energynst.com.br/artigos-2/dispositivo-residual-dr/
Conceito
Princípio de funcionamento
Primeiro, faz-se com que o condutor fase e o condutor neutro passem por dentro do
transformador toroidal. Em condições normais de funcionamento, a corrente que passa
na fase e no neutro são iguais, mas fluem em sentido contrário, fazendo assim com que
seus campos magnéticos se anulem (figura 1).
Quando ocorre uma fuga à terra, a corrente que deveria passar no neutro passa a escoar
pela terra (no caso de um choque elétrico, isso se dá através do corpo humano), fazendo
com que haja uma diferença nas corrente entre fase e neutro. Com isso, os campos
magnéticos deixam de se anular e, sensível a esse campo, o transformador toroidal ativa
o disparador eletromagnético que interrompe passagem de corrente elétrica abrindo o
circuito (figura 2).
1/6
Fonte: Siemens
Vídeo Dispositivo
DR
Características
de dispositivos
DR
Interruptor DR
O Interruptor DR é
um dispositivo de
seccionamento
mecânico
destinado a
provocar a
abertura dos
próprios contatos quando ocorrer uma corrente de fuga à terra. O circuito protegido por
este dispositivo necessita ainda de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito que
pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o Dispositivo
DR.
Disjuntor DR
Módulos DR
Tipos de dispositivos DR
Tipo AC
Tipo A
2/6
Detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes. Este tipo de dispositivo é
aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a forma de onda
senoidal.
Tipo B
Detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e contínuas puras; este tipo
de dispositivo é aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente trifásicos que
possuam, em sua forma de onda, partes senoidais, meia-onda ou ainda formas de ondas
de corrente contínua, geradas por cargas como: equipamentos eletromédicos, entre
outros.
Notas:
3/6
4. Quando o risco de desligamento de congeladores por atuação intempestiva da
proteção, associado à hipótese de ausência prolongada de pessoas, significar
perdas e/ou conseqüências sanitárias relevantes, recomenda-se que as tomadas
de corrente previstas para a alimentação de tais equipamentos sejam protegidas
por dispositivo DR com característica de alta imunidade a perturbações transitórias,
que o próprio circuito de alimentação do congelador seja, sempre que possível,
independente e que, caso exista outro dispositivo DR a montante do de alta
imunidade, seja garantida seletividade entre os dispositivos. Alternativamente, ao
invés de dispositivo DR, a tomada destinada ao congelador pode ser protegida por
separação elétrica individual, recomendando-se que também aí o circuito seja
independente e que caso haja dispositivo DR a montante, este seja de um tipo
imune a perturbações transitórias.
5. A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente, por ponto de utilização
ou por circuito ou por grupo de circuitos.
Quando o DR for sensibilizado o neutro não pode ser condutor do tipo PEN (neutro +
terra), pois se for o mesmo condutor, a corrente de fuga irá passar pelo condutor neutro
que acumula a função de proteção e neutro e o DR não conseguirá “enxergar” essa fuga,
pois estará passando a corrente de falta por esse condutor PEN e conseqüentemente as
somas vetoriais das correntes serão praticamente nulas, não sensibilizando o DR.
No capítulo 5 da NBR 5410, no item 5.1.2.2.4.2, esquema TN, letra f, diz claramente que
não se pode utilizar DR com o sistema de aterramento TN-C.
“f) não se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a função de seccionamento
automático visando proteção contra choques elétricos seja atribuída aos dispositivos
DR”.
NOTAS
1 Para tornar possível o uso do dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser convertido,
imediatamente a montante do ponto de instalação do dispositivo, em esquema TN-C-S.
Isto é: o condutor PEN deve ser desmembrado em dois condutores distintos para as
funções de neutro e de PE, sendo esta separação feita do lado fonte do dispositivo DR,
passando então o condutor neutro internamente e o condutor PE externamente ao
dispositivo.
4/6
compatível com a corrente de atuação do dispositivo. Neste caso, porém, o circuito
assim protegido deve ser então considerado como conforme o esquema TT, aplicando-se
as prescrições do item 5.1.2.2.4.3 da NBR 5410.
5/6
2) O botão de teste T possibilita a verificação do correto funcionamento e instalação do
dispositivo DR, gerando uma corrente de fuga interna entre dois terminais de conexão
(acionar semestralmente, pois é a garantia de funcionamento do Dispositivo DR).
Portanto, em redes bifásicas ou trifásicas (L1+L2+N ou L1+L2+L3 sem N), verifique o
diagrama no frontal do dispositivo DR para proporcionar a correta energização dos
terminais utilizados por este teste. No exemplo foi interligado o terminal de conexão 3 ao
terminal de conexão N para permitir a operação do botão de teste.
6/6