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4° Grupamento de Bombeiros

Brasil Capital

TREINAMENTO
AUTO BOMBA
SUMÁRIO

Capítulo 1 – APRESENTAÇÃO
1.1 – Caminhão AB (Auto Bomba)
1.2 – Traje de Incêndio

Capítulo 2 – DESLOCAMENTO, EMBARQUE E DESEMBARQUE


2.1 – Deslocamento com a viatura
2.2 – Embarque e Desembarque rápido

Capítulo 3 – VERIFICAÇÃO DA CENA PRÉ COMBATE


3.1 – Verificação de riscos
3.2 – Definição de prioridades
3.3 – Remoções de vítimas em risco
3.4 – Isolamento da cena

Capítulo 4 – COMBATE
4.1 – Vazão e Pressão da água
4.2 – Combate a Incêndios
4.3 – Combate a Combustíveis Inflamáveis
4.4 – Combate a Explosões

Capítulo 5 – VERIFICAÇÃO DA CENA PÓS COMBATE


5.1 – Verificação de riscos ainda existentes

Capítulo 6 – REMOÇÃO E LIMPEZA DA CENA


6.1 – Remoções de destroços
6.2 – Remoções de veículos
Capítulo 1
APRESENTAÇÃO

1.1 - Caminhão AB (Auto Bomba)

O Caminhão AB é um veículo do tipo caminhão, equipado com cabine dupla, com capacidade para carregar
até 6 militares (4 na cabine, 2 nos suportes traseiros do caminhão).
Uma das partes mais importantes do veículo são o tanque, com capacidade de 1500 litros de água, e uma
bomba hidráulica Sheneider, equipada com um esguicho potente que possui grande capacidade de evasão,
tornando assim, uma viatura ágil para atendimento em operações de combate a incêndio.

A Teoria Geral de Bombas Hidráulicas (TGBH) traz um breve tratado sobre esse equipamento de suma
importância para a atividade fim dos Corpos de Bombeiros no Brasil Capital, uma classificação mais
restritiva quanto ao seu uso no combate a incêndio.
No caminhão disponibilizado pelo Brasil Capital, o controlador da bomba e do canhão de evasão de água é
o bombeiro que estiver na função de motorista da viatura.

O Manual Técnico de Bombas Sheneider, essas existentes na maioria dos veículos Auto Bomba, descreve
que bombas hidráulicas são máquinas operatrizes, isto é, máquinas que recebem energia potencial (força
motriz de um motor ou turbina), e transformam parte desta potência em energia cinética (movimento) e
energia de pressão (força), cedendo estas duas energias ao fluído bombeado, de forma a transportá-lo de
um ponto a outro.
Ressalta também, que o uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há necessidade de aumentar a
pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, à velocidade de escoamento, ou
ambas.

O Auto Bomba disponibilizado para os bombeiros do Brasil Capital são equipados com Bombas
Volumétricas, que possuem esse nome porque o fluído, de forma sucessiva, ocupa e desocupa espaços no
interior da bomba com volumes conhecidos, sendo que o movimento geral deste fluído dá-se na mesma
direção das forças a ele transmitidas, por isso a chamamos de deslocamento positivo.
1.1 – Traje de Incêndio

Trata-se da vestimenta obrigatória para combate a incêndios e explosões, pensada para oferecer uma
maior segurança a seus usuários. É o tipo de vestimenta que oferece proteção contra as substâncias
químicas que podem estar presentes nos locais de incêndio.

Uma das principais funções de uma roupa de combate a incêndio é proporcionar mais conforto e ajudar
no descolamento do bombeiro na hora da ação. Além disso, tem a função de oferecer uma boa
visibilidade, contendo partes que possam emitir luz e refletir na luz nos lugares com pouca ou sem
iluminação. Os revestimentos térmicos dessa roupa geralmente são finos, flexíveis e altamente respiráveis,
fornecendo a proteção superior que não afetará a mobilidade. 

Estas roupas são projetadas para oferecer proteção ao usuário, com relação ao calor e também as chamas,
mas vale lembrar que este produto possui uma proteção limitada e assim é preciso estar sempre atento.

