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GIL, Antonio Carlos.

Métodos e Técnicas de Pesquisa


Social. São Paulo: Atlas, 1999.

Aluno: José Guilherme C.


• Seções:

Explanação e discussão do capítulo 1: Natureza


da ciência social;

Explanação e discussão do capítulo 2: Métodos


das ciências sociais;

Explanação e discussão do capítulo 3: Pesquisa


social;
Explanação e discussão do capítulo 4:
Formulação do problema;

Explanação e discussão do capítulo 5:


Construção de hipóteses;

Explanação e discussão do capítulo 6:


Delineamento da pesquisa;

Explanação e discussão do capítulo 7: Uso da


biblioteca;
Explanação e discussão do capítulo 8:
Operacionalização das variáveis;

Explanação e discussão do capítulo 9:


Amostragem na pesquisa social;

Explanação e discussão do capítulo 10:


Observação;

Explanação e discussão do capítulo 11:


Entrevista;
Explanação e discussão do capítulo 12:
Questionário;

Explanação e discussão do capítulo 13: Escalas


Sociais;

Explanação e discussão do capítulo 14: Testes;

Explanação e discussão do capítulo 15:


Utilização de documentos;
Explanação e discussão do capítulo 16: Análise
e interpretação;

Explanação e discussão do capítulo 17:


Relatório da pesquisa.
• Explanação e discussão capítulo 1: Natureza da
ciência social.

• O texto inicia-se com uma discussão sobre a importância do


conhecimento para o ser humano. Destaca-se meios para a
adquirir conhecimento como a observação, crenças e
autoridade (pais e professores descrevendo o mundo para
as crianças) – “A ciência desenvolveu-se devido a
necessidade de obtenção de conhecimento”;

• Etimologicamente “ciência” significada “conhecimento”;


contudo, o autor não concordo com essa afirmação;
• Apesar de não ser clara uma correta definição de
“ciência”, o capítulo ressalta que é possível distinguir entre
conhecimento científico e outras formas de conhecimento;

• O autor considera ciência como “forma de conhecimento


que tem por objetivo formular, mediante linguagem
rigorosa e apropriada leis que regem os fenômenos”;

• A ciência possui como características: conhecimento


objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível;

• As ciências são divididas em: formais e empíricas – que


se divide em naturais e sociais.
• Explanação e discussão capítulo 2: Métodos das
ciências sociais.

• O autor explica que a ciência objetiva chegar a veracidade


dos fatos; contudo, a verificabilidade exigida no
conhecimento científico o torna distinto dos demais;

• Para chegar a um conhecimento científico é necessário


determinar o método utilizado para alcançar tal conhecimento;

• Define-se método científico como o conjunto de


procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir
o conhecimento;
• O capítulo divide os métodos em dois grandes grupos:

Métodos que proporcionam as bases lógicas para a


investigação científica – dedutivo, indutivo, hipotético-
dedutivo, dialético e fenomenológico;

Métodos que esclarecem acerca dos procedimentos


técnicos que serão utilizados – experimental,
observacional, comparativo, estatístico, clínico e
monográfico.
• Métodos que proporcionam as bases lógicas para a
investigação científica.

1. Método dedutivo

Método que parte do geral e, a seguir, parte para o


particular. Parte de princípios reconhecidos como
verdadeiros e indiscutíveis e permite chegar a
conclusões de maneira puramente formal;

Proposto por racionalistas como Descartes e Spinoza,


segundo os quais somente a razão é capaz de levar ao
conhecimento verdadeiro;
Ex:

Todo homem é moral (premissa maior);

Pedro é homem (premissa menor);

Logo, Pedro é mortal (conclusão).

Método mais utilizado em ciências como Física, cujos


princípios podem ser anunciados como Lei; utilização
mais restritas nas ciências sociais.
2. Método indutivo

Método que ao contrário do dedutivo parte do particular e


coloca a generalização como um produto posterior do
trabalho de coleta de dados. A generalização não deve
ser buscada aprioristicamente, mas contratada a
partir da observação de dados concretos
suficientemente confirmadores dessa realidade;

Método proposto por empiristas como Bacon, Hume,


Locke, para os quais o conhecimento é oriundo
exclusivamente da experiência, sem levar em
consideração os princípios preestabelecidos;
Ex:

Antonio é mortal;

José é mortal;

Paulo é mortal;

......................

