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Introdução
A complexa e multifacetada problemática do ensino do léxico se tem configurado como
forte preocupação dos pesquisadores, no quadro das variadas e urgentes tarefas que se
impõem à Lexicologia, à Lexicografia e à Terminologia. No mundo contemporâneo, o
exame das práticas sêmio-lingüísticas dos enunciadores e dos enunciatários do discurso
pedagógico tem permitido observar claramente que a questão do ensino do léxico não é
considerada importante, é, até mesmo, freqüentemente esquecida ou desconhecida, no
tocante aos modelos e aplicações, de que resulta, qualitativa e quantitativamente, um
baixo rendimento, não só na matéria específica da língua materna, como também em
todas as demais, eis que todas se realizam em linguagem.
Diante disso, propusemo-nos a desenvolver pesquisas que conduzissem à elaboração de
um modelo semiótico-lingüístico que desse conta dos processos de aquisição e
desenvolvimento da competência e do desempenho lexicais, seja na comunicação
utilitária, da linguagem dita 'banal', seja nos universos de discurso específicos e
altamente específicos das sociedades heterogêneas, industriais e pós-industriais.
Objetivo geral:
Explicitar termos, conceitos, idéias e áreas do conhecimento relacionados a lexicologias
e outros.
Objetivos específicos:
1. Unir conhecimentos distribuídos em uma só representação;
2. Permitir ao observador acompanhar o raciocínio de construção do mapa mental,;
3. Abranger um espaço amplo e diverso, porém limitado ao campo de estudo desejado;
4. Indicar a possibilidade de um continuum, visando a noção de espaço infinito de
representações.
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Hiperonímia e Hiponímia
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior
estabelece com uma palavra inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente
superior porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o sentido do
hipônimo, uma palavra hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no
entanto, na perspectiva da palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível
semântico, pode ser incluída numa classe superior que abrange o seu significado -
hiperônimo.
Homônimias e Polissemia
Homônimias são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas),
ora possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados
diferentes.
São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem a mesma grafia e a
mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo:
✓ O pelo do cachorro é curto.
✓ Pelo caminho da vida.
Estrangerismo e exemplos
Estrangerismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou
não equivalentes. É o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua
portuguesa. De acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos,
tais como anglicismo (do inglês), galicismo (do francês),
Eis aqui um exemplo de “language play”, pois os usuários “brincam” com a linguagem
e o próprio idioma nacional. Outro exemplo de criatividade na recepção de
estrangeirismos no Brasil se observa na mistura ou fusão de português e inglês numa
única palavra. Estou pensando no nome de um hotelzinho para animais (cachorros e
gatos) que busca ser um ambiente verdadeiramente bucólico: Hotel Cãountry composto
do substantivo cão e parte do vocábulo inglês country, isto é, “campo”, “cerrado” ou
“mata”, longe do barulho e poluição dos grandes centros urbanos.
Calão e exemplos
Calão é um fenômeno linguístico utilizado em um contexto informal, sendo muito
utilizadas em conversas do dia a dia. São palavras que "fogem" da norma culta, as quais
muitas tem origem na cultura de determinado povo ou região. O intuito de tais
estruturas é substituir termos formais da língua, ou seja, interpretar as palavras com um
sentido figurado. Por serem algo que muitas vezes é exclusivo de um pequeno grupo, é
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comum que muitas gírias não sejam reconhecidas por outras pessoas, fato esse que
fortalece a identidade cultural de grupos sociais.
O “vamos embora” foi trocado pelo “bora ”, o “muito” deu lugar ao “bué”, a pessoa que
não quer ir ou fazer algum evento passou a ser o “cortes” e o “betinho” é aquele hesita
mais na hora de quebrar as regras.
Nesses primeiros anos do virar do século trocou-se a palavra “muito” por “mt”; o
“porquê” passou a ser “pq” e, ainda (ai coração, aguenta) o “ch” deixou de existir no
vocabulário desta geração para dar lugar ao tão acarinhado “x”. Nos anos 2000 e poucos
as pessoas eram “xatas”, nunca “chatas”.
Gíria e exemplos
As Gírias são fenômenos linguísticos utilizados num contexto informal, sendo muita
utilizada entre os jovens.
São palavras ou frases não-convencionais segundo a norma culta, as quais são utilizadas
em algumas regiões e culturas, por determinados grupos e/ou classes sociais. Por
exemplo, no grupo da escola, do trabalho, dentre outros.