Para garantir a eficiência desta roupa, é preciso que ela possua os seguintes itens:

 Faixa refletiva, assim será possível visualizar o bombeiro em locais escuros,


 Proteção contra umidade,
 Proteção térmica.
A roupa de combate de incêndio utilizada pelos bombeiros do Brasil Capital possui um alto número de TPP,
que significa Thermal Protective Performance (Desempenho de proteção térmica). A classificação do TPP
de um tecido ou composto refere-se às suas características de isolamento térmico quando protegem o
usuário do fogo, e é medido usando uma combinação de chamas e fontes de calor radiante com um fluxo
de calor.

Compondo a roupa de combate a incêndios para bombeiros os seguintes itens:

 Calça confeccionada em tecido Thermex EN-R, este com 75% meta-aramida, 23% para-aramida e
2% fibra antiestética, além da tecnologia Rip Stop (contra rasgos), barreira de umidade e barreira
térmica dupla
 Jaqueta também confeccionada em tecido Thermex EN-R, com as mesmas características acima,
 Casaco ¾ com fechamento com zíper e aba com velcro, bolso frontal porta rádio, bolsos laterais,
gola alta, faixa refletiva dupla nas cores amarelo e prata,
 Capacetes para bombeiros,
 Capuz Balaclava,
 Luvas,
 Botas,
 Entre diversos outros acessórios.

Dentro da cidade, os trajes podem ser equipados de forma simultânea, digitando o seguinte código no F8:

Masculino: jaqueta 314; calca 133; maos 176; sapatos 13; chapeu 138; oculos 26; blusa 151; mascara 52 2

Feminino: jaqueta 325;calca 126;blusa 187;chapeu 137;sapatos 24;mascara 52 2;maos 207 5


Capítulo 2
DESLOCAMENTO, EMBARQUE E DESEMBARQUE

2.1 – Deslocamento

O deslocamento para uma ocorrência de incêndio ou explosão, deve ser feito de forma imediata, com
todos os sinais sonoros e luminosos ligados, para outros motoristas terem melhor visão e abrir caminho
para o veículo.

O bombeiro empenhado na função de motorista, deve estar atento a todo momento, pois mesmo com
todos os sinais, ainda existe a possibilidade de um motorista desatento atrapalhar a condução da viatura.

2.2 – Embarque e Desembarque

O embarque para a saída de uma ocorrência deve ser feito da forma mais rápida possível. Antes de
embarcar na viatura, os bombeiros já deverão estar equipados totalmente com o traje de combate a
incêndio ministrado anteriormente.

Ao embarcar na viatura, eles deverão sempre colocar o cinto de segurança para sua própria proteção em
caso de acidente, seja na cabine ou no suporte traseiro do caminhão.

O desembarque dos bombeiros no QTH da ocorrência também deverá ser imediato, com uma maior
atenção voltada ao veículo estar totalmente imobilizado, para evitar acidentes entre os bombeiros.
Capítulo 3
VERIFICAÇÃO DA CENA PRÉ COMBATE

3.1 – Verificação de riscos


Ao chegar no QTH da ocorrência, a primeira coisa a realizar é a verificação dos riscos eminentes no local.
Portanto, um dos primeiros passos de um atendimento a combate a incêndios e explosões é o que
chamamos de 360 (Três Meia Zero).
Materiais inflamáveis, veículos destruídos, construções atingidas ou abaladas, e outros fatores que podem
apresentar perigo para a vítima e para os bombeiros deverão ser verificados, e toda a equipe deverá estar
ciente da situação e da existência deles.

3.2 – Definições de Prioridades


Após realizada a verificação primária de riscos, deverão ser definidas as prioridades de cada bombeiro.
Também deverão ser estabelecidas as funções e tarefas de cada um na ocorrência.

Lembrando: vítimas deverão ser a prioridade em todos os casos.

3.3 – Remoções de Vítimas em risco


Caso a vítima estar em um ambiente muito hostil, que apresente perigo iminente para a saúde dela, a
remoção da vítima do local poderá ser cogitada.
A remoção deverá ser feita por dois bombeiros equipados com o traje de combate a incêndio, que levarão
a vítima para um lugar em que ela se encontrará fora de perigo, para ser atendida por um paramédico.

