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Tema:
Resumo da cadeira de Máquinas Eléctricas I
- Electromagnetismo, Transformadores, Autotransformadores e Máquinas de Indução.
Discentes: Docentes:
IAVANO, Abudo Eng.o Martinho Gafur
MAGENGE, Anselmo
NEVES, Aquimo
Tema:
Resumo da cadeira de Máquinas Eléctricas I
- Electromagnetismo, Transformadores, Autotransformadores e Máquinas de Indução.
A energia eléctrica é a forma de energia mais utilizada do mundo porque ela é única forma de
energia cujo controlo, transporte e conversão em outras formas de energia são relativamente
fáceis. A engenharia eléctrica engloba a produção, transporte, distribuição e utilização de
energia eléctrica e as máquinas eléctricas são amplamente empregadas em todas áreas que
abrangem a engenharia eléctrica.
A energia mecânica pode ser convertida em energia eléctrica, e vice-versa, através das
máquinas eléctricas.
Uma máquina eléctrica é um dispositivo que pode converter tanto a energia mecânica em
energia eléctrica (gerador), a energia eléctrica em energia mecânica (motor), assim como
converter energia eléctrica CA de um nível de tensão em energia eléctrica CA de outro nível de
tensão (transformador).
Em muitos casos é encontrada a seguinte classificação para as máquinas eléctricas:
✓ Máquinas estáticas: transformadores;
✓ Máquinas rotativas: geradores e motores, que podem ser de corrente contínua ou de
corrente alternada.
Todas as máquinas – tanto as rotativas quanto as estáticas – funcionam segundo a lei de
Faraday de indução electromagnética e a lei de Lenz.
Nas máquinas rotativas, existe sempre uma parte fixa - estator - e uma parte móvel - rotor. Nos
geradores, o movimento de rotação do rotor provoca o aparecimento de uma f.e.m. no estator.
Nos motores, a aplicação de uma f.e.m. ao estator provoca o movimento de rotação do rotor.
Utilizam-se os termos indutores e induzido para representar a causa e o efeito, respectivamente,
de um gerador ou de um motor. No caso dos motores, o indutor é o estator, provocando uma
força de rotação induzida no rotor (sendo este o induzido).
Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos...................................................................................................................... 1
3. Transformadores ................................................................................................................. 19
4. Autotransformadores .......................................................................................................... 28
4.1. Classificação................................................................................................................ 28
6. Conclusão ........................................................................................................................... 49
7. Bibliografia ......................................................................................................................... 50
Lista de tabelas
Lista de figuras
CA – Corrente alternada
CC – Corrente Contínua
𝓕 - Força magnetomotriz
ℓ𝑒 – Comprimento do entreferro
ℜd - relutância de dispersão
ℜe - relutância do entreferro
ℜn - relutância no núcleo
𝑺𝒆 – Área do entreferro
SI – Sistema Internacional
𝑺𝒏 - Área do núcleo
1. INTRODUÇÃO
Actualmente, podemos considerar as máquinas eléctricas (motores, geradores e
transformadores) como parte integrante do nosso dia-a-dia. Para gerar energia, transportar e
distribuir ao consumidor torna se possível através das máquinas eléctricas e essas máquinas
podem ser estáticas ou rotativas, possuem um circuito magnético responsável pela geração e
transferência da energia. Do mesmo modo, as máquinas eléctricas usadas nas indústrias e nos
aparelhos electrodomésticos das residências utilizam também material magnético para formar
campos magnéticos que agem como meio para a transferência e conversão de energia.
1.1. Objectivos
2.1. Electromagnetismo
Materiais ferromagnéticos são utilizados para sua fabricação, pois possuem uma
permeabilidade magnética muito maior do que o ar ou o espaço vazio e, portanto, o campo
magnético tende a ficar confinado dentro do material, denominado núcleo. O chamado aço
eléctrico é um material cuja permeabilidade magnética é excepcionalmente alta e, portanto,
adequado para a fabricação de núcleos.
