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Aula 07/07/2004
Tomada de decisões:
Queda de tensão:
- manter-se nos níveis aceitáveis pelos órgãos reguladores (ANEEL, Arce, Arpe, etc)
- novos projetos: raio de ação do alimentador novo
- redes existentes: capacidade de extensão da rede
- reforma de redes: substituição de cabos, instalação de reguladores de tensão
- os métodos utilizados nos sistemas de transmissão não são adequados aos sistemas de
distribuição
- devem ser concebidos métodos específicos que explorem as características dos sistemas
de distribuição:
V1 ∠ δ1 V2 ∠ δ2
δ = δ 1 − δ 2 (abertura angular)
transmissão: δ ≅ 30º
distribuição: δ ≅ 2º
1
RELAÇÃO ENTRE AS TENSÕES NOS EXTREMOS DO ALIMENTADOR
R X I
0 1
V0 St
V1
cosφ
(a)
V0
ZI
δ θ-φ XI
φ V1 φ
RI
I
(b)
Z = (r + jx).l = R + jX
Z = Z ∠θ = Z cosθ + jZ senθ
X
em que: Z = R 2 + X 2 e θ = arctg
R
em que:
2
De acordo com o diagrama fasorial da figura 1.b, os fasores das tensões nos extremos
do alimentador se relacionam da seguinte forma:
V0 = V1 + ZI (1)
V0 cosδ + jV0 senδ = V1 + ZI [(cosθ cosφ +senθ senφ)+ j (senθ cosφ - senφ cosθ)]
A equação (2) pode ser representada por duas equações, igualando-se as partes reais e
imaginárias:
St
V0 cosδ = V1 + Z cos(θ -φ) (4.1)
V1
St
V0 senδ = Z sen(θ -φ) (4.2)
V1
2
S
i) [V0 cos δ ] 2
= V1 + Z t cos(θ − φ )
V1
S t2
V cos δ = V + 2ZS t cos(θ − φ ) + Z
0
2 2
1
2
2
cos 2 (θ − φ )
2
(5.1)
V1
2
S
ii) [V0senδ ] 2
= Z t sen (θ − φ )
V1
S t2
V02 sen 2δ = Z 2 2
sen 2 (θ − φ ) (5.2)
V1
3
(5.1) + (5.2):
=1 =1
[ ] S2
V02 cos 2 δ + sen 2δ = V12 + 2ZS t cos(θ − φ ) + Z 2 t2 cos 2 (θ − φ ) + sen 2 (θ − φ )[ ]
V1
2
S
V02 = V12 + Z 2 t2 + 2ZS t cos(θ − φ ) (6)
V1
A equação (6) acima relaciona as tensões nos extremos do alimentador através dos
parâmetros Z, θ, St e φ, sendo a tensão no início do alimentador conhecida ou especificada.
Pode-se perceber, pela relação apresentada, que a queda de tensão em um alimentador
depende da impedância própria do condutor (Z, θ) e da carga instalada (St, φ), assim, para
dois alimentadores iguais (mesma impedância, mesmo comprimento), as tensões nos seus
extremos serão diferentes se suas cargas instaladas forem diferentes.
Solução exata:
A equação (6) pode ser modificada para expressar a tensão na variável V1 da seguinte
forma:
S t2
V02 = V12 + Z 2 + 2 ZS t cos(θ − φ ) ⋅ V12
V12
S t2 2
V02V12 = (V12 ) + Z 2 V + 2ZS t V12 cos(θ − φ )
2
2 1
V1
(V ) + Z S + 2ZS V
1
2 2 2
t
2
t 1
2
cos(θ − φ ) − V02V12 = 0
(V ) + [2 ZS cos (θ
1
2 2
t ]
− φ ) − V 02 V 1 2 + Z 2 S t2 = 0 (7)
A equação (7) é uma equação de segundo grau na variável V12, logo, sua resolução se dá
da seguinte forma:
[
∆ = b 2 − 4 ac = 2 ZS t cos (θ − φ ) − V 02 ] − 4Z S
2 2
t
2
− b ± ∆ V0 − 2ZS t
2
cos(θ − φ ) + [2ZS cos(θ − φ ) − V ]
t 0
2 2
− 4Z 2 S t2
V =
1
2
= (8)
2a 2
4
QUEDA DE TENSÃO
Aula 09/07/2004
Soluções aproximadas:
- desprezarem-se as perdas
- desprezarem-se as perdas e a abertura angular
Queda de tensão:
- manter-se nos níveis aceitáveis pelos órgãos reguladores (ANEEL, Arce, Arpe, etc)
- novos projetos: raio de ação do alimentador novo
- redes existentes: capacidade de extensão da rede
- reforma de redes: substituição de cabos, instalação de reguladores de tensão
St
∆V = (Z cos θ cos φ + Zsenθsenφ )
V0
1
Seja Z cos θ = R = rl e Zsenθ = X = xl :
St l
∆V = (r cos φ + xsenφ ) (11)
V0
Ou, mais convenientemente,
∆V = S t lG (12)
em que: G =
(r cos φ + xsenφ ) (13)
V0
é o coeficiente de queda de tensão unitária.
