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APOSTILA

ANATOMIA II E ODONTOLÓGICA

- ANATOMIA II: SISTEMA NERVOSO, ENDÓCRINO E DIGESTÓRIO.


SISTEMA NERVOSO: É o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante
dos estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos capazes de
sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso
corpo. Ele pode ser dividido em duas porções:

SISTEMA NERVOSO CENTRAL SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


Receber e processar informações. Transmite informações motoras e
sensoriais entre o sistema nervoso
central e os tecidos do corpo periférico.
Encéfalo (crânio) e medula espinhal (coluna vertebral). Formado pelos nervos, gânglios e
terminações nervosas.
Nervos periféricos (espinhais, cranianos,
autonômicos).
→ ENCÉFALO: é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco Consiste em todos os nervos que são
encefálico. emitidos a partir do cérebro e
da medula espinhal (SNC).
→ CÉREBRO: constituído pelos hemisférios cerebrais Sistema nervoso autônomo (SNA) -
(telencéfalo e diencéfalo) A região mais externa do cérebro é parte involuntária que controla as
denominada de córtex cerebral, rico em corpos de neurônios em células cardíacas, lisas e glandulares.
razão de sua tonalidade, denominado de “substância cinzenta”. Consiste nas divisões simpáticas e
O córtex possui áreas sensoriais, motoras e associativas parassimpáticas.
(interpretação de sensações e elaboração de planos de ação). A
região mais interna, rica em dendritos e axônios, revestidos por Sistema nervoso somático (SNS) - parte
mielina, é a “substância branca”, que leva informações ao córtex voluntária que controla os músculos
e recebe dele instruções acerca do funcionamento do corpo. esqueléticos e o processamento da
sensação somática.
→ CEREBELO: coordena os movimentos e a postura corporal, Os nervos periféricos consiste em um
mantendo nosso equilíbrio e permitindo que façamos feixe de muitas fibras nervosas (axônios)
determinadas tarefas, como andar de bicicleta. Isso só é e revestimentos de tecido conjuntivo. Os
possível porque ele recebe diversas informações do encéfalo e neurônios que transportam
medula espinhal. informações para o SNC são neurônios
→ PONTE: auxilia em relação ao tônus muscular, postura e aferentes ou sensitivos (como toque,
equilíbrio. Além disso, controla a respiração e coordena a dor, temp.) e os que transmitem
movimentação do corpo, inclusive dos olhos e pescoço. informações do SNC para a periferia são
→ BULBO RAQUIDIANO: participa de processos vitais, como neurônios eferentes ou motores.
respiração, batimentos cardíacos e vasoconstrução. Os nervos cranianos são estruturas
→ MEDULA localiza-se nas vértebras, região onde elas são anatômicas da cabeça e do pescoço.
perfuradas. Ao contrário do cérebro e cerebelo. Recebe Originam de núcleos localizados no
primeiramente informações transmitidas pelas mais diferentes cérebro e divididos em 3 grupos com o
regiões do corpo. tipo de informação transportada pelas
suas fibras: sensitivos, motores e mistos.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e
a interpretação dos estímulos, considerado o centro de processamento de informações do nosso
corpo. Composto por a medula espinhal e o encéfalo. No sistema nervoso central tem as
substâncias branca e cinzenta. A substância branca corresponde axônios dos neurônios, e a cinzenta
corresponde aos corpos celulares. No encéfalo de uma maneira geral, com exceção do bulbo, a
substância cinzenta localiza-se mais externamente. Na medula, por sua vez, observa-se o contrário,
com a substância branca localizada mais internamente.
.O sistema nervoso central é protegido por ossos e membranas. O encéfalo, por exemplo, está
protegido pela caixa craniana, enquanto a medula espinhal está protegida pela coluna vertebral.
Tanto o encéfalo quanto a medula estão envolvidos por três membranas denominadas de meninges.
As meninges são:

Dura-máter: mais externa e também a mais fibrosa.
Aracnoide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Ela recebe essa denominação, pois, quando
vista ao microscópio, possui a aparência de uma teia de aranha. No espaço subaracnoide, é
encontrado líquido cefalorraquidiano, que também apresenta, entre outras funções, a função de
proteção.
Pia-máter: mais interna e altamente vascularizada.

MEDULA ESPINHAL:
A medula espinhal é uma estrutura em formato cilíndrico localizada no interior da coluna vertebral.
Nessa estrutura, a substância branca localizada mais externamente e a substância cinzenta central
formando a letra H.
A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo que se caracteriza por ser uma resposta
rápida e involuntária diante de algum estímulo (tirar a mão ao encostar em chapa quente). O ato
reflexo é constituído basicamente por 2 tipos de neurônios, um aferente e um eferente.