Cláudio é mortal;

Ora, Antonio, José, Paulo...e Cláudio são homens;

Logo, (todos) os homens são mortais.

Indução chega a conclusões prováveis.


3. Método hipotético-dedutivo

Método definido por Karl Popper a partir da crítica a


indução; Karl argumentava que método indutivo não se
justifica, pois o salto indutivo de “alguns” para “todos”
exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o
infinito;

Etapas:

O método busca rejeitar as hipóteses formuladas.


4. Método dialético

O materialismo dialético pode ser entendido como um


método de interpretação da realidade. Gil explica que a
dialética fornece as bases para uma interpretação
dinâmica e totalizante da realidade;

As pesquisas fundamentadas no método dialético se


distinguem bastante das positivistas, que enfatiza
métodos quantitativos.
5. Método fenomenológico

Proposto por Husserl, propõe-se estabelecer uma base


segura, liberta de proposição, para todas as ciências;

O método procura mostrar o que é dado e explicá-lo;

O intento da fenomenologia é, pois, proporcionar uma


descrição direta da experiência tal como ela é, sem
nenhuma consideração acerca de sua gênese
psicológica e das explicações causais que os
especialistas podem dar;

A realidade é o compreendido, o interpretado, o


comunicado.
• Métodos que esclarecem acerca dos procedimentos
técnicos que serão utilizados.

1. Método experimental

Método que consiste essencialmente em submeter os


objetos de estudo às influência de certas variáveis, com
condições conhecidas e controladas pelo pesquisador,
para observar os resultados que a variável produz no
objeto.
2. Método observacional

Um dos métodos mais utilizado nas ciências sociais. Difere do


experimental do seguinte modo: no método experimental o
pesquisador toma providencias para que alguma coisa ocorra,
a fim de observar o que se segue; já, no método observacional
apenas observa o que já aconteceu ou acontece.

3. Método comparativo

Precede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos


ou fatos, com vistas a ressaltar suas similaridades e
diferenças.
4. Método estatístico

Método que se fundamenta na aplicação da teoria


estatística da probabilidade e constitui importante
auxilio nas ciência sociais – explicações não podem
ser consideradas absolutamente verdadeiras.

5. Método clínico

Apoia-se em uma relação profunda entre pesquisador e


pesquisado; utilizado principalmente na psicologia;

Esse método é limitado ao propor generalizações.


6. Método monográfico

Método que parte do princípio de que o estudo de um


caso em profundidade pode ser considerado
representativo para muitos ou mesmo todos casos
semelhantes.
• Quadros de referência.

• A teoria é definida por: “conjunto de hipóteses que


formam um sistema dedutivo; ou seja, um sistema
organizado de maneira que, considerando como
premissas algumas hipóteses, destas decorram
logicamente outras”;

• Principais quadros de referência ou grandes teorias:


funcionalismo, estruturalismo, compreensão, materialismo
histórico e etnometodologia.
1. Funcionalismo

Corrente das ciências humanas que enfatiza as


relações e o ajustamento entre os diversos
componentes de uma cultura ou sociedade.

2. Estruturalismo

Termo utilizado para designar as correntes de


pensamento que recorrem à noção de estrutura para
explicar a realidade em todos os seus níveis.
3. Compreensão

Quadro de referência que propõe a apreensão


empática do sentido finalista de uma ação, parcial ou
inteiramente oriunda de motivações irracionais. Esse
procedimento envolve uma reconstrução no sentido
subjetivo original da ação e o reconhecimento da
parcialidade da visão do observador – “Captar a
evidência do sentido de uma atividade”.
4. Materialismo histórico

Nessa abordagem a produção e o intercambio de seus


produtos constituem a base de toda a ordem social. As
causas últimas de todas as modificações sociais e das
subversões políticas devem ser procuradas não na
cabeça dos homens, mas na transformação dos modos
de produção e seus intercâmbios;

O pesquisador que adota esse quadro de referência


passa a enfatizar a dimensão histórica dos processos
sociais.
5. Etnometodologia

Definida por Garfinkel como a “ciência dos


etnométodos”, trata-se de uma tentativa de analisar os
procedimentos que os indivíduos utilizam para levar a
termo as diferentes operações que realizam em sua
vida cotidiana, tais como tomar decisões e raciocinar.
• Explanação e discussão do capítulo 3: Pesquisa
social.