V0 − V1
∆V = ⋅100%
V0
Logo, a equação (13) pode ser modificada da seguinte forma:
G=
(r cos φ + xsenφ ) ⋅ 100 (14)
V02
y2 – y1 yn – yn-1
yk
dyk
Figura 2 – Alimentador com carga contínua
2
A carga total do alimentador, denotada por St, é dada pela área abaixo da curva, assim,
tomando uma porção infinitesimal ∆y, temos:
∆S ( y k ) = s ( y k )∆y k
Logo:
∆S ( y k )
s( y k ) =
∆y k
onde:
Somando-se todas as áreas dos mini-retângulos sob a curva, encontramos a carga total
do alimentador:
n
St = s ( y k )∆y k
k =1
Desde que quanto menor for ∆y, melhor será a aproximação, no limite:
n
S t = lim ∆y →0 s ( y k )∆y = área sob a curva.
k =1
Sendo s(y) uma função contínua no intervalo [y,l], então a soma de Riemann acima
especificada representa a integral definida de s(y) no intervalo [y,l], e a carga do
alimentador a jusante de qualquer ponto y é dada por:
l
S ( y ) = s (γ )dγ (15)
y
A queda de tensão em um intervalo infinitesimal dy, dada pela equação (12), será:
dV ( y ) = G S ( y )dy
l l
∆V = G s (γ )dγ dy (16)
0 y
3
A equação (16) é geral e pode ser utilizada para qualquer distribuição de carga. Nos
alimentadores usuais existem duas distribuições de carga que são mais comuns:
4
QUEDA DE TENSÃO
Aula 14/07/2004
i) DISTRIBUIÇÃO RETANGULAR:
l
r, x
y2 – y1 yn – yn-1
yk
dyk
Neste caso, a densidade linear de carga é uma constante, s’, e a carga do alimentador é
dada por:
l
S ( y ) = s ' dγ = s ' (l − y )
y
Particularmente para y = 0 :
St = s' l (17)
l l
∆V = G s ' dγ dy
0 y
l
l2 l2
∆V = G s ' (l − y )dy = s ' G l 2 − = s' G
0 2 2
GS t l
∆V = (18)
2
Comparando a equação (18) com a equação (12), podem-se considerar duas alternativas
para efeito de cálculo:
1
2. A carga total é concentrada no meio do alimentador:
l
∆V = GS t
2
r, x h
yn – yn-1
y
dyk
ϕ
s ( y ) = 2 s" tg y
2
ϕ tgϕ
Para valores pequenos de ϕ, ϕ 10º, tg ≅ , assim:
2 2
s ( y ) = s" tgϕ y
A queda de tensão é:
2
Gs" tgϕ
l l l
l
∆V = G s" tgϕ ydy dy = y2 dy
0 y
2 0
y
Gs" tgϕ l
Gs" tgϕ l l
∆V =
2
(l 2
)
− y 2 dy =
2
l 2 dy − y 2 dy
0 0 0
3 l
Gs" tgϕ 2 l y
∆V = l y −
2 0 3 0
Gs" tgϕ 3 l 3
= l −
2 3
Gs" tgϕ 2l 3
=
2 3
l3
∆V = Gs" tgϕ (19)
3
l l
S t = s ( y )dy = s" tgϕ ydy
0 0
2
l
S t = s" tgϕ (20)
2
Substituindo em (18):
2l
∆V = GS t (21)
3
Comparando a equação (20) com a equação (12), podem-se considerar duas alternativas
para efeito de cálculo:
1. A carga total é substituída por dois terços dela concentrada no fim do alimentador:
3S
∆V = Gl t
2
3
DESCONTINUIDADES NA FUNÇÃO DENSIDADE DE CARGA
l
r, x
y1 y2
1 KVA/km
2 KVA/km
3 KVA/km
y1 y2 l y1 y2 l
S ( y ) = s ( y )dy + s ( y )dy + s ( y )dy = 2dy + 3dy + dy
0 y1 y2 0 y1 y2
l y1 y2 l l
∆V = G s ( y )dy + s ( y )dy + s ( y )dy dy = G S ( y )dy
0 0 y1 y2 0
y1 y2 l
∆V = G S ( y )dy + S ( y )dy + S ( y )dy
0 y1 y2
yj y j +1 l
S ( y ) = s ( y )dy + s ( y )dy + ... + s ( y )dy (22)
y yj yn
y1 y2 l
∆V = G S ( y )dy + S ( y )dy + ... + S ( y )dy (23)
0 y1 yn
O método de cálculo acima pode ser visto no exemplo 4.2 da apostila (pág. 58 da versão
mais recente).
