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Guia de Caixas Acústicas

O que são Caixas Acústicas?


Caixas acústicas são a última fronteira antes do som chegar aos nossos ouvidos. O design e concepção
originais não mudaram muito desde sua invenção antes de 1900. Obviamente vários avanços e
melhorias foram desenvolvidos, e hoje somos capazes de ouvir uma caixa acústica que reproduza o
áudio original sem nenhuma perda, coloração ou diferença do que foi tocado ao vivo. A Caixa Acústica
basicamente é um transdutor eletroacústico que converte sinal elétrico em som. O sinal elétrico faz com
que o alto falante se mova de acordo, gerando som que se propaga no ar. Uma caixa acústica comum se
compõe de um Woofer, que é um cone que reproduz as frequências médias e graves, e um Tweeter que
lida com as altas frequências, os agudos. Tudo isso alojado numa caixa de madeira (o melhor e mais
usado material para se fazer gabinetes de caixas acústicas) e usa-se um divisor de sinais passivo,
chamado de crossover, que divide o sinal elétrico que entra na caixa para cada um dos alto falantes de
grave, médio e agudo, assim por diante.
Tipos de Caixas Acústicas
Existem alguns tipos de caixas acústicas e algumas diferenças em componentes e meios de reprodução.
O tipo mais comum, conforme citei, é a caixa acústica de madeira, com alto falantes e tweeter.

Caixa Acústica de Duas Vias (Woofer e Tweeter), a mais comum.

Existem Tweeters de ligas metálicas e até exóticos, como Alumínio, Titânio, Berylium, Magnésio e os de
tecido, como Seda. Temos também tweeters de Fita de Ribbon usados em caixas exclusivas para
reprodução de música, por sua característica “suave”; Corneta, muito usada em sistema de som de show
e caixas de grande porte, pela sua capacidade de gerar volumes altos sem distorção, entre outros tipos.

O melhor resultado sonoro é obtido com a maior rigidez estrutural do tweeter e do woofer, então o
material mais apropriado para dureza no tweeter é o Diamante. Sim, já existem caixas acústicas com
tweeters de diamante, como as B&W e a Kharma. Elas utilizam diamantes criados em laboratórios, a
partir do pó de diamante natural, o que forma o DLC, que é “Diamond Like Carbon”. Com esse tipo de
construção, sem compromissos de qualidade temos caixas acústicas que podem custar o mesmo que
uma Ferrari zero km.

Os alto falantes “Woofers” são comuns de se encontrar em materiais como Papel, Resina, Kevlar,
Aramida e vários outros materiais e mistura de materiais para dar maior rigidez ao cone e evitar
colorações no som devido a imperfeições estruturais.

Existem ainda caixas acústicas do tipo eletro estático, como as da marca Martin Logan, que usam uma
membrana lisa metálica que se distorce com a carga elétrica e gera o som. É um sistema interessante de
ver, já que não existe alto falante em si na caixa para reproduzir as médias e altas frequências, somente
uma chapa lisa, o que faz a espessura do conjunto ser mínima. Só que a deficiência desse sistema é
que não é possível reproduzir grave com essa membrana, então a caixa geralmente tem que ter um
woofer acoplado para poder reproduzir toda a gama de áudio.
Caixa Eletro estática Martin Logan Summit.

Na sua grande maioria, caixas acústicas com materiais exóticos, de construção diferente, são as mais
caras e consequentemente as melhores, por usarem os melhores componentes e a maior atenção aos
detalhes na construcão e desenvolvimento.

Aqui temos um vídeo interessante de como uma caixa acústica top de linha da marca Inglesa B&W é
construída: a Série 800 Nautilus. A atenção aos detalhes é impressionante. É realmente a construção de
uma obra prima da reprodução sonora com componentes como Diamante, Platina, Kevlar e Ouro:

Hoje em dia temos fabricantes que fazem verdadeiras obras de arte em forma de caixa acústica, não só
pelo design, mas pelo trabalho e dedicação envolvidos.

O uso de materiais exóticos e avançados dão um resultado sonoro inigualável. Uma das marcas mais
famosas no mundo das caixas acústicas também é uma das mais revolucionárias e tecnologicamente
avançadas do mundo, a já citada B&W (Bowers & Wilkins) da Inglaterra, que são também as minhas
caixas acústicas preferidas entre todas. Eles foram pioneiros em muitos avanços como o uso de Kevlar
balístico para seus alto falantes, que deram uma rigidez e consequentemente melhor som que qualquer
outro até sua época. Eles são pioneiros também na criação da primeira caixa acústica com gabinete
“acusticamente correto”, a Nautlilus:
B&W Nautilus

A Nautilus é até hoje reconhecida como uma das melhores e mais avançadas caixas acústicas do
mundo, com componentes e desenvolvimentos inéditos até então, como o Tweeter de diamante. A
Nautilus pesa por volta de 100 quilos cada uma e precisa de 4 canais de amplificação por caixa, ou seja,
pelo menos 2 amplificadores pra cada.

