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Falta de oportunidades impede igualdade de

gênero na carreira
Segundo pesquisa, mulheres não têm mesmas chances que homens. 
66% das mulheres já sofrem discriminação no trabalho.

O caminho para igualdade dos gêneros no mercado de trabalho ainda é longo,


segundo o  estudo Mulheres e o Mundo Corporativo realizado pela Robert Half. A
pesquisa, feita com cerca de 300 profissionais brasileiras, mostra que a distância está
presente não só na questão de equiparação salarial, mas, principalmente, nas
oportunidades de crescimento, desenvolvimento e respeito pelas mulheres.

 Na opinião de 49% das profissionais entrevistadas, menos de 5% das posições de


liderança são ocupadas por mulheres em suas empresas. Mesmo com os avanços nos
programas de treinamento e capacitação das empresas, 87% afirmam que suas
companhias não têm programa de desenvolvimento de liderança para mulheres.

As diferenças entre gêneros também vêm à tona com relação as chances de


crescimento profissional dentro da empresa. Segundo 51% das profissionais, as
oportunidades entre homens e mulheres são desiguais. Além disso, 64% já receberam
ou sabem de mulheres que receberam salários menores para desempenhar a mesma
função de um homem.

Discriminação
A pesquisa mostra que 66% das mulheres já sofreram discriminação no trabalho, 60%
já ouviram comentários preconceituosos e 47% já tiveram suas habilidades
questionadas em momentos de crise.

"Está na TPM", "se arrume porque a reunião é com o diretor", "esse cargo é só para
homens", "você tem marido e não precisa ganhar mais" e "gosto de trabalhar com
você porque trabalha feito homem" foram algumas das frases mais comuns ouvidas
em ambientes corporativos.

Licença
Embora exista um incentivo por parte do governo para a estender o prazo da licença
maternidade para seis meses, a maioria das empresas ainda não adotou a prática e
para 67% das profissionais licença é de quatro meses.

Com relação ao retorno ao trabalho, 53% afirmam que após a licença maternidade a
funcionária retorna integralmente para sua função. Mas ainda há 27% que encontram
dificuldades no retorno e mesmo casos em que a funcionária é desligada após o
período de estabilidade.

Seja com jornada única, dupla ou tripla, para 65% das mulheres é possível equilibrar a
vida pessoal e profissional.

A pesquisa foi feita em Fevereiro deste ano com cerca de 300 profissionais de diversos
setores da economia e regiões do país.

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