F = B. I. ℓ (Equação 2.1)
⃗F⃗ = I. ⃗⃗
ℓ × ⃗B⃗ (Equação 2.2)
Conforme se pode observar na figura 2.2b, a fora faz um ângulo recto com o condutor e o
campo. A lei de Ampere (definida pelas duas equações anteriores) que estabelece o
desenvolvimento de uma força na presença de um fluxo magnético, é a razão fundamental para
o funcionamento dos motores eléctricos.
⃗⃗. dS⃗⃗ = ∫ B
φ = ∫s B ⃗⃗. n
⃗⃗dS⃗⃗ (Equação 2.3)
s
sendo n
⃗⃗ o vector unitário para fora da área elementar dS da superfície conforme apresentado
na Figura 2.3
Um caso particular de grande interesse é dado pelas seguintes características: ⃗B⃗ é constante em
⃗⃗ é também perpendicular superfície da área dada por A.
magnitude e em qualquer lugar e B
Neste caso tem-se que:
φ
φ = B. A ⇒ B= (Equação 2.4)
A
Como no SI a unidade do fluxo magnético φ é o Weber (Wb), pode-se dizer que a unidade da
densidade de fluxo magnético no SI é também dada por Wb/m2
∮H ⃗⃗ = I
⃗⃗⃗. dℓ (Equação 2.5)
onde ⃗H
⃗⃗ é definido como Intensidade de Campo Magnético (unidade A/m) devido a corrente
⃗⃗⃗ ao
I. A análise desta equação nos permite dizer que a integral da componente tangencial de H
longo de um caminho fechado é igual corrente envolvida pelo caminho.
∮H ⃗⃗ = I. N = ℑ
⃗⃗⃗. dℓ (Equação 2.6)
Nesta equação 2.6, ℑ é conhecida como Força Magnetomotriz (fmm). Sua unidade deveria ser
amperes como a corrente eléctrica I. Entretanto como na maioria dos circuitos magnéticos
diversas espiras de uma bobina irão envolver o núcleo, ℑ será citado como tendo a unidade
Amperes Espiras ( l A), ou seja N possui uma unidade a dimensional denominada espira.
2.1.4. Permeabilidade
Define-se permeabilidade magnética (µ) de um dado material como a habilidade deste material
ser magnetizado ou a habilidade de conduzir linhas magnéticas de força em comparação com o
ar e o vácuo.
⃗B⃗ = μ. ⃗H
⃗⃗ (Equação 2.7)
B = μo . H (Equação 2.8)
onde o μo é definida como permeabilidade do espao livre, tendo o valor de 4. π. 10−7 H/m. A
permeabilidade dos materiais ferromagnéticos (Fe, Co, Ni, e suas ligas) é usualmente expressa
pela permeabilidade relativa (μR = μo /µ ) pois a permeabilidade destes materiais Ø da ordem
de 1010 ou mais vezes a permeabilidade do ar. Para os materiais usados em máquinas elétricas,
valores tpicos de µr estªo na faixa de 2000 a 6000.
Em relação permeabilidade do espao livre a lei circuital de ampŁre pode ser escrita da
seguinte maneira:
⃗B⃗ = μ. ⃗H
⃗⃗ = μR . μo . ⃗H
⃗⃗ (Equação 2.9)
Em relação à permeabilidade do espaço livre a lei circuital de ampére pode ser escrita da
seguinte maneira:
∮𝐻 ⃗⃗ = 𝜇𝑜 . 𝐼
⃗⃗ . 𝑑ℓ (Equação 2.10)
Se um campo magnético externo for aplicado amostra, haverá uma tendência para os
minúsculos mãs alinharem-se com o campo magnético aplicado ou polarizarem-se exatamente
como uma agulha magnética tende a alinhar-se com o campo da terra. Para valores baixos de H
(região 1) os domnios aproximadamente alinhados com o campo aplicado crescem em
detrimento dos domnios adjacentes e menos favoravelmente alinhados em uma transformação
elástica reversivel. Isto resulta em um aumento na densidade de fluxo B.
