Pol % de caldo absoluto, sendo calculado pelas
seguintes equações:

C = 1,0313 – 0,00575 x F
ou
C = 1,02626 – 0,00046 x PBU

onde F = Fibra % cana e PBU = Peso do Bagaço (bolo) úmido.

11.5. Pol % cana (PC)

Será efetuada de acordo com a Norma ABNT NBR 16271.

11.6. Açúcares redutores % cana (ARC)

Será efetuada de acordo com a Norma ABNT NBR 16271.

11.7. Açúcar Total Recuperável (ATR)

Será efetuada de acordo com a Norma ABNT NBR 16271, com o se-
guinte complemento:
A equação para o cálculo do ATR é apresentada a seguir:

               


         

47
ATR é o teor de açúcar total recuperável, expresso em quilogramas
por tonelada de cana (kg/t);
10xPC = Pol por tonelada de cana;
         
açúcares redutores;
          
10 x ARC = açúcares redutores por tonelada de cana.

12. ATR Relativo – entrega da cana proporcional à moagem durante a safra

A entrega da cana-de-açúcar pelo fornecedor deve ocorrer ao longo


de todo o período de moagem, na proporção da cana total processada na
quinzena de acordo com o planejamento quinzenal da unidade industrial
(Princípio da Linearidade). O princípio da linearidade será garantido pela
aplicação do sistema de ATR Relativo, sem desestimular a busca pela me-
lhoria da qualidade da matéria-prima.

12.1. ATR Relativo

           


média ao longo de todo o período de moagem de cada unidade industrial
para efeito de medição da qualidade da cana.

12.2. Como calcular o ATR Relativo

O ATR Relativo (ATRr) para ajustar a entrega da cana será calculado


pela seguinte equação:
ATRr = ATRfq + ATRus – ATRuq
onde:
ATRr = Açúcar Total Recuperável relativo do fornecedor 
ATRfq = Açúcar Total Recuperável do fornecedor na quinzena
         
na quinzena
          -
nalmente a partir dos resultados das análises e dos
cálculos da média ponderada da unidade industrial.
         
fornecedor) na safra

48
        -
rada do ATR das últimas 5 safras, considerando a cana
total processada (própria e fornecedores), devendo ser
recalculado de acordo com a equação:
        
         
partir da qualidade da matéria-prima entregue pelos for-
necedores de cana, enquanto não se tenha informação
da cana própria da unidade industrial.
        
após a distribuição da cana entregue pelos fornece-
dores pela curva de moagem total da usina.
         
provisório da unidade industrial pelo ATRus efetivo apu-
       -
vidas correções para todos os ATRr calculados.
           -
        
12.3. Informações necessárias

A unidade industrial que aplicar o ATR Relativo deve:


            -
necedores de cana das unidades industriais de acordo com o
Anexo I – Normas operacionais de determinação da qualidade
da cana-de-açúcar e com as Normas Brasileiras ABNT NBRs.
           -
dade da matéria-prima no período estabelecido.
12.4. Cálculo do ATRus provisório para início da safra

12.4.1. Com cana de fornecedores e própria


Da cana de fornecedores:
1. Total de cana de fornecedores entregue em cada safra no
período de abril a novembro.
2. Qualidade média da cana de fornecedores em cada safra
(Pol%cana e AR%cana)
3. Calcula-se o ATR médio de cada safra com a equação:
        

49
4. Calcula-se a média ponderada global do ATR da cana de for-
necedores nas 5 (cinco) últimas safras.
Da cana própria:
5. Total de cana própria em cada safra no período completo
de moagem.
6. Qualidade média da cana própria em cada safra.
(Pol%cana e AR%cana)
7. Calcula-se o ATR médio de cada safra com a equação:
        
8. Calcula-se a média ponderada global do ATR da cana própria
nas 5 (cinco) últimas safras.

Com os valores de ATR da cana de fornecedores e da cana própria


das últimas 5 (cinco) safras, obtém-se o ATRus provisório para uso no
sistema de ATR relativo (ATRr).

Sem resultados da cana própria:


O ATRus será obtido das seguintes informações:
           -
dos em cada quinzena durante as 5 últimas safras, no período
de abril a novembro, sendo o ATR calculado pela equação:
        
Com a distribuição da cana de fornecedores em função da curva
de moagem das últimas 5 safras e a qualidade da matéria-prima
quinzenal, calcula-se a média ponderada, conforme exemplo a
seguir para a safra 2014/2015:

50
Tabela 1 – Quantidade (t) e Qualidade (kg ATR/t) da Cana Entregue pelos
Fornecedores nas Safras 2009/2010 a 2013/2014
SAFRAS
TOTAL
QUIN- 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
ZENAS kg de kg de kg de kg de kg de kg de
(t) (t) (t) (t) (t) (t)
ATR/t ATR/t ATR/t ATR/t ATR/t ATR/t
1º ABR 31.949 105,51 56.169 123,86 12.426 121,61 3.834 98,50 104.377 117,04
2º ABR 99.429 112,85 117.684 124,47 4.908 119,67 65.663 126,16 27.239 119,20 314.923 120,62
1º MAI 138.024 121,86 145.344 129,57 71.695 124,85 65.612 131,64 74.445 125,76 495.120 126,44
2º MAI 160.224 124,11 170.836 133,07 164.999 132,35 167.588 128,97 134.497 128,13 798.145 129,43
1º JUN 136.797 128,64 169.612 137,58 121.312 132,37 104.753 124,92 140.573 128,95 673.047 131,05
2º JUN 152.007 133,60 176.330 146,87 162.952 136,65 152.859 128,01 171.972 129,46 816.120 135,16
1º JUL 165.105 135,66 165.406    138.872 140,27 172.430 132,69 204.315 131,69 846.128 137,47
2º JUL 167.924 136,45 179.048 155,92 155.654 145,29 272.075 133,26 203.864 136,10 978.566 140,46
1º A GO 163.503 140,99 165.213 156,66 145.968 146,66 243.543 140,66 188.031 141,66 906.258 144,81
2º A GO 112.442 142,67 172.326 161,23 168.342 154,93 243.466 146,02 181.027 148,32 877.603 150,76
1º SET 112.735 139,15 163.227 163,52 119.501 155,91 159.714 152,05 207.699 156,45 762.875 154,40
2º SET 114.403 137,17 127.045 164,20 132.146 160,41 115.725 154,76 141.141 156,17 630.460 154,97
1º OUT 168.273 133,38 101.647 152,07 60.807 158,64 154.553 153,44 93.494 147,68 578.773 146,98
2º OUT 141.773 133,33 21.968 151,48 22.041 141,23 139.811 147,99 129.389 143,22 454.982 1 41,91
1º NOV 120.147 129,51 64 140,16 102.964 137,98 106.709 131,75 329.885 1 32,88
2º NOV 62.137 122,88 91.569 137,77 118.790 125,83 272.495 1 29,17
TOTAL/
2.046.872 131,68 1.931.856 147,52 1.469.262 144,21 2.264.750 139,12 2.127.016 138,52 9.839.756 139,85
MÉDIA

