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Créditos
Professoras-autoras
Isabelle Aguiar Prado
Stephanie Matos Silva
Paola Trindade Garcia
Validadoras Técnicas
Deborah de Castro e Lima Baesse
Mizraim Nunes Mesquita
Validadora Pedagógica
Regimarina Soares Reis
Revisora textual
Camila Cantanhede Vieira
Designer Instrucional
Stephanie Matos Silva
Designers Gráficos
Priscila Penha Coelho
Carlos Haide Sousa Santos
Como citar este material: PRADO, I.A. SILVA, S.M, GARCIA, P.T. Competências do Designer
Instrucional para Mediação da Aprendizagem. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO.
Curso Produção de Recursos Autoinstrucionais para EAD (PRA-EAD). Design instrucional
para produção de recursos autoinstrucionais para EAD. São Luís: PRA-EAD; UFMA, 2020.
Professoras-autoras
Isabelle Aguiar Prado
Graduada em Odontologia (UFMA). Mestra em Odontologia (UFMA) e doutoranda
em Saúde Coletiva (UFMA). Designer Instrucional do Núcleo Pedagógico da
Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/UFMA).
Referências .......................................................................................................... 23
Apresentação
Olá, aluna(o)!
O Design Instrucional, enquanto campo do
saber ancorado nas ciências humanas, da informação,
administração e gestão de projetos, tem como foco a
pesquisa e a teorização acerca do planejamento e da
elaboração de estratégias educacionais.
Você sabe como esse campo do conhecimento
surgiu? Conhece as competências dos profissionais
que atuam nessa área, os designers instrucionais?
Sabe de que forma esses profissionais atuam
na mediação da aprendizagem nos cursos
autoinstrucionais?
Pensando no contexto da educação mediada
por tecnologias e, especialmente, nos cursos
autoinstrucionais, este profissional tem papel central
na construção de estratégias de aprendizagem
que potencializem o sucesso educacional dos
alunos. Neste material, você saberá mais sobre o
surgimento do Design Instrucional enquanto campo
teórico e prático educacional e terá acesso a alguns
direcionamentos para o entendimento da mediação da
aprendizagem, com destaque para as competências do
profissional do Design Instrucional.
Bons estudos!
OBJETIVO
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Breve Contexto Histórico e Teórico do Design Instrucional
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VOCÊ CONHECE?
Robert Mills Gagné (1916 - 2002) foi um psicólogo americano
que estudou sobre processos de aprendizagem e instrução. O trabalho
de Gagné foi conduzido juntamente ao trabalho de Leslie J. Briggs,
sendo os primeiros desenvolvedores do conceito de Sistemas de Design
Instrucional. O trabalho desses autores teve uma profunda influência na
educação americana e no treinamento militar e industrial. No Brasil, essa
corrente de pensamento foi apropriada na década de 60 pelo regime
militar, tendo sido implantada em muitas escolas. Foi a chamada era do
tecnicismo. Gagné desenvolveu uma série de estudos na área, escreveu
e editou muitos livros e artigos. Dentre eles estão: The Conditions of
Learning (1965, 1970, 1977, 1985) e o clássico Principles of Instructional
Design, escrito com Leslie J. Briggs e Walter Wager (1974, 1979, 1992).
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OBSERVAÇÃO DAS AUTORAS
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Figura 1 - Dimensões do Design Instrucional
Fonte: FILATRO, Andrea. Como preparar conteúdos para EaD. Ed 1. São Paulo: Saraiva Educação,
2018.
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Como você pode notar, essas etapas consistem no planejamento,
desenvolvimento e avaliação da aprendizagem, que são reconhecidas como
essenciais na maioria das estratégias educacionais. Dentro dessas etapas
ainda há muitas outras a depender da amplitude do projeto educacional, dos
profissionais envolvidos e dos recursos financeiros e tecnológicos para o
desenvolvimento das soluções educacionais.
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Design Instrucional na Mediação da Aprendizagem
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Atualmente, com todo o Tais ambientes são sistemas
desenvolvimento tecnológico dos destinados à mediação da aprendizagem
últimos anos, os cursos EaD vêm a partir da disponibilização de recursos
ganhando mais expressividade, multimídia, da disponibilização de
sendo disponibilizados, em sua comunidades virtuais entre aprendizes,
quase totalidade, de maneira on- da aprendizagem colaborativa a partir
line, nos chamados Ambientes de fóruns etc. (FOFONCA; SCHONINGER;
Virtuais de Aprendizagem (AVA). COSTA, 2018).