ENCÉFALO:
O encéfalo é localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. As principais estruturas
encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:

Tronco encefálico: formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo (audição, reflexos
visuais e movimento de tração). A ponte (ligação entre várias partes do cérebro). O bulbo (controle
de diversas funções, como batimentos cardíacos, respiração e deglutição).
Cerebelo: relacionado principalmente com a coordenação de movimentos e o equilíbrio do nosso
corpo.
Diencéfalo: constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo (garantir impulsos
sensitivos cheguem ao cérebro). O hipotálamo (várias funções, como regulação de água,
temperatura do corpo, controle da fome, entre outras e produzindo hormônios). O epitálamo inclui a
glândula pineal (produz melatonina).
Cérebro: porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida 2 porções: os hemisférios
esquerdo e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo caloso. O nosso cérebro
é responsável por garantir atividades motoras, memória, inteligência, emoção e razão.
NEURÔNIOS
O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido
denominado de tecido nervoso , possui como tipos
celulares os neurônios e as chamadas células da glia.
Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso
nervoso e apresentam como partes básicas o corpo celular.
Possuindo núcleo e 2 prolongamentos (axônios e dendritos)
Podem ser classificados em 2 grupos básicos: sensitivos ou
aferentes (levam impulsos para o sistema nervoso) e
motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes,
como músculos e glândulas).
O grupo de células da glia está relacionado com várias
funções, tais como nutrição e regulação do funcionamento
dos neurônios. Células ependimárias, astrócitos,
oligodendrócitos, microglia e células de Schwann são células
da glia.

Componentes do Neurônio
Dendritos São prolongamentos do neurônio que
garantem a recepção dos estímulos,
levando o impulso nervoso em direção ao
corpo celular. A maioria dos neurônios
apresenta grande qt. de dendritos.

Axônio Prolongamento que garante a condução


do impulso nervoso. Cada neurônio possui
apenas 1 axônio, o qual é o mais longo
que os dendritos. Envolvendo o axônio,
está um isolamento elétrico chamado
de bainha de mielina. Essa bainha é
formada por 2 tipos celulares:
oligodendrócitos (SNC) e células de
Schwann (SNP). Os locais onde há falha
nessa bainha são chamados de nódulos
de Ranvier.

Corpo celular Local do neurônio onde está presente o


núcleo, grande parte das organelas
celulares e de onde partem os
prolongamentos dessa célula.


SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
- O que é?

Garante a transmissão das informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso e deste para os músculos,
as glândulas e as células endócrinas. Os neurônios responsáveis por levar informação ao sistema nervoso
central são chamados aferentes, e aqueles que levam as instruções às estruturas, após o processamento do
estímulo no sistema nervoso central são chamados eferentes. O sistema nervoso periférico é constituído
pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos (fibras nervosas agrupadas em feixes), os gânglios
(acúmulos de neurônios que estão fora do sistema nervoso central). Os nervos espinhais são aqueles que se
projetam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se do encéfalo. Existem 31 pares de nervos espinhais
e 12 pares de nervos cranianos.

- Sistema nervoso autônomo:

Componente do sistema nervoso periférico que atua regulando algumas funções involuntárias do nosso corpo,
tais como ações desempenhadas pelos sistemas respiratório, digestório, endócrino e cardiovascular. Nele há as
divisões simpática e parassimpática, as quais geralmente apresentam ações antagônicas. A divisão simpática
garante, por exemplo, que o coração bata mais rápido em alguma situação de estresse, enquanto a
parassimpática faz com que o corpo relaxe após essa situação.


- RESUMO:

• O sistema nervoso garante que os estímulos sejam captados e interpretados, e que


respostas a esses estímulos sejam geradas.

• O sistema nervoso é constituído por tecido nervoso.

• O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e medula espinhal.

• O sistema nervoso periférico é formado pelos gânglios e nervos.

• O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões, a parassimpática e a simpática.


