Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Viriato
Nome do docente:
Curso: Biologia
Disciplina: Filosofia
Ano de frequência: 2º Ano
1
Folha de feedback
Categorias Indicadores Padrões Classificação
Nota Nota do Subtotal
máxima tutor
Aspectos Capa 0,5
organizacionai Índice 0,5
s Introdução 0,5
Estrutura Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização
(Indicação clara do 1,0
problema)
Descrição dos 1,0
Introdução objectivos
Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2,0
Articulação e domínio 2,0
do discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
Conteúdo Análise e 2,0
internacionais
Discussão relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Formatação Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo, espaçamento 1,0
entre linhas
Referências Normas APA Rigor e coerência das
Bibliográfic 6ª edição em citações/referências 4,0
as citações e bibliográficas
bibliografia
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Indice
3
Introdução.........................................................................................................................................5
Objectivos do trabalho......................................................................................................................5
Metodologia......................................................................................................................................5
Filosofia política na Idade Antiga....................................................................................................6
Os sofistas.........................................................................................................................................6
Platao................................................................................................................................................6
Aristoteles.........................................................................................................................................7
Filosofia política na Idade Media.....................................................................................................8
Santo Agostinho...............................................................................................................................8
São Tomas de Aquino......................................................................................................................9
Filosofia Política na Idade Moderna.................................................................................................9
Nicolau Maquiavel.........................................................................................................................10
Thomas Hobbes..............................................................................................................................11
John Locke......................................................................................................................................11
Charles de Montesquieu.................................................................................................................11
Jean-Jacques Rousseau...................................................................................................................13
Filosofia política na Idade Contemporânea....................................................................................14
Hegel e o hegelianismo..................................................................................................................14
John Rawls......................................................................................................................................15
Karl Popper.....................................................................................................................................16
Formas de sistemas políticos..........................................................................................................16
Sistemas de governo.......................................................................................................................18
Conclusão.......................................................................................................................................18
Referencias bibliográficas..............................................................................................................19
4
Introdução
A filosofia politica é o ramo da filosfia que se preocupa com questões de vida politica dos
homens, destacando-se o poder e o governo (sua origem, natureza e propósitos), bem como as
obrigações dos membros constituintes e uma sociedade.
Objectivos do trabalho
Metodologia
5
Filosofia política na Idade Antiga
A relevância dos gregos para o pensamento político ocidental não se deixa perceber
apenas na etimologia da palavra política, que se origina do grego pólis (que significa cidade),
mas também nos mitos e nos grandes legisladores, em especial Sólon. Na idade antiga
distingue-se os trabalhos de Platao, Aristoteles e os sofistas.
Os sofistas
Platao
Segundo Aranha (1993) O pensamento político de Platão está orientado nos seguintes
aspectos: Origem do Estado, comunismo e idealismo, (classes sociais), formas de governação e
quem deve governar entre estas formas de governação.
Começando sobre o primeiro assunto que diz respeito a origem do Estado, para Platão,
falar da origem do Estado é mesmo que dizer como é que aparece o Estado. Para ele, o Estado
tem sua origem pelo facto de o
Homem não ser auto-suficiente, isto é, ninguém pode bastar-se a si mesmo. Nenhum
homem pode ser ao mesmo tempo carpinteiro, pedreiro, médico, professor, técnico de frio
sozinho e ao mesmo tempo. Cada um na sociedade precisa do outro para sobreviver. É desse
6
modo em que nasce o Estado segundo Platão. Daí a necessidade de cada um associar-se aos
outros e cada um com tarefas específicas.
Aristoteles
O que distingue o Homem dos outros animais é o sentimento do bem e do mal, do justo e
do injusto, e essas qualidades são essenciais para a actividade do Homem na comunidade política.
E dizia: “ Aquele que pela sua natureza não for um animal político ou é uma criatura degradada
ou então é superior ao Homem (é Deus), ou seja, o Homem que vive fora da sociedade ou é
menos que o Homem ou é mais que Homem”. Portanto, a noção do Estado em Aristóteles ‘e
aplicado ao animal político. Para Aristóteles a cidade é a constituição e esta por sua vez cria o
Estado, de tal ordem que a mudança da constituição implica a mudança do tipo do Estado. A
constituição é a estrutura que dá ordem `a cidade, estabelece o funcionamento de todos os cargos,
sobretudo os de soberania. Ele distingue três espécies de constituição (Chambisse, 2003) (tabela
1)
7
Tabela 1: tipos de governo de aristoteles (adaptado)
Para Aristóteles, a democracia tem um erro em considerar que todos são iguais na
liberdade, todos também podem e devem ser iguais em todo o resto.
Segundo Erica (2017), A filosofia política na idade media teve por finalidade o intuito de
reafirmar os dogmas cristãos dentre a ascensão monárquica e burguesa de algumas localidades
europeias. Estas duas classes ameaçaram sua soberania, uma vez tão geral e irrestrita, forçando
uma nova visão que colocava em evidência o pensamento filosófico baseado na fé.
