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[Exercício 6]

0661 – CIRCUITO DOCUMENTAL NA ORGANIZAÇÃO


NOME
FORMADOR

1 – Lei o artigo e relacione com o tema.

Correio é um sistema de comunicação que envolve o envio de documentos (cartas,


facturas) e encomendas entre um remetente e um destinatário.

A princípio, o serviço postal pode ser privado ou público. Governos podem instituir
limites para que empresas privadas assumam o sistema postal.

Desde a metade do século XIX, o sistema postal nacional passou geralmente a ser
estabelecido por monopólios governamentais através de um papel pré-pago, que
era na forma de estampas adesivas, os selos. Em geral, os monopólios
governamentais apenas entregavam as encomendas para prestadoras de serviços,
e estas responsáveis pela entrega da encomenda até o endereço correto.

O primeiro serviço organizado de difusão de documentos escritos que se tem


notícia remonta a 2400 a.C., tendo surgido no Antigo Egito, quando os faraós
usavam mensageiros para a difusão de decretos em todo o território do Estado.

Egípcios

No século XII a.C. os egípcios já dispunham de um eficiente sistema postal,


sobretudo a partir da XXI dinastia, quando foi criado um serviço permanente de
correios. Os mensageiros realizavam o percurso a pé – mesmo os mais longos, e
repousavam em estações de pernoite distribuídas ao longo dos "caminhos postais".
Os encarregados das estações exerciam rigorosa vigilância durante o repouso para
garantir a pontualidade.
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O texto a seguir revela carta enviada pelo faraó Amenófis IV do Egito ao seu amigo
Cadasmane-Enlil I, rei da Babilônia: "Meu irmão Possas tu estar bem. Tua casa,
tuas mulheres, teus carros, tua terra, possam estar muito bem. Eu estou bem e
minha casa, minhas mulheres, meus filhos, meus nobres, meus cavalos, meus
carros, os guerreiros do meu exército estão bem e toda minha terra vai muito
bem.".

Em 1888, camponeses encontraram entre as ruínas da cidade de Amarna


pranchetas de barro com inscrições hieroglíficas. Os egiptólogos concluíram tratar-
se de "cartas" (gravadas em baixo-relêvo sobre ladrilhos de cerâmica) que,
geralmente, continham introduções demasiado corteses e bem elaboradas. Carta
de um príncipe vassalo ao seu faraó: "Ao rei, meu senhor, meu deus, meu sol, sol
do céu, assim fala Yapakhi, o homem de Gazri, teu servo, pó de teus pés, servo de
teus cavalos; aos dois pés do rei meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, eu
me prosterno sete vezes e sete vezes na verdade, com o ventre e as costas.".

Persas

Os persas aperfeiçoaram as normas postais do Egito. O historiador grego Xenofonte


descreveu a organização do correio da Pérsia: "Eis uma invenção utilíssima... Por
meio dela, Ciro II é prontamente informado de tudo o que acontece nas regiões
mais longínquas...".

Gregos

Os gregos, a despeito do grau de civilização atingido por eles, não conseguiram


estruturar um sistema postal eficiente, entre outras razões, prejudicado pela falta
de unidade política. Assim, nos moldes do correio persa, constituíram o angarion,
cujos mensageiros eram chamados astandes. A correspondência era dividida em
categorias: epistolai - constituída apenas por maços de cartas; e culistoi - incluíam
comunicações governamentais. Os "carteiros" na antiga Grécia – funcionários
responsáveis pela distribuição local, eram chamados bibliaforoi. Os fiscais de
pontualidade eram denominados orógrafos e controlavam o horário dos
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funcionários. Além do zelo com a pontualidade, havia grande preocupação com a
segurança, que era exercida pelos éfodos – encarregados de impedir extravios.

Cretenses e fenícios

Uma caixa de correio, em Belo Horizonte.

Os cretenses e fenícios também desenvolveram um sistema de comunicação postal


e foram os primeiros a utilizar pombos e andorinhas como mensageiros.

Chineses

Segundo alguns historiadores e relato do viajante veneziano Marco Polo (século


XIII) os chineses foram pioneiros no serviço postal: "...por todas as estradas, o
mensageiro que partisse de Cambalique e cavalgasse por 40 km, encontrava um
belíssimo e enorme palácio destinado aos mensageiros, com magníficas camas
guarnecidas de ricos lençóis de seda – adequado até mesmo a um rei.". O modelo
do serviço postal chinês permaneceu inigualável até à formação do Império
Romano.

Romanos

Desenvolvido pelo imperador Augusto, o sistema de correios dos romanos


sobressaiu-se pela vasta rede de estradas. A infra-estrutura que permitia aos
soberanos governar a enorme extensão de territórios do império a partir de Roma,
naturalmente ia além das rodovias. Os romanos denominavam Curso público o
sistema que garantia a transmissão de notícias, a viagem dos funcionários e o
transporte de bens em nome do Estado. Os mensageiros eram chamados tabelários
(tabellarii) pelo fato de conduzirem as tabelas (tabellae) - pranchetas de madeira,
em suas bolsas de couro. Além dos mensageiros, o Estado utilizava o císio (cisium)
– espécie de biga puxada por cavalos velozes para despachos rápidos. As clábulas
e birotas - puxadas por bois e mulas, eram usadas para serviços de menor
urgência.
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O correio romano era regulamentado por lei. O Estado mantinha as mutationes
(postos de troca de animais) e as mansões ou estações (paradas com estalagens e
instalações para viajantes). As estradas eram balizadas pelos miliários, que eram
marcos colocados em intervalos de cerca de mil passos (1 480 metros). Em sua
base estava escrito o número da milha relativo à estrada em questão.

Com o tempo, o serviço postal passou a ser privilégio de poucos.

Astecas e Incas

Os correios asteca e inca, na América pré-colombiana, possuíam desenhistas e


reproduziam em telas figuras representativas de pessoas e animais de monta:
eram os correios de Montezuma, imperador asteca. Os mensageiros usavam uma
rica vestimenta (manta) atada ao corpo, eram respeitados e detentores de
imunidades: a ninguém era permitido bloquear a passagem do "correio real". Os
colonizadores espanhóis, quando souberam dos "desenhistas" e tiveram
informações do organizado serviço postal dos nativos, esforçaram-se para eliminá-
lo, receando que o sistema ameaçasse o domínio da terra.

Os astecas dispunham de excelentes caminhos: canais de drenagem, pavimentação


e muros protetores. Possuíam um incipiente sistema telegráfico: as almenaras.
Outros sistemas de comunicação dos astecas, além do percurso a pé, eram os rios,
onde o mensageiro atravessava a nado ou agarrado a um tronco com a
correspondência atada à cabeça. Em abismos, era utilizada uma cesta grande,
presa por uma corda e impulsionada por outras duas.

O "chasque" era o correio dos incas. Percorriam dois grandes caminhos: o da costa
e o das serras, nos quais havia postos para repouso e um organizado sistema de
revezamento para mensagens mais urgentes.

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