Você está na página 1de 10

1

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA


UNISANTA

1ºsem / 2017 – Dureza da Água

Dureza é uma medida característica da qualidade de águas de abastecimento industrial e


doméstico. Quase toda a dureza da água é provocada pela presença de sais de cálcio e de
magnésio. Assim, os principais íons causadores de dureza são cálcio e magnésio. Normalmente,
em ordem decrescente de abundância na água, os sais de cálcio e magnésio são: bicarbonato
1- 1-
(HCO3 ), sulfatos (SO42-), cloretos (Cl1-) e nitratos (NO3 ).

Dureza Temporária e Dureza Permanente

A dureza da água compõe-se de duas partes: dureza temporária e dureza permanente.


A dureza temporária pode ser removida por ebulição da água e a permanente não. A dureza
permanente é a que resta após a ebulição. A dureza temporária é devida a presença de ions
bicarbonato, os quais se decompõem pela ebulição e os ânions carbonato na forma de carbonato
de cálcio (CaCO3) resultantes precipitam os cátions que dão Dureza, que é assim reduzida.
-
1 Ca2+ + 2 HCO3  1 CaCO3 + 1 CO2 + 1 H2O
A precipitação de CaCO3 durante o aquecimento da água prejudica o cozimento dos alimentos,
provoca "encardido" em panelas e é potencialmente perigoso para o funcionamento de caldeiras
ou outros equipamentos que trabalhem ou funcionem com vapor d’água, podendo provocar
explosões.

Como identificar experimentalmente uma Água como Dura?


Normalmente, reconhece-se que uma água é mais dura ou menos dura, pela maior ou menor
facilidade que se tem de obter, com ela, espuma de sabão. As águas duras caracterizam-se, pois,
por exigirem consideráveis quantidades de sabão para produzir espuma, e esta característica já
foi, no passado, um parâmetro de definição, ou seja, a dureza de uma água era considerada
como uma medida de sua capacidade de precipitar sabão. Esse caráter das águas duras foi, por
muito tempo, para o cidadão comum o aspecto mais importante por causa das dificuldades de
limpeza de roupas e utensílios. Com o surgimento e a determinação dos detergentes sintéticos
ocorreu também a diminuição os problemas de limpeza doméstica por causa da dureza.
2

Sabão comum é um sal alcalino (sódio, potássio) de um ácido graxo, como por exemplo: o
estearato de sódio (C17H35COONa), o palmitato de sódio (C15H31COONa) e o oleato de sódio
(C17H33COONa). Quando íons palmitato são adicionados a água contendo Ca2+, forma-se
palmitato de cálcio que precipita formando-se grumos ou coágulos de sabão insolúvel:

1 Ca2+ + 2 C15H31COO1-Na1+  1 Ca2+(C15H31COO)1-2 + 2 Na1+


sabão solúvel sabão insolúvel

Efeitos causados pela Água Dura

Os sabões reagem com as substâncias responsáveis pela dureza da água formando


compostos insolúveis e a espuma só surge após completar-se a precipitação. Nas lavanderias,
em beneficiamento de lã e nas operações de lavagem, além do grande consumo de sabão os
coágulos aderem aos tecidos e são de difícil remoção. Alteram cores no tingimento.
Ocasionam incrustações sobre as paredes em contato com a água, nas caldeiras e
trocadores de calor. Nos condutos, esses depósitos reduzem a área transversal de fluxo,
podendo tornar insuficiente a água ao atendimento da capacidade de troca térmica projetada.
Devido à baixa condutibilidade térmica, as incrustações diminuem drasticamente a
transferência de calor à água. Daí, consumo exagerado de combustível para as caldeiras. Nestas,
a medida que os depósitos vão se avolumando, torna-se necessário temperaturas cada vez mais
elevadas a fim de conseguir-se a mesma transferência de calor. Assim, pode-se atingir valores
em que a resistência do aço diminui e ele deixe de resistir a pressão de trabalho, atualmente de
até 150 atm, ocorrendo explosão. Acidentes também podem ser ocasionados pelo rompimento
da película e evaporação rápida de grande quantidade de água em contato com a chapa
superaquecida. As incrustações aceleram a corrosão pela formação de células de oxigenação
diferencial. Ademais o produto da corrosão alimenta ou forma depósitos adicionais que, por seu
turno, criam novas pilhas de aeração diferencial, incrementando a corrosão. Somam-se a esses
efeitos diferenciais de temperatura. Nessa condição pode ocorrer corrosão relativamente rápida e
não é raro haver a completa perfuração do metal.
É oportuno observarmos que área de baixa velocidade é particularmente suscetível á
corrosão, pois os materiais suspensos, nelas sedimentam com maior facilidade.
A solubilidade da maioria das substâncias inorgânicas cresce com a elevação da
temperatura. Lamentavelmente dá-se o contrário com compostos formadores de incrustações
como é o caso do Mg(OH)2 , CaSO4 , Ca(OH)2 , Ca2(OH)2SO4 , cujas solubilidades diminuem com
o aumento da temperatura. Por exemplo a solubilidade do CaSO 4 . ½ H2O é a 100ºC de uns 1650
ppm ; diminui a 150 ppm a 200ºC , correspondendo a uma pressão de vapor apenas 17,6 atm. Á
temperatura mais elevada das caldeiras de alta pressão (70 à 150 atm) , a solubilidade reduz-se a
3

