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POSSE
Bibliografia indicada: Min. Moreira Alves – tratado da posse.
Por ser carregada de subjetivismo, esta teoria foi duramente criticada por
Ihering. Ademais, não explicava bem a posse indireta, eis que a noção de
"corpus" não estaria nítida – tinha dificuldade de explicar situações
inequívocas de posse, como a indireta (por exemplo – locatário do
apartamento possuidor direto e o locador é possuidor indireto). A despeito de
suas falhas, indiscutivelmente, esta teoria influenciou – e influencia –
inúmeros sistemas no mundo.
1. TERORIA DE KOHLER
A posse seria um instituto social, admitida para garantir a paz social (tb.
referida por Beviláqua, in "Direito da Coisas"). Trata-se de teoria sem a
importância das anteriores. Em nosso sentir, identifica-se com a própria
finalidade do direito que é, exatamente, a garantia de pacificação social.
Critica. Ver critica de Arruda Alvim, onde diz que área publica pode ser
objeto de posse, não podendo contudo, usucapir. Material de apoio.
6. A posse precária é lícita? R: Clovis Bevilaqua em sua obra de 1958 diz que
"A concessão de uma posse precária é lícita", pois trata-se de uma posse de
favor, podendo perdurar por vários anos não. Nota-se que não há possibilidade
de usucapir, pois falta-se um requisito um necessário (animus domini –
Savigny).
OBS: Não confundir a posse precária com vício da precariedade – que gera a
posse injusta. O vicio da precariedade pode ser evidenciado no momento em
que o detentor quebra a confiança (quebra a boa fé objetiva numa relação de
direito real), resistindo a devolução do bem por exemplo. A partir desse
momento, surge o vício da propriedade e o detentor passa a atuar com animus
domini. O proprietário poderá a seu favor, utilizar-se do arsenal das ações
possessórias.
OBS²: No momento em que aquele que possuía a título de favor rompe a boa
fé objetiva, surgindo o vicio da precariedade e a posse injusta, a doutrina
convencionou denominar esta situação de "interversão da posse".
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES
Art. 1197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a
sua posse contra o indireto.
B) QUANTO A
ORIGEM: POSSE
JUSTA E POSSE
INJUSTA
Art. 1200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Posse Injusta ocorre quando for violenta, clandestina e precária (esta ultima
com vicio).
C) POSSE NOVA E
POSSE VELHA
Ex: No dia 10.10 pessoas violentamente invadem uma fazenda. Durante 08
dias, moderadamente o proprietário utilizando meios moderados tentam
investir contra os invasores sem êxito. No dia 18.10 o proprietário é
efetivamente expulso "esbulhado". A partir desse momento começa a posse
injusta.
OBS: Passado ano e dia a posse não deixa de ser injusta(Se disser isso, não
caberá ação possessória contra os invasores). Este prazo se refere ao direito
do proprietário de obter liminar a ação possessória (art. 924, CPC), mas nada
impede de pedir liminar passado esse período.
O prazo uma vez transcorrido, não oporá a posse justa, outrossim, operado o
tempo de usucapião, este bem poderá ser usucapido.
D) QUANTO AO
ELEMENTO
PSICOLÓGICO:
POSSE DE BOA-FÉ E
MÁ-FÉ
Art. 1201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo
que impede a aquisição da coisa.
Justo Título. A doutrina clássica diz que: O justo titulo seria o ato
formalizado hábil a transferência da posse e da propriedade. Ex: Escritura de
compra e venda registrada; formal de partilha registrado".
P: Posse justa é a mesma coisa que boa fé? R: não. A posse de boa ou má-fé
reside no campo psicológico. A posse justa ou injusta pode ser de boa fé ou
não. Ex: Meu avo adquire de forma injusta um terreno. Ao morrer é
transmitido os direitos hereditários para os herdeiros. A posse se transmite
com as mesmas características pela qual foi adquirida, ou seja, de forma
injusta. Os herdeiros ignorando que o seu genitor adquiriu o imóvel de forma
injusta estariam atuando de boa fé – trata-se portanto de posse injusta de boa
fé.