• Define-se pesquisa social como o processo que, utilizando


a metodologia científica, permite a obtenção de novos
conhecimentos no campo da realidade social;

• Segundo finalidade o autor divide a pesquisa em pura e


aplicada. A pura busca o progresso da ciência, procura os
conhecimentos científicos sem a preocupação direta com
suas aplicações e consequências práticas; a aplicada tem
como característica fundamental o interesse na aplicação.
• Níveis de pesquisa

1. Pesquisa exploratória

Pesquisa que tem como finalidade desenvolver, esclarecer e


modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para
estudos posteriores;

Apresentam menor rigidez no planejamento;

A pesquisa exploratória são desenvolvidas para proporcionar


uma visão geral – aproximada – de determinado fato.
Normalmente 1º fase de uma pesquisa ampla.
2. Pesquisas descritivas

Pesquisa que tem por objetivo primordial a descrição


das características de determinada população ou
fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Utilização de técnicas padronizadas de
coletas de dados.
3. Pesquisa explicativa

São aquelas que têm por preocupação central


identificar os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos;

Tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento


da realidade, porque explica a razão, o porquê das
coisas.
• Envolvimento do pesquisador

Modelo clássico de pesquisa: estuda os fenômenos sociais


como os naturais. Busca evitar a subjetividade – máximo
distanciamento entre pesquisador e objeto pesquisado;

Pesquisa ação: tipo de pesquisa social com base empírica


que é concebida e realizada com estreita associação com
uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no
qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos do modo
participativo;
Pesquisa participante: pesquisa que responde especialmente
as necessidades de populações mais carente nas estruturas
sociais contemporâneas, levando em conta suas aspirações
e potencialidades de conhecer e agir.

• Ambas abordagens se caracterizam pelo envolvimento do


pesquisadores e pesquisados no processo de pesquisa.
• Etapas pesquisa

1. Formulação do problema;

2. Construção de hipóteses ou determinação dos objetivos;

3. Delineamento da pesquisa;

4. Operacionalização dos conceitos e variáveis;

5. Seleção da amostra;

6. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados;

7. Coleta de dados;

8. Análise e interpretação dos resultados;

9. Relatórios.
• Explanação e discussão do capítulo 4: Formulação
do problema.

• Na acepção cientifica “problema” é qualquer questão não


resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio
do conhecimento;

• Nessa perspectiva problema tem que se referir a como são


as coisas, suas causas e consequências, e não como fazer
as coisas;
• Perguntas do tipo: Como fazer para melhorar os transportes
urbanos? Os pais devem dar palmadas nos filhos? Não são
problemas científicos, pois não são passíveis de verificação
empírica (problemas de valor e de engenharia);

• Problema é testável cientificamente quando envolve


variáveis que podem ser observadas ou manipuladas;

• Exemplo de problemas: Em que medida a escolaridade


determinada a preferência político-partidária? A desnutrição
determina o rebaixamento intelectual?
• Escolha do problema: implicações na escolha do problema,
relevância, oportunidade de pesquisa, comprometimento e
modismo.

• Regras para a formulação de um problema:

Deve ser formulado como uma pergunta;

Ser delimitado a uma dimensão viável – O que leva os


jovens ao alcoolismo (muito amplo);

Ter clareza e ser preciso;

Deve apresentar referências empíricas . Cuidado com


problemas de juízo de valor (Deve haver pena de morte?).
• Explanação e discussão do capítulo 5: Construção
de hipóteses.

• Segundo Goode e Hatt (1969) hipótese é uma proposição


que poder ser colocada a prova para determinar sua
validade. É uma suposta resposta ao problema a ser
investigado.
• Tipos de hipóteses

1. Hipóteses casuísticas

Afirmam que um objeto, pessoa ou fato específico tem


determinada característica – algo que ocorre em
determinado caso;

2. Hipóteses que se referem à frequência de acontecimentos;

3. Hipóteses que estabelecem relações causais;


• As hipóteses se originam de diversas fontes como: simples
observação, outras pesquisas já realizadas, teorias e
intuição;

• Características de uma hipótese aceitável:

Deve ser conceitualmente clara;

Específica – por exemplo Status social é claro mas não


específico (educacional ou ocupacional);

Ter referência empíricas – H. como mal alunos não cursam


medicina não podem ser testadas (juízo de valor);

Parcimoniosa;
Estar relacionadas com técnicas disponíveis;

Deve estar relacionada com a teoria.


