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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA
E TERRITÓRIO (ILATIT)
ARQUITETURA E URBANISMO

RESUMO DO ARTIGO “VULNERABILIDADE


SOCIOAMBIENTAL: PROPOSIÇÃO DE TEMAS E
INDICADORES PARA CIDADES BRASILEIRAS

YURI JOSÉ ONTIVEROS ESAÚ DOS SANTOS

Aparecida
Ano 2021
Em razão e propósito de explicitar uma problemática, a fim de compreende-la melhor,
desde seus significados nominais até suas áreas de abrangência, e por fim evidenciar
a urgência deste mesmo estudo e uma necessidade de mudança conforme mostrada
por ele, o artigo Vulnerabilidade Socioespacial: proposição de temas e indicadores para
cidades brasileiras, escrito por Ana Vasconcelos, Gesinaldo Cândido e Eliza Freire,
buscou analisar 20 artigos e 6 livros e os respectivos temas que se encaixassem
dentro da questão da vulnerabilidade socioambiental, a fim de demonstrar em dados e
números as características que este problema social apresenta, com a intenção de
demandar políticas públicas e planejamentos de forma efetiva, amenizando tais
questões.
Conforme o artigo, o processo de expansão demográfica pelo qual o Brasil passou, se
construiu de forma rápida, concentrada e vertiginosa, o que foi determinante para a
caracterização urbana atual. Assim, pelo fato deste crescimento ter sido descontrolado
em razão do pouco interesse público em planejar o território e também de uma parcela
mínima de pessoas detentoras de poder, concentrando seus esforços em enriquecer,
origina-se, então, a segmentação espacial e a pobreza, geradas a partir do modelo
socioeconômico e da malha urbana que dispôs a camada popular à vulnerabilidade.
Esta vulnerabilidade, na investigação do artigo, pode relatar sua definição com a
finalidade de compreender o que de fato é este conceito e onde ele pode ser visto e
relacionado. O primeiro apresentado por (Alves 2010) explicita que a vulnerabilidade
socioambiental é a sobreposição ou o acúmulo de condições de risco social e
ambiental que se concentram em locais específicos na cidade. E ao mesmo tempo, o
significado de risco conforme Redução de Risco de Desastres do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) é o número de mortes em relação ao
total de habitantes de um determinado espaço em comum que foi submetido àquele
risco. Portanto, para a proposta do estudo, entender essa definição conjunta é
imprescindível para a concepção, diferenciação e olhar certeiro para a população que
sofre deste tema. Além disso entende-se que esta vulnerabilidade, ademais dos
aspectos citados, também provém da falta dos direitos básicos e por conseguinte de
infraestruturas que os supram (Kowark 200), justamente gerados pela falta de uma
efetiva gestão urbana conforme Dubois – Maury e Chaline (2002).
Deste modo, para a proposta do estudo, entender essa definição conjunta é
fundamental para a concepção, diferenciação e olhar certeiro para a população que
sofre deste tema comum ás metrópoles. Aliado a isto, há a necessidade de apreensão
acerca de indicadores e dados que sustentem e demonstrem sistematicamente,
qualitativamente e quantitativamente as realidades destes locais.
De acordo com o artigo e os autores citados, Hammond acredita que são variáveis
medidas para se determinar e orientar interesses provindos destes conceitos. Já Van
Bellen, pensa que essas variáveis podem ser sistematizadas e compiladas,
ressaltadando sua significância com o intuito de compreender tal fenômeno. E para o
(IBGE) é um tipo de ferramenta utilizada para demonstrar as facetas do fenômenos em
análise, porém, a múltipla dimensão que este toma acaba por dificultar sua utilização.
Dessa forma, movidos pela abrangência e complexidade do tema, os autores
depreendem que indicadores e dados a respeito da vulnerabilidade socioambiental
devem demonstrar informações interligadas entre si e que se apresentem da maneira
mais verosímil possível com a realidade. Assim, com o intuito de explanar esta
demanda os investigadores buscaram instituições e pesquisadores que
correspondessem com o tema proposto, mensurando e sintetizando na literatura
estudada quais eram os conteúdos de abrangência de cada pesquisa averiguada.
O delineamento metodológico proposto pela equipe, consistiu na revisão sistemática da
literatura por meio das plataformas SciElo e Web of Science a respeito do tema
vulnerabilidade e suas vertentes. A partir disso, buscou-se os artigos de acesso livre
dos últimos 8 anos, coletados entre 2017 e 2018 e excluiu-se aqueles que não
estivessem de acordo com a demanda da equipe e além disso, escolheram 6 livros que
fossem de encontro às suas perspectivas de estudo, identificando, então, os
indicadores buscados que compusessem sobre o tema.
Com isso, foi possível entender a frequência com que cada assunto se apresentava, e
assim colocar em um quadro detalhado para a melhor visualização dos respectivos
estudos e interesses de cada autor. Tendo este plano detalhado, os autores
propuseram outros oito subtemas (Saúde, Educação e Cultura, Trabalho e Renda,
Moradia, Segurança, Infraestrutura Urbana, Governança e Meio Ambiente) para
classificar o que correspondia ao Social e qual correspondia ao Ambiental.
Dentre esses 2 temas principais, Social e Ambiental, os subtemas relacionados à cada
um foi Saúde, Educação e Cultura, Trabalho e Renda, Moradia, Segurança e
Infraestrutura Urbana, Governança e Meio Ambiente, respectivamente. Assim,
enquanto a Dimensão Social se refere aos aspectos de saúde e existência de serviços
públicos mínimos, a Dimensão Ambiental compreende o bem estar e a qualidade de
vida populacional associada com sua participação na cidade, marcada pela rede de
infraestrutura e gestão pública, caracterizado a interação dessas pessoas com a
cidade.
Assim, com todos os dados e conceitos categorizados sistematicamente em tabelas e
em textos, a fim de auxiliar na compreensão da problemática em seus pormenores, o
artigo e a intensão dos autores em aclarar um tema complexo como a Vulnerabilidade
Social, é atingida. Constitui-se, então, a possiblidade investigativa, a partir deste
estudo, de um aprofundamento teórico a respeito do tema e suas abrangências e a
possibilidades da efetividade governamental em poder acolhe-los e modera-los.
REFERÊCIA:

file:///C:/Users/Admin/Desktop/43357-Texto%20do%20artigo-120398-1-10-
20191023.pdf

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