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Classificar o caso como uma potencial situação de enriquecimento sem causa, indicando
quem é o enriquecido e empobrecido;
EXEMPLO. Estamos perante uma potencial situação de enriquecimento sem causa, em que o
empobrecido é A e, por sua vez, B é o enriquecido.
O enriquecimento de uma pessoa deverá ter ocorrido à custa de outra pessoa. Diz-se que ao
enriquecimento de uma pessoa corresponderá o empobrecimento de outra, devendo haver, pois,
uma relação entre o enriquecimento e o empobrecimento. A fim de explicar essa mesma relação,
deve atender-se à teoria do conteúdo da destinação, ou seja, se houve vantagens/utilidades
destinadas à esfera do empobrecido (A) que foram desviadas para a esfera do enriquecido (B),
haverá um correlativo empobrecimento.
Sem causa justificativa: não pode existir nenhuma norma (princípio ou regra) que legitime a
manutenção do enriquecimento na esfera do enriquecido (A).
Requisitos:
Um elemento real consistente numa atribuição patrimonial que produza no recetor um
enriquecimento
Um elemento final, segundo o qual a atribuição tem de visar a realização de um fim específico
(o incremento de património alheio)
artigo 473º/2 CC
Hipótese de alguém realizar uma prestação “em vista de um efeito que não se verificou”
Esta modalidade não se encontra expressamente prevista no artigo 473º/1 MAS é reconduzível
a este preceito
Aqui, existe uma ingerência não autorizada no património alheio, verificando-se o desviar de
vantagens destinadas ao empobrecido, a favor do interventor.
Quanto a essas vantagens, estas até podem ser criadas pelo interventor, mas em área
destinada ao empobrecido, não sendo necessário verificar-se uma deslocação patrimonial
concreta, atendendo-se à teoria do conteúdo da destinação.
A teoria do conteúdo da destinação assenta na tese de que qualquer direito subjetivo absoluto
(direitos reais, de personalidade (…)) atribui ao seu titular a exclusividade do gozo e da fruição
da utilidade económica de um bem. Quando essa exclusividade é desrespeitada através da
intervenção de outrem no âmbito exclusivamente destinado à esfera do titular do direito,
permite a esse mesmo intentar uma ação de ESC.
Requisitos.
o dano
a ausência de causa que se reconduz à frustração da destinação atribuída pela Ordem jurídica
a determinados bens