Resolução do exercício 4.2.
4
QUEDA DE TENSÃO
Aula 15/09/2004
∆V
lc = (24)
GS t
2∆V
lr = (25)
GS t
3
∆V
lt = 2 (26)
GS t
onde:
lc representa o comprimento do alimentador quando a carga é concentrada no extremo;
lr representa o comprimento do alimentador quando a carga tem distribuição retangular;
lt representa o comprimento do alimentador quando a carga tem distribuição triangular;
St é a carga total concentrada para l=lc ou dada pelas equações (17) para l=lr e (20) para
l=lt.
V0 − V1 V0 (V0 − V1 )
l= =
r cos φ + xsenφ S t (r cos φ + xsenφ )
St
V0
1
Meios de aumentar do raio de ação:
9 15
8 14
0 1 2 3 4 5 6 7
10 13
16
Legenda:
11
____ tronco
____ ramal 1
____ ramal 2
12 ____ ramal 3
____ ramal 4
____ lateral
Figura 6 – Alimentador radial
2
A identificação das barras pode ser feita por números, nomes ou códigos, embora para
processamento computacional a identificação deverá ser feita por uma numeração
seqüencial e as barras são classificadas por tipo e nível.
A numeração seqüencial de barras adequada para implementações computacionais é
chamada numeração normalizada (figura 6) e é feita de acordo com as seguintes regras:
As barras são classificadas por tipo e por nível, de acordo com a posição no circuito e a
proximidade da subestação, respectivamente. A classificação das barras por tipo pode ser
vista na tabela 1
3
Tabela 2 – Classificação do alimentador da Fig. 6
Parte Nº Tipo Nível
tronco 0 - 0
1 1 1
2 3 2
3 1 3
4 1 4
5 2 5
6 2 6
7 0 7
ramal 1 8 1 3
9 0 4
ramal 2 10 2 3
11 1 4
12 0 5
lateral 13 0 4
ramal 3 14 1 6
15 0 7
ramal 4 16 0 7
4
Exemplo 4.4: Calcular a queda de tensão no alimentador da figura 7, considerando que
todas as cargas tenham fator de potência 0,8.
0
1 2 3
0,4 MVA/km
1,5 MVA
2 MVA
2,5 MVA
1 km 2,5 km 2 km
Cálculo do trecho 1: 2
0
1 2 3
trecho 1
0,4 MVA/km
1,5 MVA
2 MVA
2,5 MVA
1 km 2,5 km 2 km
5
Cálculo do trecho 2: a carga com distribuição retangular é substituída por metade dela
acumulada no fim do trecho:
0
1 2 3
trecho 2
0,5 MVA
2 MVA
2,5 MVA
1 km 2,5 km 2 km
Cálculo do trecho 3:
0
1 2 3
trecho 3
2 MVA
1 km 2,5 km 2 km
6
QUEDA DE TENSÃO
Aula 30/07/2004
Circuito Trifásico: As equações (13) e (14) se aplicam a sistemas trifásicos, pois o circuito
da figura 1a pode ser entendido como o monofásico equivalente de um circuito trifásico
equilibrado a três ou quatro condutores. Assim:
G 3φ =
(r cos φ + xsenφ ) ⋅ 100 (14)
V02
rf xf
V0 S
3 cosφ
rn xn
(a)
1
rf + rn xf + xn
V0 S
3 cosφ
(b)
(r f + rn )cos φ + (x f + x n )senφ
G1φ = 3 ⋅ ⋅ 100 (27)
V02
G1φ = 3 ⋅
(2 ⋅ r ) cos φ + (2 ⋅ x )senφ ⋅ 100
V02
r cos φ + xsenφ
G1φ = 6 ⋅ ⋅ 100 (28)
V02
em que:
V0 é a tensão de linha (fase-fase).
