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In: O processo
civilizador: Formação do Estado e Civilização, vol. 2. Rio de Janeiro: Zahar, 2000(p.
193-274).
Matrícula: 135.317
Norbert Elias começa o primeiro capítulo da segunda parte da obra resgatando a ideia de que
as transformações sociais que permitiram a consolidação da civilização não foram pensadas
racionalmente por um grupo de indivíduos isolados que pretendiam emergir um novo modelo
de sociedade. O autor enfatiza o fato de que o processo civilizador é fundamentado na
interdependência entre as funções sociais exercidas pelos indivíduos, que é muito mais forte e
complexa do que uma simples aglomeração de um grande número de pessoas, originando um
conjunto sui generis.
Essa dependência mútua entre as pessoas controla suas ações dado que a ação de um
indivíduo está relacionada à resposta dos outros. É este autocontrole que permite o
surgimento de modelos de comportamento socialmente aceitos, gerando consequentemente o
modelo de comportamento civilizado compartilhado pelas pessoas em sociedade, regulando a
conduta dos indivíduos. Elias expõe:
O indivíduo é ensinado a ter esse autocontrole desde a infância, e nesta fase da vida lhe é
ensinado a controlar seus impulsos e reprimir seus sentimentos para diminuir o grau de
potencialidade de ameaça à ordem social e aos outros indivíduos.
O estudo das obras de Elias demonstra a importância da análise sociológica estar aliada à
análise histórica, pois ao analisar os processos de construção de aspectos fundamentais do
contexto social, política e econômica vigente, promovem-se questionamentos que permitem a
desnaturalização dos costumes da sociedade moderna.
ELIAS, Norbert. “Sugestões para uma teoria dos processos civilizadores”. In: O processo
civilizador: Formação do Estado e Civilização, vol. 2. Rio de Janeiro: Zahar, 2000(p.
193-274).
Matrícula: 135.317