Como escolher uma Caixa Acústica?


A maioria das pessoas que lê essa matéria está pensando mais no mundo do Cinema em casa, com o
Surround, e são poucos os mortais que vivem a realidade de poder investir muito em caixas acústicas,
então meu foco vai ser para esse tipo de compra, surround e custo benefício e informações importantes
na hora da compra e escolha.

Detalhes importantes na hora de comprar e montar um sistema Surround são:

• Voice Match
É o nome que se dá quando todas as caixas acústicas de um sistema são iguais na reprodução sonora.
Ter todas as 5 (ou 7) caixas acústicas da mesma marca, modelo, linha é imprescindível. Misturar marcas
de caixas acústicas estraga a experiência com diferentes nivéis de ganho (volume), discrepâncias nas
frequências de resposta, impedância, materiais, enfim, tudo. Sempre prefira comprar um sistema
completo da mesma marca ou ir adquirindo aos poucos da sua marca preferida ou de escolha, mas
sempre mantendo a mesma marca, modelo e linha para não ter problemas.
• Impedância
É o tipo de “carga” que a caixa acústica trabalha. É importante ver se as impedâncias casam com a do
seu receiver / amplificador, ou poderá queimar e danificar o equipamento. As impedâncias mais comuns
são 8 Ohms e 4 Ohms. Nunca misture caixas de 4 Ohms com caixas de 8 Ohms, por exemplo. Isso é
uma carga que o amplificador não entende e queima. Amplificadores que dizem ter 100 watts de
potência por canal em 8 Ohms terão 200 Watts de potência em 4 Ohms, ou seja, a potência quase dobra
na maioria dos casos, então é bom ficar atento a esse dado pra não ligar uma caixa com diferentes
impedâncias no sistema, já que a potência pode até duplicar e queimar tudo. Impedância não quer dizer
qualidade.

• Potência
Nunca, mas nunca mesmo compre um receiver ou sistema pela denominação “Watts PMPO”, que eu
carinhosamente chamo de “potência máxima permitida para otários”, já que é um número falso e irreal
que as empresas usam para vender falsas promessas ao consumidor desavisado ou aquele que acha
que sabe o que é e sai contando pra todo mundo a vantagem de se ter um som com 4 mil watts PMPO.
A medida de potência correta é RMS.

O calculo de potência é complicado, pois envolve o rendimento da caixa em sensiblidade, impedância,


enfim, muitos fatores, mas um bom senso é fácil de usar. Sempre adquira caixas que estejam de acordo
com seu amplificador ou receiver , então se seu receiver tem 100 watts RMS por canal, use caixas que
aceitem potências nessa faixa, com tolerências de mais ou menos 25%, pra mais ou pra menos.

Pela minha experiência e algum estudo do assunto, é melhor sobrar um pouco de potência no
amplificador / receiver do que faltar, então é bom ter até 25% a mais de potência “empurrando” as caixas
do que o contrário. Isso se deve ao fato de distorção em volumes altos, o que é comum às vezes vendo
filmes com empolgação ou aquela festa com os amigos. Caixas acústicas lidam melhor com distorções
próprias, ou seja, quando o alto falante atinge seu próprio limite e distorce, do que quando o amplificador
atinge seu limite que nesse caso seria inferior a potência que a caixa acústica “puxa” e o amplificador
distorcendo, atingindo seu limite de potência, gera uma onda de sinal quadrada, o que é um sinal elétrico
prejudicial a caixa e que queima muitas delas por aí.