∆𝐵
Podemos obter, através de uma aproximação linear o valor de 𝜇 = ∆𝐻 para um ponto (bico) da
curva de histerese.
∆𝐵 ∆𝐵 ∆𝐵
𝜇1 = ∆𝐻1 𝜇6 = ∆𝐻 6 𝜇7 = ∆𝐻7
1 61 7
As curvas B x H dos materiais magnéticos são indispensáveis nos cálculos e projectos com
estes componentes, sendo normalmente fornecidas pelos fabricantes como parte de suas
especificações.
A figura 2.7 apresenta curvas de indução de alguns materiais e nela pode-se identificar as
principais regiões de trabalho.
Observando-se as curvas de indução, pode-se notar que a mesma é sempre constituída de duas
parcelas Bo + Bi , com:
Onde:
𝑙
ℜ = 𝜇.𝐴 (Equação 2.13)
i φ
E NI R
R
Sn = a x b (Equação 2.14)
𝑆𝑒 = (𝑎 + ℓ𝑒 ) × (𝑏 + ℓ𝑒 ) (Equação 2.15)
Onde:
Onde:
ℜe : relutância do entreferro.
Por exemplo num motor, chama-se entreferro ao espaço entre o rotor e o estator. Num indutor
com núcleo ferromagnético, chama-se entreferro ao espaço entre os enrolamentos e o núcleo.
Apesar de ser inevitável, o entreferro nem sempre é uma característica parasita dos circuitos
ferromagnéticos. Por exemplo, num inductor, o aumento do entreferro evita a saturação do
núcleo, e diminui o efeito de Histerese magnética. Por outro lado, diminui a permeabilidade
magnética (tipicamente para gases, uma vez que depende da substância que preenche o
entreferro).
𝑑𝜑
ℯ = 𝑁 𝑑𝑡 = 𝑁𝑤𝜑𝑚 𝑐𝑜𝑠 𝑤𝑡 (Equação 2.17)
𝐸𝑒𝑓
𝐸𝑒𝑓 = 4,44. 𝑁. 𝑓. 𝜑𝑚 ⇒ 𝜑𝑚 =
4,44. 𝑁, 𝑓
𝑑𝑖
Pela definição de indutância, a tensão em seus terminais é dada por 𝐿 𝑑𝑡 que combinando com a
𝑑𝑖 𝑑𝜑 𝑑𝜙
Lei de Faraday fornece: ℯ = 𝐿 𝑑𝑡 = N , resultando em: L=N 𝑑𝑖
𝑑𝑡
Perdas no Núcleo
Quando um material ferromagnético fica sujeito a uma força magnetomotriz variável, e esta
fora é aumentada até um valor máximo (produzindo uma densidade máxima de campo
magnético Bm), quando esta fmm é reduzida, nem toda energia do campo magnético é
devolvida ao circuito. Parte dela é dissipada no núcleo.
A histerese pode ser avaliada pela fórmula empírica de Steinmetz em Watts. Quando uma
amostra é submetida a uma tensão alternada tem-se:
𝑃𝑛 = 10−7 . 𝜇. 𝐵𝑚
𝑛
. 𝑓 [𝑊] (Equação 2.18)
Onde:
µ: coeficiente de Steinmetz = 0,003 para núcleo de Fe com pouco silício 0,001 para núcleo de
chapas de aço silício Bm: valor máximo de indução em Gauss n: 1,6 para Bm < 104 Gauss e 2
para Bm > 104 Gauss f: frequência da rede (Hz) V: volume do núcleo (cm3) Um detalhe
interessante é que assim como uma tira metálica se aquece quando é repetidamente flexionada,
o material magnético se aquece quando é ciclicamente magnetizado.