O cérebro humano é dividido em 2 hemisférios (direito e o esquerdo). O esquerdo é responsável pelas
funções de análise, organização, seriação, atenção auditiva, fluência verbal, regulação dos
comportamentos pela fala, praxias, raciocínio verbal, vocabulário, cálculo, leitura e escrita. É o
hemisfério dominante da linguagem e das funções psicolinguísticas. O direito é responsável pelas
funções de síntese, organização, processo emocional, atenção visual, memória visual de objetos e
figuras. O hemisfério direito processa os conteúdos não-verbais, como as experiências, as atividades de
vida diária, a imagem das orientações espaço-temporais e as atividades interpessoais. Os Lobos
Cerebrais são:

- LOBO FRONTAL: Fica na parte da frente do crânio, é responsável pelo planejamento de ações, bem
como o pensamento abstrato. Ainda nestes encontra-se o Córtex motor e o Córtex pré-frontal. O Córtex
motor está relacionado a motricidade voluntária. O Córtex pré-fontral esta relacionado com o
planejamento de comportamentos e pensamentos complexos, a atividade básica desta área cerebelar é
resultado de pensamentos e ações .

- LOBO OCCPITAL: Localizados na parte inferior do cérebro e processa estímulos visuais que decodificam
e classificam em cores, tamanhos, formas etc.

-LOBO TEMPORAL: Localizam próximo as orelhas e é responsável por processar estímulos auditivos que
permite reconhecer diferentes sons e sua origem.

-LOBO PARIENTAL: Estão na parte superior do cérebro, possibilitam a percepção de sensações como
tato, dor e calor. Por ser responsável em receber estímulos obtidos com o ambiente externo, representa
todas as áreas do corpo.

*CÉREBRO: recebe as informações e estímulos oferecidos externamente ao corpo humano. Através das informações o
cérebro decodifica e encaminha para uma área responsável que será entendida e é gerado um comportamento, que pode ser
mecânico ao corpo ou por reações físico-químicas neuronais que geram as memórias e condicionamentos.

SISTEMA ENDÓCRINO
- O que é?

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no
sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Essas glândulas secretam
diferentes hormônios que atuam em várias partes do organismo garantindo seu funcionamento adequado. Junto
com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo
de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

→ Hormônios:
Os hormônios são moléculas químicas produzidas pelas glândulas endócrinas que atuam como sinalizadores
químicos. Essas glândulas estão sempre próximas de vasos sanguíneos, os quais garantem que os hormônios
sejam secretados e sejam levados diluídos no plasma para várias partes do corpo. Dessa forma, é possível que um
hormônio atinja seu alvo mesmo que ele esteja distante de seu local de síntese. Os hormônios atuam em órgãos
e tecidos específicos (existem células com receptores que reconhecem essas moléculas, gerando uma
determinada resposta). Esse mecanismo é extremamente importante, uma vez que os hormônios circulam pela
corrente sanguínea e, se não houvesse especificidade, poderiam influenciar a atividade de outras células.
→ Glândulas Endócrinas:
As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: Hipófise, Tireóide Paratireóides,
Timo, Suprarrenais, Pâncreas e as Glândulas sexuais.


Glândula pineal Hipotálamo Hipófise Tireóide
Produz a melatonina Produz a ocitocina e Produz vários Produza tiroxina e tri-
que participa da o hormônio hormônios (folículo iodotironina que estão
regulação dos ritmos antidiurético, que estimulante, relacionadas com
biológicos. são liberados pela tireoestimulante processos metabólitos e
hipófise. luteinizante, da calcitonina que
adrenocorticotrófico, garante uma diminuição
prolactina e dos níveis de cálcio no
crescimento) sangue.
Paratireóides Timo Suprarrenais Pâncreas Sexuais
(4 glândulas) (entre (acima dos (glândula mista) (ovários e testículos)
pulmões) rins)
Produz Produz um Produz Produz São estimulados por
o paratormônio, hormônio que adrenalina, hormônios hormônios
hormônio que atua na defesa hormônio que (insulina, produzidos
regula a do organismo prepara o glucagon) e suco pela hipófise.Os
quantidade de do recém- corpo para a pancreático que é ovários (estrogênio e
cálcio e fósforo nascido contra ação. importante na a progesterona), os
no sangue. infecções. digestão. testículos (testostero
na

SISTEMA DIGESTÓRIO
- O que é?
É o sistema do corpo humano responsável por garantir o processamento do alimento que ingerimos, promovendo
a absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado pelo corpo. Esse
processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar , bem como pela
presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão.

- Órgãos:
Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o
intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são as glândulas salivares, o pâncreas e o
fígado. Os órgãos são responsáveis por garantir a ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos nutrientes e a
eliminação do que não é necessário para o corpo.