• Rendimento
É como sabemos o volume e habilidade da caixa de reproduzir som com um valor “X” de potência. Em
toda caixa acústica , é calculado um volume de resposta em DB (Decibéis), que é feito da seguinte
maneira:
Amplifica-se a caixa acústica com 1 Watt RMS de potência e um microfone de alinhamento especial é
colocado a um metro da caixa acústica. Toca-se um sinal de áudio. O som que sair da caixa com esse 1
Watt gera um volume, que é medido e estabelecido, sempre a 1 metro da caixa. Então caixa acústica diz
que tem rendimento de 92 DB, com 1 watt RMS a 1 metro, ela tem mais rendimento. Ou seja: mais
volume por watt que uma caixa que diz ter 89 DB, com 1 watt RMS a 1 metro. Com isso, na prática,
podemos “empurrar” caixas grandes com pouca potência, e ter o mesmo rendimento de volume, já que a
caixa tem um rendimento por Watt melhor ou maior. Caixas que dizem que aceitam por exemplo de 25 a
150 watts RMS terão o mesmo volume sonoro com qualquer potência nessa faixa especificada pelo
fabricante. Isso é o rendimento, é como a faixa de torque de um motor, ela trabalha melhor dentro
daquela faixa de potência especificada e o rendimento também é o mesmo.

• Materiais
Como disse antes, o melhor material pra se construir uma caixa acústica é a madeira. Nos sistemas mais
baratos encontramos apenas plástico ou acabamento de madeira. Fuja de caixas assim. Dá pra
encontrar caixas de madeira mesmo com pouca grana. Vários fabricantes fazem caixas de bom custo
benefício com madeira, e não plástico. Procure também pelos melhores componentes, dentro do seu
orçamento.

• Marcas
É impossível dar dicas de modelos e marcas sem saber do orçamento disponívell. Mas uma coisa é
certa, empresas que tem história fazendo caixas acústicas se saem muito melhor que as que só fazem
caixas acústicas para pode estar no mercado, como as marcas que encontramos nos grandes
magazines. É uma realidade triste de informar, mas caixas acústicas de marcas como Sony, LG,
Samsung, Philips, Panasonic são caixas desevolvidas apenas pra serem vendidas com um conjunto e
não para reproduzirem o som com fidelidade. Elas geralmente são de plástico, minúsculas, com
impedâncias incomuns como 6 Ohms, e potência mentirosa, até mesmo como RMS citado acima.
Procure por marcas com histórico de fazerem caixas acústicas boas, com dedicação e componentes
melhores como Onkyo, Denon, Yamaha, Klipsh, Jamo, Boston, Acoustic Research, Tannoy, JBL, B&W,
Kef, Paradig, entre outras.
As marcas que acabei de citar fazem sistemas acessíveis, que em muitos casos tem preços compatíveis
com conjuntos vendidos em grandes magazines e são muito melhores.
Ouvir é essencial. Recomendo que ouça um sistema acima ou melhor do que pretende comprar para
que possa perceber ou não as diferenças, e se isso vai pesar na sua decisão (que as vezes pode ser de
esperar mais um pouco e poder comprar o sistema melhor).Comparar um conjunto de caixas LG com um
da JBL , ou a maioria das marcas que citei é a maior prova que podemos ter das diferenças, nenhuma
especificação técnica ganha de uma audição , de você ouvir e gostar.
Pesquise a marca antes de comprar. As vezes a marca pode parecer de elite e fora da sua realidade.
Mas você pode descobrir que a marca faz uma linha em conta que você pode ter e custa o mesmo ou
mais barato que uma marca de grande magazine como as que citei. Um par de caixas acústicas da B&W
modelo 685, com alto falante de Kevlar, caixa de madeira, conectores banhados a ouro, tweeter de
alumínio, custam por volta de U$320 dólares. Ou seja, você pode comprar um sistema de 5 caixas por
uns 800 dólares, que dá por volta de 1500 reais, preço de um surround de mentira da Sony. Obviamente
esses preços são em dólar, aqui acaba saindo mais caro , mas é só pra se ter uma idéia, já que é a
comparação de uma das melhores marcas de caixas acústicas do mundo com uma marca que achamos
num magazine de shopping, com acabamento de plástico e sem qualidade. Pesquisa e oportunidade são
o segredo. As vezes procurando por oportunidades de usados (Mercado Livre é um baú de
oportunidades), caixa acústica boa e bem cuidada não envelhece!
B&W 685 – U$320,00 o par.

• Subwoofer
É o referido “.1″ do sistema 5.1 e o reprodutor exclusivo de frequências graves no Surround. O
subwoofer ideal é construído de madeira e não pode ser muito pequeno, já que grave é o resultado de
grande deslocamento do ar e física, ou seja, tamanho é documento.

Subwoofers de sistemas muito baratos, feitos de plástico, são ineficientes e com o tempo vão parecer
uma carro velho cheio de barulhos do próprio gabinete. As marcas que citei acima também fazem bons
subwoofers, além de marcas que só fazem subwoofers, ou focam neles, caso de Velodyne, SVS, M&K,
PSB e Sunfire.

