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Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma

Curso de farmácia 6° período

FABIANO SOUSA VITOR

EMERSOM BISMARCK DE SOUSA

Comissão de Farmácia e Terapêutica

SÃO LUÍS

MARÇO – 2011
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FABIANO SOUSA VITOR

EMERSOM BISMARCK DE SOUSA

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Trabalho apresentado à Professora,


Renata Monteiro, da disciplina de
Farmácia Hospitalar e Clínica, do 6°
período do curso de Farmácia.

SÃO LUÍS

MARÇO - 2011
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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO___________________________________4
2- Comissão de Farmácia e Terapêutica___________________5
3- Constituição______________________________________6
4- Funções__________________________________________7
5- Organização______________________________________8
6- Finalidades_______________________________________9
7- Regras da Comissão da Farmácia e Terapêutica___________10
7.1- Regras para a Padronização de medicamentos_________10
7.2- Regras para a inclusão de medicamentos_____________10
7.3- Regras para a exclusão de medicamentos_________________10
7.4- Regras para solicitação de medicamentos não padronizados_______11
8- Pesquisa de campo______________________________________12
9- Conclusão______________________________________13
10- Bibliografias_______________________________14
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1- Introdução
O presente trabalho foi elaborado, com o objetivo de mostrar, como é atribuída a
Comissão de Farmácia e Terapêutica na teoria, e como é administrada na prática.

A necessidade desse trabalho foi de informar a real situação dessa Comissão na


localidade de São Luís – MA. Explorando situações que possam manifestar experiências
de campo (atividade prática), com o intuito de absorver o conteúdo em questão.
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2- Comissões de Farmácia e Terapêutica - CFT

Todos os dias são lançadas novas tecnologias, que são declaradas melhores que outras já
disponíveis, sob os aspectos da eficácia, efetividade e segurança. Mas como ter certeza
de que estas informações são válidas para decidir sobre a incorporação de
medicamentos ao sistema de saúde?
A seleção dos medicamentos que farão parte das relações de medicamentos essenciais é
componente fundamental da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, a qual
possui como eixos norteadores a garantia de acesso e o uso racional de produtos
farmacêuticos.

Neste sentido, é imprescindível ao gestor de saúde que decide sobre a incorporação de


medicamentos ao sistema, que se utilize de mecanismos e instrumentos que possam
orientá-lo para esta tomada de decisão. A criação de uma Comissão de Farmácia e
Terapêutica - CFT é uma estratégia, que estabelece um instrumento (a CFT) para que o
gestor possa tomar decisões mais uniformes e segundo diretrizes estabelecidas.

A CFT é uma instância colegiada, de caráter consultivo e deliberativo, que tem por
finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema de saúde
nos três níveis de atenção, além de assessorar a gestão nas questões referentes a
medicamentos. É geralmente composta por profissionais de saúde com várias
formações, especialmente farmacêuticos, médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas.

Seu papel ultrapassa as fronteiras da seleção, estando muito ligado à educação e


promoção do uso racional de medicamentos. Por isso, recomenda-se que as Secretarias
de Saúde e serviços hospitalares não vinculados diretamente a elas, constituam
Comissões de Farmácia e Terapêutica.
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3- Constituição

A Comissão de Farmácia e Terapêutica será composta pelos seguintes membros – todos


vinculados a Fundação:

 Farmacêutico Hospitalar

 Farmacologista Clínico

 Epidemiologista Clínico

 Representante da Medicina Interna

 Representante da Pediatria

 Representante da Ginecologia e Obstetrícia

 Representante da Comissão de Controle de Infecção

 Representante da Área Cirúrgica

 Representante da Área de Enfermagem


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4- Funções

O CFT além da atividade de seleção de medicamentos e da elaboração do Formulário


Terapêutico deve atuar de forma permanente em diversas atividades, tais como:

a) Assessoramento técnico

“À Gerência de Assistência Farmacêutica;


" Definir critérios para o uso de medicamentos e produtos afins;
“Elaborar normas para prescrição, dispensação, medicamentos novos e de uso restrito,
visando disciplinar e harmonizar condutas terapêuticas, para racionalizar o uso de
medicamentos;
" Elaborar e incentivar a adoção de protocolos terapêuticos e diretrizes terapêuticas;
“Avaliar pedidos de inclusão e exclusão de medicamentos da relação de medicamentos
essenciais.

b) Investigação

“Promover a investigação sobre utilização de medicamentos e utilizar os resultados


como insumo para desenvolvimento de outras funções;
" Contribuir com as ações de farmacovigilância;
“Promover estudos de utilização de medicamentos (consumo, perfil de utilização,
reações adversas, impacto econômico etc).

c) Ações educativas

" Promover e participar de atividades de educação continuada da equipe de saúde sobre


uso racional de medicamentos;
" Desenvolver e apoiar ações que visem à promoção do uso racional de medicamentos;
" Elaborar e divulgar informações sobre os medicamentos para profissionais da saúde e
usuários, por meio da Internet, boletins eletrônicos e/ou outros meios.