Santo Agostinho
Santo Agostinho diz que as duas cidades existiram sempre lado a lado desde a origem dos
tempos: Uma tem Caim e outra tem Abel como fundador. Uma terrena com os seus poderes
políticos, a sua moral, a sua história, as suas exigências (Cidade terrena). A outra, a Cidade
Celeste, simboliza os cristãos participando do ideal divino. As duas cidades permanecerão até ao
fim dos tempos.
8
A cidade terrena é onde se encontra o Estado. Nesta terra onde reina todo o tipo de males.
Na cidade de Deus, reina a paz, o amor, a felicidade. E a humanidade encontra-se na cidade
terrena. Como construir um Estado de direito na cidade terrena. Santo Agostinho diz que como
nunca existiu, também nunca existirá a exemplo dos reinos antigos em que nunca houve Estado
de direito. Portanto os governantes que temos na terrena devem saber que receberam esses
poderes como dádiva divina e os cidadãos não podem julgar se está governando bem ou não,
visto que a isso não lhes compete. Portanto, sendo dádiva divina, o governante deve governar
com base nas leis da cidade Celeste (Geque e Biriate, 2014).
Tomás não toma a concepção de Santo Agostinho de que o Estado nasceu do pecado
original, mas concorda com Aristóteles ao afirmar que o Estado nasce da natureza social do
homem.
No que diz respeito à natureza do Estado, Tomás Aquino diz que o Estado é uma
sociedade, uma sociedade perfeita. Para ele, o Estado é uma sociedade porque consiste na reunião
de indivíduos que pretendem fazer coisas em comum. E diz que o Estado é uma sociedade
perfeita porque tem um fim próprio – O bem comum. O Estado tem meios suficientes para
proporcionar um modo de vida que permite a todos os cidadãos ter aquilo que necessitam para
viver como homens.
Segundo Aranha (1993) A Filosofia moderna surge no inicio do século XVI e termina no
fim do século XVIII, período extremamente rico em acontecimentos políticos (fim do significado
politico do império e do papado, afirmação das potencias nacionais, primeiro da Espanha, depois
da Franca, da Inglaterra, da Holanda, e outros países, contestação do poder absoluto dos
soberanos e introdução dos governos constitucionais, etc.).
9
A libertação do homem em relação às explicações teológicas da realidade, através da
razão;
A libertação do homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;
A libertação do homem da dependência da natureza, através da técnica.
Esta tripla emancipação do homem permitirá aos filósofos pensar sem que tenham de
obedecera regras previamente estabelecidas, como acontecia na época precedente, o que resultará
numa pluralidade de visões sobre os temas tradicionais da Filosofia política.
Nicolau Maquiavel
Maquiavel viveu em Florença no tempo dos Médico. Observava com apreensão a falta de
estabilidade da Vida politica numa Itália dividida em principados e condados, onde cada um
possuía a sua própria milícia. Esta fragmentação do poder transformou Itália numa presa fácil de
outros povos estrangeiros, principalmente de franceses e espanhóis. Maquiavel, que aspirava ver
a Itália unificada, esboça a figura do príncipe capaz de promover um Estado forte e estável.
As paixões que se colocam em primeiro lugar são, além da cobiça e do desejo de prazeres,
a preguiça, a vileza, a duplicidade e a insolência. Por isso torna-se imperioso que o governante da
república prepare as leis segundo o pressuposto de que todos os homens são réus e que procedem
sempre com malícia em todas as oportunidades que tiverem.
10
O príncipe deve impor-se mais pelo temor do que pelo amor, para alcançar os seus
objectivos: preservar a sua Vida e a do Estado. Porém, Maquiavel adverte que o príncipe não
deve esquecer a sua reputação.
Thomas Hobbes
John Locke
11
quando as pessoas concordam em juntar-se e unir-se em comunidade para viver em segurança,
conforto e paz umas com as outras.
Charles de Montesquieu
Esta obra compreende 31 livros, dos quais dois são dedicados ä problemática religiosa. Na
sua obra, pretende descobrir as leis naturais da Vida social. A lei social entende-a não como um
princípio racional do qual se deve deduzir todo um sistema de normas abstractas, mas a relação
intercorrente dos fenómenos empíricos.
As leis são relações indispensáveis emanadas da natureza das coisas. Tanto a divindade
como o mundo material e as inteligências superiores ao homem possuem as suas leis, da mesma
forma que este último também as possui. Existem as seguintes leis (Chambisse, 2003):
12
umas as outras, na paz, o major bem e, na guerra, o menor mal possível, sem prejudicar os seus
verdadeiros interesses.
Existem igualmente leis que regulam o relacionamento daqueles que governam e aqueles
que são governados – é o direito politico. O conjunto de normas que regulam as relações entre os
cidadãos chama-se direito civil.