Exemplo de Subwoofer ativo tradicional.


Formatos de Caixas Acústicas
Existem diversos formatos e designs para caixas acústicas, mas os mais comuns são:

• Caixa Torre
É a melhor opção para sistemas estéreo e como caixas frontais principais. Caixas torre têm um número
maior de alto falantes e cada um lida com uma faixa de frequências, e como regra, quanto mais dedicado
o equipamento melhor, então é melhor uma caixa acústica que tenha um alto falante só para frequências
graves, outro só para médias e outro só para agudos, do que uma Caixa com Apenas Woofer e Tweeter.
Caixas torre geralmente têm mais potência , mais extensão de frequências (graves principalmente) pelo
tamanho em si. Caixas Torre devem ser colocadas diretamente no chão, com o Tweeter na altura média
do ouvido do espectador. O uso de Subwoofer em sistemas com caixas Torre é quase opcional, já que
elas têm grande capacidade de extensão de graves.

Exemplo de Caixa Torre de 4 Vias.

• Caixas Bookshelf
São caixas menores, geralmente de duas vias (Woofer e Tweeter), que devem ser colocadas em
suportes ou em cima do rack / móvel, mantendo a altura do ouvido sempre. Elas podem ter a mesma
qualidade e extensão de agudos de caixas Torre, mas não nos graves. O uso de subwoofer é essencial
em conjuntos Bookshelf.
Exemplo de Caixa Acústica Bookshelf 2 Vias.

• Caixas Surround
Elas podem ser modelos Bookshelf de duas vias, geralmente um pouco menores por não lidarem com
muita informação como as caixas principais. Caixas surround podem ser do tipo Dipolar ou Monopolar,
sendo a Dipolar uma caixa feita exclusivamente para reprodução de filmes em salas adequadas,
maiores, em que a caixa possui alto-falantes contrapostos que trabalham fora de fase um com o outro,
dando a impressão que o som vem de todo lugar menos da caixa. Sons surround não são feitos para
serem direcionais. A sensação de que há um monstro vindo da parte superior da sua parede esquerda é
menos impactante do que a sensação de que há algo na sala em algum lugar atrás de você, mas sem
saber exatamente aonde. George Lucas e sua THX recomendam esse tipo de caixa acústica para a
experiência de cinema máxima. As desvantagens são que caixas dipolares não possuem grande
potência normalmente e seu desempenho de agudos é limitado, já que frequências agudas “entregam” a
posição da caixa e são direcionais. Os modelos dipolares são mais caros do que modelos de caixa
convencionais para surround.

Exemplo de uma Caixa Acústica Surround Dipolar da B&W, com alto-falantes contrapostos.
Esse modelo é ao mesmo tempo Dipolar e Monopolar, com uma chave seletora operada manualmente
ou via trigger 12 volts” encontrados em receivers mais refinados. Quando em posição Dipolar ela desliga
o tweeter, muda o divisor de frequências dos alto-falantes menores para atingirem frequências mais
agudas e os liga, operando em contraposto fora de fase, dando a impressão de não saber de onde sai o
som. No modo monopolo, somente o Woofer e o Tweeter Principais funcionam.

Como posicionar as Caixas Acústicas de forma ideal para o Surround?


O posicionamento é essencial para a experiência surround. Uma caixa fora de lugar estraga tudo. Abaixo
vemos um layout de como deve ser uma sala ideal:

• Caixa Central
A caixa central deve ser colocada logo acima ou abaixo da TV ou Tela, na mesma profundidade, e deve
estar centrada com o meio da TV ou Tela e também com o ouvinte, conforme ilustrado no desenho. A
caixa central reproduz as vozes e diálogos , e alguns sons que estão em cena. Se ela estiver muito
deslocada em relação ao nosso ouvido, sentiremos o som vindo de cima ou de baixo, e não da tela.
• Caixas Principais
A caixas principais esquerda e direita devem ser colocadas nas laterias da TV ou Tela. Uma regrinha
básica de medida pode ajudar a saber a distância ideal entre elas, que é a regrinha do triângulo. Meça a
distância que você fica da Tela quando está sentado no lugar de visualização (por exemplo, o sofá). A
distância que você fica da tela é a mesma que deve existir entre as caixas direita e esquerda, formando
um triângulo equilátero imaginário entre as duas caixas e sua posição no sofá. Obviamente existem
lugares que não permitem a mesma distância entre as caixas com a distância do ouvinte. Nesses casos
você deve deixá-las o mais afastado entre elas que der, sempre procurando a medida do triângulo.
Infelizmente quando as caixas estão muito próximas uma da outra você perde a espacialidade frontal do
som, ou seja , parece que todo o som sai do centro da tela, mesmo sons que deveriam estar fora da tela,
como um carro vindo de longe pela esquerda, por exemplo.