Tabela 2 – Moagem, em toneladas, nas Safras 2009/2010 a 2013/2014


SAFRAS
QUINZENAS 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL
2010 2011 2012 2013 2014
1º ABR 134.545 167.827 55.112 68.717 426.201
2º ABR 257.447 281.338 41.563 205.698 273.161 1.059.206
1º MAI 276.078 305.079 247.398 182.803 310.631 1.321.990
2º MAI 287.772 331.503 315.961 293.388 271.916 1.500.540
1º JUN 240.618 307.676 258.511 161.300 257.752 1.225.856
2º JUN 268.232 306.916 289.059 233.042 255.270 1.352.519
1º JUL 271.525 310.322 280.204 306.811 321.488 1.490.351
2º JUL 280.032 327.385 311.961 316.164 324.762 1.560.304
1º AGO 299.175 291.827 264.573 305.523 317.439 1.478.538
2º AGO 200.008 310.075 273.092 334.741 330.664 1.448.580
1º SET 206.637 283.489 236.583 292.749 270.016 1.289.475
2º SET 203.446 198.110 249.154 217.503 216.373 1.084.585
1º OUT 264.257 172.825 148.056 283.606 189.936 1.058.681
2º OUT 238.697 25.742 124.428 257.921 243.460 890.248
1º NOV 207.736 331 187.968 174.075 570.109
2º NOV 163.452 217.169 160.541 541.162
TOTAL/MÉDIA 3.799.659 3.620.114 3.040.873 3.851.497 3.986.200 18.298.343

51
Tabela 3 – Cana Entregue e Moagem (t), % de Moagem em relação ao Total, Cana
Entregue Redistribuída e Qualidade Média da Cana, em kg de ATR/t e ATRus provisório
SAFRAS 2009/2010 a 2013/2014
CANA (t) Cana Entregue
MOAGEM (t) % kg de ATR/t
QUINZENAS ENTREGUE Redistribuída (t)
(1) (2) (3) (4) (5)
1º ABR 104.377 426.201 2,3% 229.185 113,16
2º ABR 314.923 1.059.206 5,8% 569.578 119,90
1º MAI 495.120 1.321.990 7,2% 710.887 125,26
2º MAI 798.145 1.500.540 8,2% 806.901 129,40
1º JUN 673.047 1.225.856 6,7% 659.192 131,27
2º JUN 816.120 1.352.519 7,4% 727.304 134,55
1º JUL 846.128 1.490.351 8,1% 801.422 137,34
2º JUL 978.566 1.560.304 8,5% 839.038 140,91
1º AGO 906.258 1.478.538 8,1% 795.069 145,24
2º AGO 877.603 1.448.580 7,9% 778.960 150,65
1º SET 762.875 1.289.475 7,0% 693.402 153,08
2º SET 630.460 1.084.585 5,9% 583.225 153,98
1º OUT 578.773 1.058.681 5,8% 569.295 146,80
2º OUT 454.982 890.248 4,9% 478.722 140,43
1º NOV 329.885 570.109 3,1% 306.571 132,54
2º NOV 272.495 541.162 3,0% 291.005 128,92
TOTAL/MÉDIA 9.839.756 18.298.343 100,0% 9.839.756 138,02

1. Soma da cana entregue nas safras 2009/2010 a 2013/2014


(Tabela 01).
2. Moagem total das safras 2009/2010 a 2013/2014 (Tabela
02) ATRus.
3. % de Moagem na quinzena em relação ao total Provisório.
4. Cana Entregue Redistribuída na Quinzena = 53,8% x Moa-
          
      
5. kg de ATR/t quinzenal e média ponderada (ATRus).

           

           


da unidade industrial na safra (ATRus), considera-se período
de moagem aquele compreendido entre 1º de abril a 30 de
novembro. No entanto, é livre às unidades industriais e seus
fornecedores ajustarem o período diverso de acordo com as
peculiaridades próprias e regionais.

52
        

O ATRus será obtido através das seguintes informações:


           -
res em cada quinzena, no período de moagem.
         
total da usina na safra, obtendo-se o ATRus.
         
fornecedores.

Sem resultados da cana própria:


O ATRus será obtido através das seguintes informações:
          
cada quinzena.
          
curva de moagem da safra e a qualidade, calcula-se a média
ponderada, obtendo-se o ATRus.
         
fornecedores.