Por exemplo, a palavra “broto” que antes era utilizada frequentemente para designar um
homem bonito, atualmente foi substituída pela palavra “gato”.
O neologismo e exemplo
O neologismo corresponde à formação de novos termos ou expressões da língua os
quais surgem com o intuito de suprir lacunas momentâneas ou permanentes acerca de
um novo conceito.
Uma vez que a língua é algo mutável, ou seja, está em constante transformação, os
neologismos corroboram a necessidade de criação de novas palavras pelos falantes da
língua; enquanto outras, por sua vez, caem em desuso, como é o caso dos arcaísmos.
Exemplos de neologismos
antivirus escrache Interface
blogger pesquisando navegador
Foi então que ela atravessou uma crise que nada parecia ter a ver com sua vida: uma
crise de profunda piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar
perdoar tanto. Não podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre –
virava para o lado o rosto magoado, insuportável, por piedade, não suportando a glória
do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de
perdão. Sofria sem recompensa, sem mesmo a simpatia por si própria.
Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença, escolheu um
domingo em que o marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que
uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que
passeia na calçada. Sobretudo passeava muito quando “sentia” que o marido a
enganava. Assim foi procurar a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua
cheia de lama, de galinhas e de crianças nuas – aonde fora se meter! A bordadeira, na
casa cheia de filhos com cara de fome, o marido tuberculoso – a bordadeira recusou-se a
bordar a toalha porque não gostava de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa.
“Sentia-se” tão suja pelo calor da manhã, e um de seus prazeres era pensar que sempre,
desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoçou sozinha, deitou-se no quarto meio
escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pelo menos uma vez não
“sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante da liberdade da bordadeira pobre.
Senão talvez um sentimento de espera. A liberdade.
Até que, dias depois, a sensibilidade se curou assim como uma ferida seca. Aliás, um
mês depois, teve seu primeiro amante, o primeiro de uma alegre série.
Entrevista a um professor
Na entrevista com um professor abordando sobre o insucesso escolar e afirmou dizendo:
O fracasso escolar é compreendido como reprovação e/ou evasão do aluno em algum
momento durante o seu percurso escolar e a forma como a escola, família e alunos
lidam com esse fenômeno tem forte influência sobre o percurso escolar desses
indivíduos. A escola tem como função primordial transmitir o saber para os alunos, por
meio de estratégias pedagógicas e da intervenção de profissionais capacitados,
entretanto só se torna possível falar de sucesso escolar.
O fracasso escolar, pode ser visto como reflexo das expectativas que são criadas sobre o
desempenho do aluno e o não alcançar delas e a pressão que ele sofre por acreditar não
conseguir correspondê-las, antes mesmo de tentar. Diante disso, torna-se perceptível o
papel fundamental desempenhado pelo professor, tanto no fracasso como no sucesso
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escolar de seus alunos, abarcar essa importância e conseguir se localizar como pilar no
processo que abrange a produção do fracasso escolar, é ainda uma dificuldade
vivenciada pelos profissionais, que impossibilita uma melhora na efetivação da
educação.
o professor deve estar atento as suas motivações e as diversas problemáticas que podem
estar atreladas ao desempenho de seus alunos, para que ele não se volte as práticas
patologizantes e medicalizantes construídas com o passar dos anos. Negreiros, Silva,
Sousa e Santos, trazem em seu estudo sobre o fracasso escolar na educação de jovens e
adultos, a importância de se conhecer as modalidades do público em que se leciona,
para que se tornem possíveis as mudanças no âmbito educacional, assim os profissionais
que demonstraram a necessidade do desenvolvimento de novas técnicas devem estar
atentos a quem essas técnicas servirão e como elas serão empregadas, observando e
desejando satisfazer as especificidades de seu alunado.
Entrevista a um aluno
Entrevistei a um aluno sobre o <<O insucesso escolar>> e ele afirmou dizendo: De um
modo geral, pode-se afirmar que o insucesso escolar acontece quando o aluno não
atinge os objetivos de escolaridade propostos, relativos à sua idade e ano de
escolaridade. Como consequência, o aluno pode reprovar de ano.
Como se pode verificar, o insucesso escolar é um tema preocupante para a sociedade em
geral. Para que seja combatido de forma correta, devem ser identificadas as causas que
possam ter colocado o aluno nessa situação.