E) EFEITOS DA
POSSE:
1. PERCEPÇÃO DE FRUTOS/PRODUTOS
3.
BENFEITORIAS REALIZADAS NA COISA
Possuidor de Má - Fé.
Aula 18.
DIREITO DE PROPRIEDADE
Conceito. O direito de propriedade é um direito complexo, definido no art.
1228 do CC, compreensivo das faculdades reais de usar, gozar e fruir, dispor e
reinvidicar a coisa, segundo uma finalidade social. Quando reunidos esses
direitos, fala-se que o sujeito tem a chamada propriedade plena.
Referência Legislativa.
Art. 1228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Art. 1230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros
bens referidos por leis especiais.
O principio da função social por conta disso, vem esculpido em nossa CF nos
artigos:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios: III - função social da propriedade;
Assim, o nosso CC, seguindo a linha da nossa CC, logo após conceituar a
propriedade no art. 1228, em seu primeiro parágrafo já descreve a função
social:
DIREITOS DE VIZINHANÇA
Conceito. Com base na doutrina de Santiago Dantas (o melhor neste tema)
podemos afirmar que os direitos de vizinhança traduzem um conjunto de
regras que visa a disciplinar conflitos de concorrência entre vizinhos, em prol
da harmonia social.
OBS: Ver material de apoio e introduzir neste apostila – roteiro dos artigos dos
direitos de vizinhança, destacando-se: Uso anormal da propriedade, a
passagem forçada e o direito de construir.
Referencia Legislativa.
Art. 1277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as
interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas
pela utilização de propriedade vizinha.
Art. 1278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as
interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o
possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal.
Art. 1279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o
vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.
Art. 1280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a
demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo
dano iminente.
Art. 1281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer
obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o
prejuízo eventual.
P: O que é ação de Dano Infecto? R: Trata-se de uma ação judicial que visa a
acautelar proprietário que se encontre na iminência de sofrer prejuízo em
face das condições do prédio vizinho (art. 1280).
1. PASSAGEM FORÇADA
Referencia Legislativa.
Art. 1285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto, pode,
mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo
rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 2º Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso à via
pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3º Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia
passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a
dar uma outra.
CJF: Nº 88. "O direito de passagem forçada, previsto no art. 1.285 do CC, também é garantido
nos casos em que o acesso à via pública for insuficiente ou inadequado, consideradas,
inclusive, as necessidades de exploração econômica".
1. DIREITO DE CONSTRUIR
O direito de construir vem regulado a partir do artigo Art. 1299 a 1313. Será
colocado os mais importantes:
Art. 1299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo
o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Art. 1300. O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas,
diretamente, sobre o prédio vizinho.
Art. 1301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e
meio do terreno vizinho (zona urbana; na zona rural são 3 metros - art. 1303). Visa o direito a
privacidade. Conta-se da divisa e não da residência.
§ 1º As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não
poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros.
§ 2º As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores
de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de dois metros
de altura de cada piso.
Exceções:
- Se abrir uma parede de tijolos de vidro opaco, o STF Súmula nº 120.
Parede de tijolos de vidro translúcido pode ser levantada a menos de metro e
meio do prédio vizinho, não importando servidão sobre ele.
OBS: Enquanto a obra irregular estiver sendo feita cabe o embargo, por meio
da ação de nunciação de obra nova; mas uma vez concluída a obra, o
proprietario prejudicado poderá ajuizar ação demolitória com prazo de ano e
dia (art. 1302 e Resp 311 507 AL.)
Art. 1302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que se
desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá,
por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou
dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho.
Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para luz, seja qual for a quantidade,
altura e disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar a sua edificação, ou contramuro,
ainda que lhes vede a claridade.
Art. 1275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão
subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
Abandono do imóvel.
Art. 1276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o
conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do
Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 1º O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer
que ele se localize.