3.4 – Isolamento da cena


Um ponto muito importante, principalmente em ocorrências de trânsito ou que envolvem ruas e rodovias,
é o isolamento e sinalização da cena.
Devem ser colocados sinalizações como cones e barreiras, e até mesmo viaturas para alertar outros
motoristas de que ali, existe uma cena perigosa. A utilização de veículos para sinalização e proteção
também é muito importante para evitar colisões e atropelamentos até mesmo da própria equipe.
Capítulo 4
COMBATE

4.1 – Vazão e Pressão da água

Conforme estudado anteriormente, o caminhão Auto Bomba é equipado com uma bomba hidráulica e com
um canhão de água, o que possibilita o melhor combate a incêndios. Porém, um detalhe deve ser
observado: A Vazão e a Pressão da água.

Por mais que a vazão e a pressão da água sejam mais do que suficientes para um bom combate, o
bombeiro controlador da bomba deve ficar atento a esses detalhes.

4.2 – Combate a Incêndios

O controle e a extinção de um incêndio requerem que os assuntos tratados neste manual, como a natureza física e
química do fogo, os dados sobre as fontes de calor, a composição e característica dos combustíveis e as condições
necessárias para a combustão sejam entendidos e relacionados entre si.

Muito embora os termos fogo, incêndio, queima e combustão sejam comumente tratados como se designassem a
mesma coisa, precisamos ter em mente que seus conceitos podem divergir.

A combustão é definida como sendo uma reação química exotérmica que se processa entre um combustível e um
comburente liberando luz e calor. Para que esta reação aconteça e se mantenha, são necessários quatro elementos:
o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia. Estes elementos são, didaticamente, simbolizados pelo
tetraedro do fogo.

O combate a incêndios dentro da cidade acontece geralmente em veículos, ou em postos de combustíveis.


4.3 – Combate a Combustíveis Inflamáveis

Entende-se como combustível toda substância capaz de queimar e propiciar a propagação do fogo. Os
combustíveis podem se apresentar em todos os estados da matéria: sólido, líquido e gasoso.

Combustíveis como a madeira, o papel, os tecidos, entre outros,


são conhecidos como combustíveis sólidos.

Combustíveis líquidos são classificados como combustíveis e


inflamáveis, dependendo do seu ponto de fulgor. Quando o seu
ponto de fulgor é inferior a 37,8°C, considera-se o líquido como
inflamável. Para pontos de fulgor superiores a esta temperatura,
considera-se o líquido como combustível. Os combustíveis
líquidos carregam consigo a particularidade de se queimarem
em superfície, ou seja, seus vapores formam, nas proximidades
da superfície do líquido, uma atmosfera propícia à combustão.

Combustíveis gasosos tem de se concentrar numa


mistura ideal para que se inflamem, e cada gás tem seus
próprios limites de inflamabilidade. Ainda sobre os gases
combustíveis, sempre há que se considerar que se o gás
é mais denso que o ar, tende a se acumular nos
contornos do terreno e, se ele é menos denso que o ar,
tende a dissipar-se e, portanto, oferecer um menor
potencial ofensivo.

4.4 – Combate a Explosões

Todas as ocorrências que envolvem algum tipo de


combustível, os bombeiros deverão ficar muito
atentos ao risco eminente de explosão. Por isso, o
combate a incêndio nesses casos deverá ser feito
rapidamente, e de forma segura, mantendo uma
distância de segurança.
Capítulo 5
VERIFICAÇÃO DA CENA PÓS COMBATE

5.1 – Verificação de riscos ainda existentes

Após o combate a incêndios ser finalizado, a equipe deverá fazer uma verificação da cena, para inibir a
existência de quaisquer riscos.
Deverão ser verificados se existe alguma possibilidade de incêndio, e caso houver, deverão ser extinguidas
imediatamente.

Capítulo 6
REMOÇÃO E LIMPEZA DA CENA

6.1 – Remoção de Destroços

Após o combate e a verificação pós cena, todos os destroços de incêndio deverão ser removidos, para que
a cena volte a ser segura a todos.
6.2 – Remoção de Veículos

Em ocorrências que envolvam veículos, os mesmos também deverão ser removidos do local.

A prioridade nesses casos é o acionamento de um mecânico, para que ele remova o veículo para a
garagem. Porém, em casos que a disponibilidade de mecânicos na cidade seja nula, os veículos deverão ser
arrastados para um local em que o tráfego de pessoas não seja comum, como por exemplo canteiros e
acostamentos de vias.

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