𝑃𝑒 = 𝐾𝑒 . 𝑓 2 . 𝐵𝑚
2
(Equação 2.19)
𝑒2
𝐾𝑒 ≅ 𝐾. (Equação 2.20)
𝜌
ρ: resistividade do material
3.1.1. Definição
Transformador é um aparelho estático que transporta energia eléctrica, por indução
electromagnética, do primário (entrada) para o secundário (saída), os valores da tensão e da
corrente são alterados, porém, a potência, no caso do transformador ideal, e a frequência se
mantêm inalterados (Eurico G. de Castro Neves, 2013, Pág. 80)
1. Quanto ao tipo
2. Quanto à finalidade
✓ Transformador de potência;
✓ Transformador de força;
✓ Transformador de distribuição.
✓ Transformadores de instrumentos ou medida.
𝑉1 𝑁 𝐼
= 𝑁1 = 𝐼2 = 𝑎 (Equação 3.1)
𝑉2 2 1
Onde
𝑉2
Impedância da carga: 𝑍𝑙 = (Equação 3.2)
𝐼2
𝑉1
Impedância da entrada do circuito: 𝑍1 = = 𝑎2 𝑍𝑙 (Equação 3.3)
𝐼1
Figure 3-4-Modelo aproximado do circuito Referido ao lado primário e ao lado secundário de um transformador.
Fonte: (Chapman, 2013)
𝑅𝑝
Resistência equivalente do Secundário: 𝑅𝑒𝑞,𝑆 = − 𝑅𝑠 (Equação 3.6)
𝑎2
𝑋𝑝
Reactância equivalente do Secundário: 𝑋𝑒𝑞,𝑆 = − 𝑋𝑠 (Equação 3.7)
𝑎2
1
A condutância da resistência de perdas no núcleo: 𝐺𝑐 = 𝑅 (Equação 3.8)
𝑐
1 1
Admitância total de excitação: 𝑌𝐸 = 𝐺𝑐 − 𝐵𝑀 = 𝑅 − 𝑋 (Equação 3.10)
𝑐 𝑀
Ivz
O módulo da admitância de excitação: |YE | = (Equação 3.11)
Vvz
Pvz
O factor de potência (FP): FP = V (Equação 3.12)
vz Ivz
Vcc
O módulo das impedâncias em série referidas ao lado primário: |ZEE | = (Equação 3.13)
Icc
Pcc
O factor de potência da corrente: FP = V (Equação 3.14)
cc Icc
𝐕𝐩
𝐕𝐒,𝐕𝐙 −𝐕𝐒,𝐏𝐂 −𝐕𝐒,𝐏𝐂
𝐚
𝐑𝐓 = ∗ 𝟏𝟎𝟎% == ∗ 𝟏𝟎𝟎% (Equação 3.15)
𝐕𝐒,𝐏𝐂 𝐕𝐒,𝐏𝐂
𝐕𝐩
= 𝐕𝐒 + 𝐈𝐒 (𝐑 𝐞𝐪. + 𝐣𝐗 𝐞𝐪. ) (Equação 3.16)
𝐚
Figure 4-1-Autotransformador
4.1. Classificação
Da mesma forma que corre com os transformadores convencionais podem ser
autotransformadores podem ser abaixadores ou elevadores.
Tabela 2: Equacionamento
Desvantagens
✓ Corrente de curto-circuito mais elevada;
✓ Existência de conexão eléctrica entre os enrolamentos de maior e menor tensão
✓ Perda de isolamento entre os circuitos primário e secundário;
✓ Não permite certas conexões trifásicas;
✓ Maiores correntes de falta, devido a reduzida impedância série
Os motores de indução de rotor bobinado são de custo maior que o dos motores de indução de
gaiola de esquilo. Eles exigem muito mais manutenção devido ao desgaste associado a suas
escovas e anéis deslizantes. Como resultado, os motores de indução de enrolamento bobinado
raramente são usados.