Nº 243. A presunção de que trata o § 2º do art. 1.276 não pode ser interpretada de modo a
contrariar a norma-princípio do art. 150, IV, da Constituição da República.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
1. REGISTRO.
Quem não registra o contrato não é dono – esta é uma solenidade exigida para
aquisição da propriedade. Não basta apenas o título, deve ter a solenidade
que é o registro público. O registro que importa é o registro no CARTÓRIO
IMOBILIÁRIO.
Art. 1245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como
dono do imóvel. Trata-se de uma presunção relativa de veracidade.
Exceção: No Brasil existe um tipo de registro que cria uma presunção absoluta
de veracidade de domínio. É utilizado para imóveis rurais. A dificuldade é
muito grande para conseguir fazer um registro torrens –este registro firma
uma presunção absoluta de veracidade.
1. ACESSÃO.
DAS ILHAS
DA ALUVIÃO
DA AVULSÃO
Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se
destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a
propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem
indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Critica a este parágrafo único. Como o antigo proprietário vai retirar a parte
de terra?
DO ÁLVEO ABANDONADO
É o leito do rio que seca.
Tem-se a velha e clássica regra da vis (força) atrativa do solo. Aquilo que se
constrói e planta se torna de propriedade do dono do solo.É aplicável nos arts.
1254 e 1255.
1. USUCAPIÃO.
REQUISITOS
OBS: Existe entendimento forte, no próprio STF (RTJ 106.770) bens gravados
com clausula de inalienabilidade não são suscetíveis de serem usucapidos.
OBS: José Carlos de Morais Salles (mais completo livro de ususcapião) lembra
citando jurisprudência (JTJ 157.198) sustenta eu é forte o entendimento no
sentido de que o condômino pode usucapir área comum, desde que exerça
posse exclusiva.
Seguindo essa linha, o herdeiro pode usucapir bem de inventário, desde que
se configure os requisitos do usucapião.
OBS: Vale lembrar que o artigo 1243 admite a ACESSIO POSSESSIONIS (a soma
de posses) para efeito de usucapião.
Art. 1243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes,
acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam
contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.
OBS: Vale acrescentar que enquanto a prescrição penal não tiver se operado
ou estando ainda em curso a própria ação penal o direito do usucapienti não
pode ainda ser reconhecido pois se se trata de produto de crime.
Art. 1238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um
imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer
ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor
houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços
de caráter produtivo (chamada de POSSE TRABALHO).
É a reprodução integral da CF (art. 191 para rural e art. 183 para urbano):
RURAL.
Art. 1239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua,
por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
OBS: O enunciado 313 da 4ª Jornada diz que: 313. "Quando a posse ocorre
sobre área superior aos limites legais, não é possível a aquisição pela via da
usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se
quer usucapir". Serve para a área urbana ou rural.
URBANO.
Art. 1240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Art. 9º Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma
vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu
antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por
população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua
posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2º A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante
sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis.
1. USUCAPIÃO ORDINÁRIO
Art. 1242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com
justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido
adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada
posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado
investimentos de interesse social e econômico.
Ex: A compra um imóvel, mas não sabia que o titulo tinha um vício. Neste
caso, exercido função social da posse, o prazo cai para 5 anos.
§ 4º O proprietário (imóvel rural) também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado
consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de
considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou
separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico
relevante.
Nº 84: A defesa fundada no direito de aquisição com base no interesse social (art. 1.228, §§ 4º
e 5º, do novo Código Civil) deve ser argüida pelos réus da ação reivindicatória, eles próprios
responsáveis pelo pagamento da indenização.
A justa indenização devida ao proprietário em caso de desapropriação judicial (art. 1.228, § 5º)
somente deverá ser suportada pela Administração Pública no contexto das políticas públicas
de reforma urbana ou agrária, em se tratando de possuidores de baixa renda e desde que tenha
havido intervenção daquela nos termos da lei processual. Não sendo os possuidores de baixa
renda, aplica-se a orientação do Enunciado 84 da I Jornada de Direito Civil.