Esta divisão impede que algum deles actue despoticamente. O poder legislativo tem a
função de criar as leis. Este papel é desempenhado pelo parlamento. O poder executivo tem a
função de implementar as leis e de as fazer cumprir e esse papel é desempenhado pelo governo,
nas suas múltiplas funções. O poder judicial serve para julgar aqueles que violam a lei, portanto,
são os tribunais que se encarregam dessa tarefa. A condição que Montesquieu considera
fundamental é a sua separação efectiva, pois não basta que estes poderes existam para que o seu
funcionamento seja pleno.
Jean-Jacques Rousseau
Rousseau inicia a sua reflexão política partindo da hipótese de o homem se ter encontrado
num estado de natureza e num outro estado contratual. O primeiro estado é minuciosamente
descrito em Discurso Sobre a Desigualdade Entre os Homens e o segundo em O Contrato Social.
Segundo Rousseau, enquanto os homens «só se dedicavam a obras que um único homem podia
criar e às artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e
felizes quanto o podiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um
comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro
13
de outro, desde que constatou ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a
igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas
transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com o suor dos homens e nos quais
logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas». Portanto, a
propriedade introduz a desigualdade entre os homens, a diferenciação entre o rico e o pobre, o
poderoso e o fraco, o senhor e o escravo, culminando na predominância da lei do mais forte. O
homem que surge é um homem corrompido pelo poder e esmagado pela violência. Trata-se de
um falso contrato. Há que considerar a possibilidade de um contrato verdadeiro, legitimo, em que
o povo esteja reunido sob uma só vontade.
Segundo Aranha (1993) O contrato social, para ser legítimo, deve ser fruto do
consentimento de todos os membros da sociedade. Cada associado aliena-se totalmente, isto é,
renuncia a todos os seus direitos a favor da comunidade. Mas como todos abdicam igualmente, na
verdade, cada um nada perde, pois este acto de associação produz, em lugar da pessoa particular
de cada contratante, um corpo moral e colectivo composto por tantos membros quantos os votos
da assembleia, alcançando a sua unidade, o seu eu comum, a sua Vida e a sua vontade
(democracia directa).
Hegel e o hegelianismo
14
Na sua Filosofia política, Hegel defende a subordinação do individuo ao Estado, devendo
ele ficar dissolvido em nome de uma ordem suprema.
Segundo Aranha (1993) Hegel defende um regime de ditadura onde o individuo torna-se
um simples objecto e não sujeito do seu destino, a vontade pessoal é sufocada pela vontade do
Estado e o individuo perde a sua liberdade.
John Rawls
Para Rawls, uma sociedade justa, funda-se na igualdade de direitos. E ainda, a justiça não
pode ser deduzida a partir das concepcoes de bem difundidas na sociedade, mas sim encarada
como a capacidade concedida à pessoa para escolher os seus próprios fins.
15
Rawls defende que a liberdade não se pode limitar senão em nome da própria liberdade, isto é,
limitar a liberdade de alguém para reforçar o sistema total da liberdade de todos. Há dois casos a
referir:
Uma redução da liberdade deve reforçar o sistema total da liberdade que todos partilham;
Departamento das transferências sociais: cuja missão é velar pelas necessidades sociais e
intervir para assegurar o mínimo social (providencia social);
Karl Popper
A humildade não tem um sentido concreto conhecido antecipadamente mas sim aquele
que os homens lhe dão;
O progresso da humanidade é possível sem que necessite de um critério único de verdade;
A razão humana é naturalmente falível;
16
Formas de sistemas políticos
A República: regime em que a designação do chefe de Estado se faz por formas diversas,
por eleição directa dos cidadãos ou pelos seus representantes, pelo golpe de Estado ou por
legislação. Neste regime político a designação do chefe do Estado não é por herança.
Um regime é democrático quando: Não existe uma ideologia dominante ou liderante; Não
existe um aparelho para impor a ideologia; Existe uma efectiva garantia dos direitos pessoais dos
17
cidadãos; Existe livre participação na designação dos governantes; Existe controlo do exercício
das funções dos governantes;
Sistemas de governo
Governo ditatorial: quando o poder é detido por uma pessoa ou conjunto de pessoas que
exercem o poder por direito próprio, sem que haja participação da pluralidade dos governados. O
governo ditatorial subdivide-se em monocrático e autocrático.
18
Conclusão
Para Platão a origem do Estado é convencional pelo facto de que o Homem não poder
satisfazer-se a si mesmo e que a forma de governação para o mesmo é sob a liderança do filósofo
rei.
Para Aristóteles o Estado não é convencional, mas natural pelo facto de o próprio Homem
ser por natureza um animal político.
Na idade media, destacam-se os dois filósofos: Para Santo Agostinho o Estado tem sua
origem no pecado original, enquanto que para Tomás de Aquino o Estado tem sua origem no
facto de o Homem ser social.
19
Referencias bibliográficas
Erica (2017), Filosofia política na idade média: influências e impactos das teorias de
Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. Disponível em: https://medium.com/@ergrz/filosofia
política-na-idade-média-4ab545e20beb
20
Marconi M. A, Lakatos, E M (2005). Fundamentos de Metodologia Científica, (5ª
Edição).
21