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A RAZÃO
EMBOTADA
ENSAIOS
DE CRÍTICA
LITERÁRIA
Coordenadoria de Processos Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte.UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
CDD 809
RN/UF/BCZM 2016/41 CDU 82.09
Introdução
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As estruturas repressoras
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Introdução
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“Lamentações e o escambau”
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vida não é feita de gols, mas de injustiças... Nossa realidade não é tão infantil
como uma jogada como esta de Pelé invadindo a grande área inglesa e... Pênalti!
Pênalti! Juiz filho da mãe! Pênalti, seu safado!” (apud GUTERMAN, 2009, p.
162-3, grifos nossos). Com o humor corrosivo que sempre lhe caracterizou,
Henfil flagra a sensação de incômodo que parecia acompanhar parte da
intelectualidade brasileira nos anos 70, que se via dividida entre o amor ao
futebol e a necessidade de se manter crítica ao regime militar, que claramente
buscava se valer do esporte mais popular do país como meio de chegar às
massas.
9 Eis o contexto em que ocorre a expressão marxiana: “A miséria
religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto
contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um
mundo sem coração, assim como o espírito de estados de coisas embrutecidos.
Ela é o ópio do povo.” (MARX, 2010. p. 145, grifos do original).
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Referências
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Introdução
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A cosmovisão carnavalesca
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O espaço carnavalizado
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permeia algumas discussões da peça, mas que não será abordada aqui por fugir
aos propósitos deste ensaio. Todas as citações desse parágrafo assim como as
demais citações de O pagador de promessas são extraídas de GOMES (2001).
Por essa razão, em suas ocorrências, indicaremos, entre parênteses, apenas os
números das páginas em que se encontram.
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A pluritonalidade discursiva
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Texto jornalístico:
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Óia, o ca-ru-ru!
[...]
É o caruru de Santa Bárbara, minha gente! (p.
78).
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Não é mais a ela que o pagador deve, não é por ela que
ele persiste. Zé-do-Burro, em sua lógica particular, é capaz de
prescindir até mesmo da própria santa e acertar as contas apenas
consigo mesmo e com a sua promessa, numa economia de
raciocínio absurda na esfera hierárquica do catolicismo.
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Rebaixamentos da promessa
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uma vez que a permanência deste na praça com sua enorme cruz
desperta a atenção do povo, atraindo, por conseguinte, uma maior
freguesia para sua vendola. Já o repórter tenta adiar a entrada de
Zé-do-Burro para que possa armar a cobertura jornalística do
fato excêntrico, conseguindo um furo de reportagem e um maior
retorno financeiro dos patrocinadores. O repórter chega a perder o
controle diante de Rosa quando esta estimula o marido a voltarem
para casa imediatamente:
Ambivalências de Zé-do-Burro
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O artista decaído
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NOVA POÉTICA
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A lua desmitificada
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SATÉLITE
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A Lua baça
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados.
Mas tão somente
Satélite.
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si,
– Satélite.
(BANDEIRA, 1996, p. 316)
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POEMA DO BECO
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Referências
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Introdução
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15 Esta, assim como as demais citações de João Cabral de Melo Neto, são
extraídas de Melo Neto (1995). Por essa razão, as citações virão acompanhadas
apenas da indicação do número das páginas.
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Confissão de antilirismo
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Referências
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Introdução teórica
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Leitura do poema
ÁGUA-COR
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Um clássico do século XX
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Lição de crítica
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Referências
CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.
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Introdução
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20 Essa como as demais citações de Bili com limão verde na mão são
extraídas de Pignatari (2009). Por essa razão, as demais ocorrências virão
acompanhadas apenas do número da página. Vale salientar que todo o texto
de Bili... é grafado em letras maiúsculas, o que além de implicar efeitos gráfico-
visuais, resulta numa quebra da hierarquização entre nomes próprios e comuns,
entre palavras de início ou meio de frase.
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direto de Bili: “por tudo aquilo que eu sei e que eu não sei, com
quase treze anos, a minha vida não está legal” (p. 2).’