Tabela 4 – Cálculo do ATR relativo no período de moagem


CANA (t)   ATR
ATRfq ATRuq ATRus MOAGEM (t)
QUINZENAS ENTREGUE Relativo
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
1º ABR 2.768 120,02 118,09 135,00 136,93 52.258 3,0%
2º ABR 4.138 107,46 112,49 135,00 129,97 118.759 6,8%
1º MAI 16.831 118,14 119,00 135,00 134,14 110.887 6,3%
2º MAI 23.297 118,29 116,68 135,00 136,61 91.619 5,2%
1º JUN 6.789 117,25 121,44 135,00 130,81 109.226 6,2%
2º JUN 30.475 122,13 123,82 135,00 133,31 92.065 5,3%
1º JUL 48.223 124,87 122,98 135,00 136,89 111.176 6,3%
2º JUL 58.403 125,62 126,12 135,00 134,50 140.294 8,0%
1º AGO 48.664 136,15 133,97 135,00 137,18 133.365 7,6%
2º AGO 81.610 136,58 137,64 135,00 133,94 136.999 7,8%
1º SET 91.557 144,84 142,50 135,00 137,34 126.310 7,2%
2º SET 81.955 144,42 144,09 135,00 135,33 107.820 6,1%
1º OUT 67.082 139,34 138,59 135,00 135,75 96.070 5,5%
2º OUT 77.016 136,72 135,99 135,00 135,73 128.969 7,4%
1º NOV 66.606 136,42 135,15 135,00 136,27 96.864 5,5%
2º NOV 78.768 133,94 133,53 135,00 135,41 100.875 5,8%
TOTAL 784.183 134,89 129,52 135,61 1.753.555 100%

  (1) Cana entregue pelo fornecedor na Safra.


53
(2) ATR do Fornecedor na quinzena e média ponderada da safra.
         
e média ponderada pela curva de moagem, em toneladas e
%(6).
(4) ATR médio provisório das últimas 5 safras.
           
  (6) Curva de moagem da unidade industrial.

          


CANA (t)   ATR
  AT Rf q AT Ru q AT Rus MOAGEM (t)
QUINZENAS ENTREGUE Relativo
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
1º ABR 2.768 120,02 118,09 129,52 131,45 52.258 3,0%
2º ABR 4.138 107,46 112,49 129,52 124,49 118.759 6,8%
1º MAI 16.831 118,14 119,00 129,52 128,66 110.887 6,3%
2º MAI 23.297 118,29 116,68 129,52 131,13 91.619 5,2%
1º JUN 6.789 117,25 121,44 129,52 125,33 109.226 6,2%
2º JUN 30.475 122,13 123,82 129,52 127,83 92.065 5,3%
1º JUL 48.223 124,87 122,98 129,52 131,41 111.176 6,3%
2º JUL 58.403 125,62 126,12 129,52 129,02 140.294 8,0%
1º AGO 48.664 136,15 133,97 129,52 131,70 133.365 7,6%
2º AGO 81.610 136,58 137,64 129,52 128,46 136.999 7,8%
1º SET 91.557 144,84 142,50 129,52 131,86 126.310 7,2%
2º SET 81.955 144,42 144,09 129,52 129,85 107.820 6,1%
1º OUT 67.082 139,34 138,59 129,52 130,27 96.070 5,5%
2º OUT 77.016 136,72 135,99 129,52 130,25 128.969 7,4%
1º NOV 66.606 136,42 135,15 129,52 130,79 96.864 5,5%
2º NOV 78.768 133,94 133,53 129,52 129,93 100.875 5,8%
TOTAL 784.183 134,89 129,52 130,12 1.753.555 100%

  (1) Cana entregue pelo fornecedor na Safra.


(2) ATR do Fornecedor na quinzena e média ponderada da safra.
          
média ponderada pela curva de moagem em toneladas e % (6);
           -
cedores).
(5) ATR Relativo recalculado do Fornecedor e média ponderada
           
(4) – ATRuq (3).
  (6) Curva de moagem da unidade industrial.

54
13. Tratamento dos dados, conforme a Norma ABNT NBR 16271, com os
seguintes complementos:

13.1. Por carregamento e diário

Data e hora da queima e Tempo de parada da unidade industrial por


carregamento diário, deverão ser enviados ao Sistema ATR de processa-
mento de dados e às Associações de Fornecedores de cana.

13.2. Dados quinzenais

ATRq, ATRrq, ATRuq, ATRus, Fator Kq, ATR(K) e ATRr(K) também de-
verão enviados ao Sistema ATR de processamento de dados e às Associa-
ções de Fornecedores de Cana.

14. Acompanhamento do sistema, conforme Norma ABNT NBR 16271

15. Interrupção operacional do sistema, conforme Norma ABNT NBR 16271

16. Registros, conforme Norma ABNT NBR 16271

17. Comparação de resultados, conforme Normas ABNT NBR 16223, 16224 e 16253

18. Padronização dos cálculos conforme Norma ABNT NBR 16271, com os
seguintes complementos:

         


 
          -
rão ser calculadas pelas equações seguintes:
Diária:
                 
K1, K2,... Kn = fator K, por carregamento entregue;
P1, P2,... Pn = peso dos carregamentos entregues.