Explanação e discussão do capítulo 6:
Delineamento da pesquisa.

• O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em


sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua
diagramação quanto a previsão de análise e interpretação
dos dados – considera o ambiente de coleta dos dados e as
formas de controle das variáveis envolvidas;

• Etapa em que o pesquisador considerada a aplicação dos


métodos discretos;
• O elemento mais importante para o delineamento da
pesquisa é o maneira de coleta de dados. Podendo ser
definidos em dois grande grupos: aqueles que valem das
fontes de papel – bibliográfica e documental – e cujos
dados são fornecidos por pessoas – experimental, ex-
post-facto, levantamento, estudo de caso e campo.
• Classificação do delineamento

1. Pesquisa bibliográfica

Desenvolvida a partir de material já elaborado , constituindo


principalmente de livros e artigos científicos.

2. Pesquisa documental

A pesquisa documental vale-se de materiais que não


receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da
pesquisa.
3. Pesquisa experimental

Consistem em determinar um objeto de estudo, selecionando


as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as
formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto;

Exemplo:

A, B e C produz Z;

A, B e D não produz Z;

A, C e D produz Z;

Pode-se inferir que C é condição necessária para produzir Z


– não suficiente.
Divisão da pesquisa experimental:

Pesquisa genuinamente experimental: formada por dois


grupos (controle e experimental) por distribuição aleatória –
busca formar grupos com características semelhantes;

Pesquisa pré-experimental: delineamento realizado em um


único grupo,sem qualquer controle anterior ao experimento e
sem algum nível de comparação;

Pesquisa quase-experimental: pesquisas que não possuem


distribuição aleatória dos sujeitos e grupos de controle,
contudo desenvolvidas com grande rigor metodológico.
4. Pesquisa ex-post-facto

Tipo de pesquisa sistemática e empírica no qual o


pesquisador não tem o controle direto sobre as variáveis
independentes, porque já ocorreram as suas manifestações
ou porque são intrinsecamente não manipuláveis;

Pode-se citar como exemplo uma pesquisa para verificar a


influência da privação na infância sobre o desenvolvimento
mental futuro.
5. Levantamento – survey

Pesquisa que se caracteriza pela interrogação direta das


pessoas que se deseja conhecer;

As principais vantagens do método são: conhecimento direto


da realidade, economia e rapidez, quantificação (uso de
modelos estatísticos);

Entre as limitações: ênfase nos aspectos perspectivos,


pouca profundidade no estudo da estrutura e dos processos
sociais, limitada apreensão do processo de mudança.
6. Estudo de campo

Método muito semelhante ao levantamento. Possui como


principais diferença: o estudo de campo procura o
aprofundamento das questões propostas e estuda-se um
único grupo ou comunidade em termo de sua estrutura
social, ou seja, ressaltando a integração de seus
componentes. Utiliza-se mais a observação que a
interrogação.
7. Estudo de caso

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e


exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a permitir
seu conhecimento amplo e detalhado.
• Explanação e discussão do capítulo 7: Uso da
biblioteca.
• Explanação e discussão do capítulo 8:
Operacionalização das variáveis.

• Pesquisa social há uma fase essencialmente teórica, que é a


formulação do problema e de sua inserção em uma
perspectiva mais ampla, o que geralmente envolve a
formulação de hipóteses e a identificação dos nexos de
causalidades entre as variáveis – seguido do delineamento
da pesquisa (maneira que os conceitos e as variáveis devem
ser colocados com os fatos empíricos para a obtenção de
respostas);
• A próxima etapa indispensável é a operacionalização das
variáveis;

• Pode-se definir operacionalização de variáveis como o


processo que sobre uma variável (ou processo) a fim de se
encontrar os correlatos empíricos que possibilitam sua
mensuração ou classificação.

• O processo lógico de operacionalização de uma variável


requer:

A definição teórica da variável enumeração de suas


dimensões definição empírica medição dos
indicadores.
• Exemplo: Definição de “status sócio econômico”.