 
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5- Organização

A Comissão de Farmácia e Terapêutica terá a seguinte organização interna:

I.    A Comissão deverá reunir-se mensalmente ou extraordinariamente, quando


necessário;
II.    A cada reunião realizada, deverá ser lavrada uma Ata;
III.    As decisões da Comissão deverão ser tomadas com a participação de
quorum representando metade mais um de seus membros;
IV.    A Diretora Técnica desempenhará a função de Coordenação da Comissão;
V.    Quando ocorrer o impedimento de qualquer dos membros titulares da
Comissão, o mesmo poderá ser substituído por qualquer suplente, tanto nas
Reuniões Ordinárias como naquelas Extraordinárias.

5.1-Compete ao Coordenador da Comissão de Farmácia e Terapêutica:

I.    Convocar e presidir as reuniões;


II.    Representar a Comissão perante a Administração da Fundação;
III.    Participar de ações visando à promoção do uso racional de medicamentos;
IV.    Participar do estabelecimento de normas para prescrição, dispensação,
administração, utilização de medicamentos e avaliação;
V.    Participar de estudos de custo-efetividade de medicamentos e outros produtos para
a saúde.

5.2-Compete ao Secretário Executivo da Comissão de Farmácia e Terapêutica:

I.    Fixar os dias das reuniões Ordinárias e convocar as Extraordinárias;


II.    Registrar em Atas as resoluções da Comissão;
III.    Receber e expedir a documentação da Comissão;
IV.    Encaminhar para arquivo adequado a documentação da Comissão.

5.3-Compete aos membros da Comissão da Comissão de Farmácia e Terapêutica:

I.    Comparecer às reuniões convocadas;


II.    Colaborar de forma integral com os trabalhos da Comissão de Farmácia e
Terapêutica;
III.    Participar da elaboração e divulgação da padronização de medicamentos, zelando
pelo seu cumprimento.
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6- Finalidades

Compete a Comissão de Farmácia e Terapêutica:

I.    Elaborar a Lista de Medicamentos Padronizados;


II.    Estabelecer critérios para a inclusão e exclusão de medicamentos nas
respectivas listas;
III.    Rever e atualizar a Lista de Medicamentos Padronizados;
IV.    Estudar medicamentos, sob ponto de vista clínico, biofarmacocinéticos e
químicos, emitindo parecer técnico sobre sua eficácia terapêutica, como critério
fundamental de escolha;
V.    Divulgar informações relacionadas a estudos clínicos correspondentes a
medicamentos incluídos e excluídos da padronização;
VI.    Servir como órgão assessor do Corpo Clínico e da Administração da
Instituição em assuntos relacionados tecnicamente com medicamentos e produtos
finais;
VII.    Elaborar o Formulário Terapêutico e as normas para sua aplicação, bem
como outros materiais informativos sobre o uso racional de medicamentos;
VIII.    Desenvolver e validar protocolos terapêuticos;
IX.    Redigir o Guia Farmacoterapêutico e mantê-lo atualizado;
X.    Prover informações sobre medicamentos e outros produtos para saúde,
suspeitos de envolvimento em eventos adversos;
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7- Regras da Comissão de Farmácia e Terapêutica

7.1-  Regras para a Padronização de Medicamentos:

I.    Padronizar somente medicamentos de valor terapêutico comprovado;


II.    Padronizar medicamentos pelo nome do princípio ativo básico, conforme a
denominação comum brasileira;
III.    Padronizar medicamentos resguardada a qualidade, levando em conta o menor
custo de aquisição, armazenamento, dispensação e controle;
IV.    Padronizar, resguardada a qualidade, medicamentos cujo custo de tratamento/dia e
custo do tratamento sejam menores;
V.    Padronizar preferencialmente, formas farmacêuticas que permitam a
individualização na distribuição;
VI.    Padronizar formas farmacêuticas, apresentações e dosagens, levando em
considerações: comodidade para administração aos pacientes, faixa estaria, facilidade
para cálculo da dose a ser administrada, facilidade de fracionamento ou multiplicação
das doses.

7.2- Regras para a inclusão de medicamentos:


   
    A inclusão de medicamentos poderá ser requisitada, porém a solicitação deverá vir
seguida das seguintes informações:

I.    Nome do princípio ativo;


II.    Apresentação, dose, posologia e indicação;
III.    Considerações sobre a ação farmacológicas, efeitos terapêuticos e uso clínico;
IV.    Justificativa do motivo da escolha do princípio ativo, capaz de evidenciar a sua
superioridade quando comparado com os medicamentos similares existentes na Lista de
Medicamentos Padronizados;
V.    Previsão de Consumo para um período esperado;
VI.    Anexar uma literatura científica que justifique a escolha;
VII.    Data e assinatura do responsável pela solicitação;
VIII.    Assinatura do Coordenador do serviço correspondente;
IX.    Encaminhamento à Farmácia.