55
19. Fatores para transformação dos produtos em ATR, conforme Norma ABNT
NBR 16271, com os seguintes complementos:
19.1. Para o açúcar 

A polarização dos açúcares brancos (ABMI e ABME) é igual a 99,7ºZ e


a do VHP, 99,3º Z. Para transformá-los em açúcares redutores, ou seja, em
      

ABMI e ABME: 99,7 x 1,05263 = 1,0495


VHP: 99,3 x 1,05263 = 1,0453

Exemplos:
50 kg de açúcar ABMI/ABME x 1,0495 = 52,475 kg de ATR
50 kg de açúcar VHP x 1,0453 = 52,265 kg de ATR

19.2. Para o etanol


           -
formação ideal dos monossacarídeos (glicose e frutose) em etanol:

C6H12O6 2C2H5  2

            -


nol produzido, 92 (2x46), pode-se estabelecer a seguinte correlação:

  180 = 1 X = 0,5111 g
2 x 46 X

Este valor representa o peso de etanol absoluto (100º INPM) resultan-


te da fermentação de 1 g de monossacarídeo. Mas, para o etanol anidro,
cujo grau é de 99,3º INPM, o resultado seria:

0,5111 / 0,993 = 0,5147 g

isto é, de 1 g de monossacarídeo resultaria, idealmente, 0,5147 g de etanol


anidro. Convertendo este peso em volume, ter-se-á:

0,5147 / 0,7915 = 0,6503 mL de etanol anidro,

      


56
Para se transformar este valor em termos práticos, tem-se que levar em
conta o rendimento de fermentação (88,8%) e o da destilação (99%). Logo:

0,6503 x 0,888 x 0,99 = 0,5717 mL de etanol anidro

Se 1 g de monossacarídeo produz, praticamente, 0,5717 mL de etanol


anidro, para se produzir 1 mL de etanol, tem-se:
1 = X X= 1 X = 1,7492
0,5717 1 0,5717
          -
res redutores, ou seja, em ATR. Portanto:

Fator de Conversão para o etanol anidro = 1,7492

Exemplo:
50 L de etanol anidro x 1,7492 = 87,46 kg de ATR

Para o cálculo do fator do etanol hidratado, a sequência é semelhante,


mudando-se, evidentemente, o valor da sua concentração (90,3º INPM) e
    

  180 = 1 X = 0,5111 g
2 x 46 X

0,5111 / 0,93 = 0,5496 g/g de monossacarídeo


0,5496 / 0,8098 = 0,6787 mL/g de monossacarídeo

Levando-se em conta o rendimento de fermentação e o de destilação:

0,6787 x 0,888 x 0,99 = 0,5967 mL/g de monossacarídeo

A quantidade de monossacarídeo para se obter 1 mL de etanol hidra-


tado de 93º INPM será:
1 = X X = 1,6761
0,5966 1

         


açúcares redutores, ou seja, em ATR. Portanto:
57
Fator de conversão para etanol hidratado = 1,6761
Resumo:

Produto Unidade Multiplicar por:


ABMI kg 1,0495
ABME kg 1,0495
AVHP kg 1,0453
Etanol anidro L 1,7492
Etanol hidratado L 1,6761

Exemplos:
50 L de etanol anidro correspondem a 50 x 1,7492 = 87,46 kg de ATR
50 L de etanol hidratado correspondem a 50 x 1,6761 = 83,81 kg de ATR

20. Métodos de laboratório

            


Norma ABNT NBR 16224

20.2. Determinação do Índice de Preparo (IP), de acordo com a Norma ABNT


NBR 16227

21. Determinação do teor de açúcares redutores – Método de Lane & Eynon,


de acordo com a Norma ABNT NBR 16253

      – Método de Tanimoto, conforme Norma


ABNT NBR 16225

23. Equipamentos homologados pelo CONSECANA-SP para a avaliação da


qualidade da cana-de-açúcar 
Sondas amostradoras:
       
      
        
     
    

58
 
         
040520157 marca STARRET.
  

Desintegradores
     
      
  
     

Homogeneizadores
         
Norma ABNT NBR 16226

Prensas hidráulicas
    
 
     
     
  

Célula de carga (dinamômetro à compressão)


      
  
     

Balanças semianalíticas
 Todas as marcas desde que homologadas pelo INMETRO e
que atendam as Normas do CONSECANA.

Refratômetros
         
        -
MAT 500/550
           
    

59
         
     
     
    
     
Sacarímetros
      
     
          
MCP 500
       
    
     
     
    
      
      
Extrator 
        -
las e não cortantes, e rotação de 7.000 RPM, com copo e
eixo refrigerados.
Aparelho de índice de preparo
          -
sições invertidas e capacidade de 4.000 mL.
Misturador para pós
         

 
        
ABNT NBR 16224.
 
 
    

60
24. Formação do preço da cana-de-açúcar posta na esteira – exemplo

24.1. Dados conhecidos

24.1.1. Laboratório (análise da cana)

           

24.1.2. Produção

          


        
      
       
       
       
       
       
       

24.1.3. Preços do kg de ATR (divulgados pelo CONSECANA-SP)


    
    
    
    
    
    
    
    
    

61
24.2. Cálculos

24.2.1. Açúcares Redutores da Cana (ARC)

                   


   

24.2.2. Açúcar Total Recuperável (ATR)

         


    

A partir dos dados obtidos anteriormente, elaborou-se a Tabela


seguinte:

(1) (2) (3) (4) (5)

O preenchimento da Tabela será dado a seguir, sabendo-se que as


colunas (1), (2) e (5) já são conhecidas.

24.2.3. Cálculo da Quantidade de ATR equivalente – coluna (3)

Coluna 3 = Coluna 1 x Coluna 2

62
24.2.4. Cálculo da participação de cada produto no total de ATR produzido
 – coluna (4)

      


      
       
        
        
        
        
        
        

24.2.5. Cálculo do preço médio do kg de ATR

               

24.2.6. Preço da tonelada de cana (VTC), em reais

        

63
ANEXO II – FORMAÇÃO DO PREÇO DA
CANA-DE AÇÚCAR E FORMA DE PAGAMENTO

TÍTULO I
         

Art. 1º – O preço da cana-de-açúcar será calculado utilizando-se os


seguintes parâmetros:

I – qualidade da cana-de-açúcar expressa em kg de ATR (Açúcar


Total Recuperável);
II – preço médio dos produtos acabados, açúcar e etanol, livre de
tributos e frete, na condição PVU/PVD por produtores do Es-
tado de São Paulo, em relação ao mercado externo e interno;
III – participação do custo da cana-de-açúcar (matéria-prima) no
custo do açúcar e do etanol, em nível estadual; e
IV – mix de produção e de comercialização do ano-safra de cada
unidade industrial ou do Grupo de Comercialização, de acor-
do com as Entidades de Classe dos Fornecedores de Cana.