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A posse é um fato (não é direito). A pessoa esta com a coisa em mãos agindo
como se fosse dono dela. Esse fato (posse) quando se soma a um outro fato
ela gera direitos. Exemplos:
Posse é um direito que aliado a outro fato (ato de violência) gera um direito a
proteção possessória.
• Ameaça
• Esbulho (privação da posse)
• Turbação
Embora tenha o objetivo de proteção, no final das contas, embora tenha três
espécies de violência, a possessória quer sempre a mesma coisa, proteger o
possuidor.
1. Fungibilidade
Existem algumas ações que servem a proteção da posse, mas não são
possessórias, por não veicular a posse. Parecem possessória, mas não o são
(tem apenas o caráter de proteger a posse), porque não veiculam o direito a
ação possessória. Ex: ação de despejo (ação pessoal) que tem por objetivo de
valer o direito do locador, mas também serve para proteger o direito do
possuidor; Nuciação de Obra nova.
1. P: As ações possessórias são reais ou pessoais? R: Nenhum. As ações
possessórias são possessórias, ou seja, tem regime próprio. Outrossim,
pode ser mobiliária ou imobiliária.
CPC, Art. 923. Na pendência do processo possessório, é defeso, assim ao autor como ao réu,
intentar a ação de reconhecimento do domínio.
Não cabe ação possessória para proteger direitos autorais. Direitos autorais
não são objetos de posse (esta recai sobre coisas materiais).
Direitos não são possuídos, posse é somente aquilo que se tenha matéria.
Ver artigo do professor no site: reflexo da função social da posse nas ações
possessórias.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a
manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos
representantes judiciais.
No entanto, com o advento do NCC, não fala mais no prazo de ano e dia. Daí,
surge o problema: o prazo de ano e dia ainda existe? A previsão do CPC é
suficiente para suprir a omissão do NCC? R: Ainda se admite o prazo de ano e
dia com base no CPC, não obstante a omissão legislativa do NCC, pois é ele
que vai disciplinar se o procedimento é ordinário ou comum.
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1. Natureza Jurídica
Trata-se de uma ação real, que pode ser mobiliária ou imobiliária, conforme
o bem usucapido.
1. Procedimentos de Usucapião
1. Competência
A ação de usucapião de móvel, mobiliária, segue a regra geral de que deve ser
proposta no domicilio do réu.
1. Legitimidade Ativa
Quem vai propor a ação de usucapião é o sujeito que diz ser o usucapiendi.
OBS: Lembre-se que os cônjuges devem ser citados, porque se trata de ação
real imobiliária (art. 10 do CPC).
OBS²: Se por ventura não souber onde os réus se encontrem, a citação deve
ser feita por edital, se eles não aparecerem, o juiz terá de nomear curador
especial.
O autor tem de citar todos os réus certos, por ser litisconsórcio necessário
simples, por força de lei.
6. O usucapião pode ser alegado como defesa. Ex: Se terceiro entra com
ação reivindicatória, o réu na defesa pode alegar o usucapião. Desta
feita, o usucapiendo pode ingressar com ação de usucapião ou como
defesa:
- Se ele entra com a ação e ganha, ele pode ir ao registro público colocar o
bem em seu nome.
- Se ele utiliza o usucapião como defesa, ele não pode transferir o bem
em seu nome, somente se pode fazer isso com a ação de usucapião.
Nota-se que na defesa, o MP não é obrigado a intervir, justamente
porque não ocorre nenhum registro.
O autor tinha que provar por testemunha a sua posse e somente se ficasse
provado minimamente a ação prosseguia, se não conseguisse a ação era
extinta. Era uma espécie de filtro, para evitar ações temerárias.
Essa audiência foi extinta, não há mais essa obrigatoriedade. Não há mais
essa audiência de justificação de posse na ação de usucapião como filtro da
ação.
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