→ Boca
A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes promovem a digestão mecânica, garantindo que o
alimento seja rasgado, amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o alimento na boca sofre a ação
da saliva, a qual é secretada pelas glândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase, também conhecida
por ptialina, que promove o início da digestão dos carboidratos. A língua também é importante nessa etapa,
garantindo que o alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É a língua também que ajuda
na deglutição do bolo alimentar, empurrando-o em direção à faringe.


→ Faringe
Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se em direção à traquéia e ao esôfago. O bolo
alimentar segue da faringe para o esôfago.


→ Esôfago
É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o estômago. O bolo alimentar atinge o estômago
graças às contrações do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são chamadas de contrações
peristálticas.


→ Estômago
No estômago, o bolo alimentar transforma-se em quimo após ser misturado com o suco gástrico. O estômago é
o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo alimentar
sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças à atividade muscular do
órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo.


→ Intestino delgado
Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui três
segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e há
absorção de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão.

→ Intestino grosso
Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável pela absorção de água e formação da massa
fecal. Além disso, divide-se em ceco, cólon e reto.

- RESUMO: O sistema digestório atua no processamento do alimento, garantindo a absorção dos nutrientes
importantes para o corpo.
- O sistema digestório é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e
ânus. Fazem também parte desse sistema as seguintes glândulas acessórias: glândulas salivares, pâncreas e
fígado.

- A digestão inicia-se na boca, com a ação da saliva e dos dentes.

- O bolo alimentar segue para a faringe, para o esôfago e atinge o estômago, onde sofre a ação do suco gástrico
e transforma-se em quimo.

- O quimo chega ao intestino delgado e sofre a ação de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado,
pâncreas e fígado. No intestino delgado, ocorre grande absorção de nutrientes.

- No intestino grosso, há a formação das fezes, que são eliminadas para o meio externo pelo ânus.
- ANATOMIA ODONTOLÓGICA: ANATOMIA DENTAL (CABEÇA E PESCOÇO)

- O que é?
Os dentes são órgãos calcificados implantados nos alvéolos e gengivas de ambos os maxilares. Sua principal função
consiste em triturar e converter os alimentos em partículas diminutas que possam ser ingeridas e digeridas.
Auxiliam na formação das palavras e contribuem a dar expressão ao rosto.

- Dentições:

DENTIÇÃO DECÍDUA (criança) – 20 dentes DENTIÇÃO PERMANENTE (adulto) – 32 dentes
Incisivo Central Decíduo Incisivo Central Permanente
Incisivo Lateral Incisivo Lateral
Canino Canino
Primeiro Molar Primeiro Pré-Molar
Segundo Molar Segundo Pré-Molar
Primeiro Molar
Segundo Molar
Terceiro Molar

NOMES DOS DENTES


Incisivos: Dentes frontais afiados em forma
de cinzel (quatro superiores, quatro
inferiores) para cortar os alimentos.

Caninos: Dentes com pontas agudas
(cúspides) que rasgam os alimentos.

Pré-molares: Com duas pontas (cúspides) na
superfície para esmagar e moer os alimentos.

Molares: Para triturar os alimentos, estes
dentes possuem várias cúspides na superfície
de mordida.

- Odontogênese:

A odontogênese é o período em que os dentes são formados, dentro do osso: maxila e mandíbula. A dentição
decídua (de leite) é formada na gestação durante a fase embrionária do ser humano: o germe dental está dentro
do "saco dentário" (mandíbula e maxila) espécie de uma bolsa embrionário do dente, onde começa primeiro a
formação do esmalte do dente e já podemos ver o contorno da coroa do dente. O processo de desenvolvimento
dentário é contínuo e pode ser dividido em diversas fases: Fase de iniciação, Fase de broto dentário, Fase de capuz,
Fase de campânula e Fase de aposição e maturação. A dentição decídua desenvolve-se durante o período
embrionário e fetal, sendo que a dentição permanente é formada durante o período fetal.


- Primeira dentição:
A primeira dentição, ou dentição decídua é vulgarmente denominada “dentição de leite”, “dentição infantil” ou
“dentição temporária”. Desenvolve-se durante o período pré-natal e é constituída por 20 dentes que erupcionam
e mais tarde são perdidos, sendo substituídos pela dentição permanente constituída por 32 dentes. É formada na
gestação durante a fase embrionária do ser humano: o germe dental está dentro do "saco dentário" (mandíbula e
maxila) espécie de uma bolsa embrionário do dente, onde começa primeiro a formação do esmalte do dente e já
podemos ver o contorno da coroa do dente. Quando há o nascimento do bebê, esse germe dental está com a coroa
dental totalmente formada e então começa o desenvolvimento da raiz, ainda dentro do saco dentário. A raiz vai
desenvolvendo, o saco dentário dá origem ao periodonto de sustentação e o dente vai erupcionando ao mesmo
tempo em que se forma o osso alveolar, o osso alveolar existirá apenas se houver formação de dente. A raiz do
dente de leite é totalmente desenvolvida, quando o dente já está na boca, a mastigação é que estimula a erupção
dos dentes e o término do desenvolvimento da raiz. A raiz do dente de leiteé uma guia para o nascimento dos
dentes permanentes. Se o dente de leite (decíduo) não se desenvolver, o dente permanente também não se
desenvolverá (Agenesia).