Art. 2º – O método de cálculo do preço da cana-de-açúcar na esteira


disposto neste Anexo é aplicável em qualquer região do Esta-
do de São Paulo.

CAPÍTULO I
Determinação da qualidade da cana entregue com base na
concentração do açúcar total recuperável

Art. 3º – A determinação da concentração de ATR, tanto para a cana


          -
lo do ATR Relativo, deve observar a seguinte equação, além
das normas operacionais expressas no Anexo I deste Regu-
lamento e nas normas complementares expedidas pelo CON-
SECANA-SP:

64
                      
onde:
PC = pol da cana, que determina a quantidade de sacarose
aparente na cana-de-açúcar (vide o Anexo I);
PI = a perda industrial média dos açúcares contidos na cana-
de-açúcar em função dos processos industriais e tecnoló-
gicos utilizados no Estado de São Paulo;
ARC = açúcares redutores, que determina a quantidade
conjunta de frutose e glicose contida na cana-de-
açúcar (vide o Anexo I);
      
sacarose em açúcares redutores.

Art. 4º – Para determinação da qualidade média da cana entregue, ex-


pressa em quilogramas de ATR por tonelada, deve-se consi-
derar a cana do produtor como tendo sido entregue ao longo
de todo o período de moagem da unidade industrial, na pro-
porção da cana total processada pela mesma, de acordo com
seu planejamento quinzenal (Princípio da Linearidade).

Parág. 1º – Para o presente artigo, entende-se por período de moagem


aquele compreendido entre 1º de abril a 30 de novembro,
sendo livre estipulação diversa entre as partes em função de
peculiaridades próprias e regionais.
Parág. 2º – O princípio da linearidade, expresso no caput , será garantido
pela aplicação do sistema de ATR Relativo que ajusta a quan-
           
longo de todo o período de moagem da unidade industrial.
Parág. 3º – O ATR Relativo (ATRr) do produtor será calculado pela se-
guinte equação:

       

        


         
          
cedor) na safra (estimado);

65
          
cedor) na quinzena.

Parág. 4º – O ATRus será estimado pela média das últimas 5 (cinco) safras,
considerando a cana total processada (própria e fornecedores).
O ATRfq e o ATRuq serão obtidos quinzenalmente a partir dos
resultados das análises e dos cálculos da média ponderada.
Parág. 5º – Ao se encerrar a moagem deve-se calcular o ATR Relativo
Efetivo a partir da média do ATRus do ano-safra em curso,
efetuando-se as devidas correções para todos os ATRr calcu-
lados e empregando-o para o ajuste e a liquidação da safra.
Parág. 6º – A unidade industrial deverá informar a moagem e os dados
diários e quinzenais da qualidade da matéria-prima, tanto da
cana própria como de fornecedores às Associações de clas-
se, bem como aferir a qualidade, tanto da cana própria da
unidade industrial como dos fornecedores, de acordo com as
normas expressas nesse Regulamento ou por outras comple-
mentares expedidas pelo CONSECANA-SP.
Parág. 7º – Quando a unidade industrial aplicar o ATR Relativo. o mesmo
        
Parág. 8º – A aplicação do ATR relativo pressupõe a observância de cada
uma e de todas as Normas constantes do Manual de Instru-
ções do CONSECANA-SP, resguardados os acordos livre-
mente ajustados.
Parág. 9º – As unidades industriais que não observarem o disposto neste
artigo estarão em desacordo com o Sistema CONSECANA-
SP, assegurado à parte lesada os recursos cabíveis.

Art. 5º – Qualquer alteração da fórmula para o cálculo do ATR deverá


ser divulgada pelo CONSECANA-SP, 30 dias antes do início
da safra.

CAPÍTULO II
Da formação do preço médio dos produtos acabados

Art. 6º – A apuração dos preços médios dos produtos acabados pra-


ticados nos mercados, interno e externo, e livres de tributos
e fretes, na condição PVU/PVD, será realizada por institui-

66
ções independentes e de notória capacitação técnica, con-
tratadas pelo CONSECANA-SP de acordo com as Metodolo-
gias aprovadas pelo CONSECANA-SP e disponíveis no site:
www.consecanasp.com.br 

Parág. 1º – O CONSECANA-SP divulgará os preços levantados e os lí-


quidos, já deduzidos os tributos incidentes sobre o preço
de faturamento.
Parág. 2º – Apenas os preços líquidos, mencionados no parágrafo ante-
rior, serão utilizados no cálculo do valor do ATR.
Parág. 3º – Os preços médios de que trata o “caput” deverão ser apurados
mensalmente e arredondados com 2 (duas) casas decimais.
Art. 7º – Deverão ser apurados os preços médios, praticados no Esta-
do de São Paulo, dos seguintes produtos:

a) Açúcar Branco Mercado Interno (ABMI);

b) Açúcar Branco Mercado Externo (ABME);

c) Açúcar VHP Mercado Externo (AVHP);

d) Etanol Anidro Carburante (EAC);

e) Etanol Anidro Industrial (EAI);

f) Etanol Anidro Mercado Externo (EAE);

g) Etanol Hidratado Carburante (EHC);

h) Etanol Hidratado Industrial (EHI); e

i) Etanol Hidratado Mercado Externo (EHE).

Art. 8º – Os preços dos produtos acabados, praticados no Estado,


conforme disposto no artigo anterior, comporão o preço mé-
dio de cada unidade industrial na proporção de seu mix de
produção e de comercialização.