Se a bobina rodar em sincronismo com o campo girante, o fluxo criado pelo campo girante que
a travessa é constante, a corrente ir anula-se, deixa de existir o binário actuante e a bobina
tende a parar. Mas ao reduzir a velocidade, o fluxo através da bobina deixa de ser constante e
reaparece um binário actuante não nulo. Percebe-se assim que a bobina só se mantém em
O campo magnético no rotor na máquina eléctrica é induzido pelo campo magnético (girante)
criado pelas correntes do estator (bobinas 𝐿1 e 𝐿2) e a máquina designasse por máquina
eléctrica de indução ou máquina assíncrona porque o rotor não roda em sincronismo com o
campo girante das correntes do estator.
Este campo, ao atravessar o rotor, provoca uma variação de fluxo nos condutores da gaiola de
esquilo ou do rotor bloqueado, gerando-se, de acordo com a lei de Faraday, uma força
eléctromotriz induzida nesses condutores.
Como os condutores do rotor, estão em circuito fechado, os mesmos são percorridos por
correntes induzidas. Estas correntes induzidas, de acordo com a lei de Lenz, têm um sentido tal
que, pelas suas acções magnéticas, tende a opor-se a causa que lhes deu a origem.
Fonte. A. Francisco p. 4
As tensões induzidas no enrolamentos do rotor são igualmente tensões senoidais, as quais por
sua vez fazem com que correntes senoidais circulem nos enrolamentos do rotor, criando um
campo de reacção semelhante ao campo criado pelo estator, mas defasado em relação a este. A
força de atração dos campos do estator e do rotor faz com que surja um torque no eixo do rotor
e o mesmo gire.
As bobinas do estator estão dispostas de tal forma, que o campo magnético criado gira ao longo
do estator. A velocidade de rotação do campo girante é constante e é denominada velocidade
de sincronismo. Se o rotor girasse em sincronismo com o campo, a sua velocidade seria:
120𝑓
𝑛= [𝑟𝑝𝑚] (Equação 5.2)
𝑝
𝑛𝑠 −𝑛𝑚
𝑠= 𝑥100% (Equação 5.3)
𝑛𝑠
Essa equação também pode ser expressa em termos da velocidade angular 𝜔 (radianos por
segundo) como
𝜔𝑠 −𝜔𝑚
𝑠= 𝑥100% (Equação 5.4)
𝜔𝑠
Se o rotor estiver girando na velocidade síncrona, então 𝑠 = 0, ao passo que, se o rotor estiver
estacionário, então 𝑠 = 1.
𝑓𝑟 = 𝑠𝑓 (Equação 5.6)
Assim, em relação ao estator, a velocidade da onda de fluxo produzida pelas correntes do rotor
é a soma dessas duas velocidades sendo igual a da equação 5.7, as correntes do rotor produzem
uma onda de fluxo no entreferro que gira na velocidade síncrona e, portanto, em sincronismo
com a onda produzida pelas correntes do estator. Como os campos do estator e do rotor giram
sincronicamente cada um, eles estão estacionárias entre si, produzindo um conjugado constante
que assim mantém a rotação do rotor. Esse conjugado, que existe em qualquer velocidade
mecânica 𝑛 do rotor que seja diferente da velocidade síncrona, é chamado de conjugado
assíncrono.
onde K é constante e 𝜃𝑟 é o ângulo que indica de quanto a onda de fmm do rotor está adiantada
em relação à onda resultante de fmm no entreferro.
A corrente do rotor é igual ao negativo da tensão induzida pelo fluxo de entreferro dividida
pela impedância do rotor, ambas na frequência de escorregamento. O sinal negativo é
necessário porque a corrente induzida no rotor tem o sentido que desmagnetiza o fluxo de
entreferro, ao passo que a corrente do rotor tem o sentido de magnetização do entreferro.
Figure 5-5-Modelo de transformador para um motor de indução, com rotor e estator conectados por meio de um
transformador ideal com relação de espiras
Fonte. S. Chapam p. 316
A troca de energia entre o estator e o rotor de uma maquia de indução realiza-se através do
entreferro. O campo magnético girante criado no estator induz um campo girante no rotor que
se opõe ao primeiro.