O Anexo I refere-se ao formulário de Inclusão de medicamentos, todos os campos


devem ser devidamente preenchidos.

7.3- Regras para a exclusão de medicamentos:


   
A exclusa de medicamentos da Lista de Padronização deverá obedecer aos seguintes
critérios:

I.    Medicamentos que se mostrarem tóxicos e ou ineficazes;


II.    Medicamentos que poderão ser substituídos, com vantagens quando da inclusão de
outros, que em termos de facilidade de aplicação e de desempenho nas relações
benefício/risco e eficácia/custo.
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7.4- Regras para solicitação de medicamentos não padronizados:


   
    A aquisição de medicamentos não padronizados poderá ocorrer, em caráter
emergencial, para uso específico de um determinado paciente, desde que devidamente
justificado e encaminhado, por escrito, para o setor de Farmácia os seguintes
documentos: Receita médica em duas vias e Formulário de Solicitação de Não
Padronizado assinado pelo Coordenador do Serviço correspondente.
 
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8- Pesquisas de Campo

A pesquisa de campo foi realizada no hospital São Domingos com a orientação


do Dr. Claudio Carneiro, na qual ocupa da posição de Diretor Médico.
Foram feitas as seguintes perguntas sobre a Comissão de Farmácia e Terapêutica
aplicada nesse hospital.

1° Quais são os membros da CFT e sua importância:

 -Farmacêutico e Presidente da CFT – gerenciar e avaliar as ações dos


membros da comissão.

 -Médico clínico – tem a importância para as normas da prescrição de


medicamentos.

 -Médico intensivista – participação nos estudos de inclusão e uso de


medicamentos em unidades de terapia intensiva (UTI).

 -Médico anestesista – participação nos estudos de inclusão e uso de


medicamentos relacionados para cirurgias ou exames diagnósticos.

 -Médico representante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar


(CCIH).

 -Médico oncologista – participação nos estudos de inclusão e uso de


medicamentos relacionados ao tratamento curativo ou paleativo de neoplasias, a
quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.

 -Enfermeiro – participação nos estudos sobre métodos de administração dos


medicamentos selecionados pela CFT.

2° O que podemos destacar quando o assunto é as funções da CFT do São


Domingos?

 Elaborar uma lista de medicamentos de uso histórico e atual que são utilizados
pelo hospital.

 Incluir ou excluir medicamentos a essa lista com os critérios de eficácia e


eficiência terapêutica á custo acessível.

 Em caso de inclusão fazer o acompanhamento do uso do medicamento sendo


feito exclusivamente pelo farmacêutico.

 Orientar membros da comissão e profissionais sobre erros de medicação:

-Dispensação errada (farmacêutico)


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-Administração errada (enfermeiro)

3° Com que freqüência são realizadas as reuniões?

 No caso do São Domingos, em que a Coordenação ainda se encontra em estágio


inicial, as reuniões ocorrem uma vez por mês para suprir a demanda que se
acumulou durante a ausência do CFT. Deixando claro que o período entre as
reuniões é um fator variável que sempre será analisado pela própria CFT.

4° Existe um tempo de mandato dos membros e, se existe, é renovável?

 Só se necessário, pois existe uma carência de recursos humanos, já que os cargos


da Comissão são ocupados de forma voluntária.

5° Os registros de atividades da CFT são encaminhados a órgãos


competentes?

 Não necessariamente a órgãos fiscais, mas sim á empresas nacionais que


coletam dados de outros hospitais com finalidade de debater em congressos e
reuniões.
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9- Conclusão

-Concluímos que a Comissão de Farmácia e Terapêutica é um instrumento


fundamental para a seleção de medicamentos proporcionando uma grande
eficácia no tratamento das doenças.

-Em razão disso deveria ser, mas utilizados pelos hospitais públicos e privados.

-Além de ser implantada de forma mas dura nos hospitais, com a investigação
constante dos órgãos fiscais.
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10- Referências Bibliográficas


 http://www.santacasadefranca.com.br/fccmf/index. php?
option=com_content&task=view&id=239&Itemid=303

 http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto. cfm?idtxt=25662

  Modelo Sugerido Para Regimento Interno Da Comissão De Farmácia E Terapêutica /


Secretaria De Estado Da Saúde / Coordenadoria De Serviços De Saúde – Css /
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

 Agradecimento especial para o Dr. Glauco Klorn da Direção Administrativa do Hospital


São Domingos.

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