67
CAPÍTULO III
Da determinação da participação do custo da cana-de-açúcar
(matéria-prima) no custo do produto acabado

Art. 9º – A participação do custo médio da cana-de-açúcar (matéria-


prima) em relação ao custo médio de cada um dos produtos
acabados, na condição PVU/PVD, será determinada, quando
necessário, por instituição independente e de notória capaci-
tação técnica, contratada pelo CONSECANA-SP.

Parág. 1º – A participação do custo médio da cana-de-açúcar será deter-


minada em relação aos custos médios do açúcar e do etanol.

Parág. 2º – A participação do custo médio será representada em formato


percentual e arredondada com 2 (duas) casas decimais.

Parág. 3º – A partir da safra 2005/2006, a participação da matéria-prima


no açúcar é de 59,50% e no etanol de 62,10%.

CAPÍTULO IV
Da determinação do preço da cana-de-açúcar entregue

Art. 10º – Para a determinação do preço da cana-de-açúcar, além dos


        -
das as seguintes informações:

I – O produto comercializado convertido em quilogramas de ATR,


conforme os fatores estequiométricos de conversão para os
seguintes produtos:

i – Açúcar Branco (AB): 1kg de Açúcar Branco = 1,0495 kg de ATR


ii – Açúcar VHP (AVHP): 1kg de Açúcar VHP = 1,0453 kg de ATR
iii – Etanol Anidro (EA): 1litro = 1,7492 kg de ATR
iv – Etanol Hidratado (EH): 1litro = 1,6761 kg de ATR

II – o mix de comercialização da unidade industrial durante o ano-


safra, conforme escrituração feita no SAPCana, expresso em
percentual, para os seguintes produtos:

68
i – Açúcar Branco (AB)
1) Percentual destinado para o mercado interno (%ABMI) e
2) Percentual destinado para o mercado externo (%ABME)

ii – Açúcar VHP (AVHP)


100% do VHP é considerado destinado para o merca-
do externo;
iii – Etanol Anidro (EA)
1) Percentual destinado ao mercado interno como carburan-
te (%EAC);
2) Percentual destinado ao mercado interno para indústria
(%EAI);
3) Percentual destinado para o mercado externo (%EAE).
iv – Etanol Hidratado (EH)
1) Percentual destinado ao mercado interno como carburan-
te (%EHC);
2) Percentual destinado ao mercado interno para indústria
(%EHI); e
3) Percentual destinado ao mercado externo (%EHE).
v – Os percentuais obtidos serão aplicados sobre a produção de
açúcar e etanol.

III – Os preços médios (PM), convertidos em preço de ATR, prati-


cados durante o ano-safra, livres de tributos e frete, na condi-
ção PVU/PVD de cada um dos produtos derivados da cana,
relacionados no Art 7º, serão divulgados em Circular do CON-
SECANA-SP no último dia útil de cada mês do novo ano-safra
e arredondados com 2 (duas) casas decimais.

IV – a participação (P) do custo médio de reposição da matéria-


prima, em relação ao custo médio de reposição de cada pro-
duto acabado, conforme artigos 9º e 10 deste Anexo.

Art. 11 – O preço, em reais, do kg do ATR da cana-de-açúcar entre-


gue pelo produtor (PATR) será calculado ponderando-se os
preços do kg de ATR de cada produto com a participação de
cada um no mix de comercialização.

69
Parágrafo único: O preço do kg do ATR será expresso com 4 (quatro)
casas decimais.

Art. 12 – Para a determinação do preço da cana-de-açúcar devido ao


produtor de cana-de-açúcar aplicar-se-á a seguinte equação:

VTC = (PATR x ATR produtor), onde:


VTC = preço da cana-de-açúcar 
PATR = preço médio do kg de ATR
         
acordo com o Anexo I do Regulamento.

Parágrafo único. O preço da cana-de-açúcar será expresso com 2


(duas) casas decimais, obedecendo os critérios usu-
ais de arredondamento.

TÍTULO II
Da forma de pagamento

CAPÍTULO I
Do adiantamento devido ao produtor de cana-de-açúcar durante o
período de moagem

Art. 13 – A unidade industrial pagará ao produtor de cana de açúcar, a


título de adiantamento, uma percentagem acordada entre as
partes, do valor de faturamento da Nota Fiscal de Entrada,
      
    
preço médio acumulado do kg de ATR
ATR para o mês de entrega
divulgado pelo CONSECANA-SP
CONSECANA-SP..

Parág. 1º – A Diretoria do CONSECANA-SP recomendará, através de


Circular, o percentual mínimo de adiantamento a ser aplicado
sobre o valor de faturamento da Nota de Entrada de Cana,
guardada a relação com a participação do custo da matéria-
prima nos custos de produção de açúcar e de etanol, respei-
tando-se o acordo entre as partes.

70
Parág. 2º – Caso seja de interesse das partes, poderá ser ajustado um
        
a título de adiantamento de que trata o caput .

CAPÍTULO II
Do adiantamento devido ao produtor de cana-de-açúcar entre o
         

Art. 14 – A partir do mês subsequente ao do término da moagem, a uni-


dade industrial, com base em seu mix de produção, no seu mix
        -
dutor de cana-de-açúcar e nos preços médios ponderados do
kg de ATR dos produtos derivados da cana-de-açúcar divulga-
dos pelo CONSECANA-SP,
CONSECANA-SP, calculará o preço do kg de ATRATR de-
vido ao produtor de cana-de-açúcar e, mensal e sucessivamen-
te, iniciará o processo de ajuste do preço da cana-de-açúcar.

