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Uso da Profilaxia Antimicrobiana

na Prevenção de
Infecção Cirúrgica

Felipe Wouk
Conceito
Antibioticoprofilaxia
– Administrar antimicrobianos ao paciente
antes da contaminação ou infecção terem
ocorrido
Fisiopatogenia da Infecção de Sítio Cirúrgico

 O inóculo de microrganismos na ferida é


suficiente para tornar incapaz os
mecanismos de defesa locais do
hospedeiro (paciente)
Objetivo
 Erradicar ou retardar o crescimento de
microrganismos para evitar a Infecção
Cirúrgica.

– Profilaxia Cirúrgica
 Administração de antibióticos ao paciente para
diminuir o risco de infecção cirúrgica
Objetivo
 Erradicar ou retardar o crescimento de
microrganismos para evitar a Infecção
Cirúrgica.

– Profilaxia Cirúrgica
 Administração de antibióticos ao paciente para
diminuir o risco de infecção cirúrgica
O uso do antibiótico NÃO é
um substituto da técnica cirúrgica adequada
Joseph Lister e o ácido carbólico - 1865
Flora Causadora de Infecção
 Endógena! e exógena
– Diferente nos diversos sítios envolvidos
Procedimento Microrganismos

Cutâneo S. aureus,
S. epidermidis
Torácico/Cardíaco S. aureus,
S. epidermidis
Abdominal
Gastroduodenal CG+, BGN
Colorretal BGN, anaeróbio
Biliar BGN
Ginecológico/ BGN, Streptococcus
grupo B, anaeróbio
obstétrico
Ortopédico S. aureus,
S. epidermidis
Consenso
 Profilaxia apropriada quando cirurgia
associada a alto risco de infecção, ou
quando as conseqüências de infecção
seriam desastrosas (mesmo que o risco
seja baixo)
Classificação das Cirurgias
Tipo Definição Risco de Infecção
Limpa Sem sinais de 1,5-2%
inflamação, sem
manipulação do TGI,
TGU, TResp.
Limpa-contaminada TGI, TResp., TGU, 2-7%
orofaringe em
condições controladas
Contaminada Inflamação aguda, 7-15%
urina ou bile
infectadas, secreção
de TGI, quebras de
técnica
Infectada Infecção estabelecida 10-40%
Então...
 Qual antibiótico?

 Quando iniciar?

 Quando parar?
Então...
 Qual antibiótico?

 Quando iniciar?

 Quando parar?
A escolha...
 Droga única
 Endovenoso (exceção – colorretal)
 Eficaz contra os agentes que causam infecção
no sítio em questão
 Bactericida
 Atingir níveis tissulares adequados
 Causar mínimos efeitos colaterais
 Custo abordável e efetivo (meia-vida)
 Mínimo “impacto ecológico” na flora local (do
paciente) e na do hospital
A escolha...
 Cefalosporinas
– Cefazolina= 20 a 25 MG/kg/IV-IM-Kefazol

– Cefoxitina= 25-40 MG/kg/IV-IM-Cefoxitin1 G

 Outras situações...
– Alergias
– Colonizações
Então...
 Qual antibiótico?

 Quando iniciar?

 Quando parar?
O início...
 “Não comece muito cedo; não comece
tarde.”

 Os níveis tissulares devem ser máximos


quando “o bisturi iniciar seu trabalho”!
Tempo de administração

Controle 0 1 hora 2 horas 3 horas 4 horas


Tempo de administração
3,8%
3,6%
4 14/369
15/441
Taxa de infecção (%)

3 1,3%
1/41
1/47
2 1/61
0,6% 2/180
1 5/699
5/1009

0
≤-3 -2 -1 0 1 2 3 4 ≥5

Tempo (horas) da incisão


Então...
 Qual antibiótico?

 Quando iniciar?

 Quando parar?
O fim...
 ... intra-operatório APENAS
– Repetição de doses durante a cirurgia
 Tempo cirúrgico
 Sangramento importante

 No máximo, manter até 24 horas do pós-


operatório
Tempo prolongado...
 NÃO tem impacto na prevenção de
infecção cirúrgica

 Está relacionado ao aumento de


microrganismos resistentes!!
 40-60% das Infecções Cirúrgicas podem
ser evitadas!
 Uso inadequado do antibiótico profilático
ocorre em até 50% das cirurgias!!!
O papel do anestesista!
 ESCOLHA DO ATB
 INÍCIO DO ATB
Conclusões
 Profilaxia antibiótica: estratégia com resultados,
DESDE QUE:
– Droga certa
– Início adequado
– Término adequado

 Indicadores

 Parte de um conjunto (de estratégias)

 Participação da equipe cirúrgica

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