MEDIAÇÃO PEDAGÓGICO-
MEDIAÇÃO COGNITIVA
DIDÁTICA
Ocorre entre o sujeito e o Ocorre entre o professor
objeto de conhecimento e o aprendiz
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Seguindo tal linha de pensamento, o papel do professor é de mediador
do processo de aprendizagem, agindo diretamente na mediação cognitiva e
aproximando o aprendiz e o objeto de conhecimento. Para isso, este agente
deve estar atento às estratégias que possam “enfatizar o prazer em descobrir,
em investigar, em ter curiosidade e em (re)construir o conhecimento” (OLIVEIRA,
2011).
Tais estratégias também são válidas para a EaD. Contudo, nesse contexto,
esses pressupostos não parecem ser tão óbvios, por não haver a presença física
do professor. Contudo, se considerarmos todo o processo de planejamento
educacional, é possível entender que as TDIC não são apenas objetos técnicos
participantes de tal processo, mas artefatos capazes de interagir e de modificar
a maneira que o aprendiz lida com a informação, o que possibilita situações
pedagógicas particulares.
Nesse sentido, toda a atenção deve estar voltada para a utilização da
tecnologia na mediação didático-pedagógica e não apenas para a inserção das
mais novas e complexas tecnologias sem nenhuma justificativa pedagógica.
Assim, é a partir da compreensão da complexidade das relações que ocorrem
no processo de aprendizagem, que se pode superar a utilização vazia das
TDIC, inserindo-se no processo estratégias que valorizem a atividade mental do
aprendiz, provocando diálogos e reflexões do aluno com ele mesmo, enquanto
sujeito do processo de aprendizagem (CARVALHO; PEIXOTO, 2011).
Os recursos educacionais propostos pelo designer instrucional devem ser
planejados e implementados de modo que o aluno não seja apenas o receptor,
visto que um dos pressupostos básicos dessa modalidade educacional é a
presença central do aluno no seu próprio percurso de aprendizagem, buscando
sempre a construção do conhecimento a partir do desenvolvimento de atividades
reflexivas.
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Competências do Designer Instrucional
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O perfil de competências mais difundido mundialmente para designers
instrucionais é o proposto pelo International Board of Standards for Training,
Performance and Instruction (IBSTPI, 2018). Segundo Koszalka et al. (2013),
algumas das competências essenciais para a atuação profissional do designer
instrucional são:
Professores-autores
Coordenadores Validadores
Pedagógicos Técnicos
DI
Designers Profissionais
Gráficos de Tecnologia
da Informação
Fonte: Equipe de produção pedagógica. UNA-SUS/UFMA, 2020.
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A constituição das equipes de produção de recursos educacionais pode
variar significativamente a depender das condições institucionais, financeiras
e organizacionais. Considerando-se esse contexto múltiplo e o que aprendeu
até aqui, você já consegue pensar nos tipos de atividades que um Designer
Instrucional pode ser chamado para desenvolver? Veja alguns exemplos abaixo.
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A Formação em Design Instrucional
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PARA SABER MAIS
Conheça mais sobre o curso de especialização em Design
Instrucional do Senac visitando o endereço eletrônico: https://www.ead.
senac.br/pos-graduacao/design-instrucional/
Leia também sobre a proposta do curso do Instituto de Desenho
Instrucional em: https://www.desenhoinstrucional.com/design-
instrucional
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Considerações Finais
As escolhas pedagógicas coerentes e
fundamentadas são pontos centrais da construção
da aprendizagem por meio de tecnologias,
especialmente nos cursos autoinstrucionais.
A mediação da aprendizagem, seja cognitiva
ou pedagógico-didática, é construída a partir
das intervenções educacionais do designer
instrucional em sua prática profissional.
Até a próxima!
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Referências
ALVES, Flora. Design de Aprendizagem com uso de Canvas. São Paulo:
DVS Editora, 2016.
FILATRO, Andrea. Como preparar conteúdos para EaD. 1 Ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.