Parág. 1º – Para o início do processo de ajuste do preço da cana-de-açú-


car, a unidade industrial acordará com o produtor de cana-de
-açúcar o pagamento, ainda a título de adiantamento, durante
os meses restantes do ano-safra, da diferença entre o preço
do kg de ATR conforme o disposto neste Artigo e os adianta-
mentos já realizados durante o período de moagem.

Parág. 2º – Sobre o preço obtido conforme o “caput” deste artigo pode-


rá ser aplicado o percentual acordado no contrato de forne-
cimento de cana-de-açúcar para o cálculo do adiantamento
dos valores faturados durante o ano-safra e, deste resultado,
serem subtraídos os valores adiantados ao produtor de cana-
de-açúcar durante o período de moagem.

Parág. 3º – No caso de a diferença calculada conforme o parágrafo ante-


          -
dutor de cana-de-açúcar, recomenda-se que este débito seja
imediatamente pago, em uma única parcela, pela unidade
industrial ao produtor de cana, independentemente do ajuste
que será iniciado conforme o artigo 18 do Regulamento.

71
Parág. 4º – No caso de a diferença calculada conforme o parágrafo se-
         
produtor de cana-de-açúcar, recomenda-se que este crédito
seja compensado na primeira parcela do ajuste que será ini-
ciado conforme o artigo 18 do Regulamento.
Parág. 5º – Caso a unidade industrial e o produtor de cana-de-açúcar
acordarem em adotar a recomendação do CONSECANA-SP
descrita nos parágrafos deste artigo, é necessária sua ex-
pressa indicação no contrato de fornecimento de cana.

CAPÍTULO III
          

            -


         
e os valores adiantados conforme o disposto nos Artigos 13 e
14 deste Anexo.

CAPÍTULO IV
Disposições transitórias

Art. 16 – O período de moagem, a que se refere o parágrafo 1º do ar-


tigo 4º, será aquele compreendido entre 1º de abril a 30 de
novembro.

Art. 17 – A média estimada das últimas 5 (cinco) safras, a que se refere


o Parág. 4º do artigo 4º, será calculada a partir da qualidade
média da matéria-prima processada pela unidade industrial.

CAPÍTULO V
 

Art. 19 – A unidade industrial descontará as obrigações pecuniárias


devidas pelo produtor à sua associação de classe, recolhen-
          -
blear, cuja ata deve ser subscrita e enviada, em tempo hábil,
à unidade industrial.

72
ANEXO III – REGRAS CONTRATUAIS
CONTRATUAIS MÍNIMAS

Art. 1º Para a contratação da compra e venda da cana segundo as


diretrizes do sistema CONSECANA-SP
CONSECANA-SP,, é obrigatória a forma-
lização do contrato em instrumento escrito no qual constem
         -
sições do seu Regulamento:

I – NOME E QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Pelo presente instrumento particular de contrato de compra e venda,


de um lado (    ),), de ora em diante de-
signado VENDEDOR; e de outro lado (   
 ),
), de ora em diante denominada COMPRADORA,

II – PREÂMBULO

considerando que:

1. o Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar


Cana-de-Açúcar,, Açúcar e
Etanol do Estado de São Paulo – CONSECANA-SP – deve
zelar pelo relacionamento dos integrantes da cadeia produti-
va da agroindústria canavieira do Estado de São Paulo;
2. é amplamente reconhecida a importância da indicação de
diretrizes, aos produtores de cana-de-açúcar e às unidades
industriais adquirentes e processadoras da produção agrícola
dos primeiros, que os auxiliem na contratação do fornecimen-
to de cana, levando-se em conta as características e peculia-
ridades de seus negócios;
          
que deve existir entre os produtores de cana e as unidades
industriais processadoras deste insumo agrícola;
4. o CONSECANA-SP
CONSECANA-SP,, para facilitar a formalização e o cumpri-

73
mento dos contratos de fornecimento de cana-de-açúcar, re-
úne e publica informações atualizadas sobre os métodos de
análise da qualidade da cana, contrata a pesquisa e divulga-
          
por entidades independentes, bem como divulga um conjunto
de recomendações para a sua contratação;
        
          -
dos, amplamente divulgada por meio de um Manual de Instru-
ções CONSECANA-SP, que as Partes declaram conhecer e
aceitar, estando este manual inclusive disponibilizado na rede
mundial de computadores;

têm entre si justo e contratado o quanto segue:

III – OBJETO

Cláusula (...) – Pelo presente instrumento particular e na melhor for-


ma de direito, o VENDEDOR vende e a COMPRA-
DORA compra a cana-de-açúcar produzida pelo pri-
meiro para seu processo industrial, na modalidade
posta na esteira da COMPRADORA, na forma a se-
guir detalhada:

Informações de adoção recomendada:


a) relação de fundos agrícolas onde será produzida a cana;
b) quantidade estimada da cana por corte (se houver) e/ou a
informação de que está sendo adquirida a totalidade da cana
produzida nos fundos, abrangendo ou não a previsão de in-
clusão de áreas de plantio a cada safra;
c) variação da quantidade admitida até determinado percentu-
al, descontando-se a variação de corrente do uso próprio de
cana como muda, quando for o caso;
d) local de entrega (atenção: a regra geral é “posta na estei-
ra”. No entanto, as partes podem negociar o local da entrega
como sendo “no campo”, ou seja, no próprio fun do agrícola de
produção, ajustando-se o caput  da cláusula e ajustando-se o
novo preço a partir da referência do modelo CONSECANA
-SP, tudo de comum acordo entre as partes).

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Parág. (...). A entrega efetuar-se-á durante o período de moagem
da COMPRADORA, conforme cronograma elabora-
do, na proporção de sua cana total processada.

IV – PRAZO DE VIGÊNCIA

Cláusula (...) – O prazo de vigência do presente contrato é de (...)


      

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adotar a ocorrência da exaustão do canavial.