Definição: posição de um indivíduo na sociedade em relação


a outros indivíduos na sociedade (variável complexa devido a
várias possíveis dimensões como econômica, educacional e
outras);

Essas dimensões podem ser medidas por renda mensal,


grau de educação – indicadores concretos que possibilitam
sua medição e valor da variável;
• Mensuração nas ciências sociais:

1. Complexidade do problema – gera dificuldades de


mensuração;

2. Níveis de mensuração – nominais, ordinais, intervalo e


razão (possibilita a operacionalização de operações
aritméticas).

• Algumas variáveis na pesquisa social só podem ser


adequadamente mensuradas com a construção de índices,
devido a necessidade da utilização de certo número de
indicadores.
• Explanação e discussão do capítulo 9: Amostragem
na pesquisa social.

• Define-se amostra como uma pequena parte dos elementos


que compõe uma população.

• Amostragem pode ser probabilista e não probabilística


(critério do pesquisador).
• Tipos de amostragem probabilística:

Amostragem aleatória simples;

Sistemática;

Estratificada;

Por conglomerado – difícil a identificação dos elementos;

Etapas (população se compõe distribuída em vários estágios).

• Tipos de amostragem não probabilística:

Acessibilidade;

Amostragem por tipicidade ou intencional;

Cotas.
• Tamanho da amostra

Amplitude;

Nível de confiança estabelecido;

Erro máximo permitido.


• Explanação e discussão do capítulo 10: Observação.

• O observação é elemento fundamental na pesquisa. Possui


como vantagem em relação a outras técnicas as fatos serem
observados diretamente, sem qualquer intermediação – reduz
a subjetividade;

• Uma destacada desvantagem é a possibilidade de alteração


no comportamento dos observados, devido a presença do
observador;

• Utilizada na coleta de dados, conjugada com outras técnicas


ou exclusiva.
• Segundo os meios utilizados a observação pode ser
estruturada ou não estruturada; segundo o grau de
participação pode ser participante ou não participante;

• Principais classificações: simples, participante e sistemática.

1. Observação simples: pesquisador permanece alheio ao que


se pretende estudar, observa de maneira espontânea os
fatos que ocorrem – pesquisador é mais um expectador
que um ator;
2. Observação participante ou ativa: consiste na participação
real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou
de uma situação determinada – pesquisador assume, até
certo ponto, papel como membro do grupo;

3. Observação sistemática: usada em pesquisas que tem por


objetivo a descrição precisa dos fenômenos. O observador
elabora previamente um plano de observação por conhecer
aspectos significativos do grupo ou comunidade estudado.
• Explanação e discussão do capítulo 11: Entrevista.

• Técnica em que o investigador se apresenta frente ao


investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de
obtenção dos dados que interessam à investigação;

• Muito utilizada nas ciências sociais, é a técnica mais flexível


para a coleta de dados.
• Classificação das entrevistas:

1. Entrevista informal – menos estruturada possível, se


distingue da simples conversação porque tem como objetivo
básico a coleta de dados – busca-se a obtenção de uma
visão geral do problema pesquisado;

2. Entrevista focalizada – tão livre como a informal, contudo


enfoca um tema mais específico;

3. Entrevista por pautas – apresenta certo grau de


estruturação, já que se guia por uma relação de pontos de
interesse que o entrevistador vai explorando ao longo do
curso;


4. Entrevista estruturada – desenvolve-se a partir de uma
relação fixa de perguntas, cuja ordem e redação permanece
invariável para todos os entrevistados, que geralmente são
em grande números.
• Explanação e discussão do capítulo 12:
Questionário.

• Técnica de investigação composta por um número mais ou


menos elevado de questões apresentadas por escrito às
pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos expectativas etc.
• Construção do questionário

Tipos de perguntas: fechadas, abertas ou dependentes;

Conteúdo das questões: fatos (sexo, idade etc), atitudes e


crenças, comportamento, sentimento, padrões de ação
(normalmente refere-se a padrões éticos relativos ao que
deve ser feito), dirigidas a comportamento presente ou
passado e referentes a razões conscientes de crenças,
sentimentos, orientações ou comportamentos (objetivo de
descobrir os porquês);
Escolha das questões;

Formulação das questões;

Número de questões;

Ordem das perguntas;

Prevenção de deformações;

Apresentação do questionário.
• Explanação e discussão do capítulo 13: Escalas
Sociais.