I A = IC = I
I N = I A + IC
2
I N2 = I A2 + I C2 + 2 ⋅ I A ⋅ I C ⋅ cos 120º = 2 ⋅ I 2 + 2 ⋅ I 2 ⋅ (−0.5)
I N2 = 2 ⋅ I 2 − I 2
I N = I A = IC = I
Obs.: As grandezas com seta são vetoriais e as demais são magnitudes (módulos).
rf xf
V0 S/2
3 cosφ
rn xn IC IN
V0 V1
120º
V0 V1 S/2 60º
3 3 cosφ
IA
rf xf
(a) (b)
V0
In
3 Xn In
Zn In
Rn In
Zf If
60º-φ
δ θf-φ Xf If
φ V1 φ
Rf If
3
If
(c)
Figura 9 (a) Circuito equivalente (b) Diagrama fasorial de corrente (c) Diagrama fasorial de tensão
∪ ∪
Z f = (rf + jxf).l = Rf + jXf Z n = (rn + jxn).l = Rn + jXn
∪ ∪
Z f = Zf ∠θf = Zf cosθf + jZf senθf Z n = Zn ∠θn = Zn cosθn + jZn senθn
3
Em que: Z f = R 2f + X 2f Z n = Rn2 + X n2
Xf Xn
θ f = arctg θ n = arctg
Rf Rn
em que:
Analisando o diagrama vetorial das tensões para a tensão entre uma fase e o neutro
(figura 9c), chega-se à seguinte expressão:
∪ ∪
V0 V1 ∪ ∪ ∪ ∪
= + Z f I f + Zn In (29)
3 3
V0 V0 V1
cosδ+j senδ = +(Zf cosθf + j Zf senθf).(If cosφ -jIf senφ) + (Zn cosθn + jZn senθn).
3 3 3
(In cos(60º-φ ) + jIn sen(60º-φ ))
V0 V0 V
cosδ +j senδ = 1 + ZfIf [(cosθf cosφ +senθf senφ)+ j(senθf cosφ - senφ cosθf)] +
3 3 3
ZnIn [(cosθn cos(60º-φ )-senθn sen(60º-φ ))+ j(senθn cos(60º-φ )+
sen(60º-φ ) cosθn)]
V0 V0 V1
cosδ + j senδ = + Zf If [cos(θf -φ)+ j sen(θf -φ)] + Zn In [cos(θn +(60º-φ))+
3 3 3
j sen(θn +(60º-φ))] (30)
4
A equação (30) pode ser representada por duas equações, igualando-se as partes reais e
imaginárias:
V0 V1
cosδ = + Zf If cos(θf -φ) + Zn In cos(θn +(60º-φ)) (31.1)
3 3
V0
senδ = Zf If sen(θf -φ) +Zn In sen(θn +(60º-φ)) (31.2)
3
V0 V1 3 St 3 St
cosδ = + Zf cos(θf -φ)+ Zn cos(θn +(60º-φ)) (32.1)
3 3 2 V1 2 V1
V0 3 St 3 St
senδ = Zf sen(θf -φ)+Zn sen(θn +(60º-φ)) (32.2)
3 2 V1 2 V1
V1 V0 3 St 3 St
= −Zf cos(θ f − φ ) − Z n cos(θ n + (60º −φ ) ) (35)
3 3 2 V0 2 V0
V0 − V1
Seja ∆V = ,
3
cos(θ f − φ ) = cos θ f cos φ + senθ f senφ
e cos(θ n + (60º −φ ) ) = cos θ n cos(60º −φ ) − senθ n sen(60º-φ )
Temos:
3 St
∆V = (Z f cos θ f cos φ + Z f senθ f senφ ) + 3 S t (Z n cos θ n cos(60º −φ ) − Z n senθ n sen(60º-φ ))
2 V0 2 V0
1 St 1 St
∆V = (R f cos φ + X f senφ ) + (Rn cos(60º −φ ) − X n sen(60º-φ ))
2 V0 2 V0
3 3
5
Simplificando, temos:
∆V = S t lG