- Dentição permanente:
Inicia-se no primeiro ano de vida da criança. Há o saco dentário (ou folículo), ele fica situado na mandíbula e na
maxila. Onde existem dentes de leite, o saco dentário fica situado ao redor do germe dentário do dente no total de
20 dentes e 20 sacos dentários de dentes decíduos e 32 de permanentes com o estímulo da mastigação, o processo
de desenvolvimento do dente permanente é igual ao de leite, quando inicia-se a formação da raiz, o dente de leite
fica mole porque o permanente vai nascendo, reabsorve a raiz do dente de leite ( é por esse motivo que o dente
de leite fica mole, a sua raiz vai sendo reabsorvida quando o dente permanente inicia o seu processo de
crescimento). As pessoas acham que o dente de leite não possui raiz, mas tem. Então com a queda do dente de
leite, o permanente já está com sua coroa totalmente formada, não há mais o saco dentário, e a raiz vai
terminando a sua formação, através do estímulo da mastigação. Os outros dentes permanente, no total de 8, que
não possuem os antecessores de leite, são os molares permanentes, eles também possuem o saco dentário ou
folículo dentário onde se realiza o desenvolvimento do dente. A erupção deles também é estimulada pela
mastigação. Cada grupo de dentes, tem sua fase de desenvolvimento. Em uma radiografia panorâmica, podemos
observar num paciente, várias fases de desenvolvimento (odontogênese)

- Anatomia dental:
Coroa: Parte superior do dente, geralmente é a única
parte visível. O formato da coroa determina a função do
dente.

Raiz: Parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que


mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou menos
dois terços do seu tamanho

Esmalte: A camada mais externa da superfície do dente. É


o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano,
mas pode ser danificado se os dentes não forem
higienizados adequadamente.

Dentina: Camada dentária situada abaixo do esmalte. Se


a cárie conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar
a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão
diretamente à polpa do dente.

Polpa: Tecido mole situado no centro do dente, onde se


encontram o nervo e os vasos sangüíneos. Quando a cárie
atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Linha de junção dos dentes e da gengiva: Sem a
escovação e uso adequado do fio dental, nesta área
podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e
outros males.

Cemento: É a camada delgada, de coloração


amarela, acelular e avascularizada que cobre a raiz
do dente. A função do cemento é proteger a raiz e
unir a mesma ao osso, através da inserção que se
dá neste cemento de várias microfibras de tecido
que são chamadas de ligamento periodontal.

- Localização dos dentes:
DENTE ARCADA SUPERIOR ARCADA INFERIOR
1 molar 6 anos 6 anos
Incisivo 7 a 8 anos 6 a 7 anos
central
Incisivo lateral 8 a 9 anos 7 a 8 anos
Caninos 9 - 11 11 a 12 anos 9 a 11 anos
1 pré molares 10 a 12 anos 9 a 11 anos
2 pré molares 10 a 12 anos 10 a 12 anos
2 molares 12 a 13 anos 11 a 12 anos
3 molares 17 a 30 anos 17 a 30 anos
(siso)

- Dentes sisos:

Dentes do siso são os últimos molares de cada lado dos maxilares. São também os últimos dentes a nascer,
geralmente entre os 16 e 20 anos de idade. Como os dentes do siso são os últimos dentes permanentes a aparecer,
geralmente não há espaço suficiente em sua boca para acomodá-los. Isto pode fazer com que os dentes do siso
fiquem inclusos - dentes presos embaixo do tecido gengival por outros dentes ou osso, ou podendo causar inchaço
ou dor. Os dentes do siso que erupcionam apenas parcialmente ou nascem mal posicionados também podem
causar apinhamento e outros problemas. Como os dentes antes dos 20 anos de idade têm raízes em menor
estágio de desenvolvimento, causam menos complicações ao serem removidos. Por isso, recomenda-se que as
pessoas entre 16 e 19 anos tenham seus dentes do siso examinados para verificar se precisam ser extraídos.