O circuito que representa o estator da máquina assíncrona é exactamente igual ao usado para
representar o primário de um transformador. Considerando que o rotor tem o mesmo número
de fases e de pólos que o estator, o circuito equivalente dum dos circuitos do rotor será
acrescentado ao circuito da figura 5.7, sendo alimentado com a tensão V2.
O circuito equivalente da figura 5.7 pode ser usado para determinar uma ampla variedade de
características de desempenho das máquinas de indução.
𝑇 = −𝐾𝐼𝑟 𝑠𝑖𝑛𝜃𝑟
1−𝑠
𝑍̅2 = 𝑅2 + 𝑅2 𝑠 + 𝑗𝑋2 (Equação 5.11)
Quanta maior a velocidade de um motor de indução, maiores serão as perdas por atrito,
ventilação e suplementares. Por outro lado, quanto maior for a velocidade do motor (até 𝑛𝑠 ),
menores serão suas perdas no núcleo. Portanto, essas três perdas são algumas vezes
combinadas e denominadas perdas rotacionais. As perdas rotacionais totais de um motor são
frequentemente consideradas constantes com a velocidade variável, porque as diversas perdas
variam em sentidos opostos com mudança de velocidade.
1−𝑠
𝑃𝑚 = 𝑛𝐼22 𝑅2 (Equação 5.12 )
𝑠
𝑉
𝐼1 = 𝑍 ∅ (Equação 5.13)
𝑒𝑞
em que
1
𝑍𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑗𝑋1 + 1 (Equação 5.14)
𝐺𝑐 −𝑗𝐵𝑀 +𝑅
2 +𝑗𝑋
𝑠 2
𝑅2
𝑃𝐸𝐹 = 3𝐼22 (Equação 5.18)
𝑠
Como a potência não se altera quando é referida de um lado para outro em um transformador
ideal, as perdas no cobre do rotor também podem ser expressas com
Depois que as perdas no cobre do estator, no núcleo e no cobre do rotor são subtraídas da
potência de entrada do motor, a potência restante é convertida da forma eléctrica para a
mecânica. Essa potência convertida, algumas vezes denominada potência mecânica
desenvolvida, é dada por
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑃𝐸𝐹 − 𝑃𝑃𝐶𝑅 ; 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑃𝐸𝐹 − 𝑠𝑃𝐸𝐹 ; 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣 = (1 − 𝑠)𝑃𝐴𝐺 (Equação 5.21)
O conjugado induzido 𝜏𝑖𝑛𝑑 de uma máquina foi definido como o conjugado gerado pela
conversão interna de potência eléctrica em mecânica. Esse conjugado difere do conjugado
realmente disponível nos terminais do motor em um valor igual aos conjugados de atrito e
ventilação da máquina. O conjugado induzido é dado pela equação
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣
𝜏𝑖𝑛𝑑 = (Equação 5.23)
𝜔𝑚
(1−𝑠)𝑃𝐸𝐹 𝑃𝐸𝐹
𝜏𝑖𝑛𝑑 = 𝜏𝑖𝑛𝑑 = (Equação 5.24)
(1−𝑠)𝜔𝑠 𝜔𝑠
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎
𝜂=𝑃 𝑥100% (Equação 5.25)
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑅2 (um valor bem pequeno). Como os valores de 𝑅2 e 𝑋2 são muito baixos, quase toda a
corrente de entrada circulará através delas, em vez de fluir através da reatância de
magnetização 𝑋𝑀 , que é muito maior. Portanto, o circuito nessas condições assemelha-se a
uma combinação em série de 𝑅1 , 𝑋1 , 𝑅2 𝑒 𝑋2 .
Figure 5-11-Ensaio de rotor bloqueado para um motor de indução: (a) circuito de teste
. Fonte. S. Chapman p. 384
Assim sendo, o grupo conclui dizendo que, a cadeira de máquinas eléctricas 1 contribuiu
bastante com conhecimentos referentes a nossa área em que estamos sendo formados.