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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CONTEXTUALIZANDO
02
Pode parecer simples, mas o Balanço Patrimonial precisa ser visto como
algo momentâneo para que o gestor possa analisar, por exemplo, a variação
ocorrida nas contas de investimento ou a situação dos bens imóveis, bem como a
depreciação ali sofrida. Essas são algumas evidências apresentadas no Balanço
Patrimonial.
Também em tal demonstrativo o gestor deve entender que encontra as
obrigações com quem contribui com a continuidade do negócio, ou seja,
investidores, ou sócios, credores, empregados, entre outros.
Pode-se dizer que eles contribuem com a continuidade da entidade, uma
vez que, para gerar caixa, é necessário adquirir insumos de fornecedores para
elaborar determinado produto ou prestar determinado serviço. Desses insumos
virão impostos a recuperar, e dos produtos ou serviços prestados virão impostos
a recolher. A empresa necessita também de empregados para executar a parte
técnica a fim de garantir a gestão dos serviços.
Além do mais, para o início das atividades é necessária a composição de
um capital integralizado pelos sócios. A partir de então, caso haja abertura de
capital, a empresa será também financiada por capital de investidores. Por fim, a
empresa pode nessa conjuntura adquirir capital de terceiros para determinado
financiamento a fim de garantir um projeto.
Todas essas características são encontradas no Balanço Patrimonial e
garantem ao gestor da empresa uma análise sucinta de recursos como caixa,
investimentos, financiamentos e obrigações com terceiros e com os sócios.
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pertinentes ao caixa ou os que estão na conta bancária da empresa provenientes
da atividade-fim da empresa, bem como outros valores de direito que podem ser
reconhecidos a longo prazo, como adiantamentos a funcionários.
Já as obrigações são aquelas provenientes dos valores a pagar devido a
contratação de funcionários, venda de determinado produto que gerou um tributo
a recolher ou ainda obrigações com o capital de terceiros, que é o caso de
financiamentos, ou com capital próprio identificado na conta de patrimônio líquido
devido a integralização de capital ou abertura de capital com emissão de ações.
No Patrimônio Líquido, além das informações referentes ao capital
integralizado, haverá informações sobre as reservas de capital, sendo as regras
dispostas em normas, além das reservas de lucros com suas regras encontradas,
geralmente, junto ao estatuto social da empresa.
Além dessas características, todas as contas serão colocadas numa ordem
de liquidez na qual a primeira conta a aparecer será aquela em que a empresa já
esteja com saldo em caixa ou aquela com vencimento a curto prazo.
Assim, será constituído o Balanço Patrimonial: Ativo, com bens e direitos,
Passivo e Patrimônio Líquido, com obrigações.
Ativo Passivo
Ativo Circulante 330.000,00 Passivo Circulante 230.000,00
Caixa 100.000,00 Salários 130.000,00
Bancos 100.000,00 Fornecedores 60.000,00
Estoque de 80.000,00 Impostos a Recolher 20.000,00
Mercadorias
Duplicatas a Receber 50.000,00 Contribuição Social 20.000,00
Ativo Não Circulante 570.000,00 Passivo Não 70.000,00
Circulante
Realizável a Longo 30.000,00 Exigível a Longo 70.000,00
Prazo Prazo
Duplicatas a Receber 30.000,00 Financiamentos 40.000,00
a Longo Prazo
Investimentos 140.000,00 Fornecedores a 30.000,00
Pagar a Longo Prazo
Investimento em 140.000,00 Patrimônio Líquido 600.000,00
Controladas
Imobilizado 300.000,00 Capital Social 350.000,00
Equipamentos de TI 100.000,00 Reservas de Capital 100.000,00
Móveis 120.000,00 Reservas de Lucros 120.000,00
Máquinas 80.000,00 Ajustes de Avaliação 15.000,00
Patrimonial
Intangível 100.000,00 Ajustes Acumulados 15.000,00
de Conversão
Marcas e Patentes 100.000,00 Prejuízos 0
Acumulados
Total 900.000,00 Total 900.000,00
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TEMA 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
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dados importantes para a análise dos resultados pela consecução da atividade-
fim da empresa.