• Escalas sociais são instrumentos construídos com o objetivo


de medir a intensidade das opiniões e atitudes de maneira
mais objetiva possível – transformar fatos qualitativos em
quantitativos;

• Segundo Gil os problemas da escala social são: definição de


um contínuo, fidedignidade, validade, ponderação dos itens,
natureza dos itens, e igualdade das unidades;
• Escalas sociais mais utilizadas

1. Escalas de ordenação – escalas constituídas por uma série


de palavras ou enunciados que os sujeitos devem ordenar
de acordo com sua aceitação ou rejeição;

2. Escalas de graduação – apresenta um contínuo de atitudes


possíveis em relação a determinada questão;

3. Escalas de distância social – utilizadas para estabelecer


relações de distância entre as atitudes em relação a
determinados grupos sociais;

4. Escala de Thurstone – mensura as atitudes com base numa


escala de intervalos (escala que é pouca utilizada);
6. Escala de Likert – escala de elaboração mais simples de
caráter ordinal, não mede quanto uma atitude é mais ou
menos favorável;

7. Diferencial semântico – técnica cujo objetivo é medir o


sentido que determinado objeto tem para as pessoas.
• Explanação e discussão do capítulo 14: Testes.

• Teste significa fazer uma prova. Assim, aplicar um teste


significa medir, isto é, comparar com um critério
determinado;

• Requisitos: validade, precisão, padronização, aferição


(estabelecimento de normas para avaliação e interpretação
dos resultados no teste).
• Testes projetivos – fundamentam-se na apresentação de
uma situação estimulante, perante a qual o sujeito reage de
acordo com o significado particular e específico que essa
situação assume para ele, é dividido em:

1. Testes visuais;

2. Testes verbais – apresentam palavras como estímulos e


solicitam associações;

3. Testes gráficos;

4. Testes lúdicos.
• Teste sociométrico

A sociometria procura captar e mapear as relações de


atração e repulsão entre os membros de um grupo social,
através da investigação das preferências de cada elemento
do grupo. Elaborado para estudar os grupos familiares,
escolares e de trabalho;

O teste é utilizado atualmente nos mais diferentes campos


sociais. Possibilitando dados com bastante precisão como:
posição que cada componente ocupa no grupo, relações de
afinidade e conflito etc.
• Explanação e discussão do capítulo 15: Utilização
de documentos.

• As fontes de papel também constituem importantes fontes


de dados para a realização de pesquisas. O autor enfatiza
que muitas vezes as fontes de papel podem proporcionar
ricas fontes de dados que podem eliminar a necessidade de
levantamento de campo.
• As fontes de dados em papel (documentação) mais utilizadas
são:

1. Registros estatísticos,

2. documentos escritos: institucionais – fornecidos por


instituição governamentais como projetos de lei, relatórios
de órgão governamentais, sentenças judiciais e outros; e
pessoais como cartas, diários, autobiografias e outros;

3. comunicação de massa: jornais, revistas, programas de


rádio e televisão e outros.
• Análise de conteúdo

• É uma técnica de investigação que, através de uma


descrição objetiva, sistemática e quantitativa de conteúdo
manifesto das comunicações tem por finalidade a
interpretação destas mesmas comunicações.

• A análise de conteúdo se desenvolve em três fases:

Pré-análise;

Exploração do material;

Tratamento dos dados, inferência e interpretação.


• Explanação e discussão do capítulo 16: Análise e
interpretação.

• A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados


de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao
problema proposto para a investigação. A interpretação tem
como objetivo a procura do sentido mais amplo das
respostas, o que é feito mediante sua ligação com outros
conhecimento anteriormente obtidos.
• A análise e interpretação nas pesquisas sociais,
normalmente, seguem os seguintes passos:

Estabelecimento de categorias;

Codificação – processo pelo qual os dados brutos são


transformados em símbolos que possam ser tabulados;

Tabulação – processo de agrupar e contar os casos que


estão nas várias categorias de análise (simples ou cruzada);

Análise estatística de dados;

Avaliação das generalizações obtidas com os dados;

Inferência de relações causais;

Interpretação dos dados.


• Explanação e discussão do capítulo 17: Relatório da
pesquisa.

• Constitui a última etapa do processo de pesquisa – como


todo instrumento de comunicação, o relatório de pesquisa
deve considerar o público a ser atingido.
• Alguns pontos necessitam ser observado pelo pesquisador
durante a elaboração do relatório, sendo eles:

A estrutura do texto – problema, metodologia, resultados e


conclusões / sugestões;

Estilo;

Apresentação gráfica.

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