V – APURAÇÃO DA QUALIDADE DA CANA ENTREGUE

Cláusula (...) – A qualidade da cana-de-açúcar entregue pelo VEN-


DEDOR, expressa em quilogramas de ATR (açúcar
total recuperável) por tonelada de cana, será determi-
nada pela COMPRADORA, com base nas normas do
Anexo I do Manual de Instruções CONSECANA-SP e
nas Normas da ABNT NBRs, que as partes declaram
conhecer e respeitar.

Princípio da linearidade e aplicação do ATR Relativo

Para a aplicação do ATR Relativo pela unidade industrial compradora


da cana-de-açúcar é obrigatório: (1) o envio pontual de informações para
o sistema ATR; (2) a sua aplicação e a sua apuração realizada dentro do
período de moagem previsto no item 13 do Anexo I e no art. 4º do Anexo II
do Manual de Instruções CONSECANA-SP.
Atenção: a regra geral é determinar a qualidade da cana através do
Princípio da Linearidade e da aplicação do ATR Relativo. No entanto, as
partes podem negociar a utilização do ATR individual do fornecedor ou do
próprio fundo agrícola de produção, ajustando-se o caput da cláusula, tudo
de comum acordo entre as partes.

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VI – PREÇO

Cláusula (...) – O preço devido pela COMPRADORA ao VENDEDOR


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      
1º e seguintes do Anexo II do Manual de Instruções
CONSECANA-SP, que as partes declaram conhecer
e respeitar.

No caso de as partes negociarem a adoção de mix de produção ou mix


       
tais como o mix do grupo econômico ou o mix do estado de São Paulo,
será necessário ajustar o caput  desta cláusula ou formalizar termo escrito
separado prevendo essa condição.

VII – PREÇO PROVISÓRIO DURANTE O PERÍODO DE MOAGEM

Cláusula (...) – A COMPRADORA pagará ao VENDEDOR, no dia


(...) do mês subsequente ao da entrega da cana, (...)
% do preço da cana entregue, preço este que ainda
será provisório e será calculado, conforme o determi-
nado no Anexo II do Manual de Instruções CONSE-
CANA-SP, pela seguinte fórmula:

Preço Provisório = (ATR produtor x PM_ATR_CONSECANA_SP),


onde:
ATR produtor = quantidade de ATR da cana entregue no mês anterior,
expressa em quilogramas.
PM_ATR_CONSECANA_SP = preço médio acumulado do quilograma
do ATR, divulgado pelo CONSECANA
SP, para o mês da entrega.

Parág. (...). A COMPRADORA descontará, do valor a ser pago,


os tributos a cargo do VENDEDOR que a legislação
atribuir, à primeira, a obrigação de retenção.

As partes podem negociar, no lugar do “ATR produtor”, baseado na


quantidade da cana entregue no mês anterior, a adoção de um valor médio

76
acumulado da quantidade de ATR fornecida, conforme forem realizadas
as entregas mensais. Este mecanismo minimizará a defasagem, negativa
           
da cana.

VIII – AJUSTE DO PREÇO PROVISÓRIO ENTRE O FINAL DA


MOAGEM E O FINAL DO ANO-SAFRA

Cláusula (...) – A partir do término da moagem, conforme o deter-


minado no Anexo II do Manual de Instruções CON-
SECANA-SP, a COMPRADORA, mensal e suces-
sivamente, calculará o novo preço provisório da
cana-de-açúcar entregue e iniciará o pagamento da
diferença entre este novo preço provisório e as quan-
tias já pagas durante o período de moagem.

O pagamento da diferença de que trata esta cláusula deverá ser feito


           -
      

IX – LIQUIDAÇÃO AO FINAL DA SAFRA

           


      
disposto na cláusula (vide item VI) e pagará ao VEN-
         -
lores já pagos de acordo com as cláusulas (vide itens
VII e VIII) deste contrato.

X – RETENÇÃO

Cláusula (...) – A COMPRADORA se obriga a descontar as obrigações


pecuniárias devidas pelo VENDEDOR à ASSOCIA-
ÇÃO (denominação da associação), recolhendo-as a
       -
blear, cuja ata respectiva, devidamente subscrita, deve
ser enviada, em tempo hábil, à COMPRADORA.

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XI – CONCILIAÇÃO

Cláusula (...) – As partes poderão encaminhar à Diretoria do CON-


      
elas, quanto à execução do presente contrato, no que
se refere às Normas do Regulamento do CONSECA-
NA-SP.

Parágrafo único. A Diretoria do CONSECANA-SP, após conhecer da


        
conciliação das partes, com auxílio técnico da CANA-
TEC-SP, quando a matéria o exigir.

Art. 2º Observadas as cláusulas dispostas no art. 1º, as partes con-


tratantes poderão negociar e adotar outras cláusulas, desde
que não colidentes com as primeiras.

Art. 3º Recomenda-se fortemente a inclusão de cláusulas por meio


das quais as partes declarem possuir pleno conhecimen-
to das normas trabalhistas e ambientais relacionadas com
a produção da cana-de-açúcar, se comprometendo com
sua observância.

Art. 4º Recomenda-se, na elaboração e na renovação do contrato,


que sejam considerados os plantios anteriores e, para sua
vigência, a natureza do ciclo da cana-de-açúcar.

Art. 5º Recomenda-se, em caso de renovação de contrato, que seja


dada prioridade àqueles existentes por, no mínimo, mais
um ciclo.

Art. 6º Quanto ao descumprimento das obrigações contratuais, as


partes disporão, a seu critério, sobre juros de mora e cláusu-
las penais.

Art. 7º Recomenda-se, no decorrer do período de moagem, que as


unidades industriais disponibilizem, ao produtor de cana-de
-açúcar, parte da diferença entre o valor da Nota Fiscal de En-
trega e o valor provisório pago, mediante a emissão de títulos
de crédito.

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