Nunca separe as caixas mais do que a medida do triângulo. Você irá perder o centro imaginário (quando
ouvimos som em duas caixas estéreo, se estiverem com a separação ideal ouvimos as duas caixas, mas
percebemos o som vindo do centro imaginário entre elas e não de cada caixa em si). Isso é o ideal.
Separando muito as caixas você perde esse centro e acaba percebendo que o som vem lá da caixa
esquerda, por exemplo, e que esse som se perde até aparecer do outro lado. A altura das caixas
principais deve ser próxima da altura do ouvido, assim como a central.

• Caixas Surround
As mais críticas de posicionar, têm a instalação ideal conforme o desenho acima, entre 90 e 110 graus
do ouvido do ouvinte, posicionados um pouco acima, entre 40 e 80 cm acima do nosso ouvido. Quanto
mais afastado e mais atrás do ouvido melhor fica a impressão do surround. Em um sistema 7.1, as
outras duas caixas iriam atrás do ouvinte, na posição de 180 graus de cada ouvido, mas de nada adianta
essas duas caixas extras atrás se elas estiverem coladas no sofá. Para elas funcionarem como devem
precisam estar distantes do ouvinte e normamente isso só ocorre em salas grandes e ideais.

Paralelismo é uma coisa muito importante para se obter a melhor experiência do surround. Mantenha
sempre distâncias e alturas iguais. Nunca coloque a caixa surround esquerda a 80 cm acima do ouvido e
a da direita a 40 cm. Nunca coloque uma caixa principal esquerda a 80 cm da lateral da Tela / TV e a
direita a 30 cm, por exemplo. Use o bom senso. Infelizmente não é toda sala que comporta esse
paralelismo e posicionamento ideais, então com certeza é bom pesar se vale a pena investir num
surround sem ter aproveitamento ideal. Às vezes até o prejudica.

• Subwoofer
O grave não é direcional, então ele não precisa obrigatoriamente estar centrado entre as caixas
principais. O posicionamento é crítico, já que paredes, móveis e cantos fazem o grave ter reverberação e
nesse caso temos um resultado péssimo de reprodução. Evite embutir o subwoofer em móveis e racks;
evite cantos e proximidade com paredes, sendo uma distância mínima ideal de 20 cm da parede. Você
deve procurar o melhor lugar para posicioná-lo, sendo esse o lugar onde menos tenha reverberação e
graves excessivos. Grave de móvel e parede é prejudicial, ruim e falso.
Conclusão
Não é fácil nem barato ter um cinema em casa, e caixas acústicas fazem parte importante do sistema,
senão a mais importante. Hoje em dia somos bombardeados com ofertas em lojas e grandes magazines,
como cinema em casa e milagres, mas infelizmente esses falsos cinemas em casa e sistemas surround
nada mais são que a ponta do iceberg.

Marcas populares não tem interesse nenhum em fazer produtos de qualidade para o público, e muitas
pessoas compram achando que a marca que faz uma boa TV, também deve fazer uma boa caixa
acústica. Isso é errado em 98% dos casos. Por falta de informação muita gente não sabe que existem
marcas como as citadas na matéria, que fazem só isso: caixas acústicas. E fazem com pesquisa,
materiais e resultados milhares de vezes melhor que qualquer coisa que se venda de marca popular.

Obviamente, como em qualquer segmento eletrônico, o melhor também é o mais caro. Então uma caixa
acústica boa de verdade, com fidelidade e qualidade podem custar qualquer coisa entre 800 reais e 800
mil reais o par. Mas como eu disse , até as marcas mais famosas e conceituadas do mundo, que fazem
produtos caríssimos, tem uma linha de caixas acústicas mais acessíveis (de entrada) que podem as
vezes custar menos ou o mesmo que um sistema popular. Basta pesquisar algumas das marcas que
citei, se informar, que você acha um sistema com qualidade. Ouça sempre antes de comprar. O som
deverá agradar você, leve consigo uma musica ou CD/DVD/BD de qualidade que você conheça e faça
uma audição na loja. Nunca compre um sistema de som sem antes ouvir ou conhecer a marca.

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