Como são extraídos os dentes do siso?

A extração se faz de forma rotineira. O dentista pode recomendar anestesia geral ou local. Após a extração do
dente (ou dentes) precisará morder suavemente um pedaço de gaze durante 30 a 45 minutos após deixar o
consultório, para estancar qualquer sangramento que possa ocorrer. Poderá sentir um pouco de dor ou inchaço,
mas que passará naturalmente após alguns dias; no entanto, você deverá ligar para seu dentista se houver dor
prolongada ou intensa, inchaço, sangramento ou febre. A extração dos dentes do siso devido ao apinhamento ou
fato de estarem inclusos no osso maxilar não afeta a sua mordida ou a sua saúde bucal no futuro.
- Classificação dos dentes:
A dentição é formada por dois grupos de dentes: anterior e posterior. Estes, por sua vez, estão divididos em dois
subgrupos: anteriores consiste em incisivos e caninos; posteriores é formado por pré-molares e molares.

Dentes anteriores:

- Incisivos: Situados na parte anterior das arcadas, têm a forma de pá ou cunha, com bordo cortante, formando o
primeiro grupo de dentes anteriores. São 8 dentes unilaterais e a sua função é cortar os alimentos graças ao seu
bordo incisal que é reto e fibroso. São os primeiros a entrar em contacto com os alimentos. Os incisivos centrais e
laterais têm uma única raiz.
- Caninos: Formam o segundo grupo de dentes anteriores. Existe um em cada quadrante. São dentes fortes e
poderosos, unirradiculares, e sua coroa tem forma de cúspide.

Dentes posteriores:
- Pré-molares: Constituem o primeiro grupo de dentes posteriores. São formados por 8 dentes, 2 em cada
quadrante. São unirradiculares ou multirradiculares, com face oclusal na sua coroa. Apresentam 2 ou 3 cúspides
(bicúspides ou tricúspides), aumentando a superfície mastigatória. São exclusivos da dentição do adulto,
desempenhando uma função estética de 40% e mastigatória de 60%. A sua principal função é iniciar a trituração
dos alimentos.
- Molares: Constituem o segundo grupo de dentes posteriores. São formados por 12 dentes, 3 de cada
quadrante. São multirradiculares, com face oclusal na coroa com 3, 4 ou mais cúspides. São os que têm a maior
superfície de mastigação. A sua função estética é de 10% e mastigatória de 90%.


- Sistemas de numeração dos dentes:
A nomenclatura FDI, desenvolvida oficialmente pela Federação Dentária Internacional, identifica cada peça da
dentição num odontograma que é uma representação gráfica de todos os dentes. É a forma mais habitual de
nomear os dentes. Consiste em dividir os 2 maxilares (superior e inferior) em 4 quadrantes a partir da linha central,
entre os incisivos centrais, no sentido da zona posterior.
O primeiro quadrante (1) é o da parte superior direita da nossa boca; o segundo (2), da superior esquerda; o
terceiro quadrante (3) corresponde à parte inferior esquerda; e o quarto (4) à inferior direita, na dentição
definitiva. Ou seja, numeramos no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio.


- Nomenclatura dentária universal:

Este método também é conhecido como nomenclatura norte-americana e, embora pouco utilizado, ainda há
odontologistas que o empregam. Este sistema enumera de forma consecutiva todas as peças dentárias, de 1 a
32, começando pelo quadrante superior direito. Neste caso, o número 1 seria utilizado para designar o terceiro
molar superior direito, enquanto o 16 seria o mesmo dente, mas da zona esquerda. Para os quadrantes inferiores,
começa-se a contar pelo número 17 para indicar o terceiro molar inferior esquerdo, até chegar ao número 32. No
caso dos dentes de leite, são utilizadas as letras do alfabeto, começando do “a” na mesma peça dentária
identificada com o 1.

- Nomenclatura por quadrantes de Palmer:

Este método é similar à primeira nomenclatura de que falámos, a da FDI, visto que cada peça dentária recebe um
número. No entanto, neste sistema não há um número para indicar o quadrante a que cada dente pertence.
Neste sistema, cada peça dentária recebe um número de 1 a 8 a partir do centro da boca, e é necessário
esclarecer a qual dos quadrantes pertence, além de ser superior ou inferior. Para os dentes de leite são utilizados
números romanos, de I a V, ou as primeiras letras do alfabeto, de “a” até “e”.

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