A grandiosidade estética desse fluxo de consciência é
que nada é dito de fora a partir de uma voz narrativa externa.
Ninguém nos informa explícita e categoricamente que Bili é uma
garota com conflitos. Na verdade, o fluxo faz os leitores aderirem
à protagonista, adentrarem em sua intimidade psicológica e
sentirem, canalizados pela perspectiva da menina, tudo que ela de
fato percebe e sente.
Dando suporte formal a esse processo de mimese do estado
mental de Bili, a lógica e a sintaxe do discurso do narrador afastam-
se da estruturação da língua comum e cotidiana, afrouxam-se e
são substituídas por um estilo peculiar, que é marcado por gírias
e “equívocos” sintáticos e morfológicos, e que se desenrola sem
qualquer pontuação, marcação de parágrafos, elementos coesivos,
distinção entre letras maiúsculas e minúsculas etc., de modo a
refletir a confusão e a complexidade mental da menina.
Nesse sentido, merece destaque a passagem referente às
antenas, em que o texto retrata “em tempo real” o movimento dos
olhos de Bili bem como o seu processo mental de contagem: “uma
duas três quatro cinco seis sete oito nove dez onze doze antenas
de televisão” (p. 2).
Já no que diz respeito à correção de linguagem, o texto
mantém-se fiel não à normatividade – que faz de muitas obras
construções gramaticalmente perfeitas, porém esteticamente
pobres e artificiais –, mas sim ao coloquialismo do discurso da
personagem, como podemos observar no fragmento “puxa que
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poeirão essa ventania vai levantá as saia das veia que não gosta de
calça jeans” (p. 2). Aqui, a representação da pronúncia brasileira
do infinitivo do verbo “levantar”, a ausência da marca de plural
do verbo “gostar”, tanto quanto a corruptela e a falta da marca de
plural do substantivo “velhas” – que, de antemão, já é uma escolha
lexical que não faz concessão ao politicamente correto – dão ao
texto a necessária espontaneidade exigida pelo contexto narrativo.
Outro reforço à mimetização linguística da complexidade
dos processos mentais de Bili é a ocorrência de ambiguidades,
derivadas em boa parte da ausência de pontuação. Eis um caso
exemplar: “[...] acho que eu também não sou anjinho uma boa
bisca uma lambisgoia diz o meu avô daquela filha que fugiu que
palavras gozadas antigas [...]” (p. 3). Seguindo a sequência linear
do discurso, o leitor, de início, provavelmente associa a Bili os
qualificativos “bisca” e “lambisgoia”. Todavia, essa sua impressão
inicial é comprometida e entra em tensão de ambiguidade
quando se depara com a sequência do texto, que o obriga a rever
a interpretação inicial e enxergar os termos pejorativos não
mais como uma crítica de Bili e si mesma, mas sim como uma
atribuição do avô à “filha que fugiu”. O curioso é que, logo após
a resolução do primeiro impasse, o leitor já se depara com outro,
pois o texto, novamente, deixa margens para a ambiguidade, que
desta vez permanece sem solução: a filha mal vista pelo avô de
Bili é sua filha, tia de Bili, ou é a filha de uma outra pessoa? Nesta
última hipótese, a palavra “filha” é utilizada para melhor ressaltar
o que, aos olhos do avô da protagonista, seria uma imperdoável
falta de consideração de uma certa filha para com seus pais.
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Referências
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O BAILE NA FLOR
Paisagem e harmonia
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Gradação da descrição/narração
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Metro e ritmo
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o segundo, de pentassílabos:
E em/ lin/dos/ car/du(mes),
Su/tis/ va/ga/-lu(mes)
(v. 5-6)
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E as/ BRE(ves)
Fa/LE/nas
(v. 14-15)
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Rimas e sons
E as breves
Falenas
Vão leves
Serenas,
(v. 14-17)
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Em bando
Girando,
Valsando,
Voando
(v. 18-21)
Conclusão
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Pigmalião às avessas
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Referências
POE, Edgar Allan. The oval portrait. In: POE, Edgar Allan. The
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