Fique connosco e saiba em que medida é que a pandemia contribuiu para o insucesso
escolar e quais são as maiores dificuldades associadas neste momento.
Uma outra possível causa pode estar relacionada com o ambiente familiar. Como
sabemos a família é que nos incute os valores, crenças, significados e ideias que temos
hoje. Tanto a família como a escola atuam como agentes de socialização, sendo os mais
influentes e importantes na vida de uma criança, o que lhes confere uma grande
importância na sua vida e desenvolvimento.
A verdade é que com a pandemia, a capacidade que os pais têm ou não para dar o apoio
necessário aos seus educandos tem um impacto extremamente importante na
aprendizagem de cada um.
Ou seja, a capacidade que os pais têm de ajudarem os filhos a fazerem os trabalhos de
casa, a capacidade de pagar explicações ou atividades de tempos livres e os recursos a
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lembra. Preocupado com essa situação, o professor assegura que os seus filhos não
deverão regressar à escola este ano.
Dificuldades para estudar online os alunos que não têm exames vão ter de continuar
a estudar online. No entanto, nem todos os alunos estão a frequentar as aulas usando as
tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Lucas Bernardo, diretor da escola primária de Maxixe, disse que o estudo online não
está ser a abrangente porque nem todos os alunos e professores possuem telefone com
aplicativo compatível.
"Na verdade nem todos professores e turmas conseguiram criar aquela plataforma de
WhatsaApp para troca de informação. Mas algumas turmas da sétima classe
conseguiram fazer isto", relata.
Palmira Pinto, diretora provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em
Inhambane, admitiu à DW que tem consciência de falhas na estratégia usada para
estudos e abertura das aulas, por isso pede a colaboração de todos intervenientes.
"Temos consciência que realmente estas metodologias que nos adotámos talvez não
tenha sido 100% abrangente, mas nós estamos sempre abertos a colaborar com pais e
encarregados da educação", esclareceu a diretora.
representação, que seria cansativo quer para o público, quer para os atores. A ação
comporta dois tipos de estrutura: interna e externa.
✓ A estrutura interna divide-se em três momentos: exposição (apresentação das
personagens e dos antecedentes da ação), conflito (a sucessão dos
acontecimentos, passando por um momento máximo de tensão dramática,
que é o clímax) e por fim, o desenlace ou desfecho da ação dramática, que
pode ter um final feliz ou infeliz.
✓ Ao nível da estrutura externa, o texto divide-se em actos (grande divisão do
texto dramático, que decorre num mesmo espaço ou cenário, delimitado pela
subida e descida do pano) e cenas (subdivisões dos actos determinada pela
entrada ou saída de personagens).
✓ O tempo da história também é curto, e acontece geralmente no presente,
como se estivesse a decorrer no momento da própria representação.
✓ Quanto ao espaço, pode-se considerar dois tipos de espaço diferentes: o
espaço representado, isto é, aquele que é indicado no texto da peça (texto
dramático), e o espaço de representação (texto teatral), que é o local onde os
atores estão a representar.
✓ As personagens, que são as responsáveis pelo desenrolar da ação, são
reduzidas e delas depende a ação, uma vez que não há narrador.
A personagem principaldesempenha o papel de maior importância.
As personagens secundárias desempenham papéis de menor relevo.
Os figurantes, não desempenham qualquer papel específico, embora a sua
presença física seja importante para a compreensão da história (ação).
Conclusão
Ao logo do trabalho pode-se concluir que: quanto às implicações didático-pedagógicas,
cumpre ressaltar que o desenvolvimento da competência lexical do sujeito falante-
ouvinte requer, dentre outros aspectos, que o mesmo adquira um número razoável de
variantes diafásicas, ou seja, de parassinônimos pertencentes a universos de discurso
diferentes. Daí resultam: aumento do número de unidades memorizadas e disponíveis
para atualização; maior rigor nas oposições semêmicas e maior precisão do enfoque
semântico; maior habilidade na seleção das unidades léxicas, face à situação de
enunciação e de discurso; maior habilidade na manipulação das relações de
significação; maior habilidade na transposição de sentidos e no trânsito entre universos
de discurso (metalinguagem e transcodificação).
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Referência Bibliográficas
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atual. Psicologia: teoria e prática, São Paulo, 7(1), 21-33.
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