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Depois da dedução de tais tributos, a empresa poderá identificar a
porcentagem a ser destinada a debenturistas, empregados, administradores,
partes beneficiárias, entre outros, de acordo com a política de distribuição da
entidade, tendo por fim o resultado líquido do exercício.
Para saber das informações sobre a estrutura de caixa gerado por uma
empresa, a Demonstração de Fluxo de Caixa vem a ser um instrumento relevante
e útil para identificar fatores relacionados a liquidez e solvência de uma
determinada entidade (Iudicibus; Marion, 2014).
Quando se fala em solvência, o intuito é identificar se a empresa dispõe de
recursos para arcar com suas dívidas, com sobra positiva mesmo após a
consecução de todas as obrigações. Liquidez é a capacidade da empresa em
dispor caixa ou equivalente de caixa na entidade.
O conceito de caixa está é aquele recurso financeiro encontrado a
disposição da empresa de forma imediata. Já o equivalente de caixa são os
direitos que têm por finalidade atender obrigações de curto prazo. Ou seja, são
valores que podem ser convertidos em curto prazo em valores monetários e não
se destinam a investimentos.
07
Nesta demonstração, não é possível identificar o que é ativo circulante e
não circulante, uma vez que seu objetivo é identificar os recursos monetários
independentemente da sua conversão. Apenas demonstra em um momento
específico qual foi a geração de caixa indicando de onde este veio: das operações,
de investimentos ou de financiamentos.
Além de tais informações, a Demonstração do Fluxo de Caixa é uma fonte
usual para investidores por permitir analisar a situação futura da empresa através
dos fluxos passados. Essa demonstração é utilizada também para o
desenvolvimento de modelos de precificação da empresa, ou seja, modelos que
ajudam o investidor a identificar o valor da entidade comparando o desempenho
de várias empresas com a mesma natureza, por exemplo, a fim de observar se
há uma expectativa positiva futura.
Além da avaliação para investidores, tal demonstrativo pode apresentar aos
seus diversos usuários, de acordo com Reis (2009, p. 159), as seguintes
informações:
08
Pagamento de seguros para proteção de bens imóveis ou outros
necessários a atividade-fim da empresa.
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Tabela 3 – Modelo de Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto
010
Já o ciclo operacional ocorre desde o período em que a entidade realiza a
compra de mercadorias, independente do desembolso, até o momento em que
ocorre o recebimento pelas vendas.
É importante frisar para esses dois ciclos que, no momento do pagamento
ao fornecedor, a empresa deverá ter recursos financeiros para arcar com a
obrigação. Por esse motivo, é necessário que se façam projeções para o período
que pode ser dado para o recebimento de clientes e o período que pode ser dado
para pagamento dos fornecedores. Da mesma forma, a empresa deve entender
qual é o prazo para elaboração do seu produto a fim de também identificar como
será a sua política de estocagem.
Assaf Netto (2014) coloca algumas estratégias importantes para a gestão
do saldo de caixa, como ter uma política de estocagem adequada e critérios
pertinentes a política de vendas e de crédito. Para o primeiro, o intuito está em ter
um estoque que não venha a causar prejuízos para a entidade por falta ou
excesso, sendo importante ter um orçamento de previsão de vendas que converse
com o que de fato deve estar presente no estoque. Quanto a política de vendas e
crédito, alinhar com o perfil dos clientes colocando prazos equilibrados sem gerar
atrasos para a entidade.
011
O objetivo é que a empresa possa operar com uma margem de segurança
de recursos em caixa a fim de garantir liquidez e solvência.
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
012
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
𝑥 360
𝐶𝑀𝑉
𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑥 360
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
013
O prazo médio de pagamento dos fornecedores dispõe quantos dias se
leva em média para efetuar o pagamento aos fornecedores. Logo, o cálculo é o
que segue:
𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑥 360
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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