uns poucos ppm. As substâncias que tem esse comportamento tendem a precipitarem sobre as
partes mais quentes da caldeira, isto é, sobre as superfícies de aquecimento ou geradores de
calor.
As incrustações também tendem a provocar o bloqueio de tubos de caldeiras, trocadores
de calor e outros equipamentos, além de ocasionarem heterogeneidades, como aeração
diferencial e outras, responsáveis por corrosão eletroquímica. Favorecem o acúmulo de produtos
agressivos e consequente degradação da aparelhagem.

Medida de Dureza
No Brasil, o valor máximo permissível de dureza total fixado pelo padrão de potabilidade,
ora em vigor, é de 500 mg de CaCO3/L.
A medida de Dureza é usualmente expressa em ppm de CaCO3. Um íon Ca2+ é
equivalente a um íon Mg2+ ou Fe2+ em reação com sabão ou agente de amolecimento como
Na2CO3. Sendo as massas atômicas do cálcio, magnésio e ferro respectivamente 40,0; 24,3 e
55,9 podemos afirmar :
“40 ppm de Ca2+, 24,3 ppm de Mg2+ ou 55,9 ppm de Fe2+ são equivalente à 100 ppm de CaCO3”.

Em termos de sais dissolvidos tem-se:


1 milimol de CaCO3 / L = 100 mg de CaCO3 / L = 100 ppm de CaCO3.

1 milimol / L = 1 milimol de MgCl2 / L = 95,3 mg de MgCl2 / L = 100 ppm de CaCO3


1 milimol / L = 1 milimol de CaSO4 / L = 136 mg de CaSO3 / L = 100 ppm de CaCO3
1 milimol / L = 1 milimol de Ca(HCO3)2 / L = 162 mg de Ca(HCO3)2 / L = 100 ppm de CaCO3

A indicação do valor da dureza da água, pode ser feita através de outras unidades de medidas:
grau francês 1ºF: 10 mg de CaCO3 em 1 litro de água(o mais usado no Brasil)
grau alemão 1ºDH: 10 mg de CaO em 1 litro de água
grau inglês 1ºE: 1 grain de CaCO3 em 1 gallon (U.K.) de água (1 grain = 64,79891 mg e 1 gallon = 4.546 L)

Tabela de conversão das diferentes unidades de Dureza da Água


Graus Franceses (°F) Graus Ingleses (°E) Graus Alemães (°DH) mg/L Ca milimol/L Ca mg/L CaCO3

1,00 0,700 0,560 4,00 0,100 10,0


1,43 1,000 0,800 5,73 0,143 14,3
1,79 1,250 1,000 7,17 0,179 17,9
0,25 0,175 0,140 1,00 0,025 2,5
10,0 7,000 5,600 40,0 1,000 100,0
4

Redução de Dureza

O abrandamento ou amolecimento da água é um processo cujo objetivo é diminuir ou


eliminar a Dureza da Água.

I) Precipitação
O processo é adequado para “águas muito duras”. Para reduzir a Dureza adiciona-se quantidades
calculadas de Cal e Barrilha (carbonato de sódio), para precipitar sais de cálcio e magnésio.

a) A quantidade de cal deve ser suficiente para neutralizar o CO 2 livre e converter o HCO31- em
CO32-. Obs: a Cal dissolvida em água está na forma de Ca(OH)2
1 CO2 + 1 Ca(OH)2  1 Ca CO3 + 1 H2O
2 HCO31- + 1 Ca(OH)2  1 Ca CO3 + 1 CO32- + 2 H2O
1 Ca2+ + 1 CO32-  1 Ca CO3

b) caso os íons CO32- formados pela decomposição dos íons bicarbonatos precipitam apenas
parte do cálcio é necessário acrescentar mais íons CO32- pela adição de Barrilha (Na2CO3).

c) Se a água contem Mg2+ deve-se adicionar Ca(OH)2 suficiente para precipita-lo :


Mg2+ + Ca(OH)2  Mg(OH)2 + Ca2+
o MgCO3 é relativamente solúvel ; em seguida , junta-se barrilha para precipitar o Ca2+ formado.

A adição dos reagentes é feita em tanques em forma de chicanas para que se misturem com a
água, em seguida a mistura percorre, com velocidade muito pequena, grandes tanques onde se
dá a sedimentação dos precipitados; finalmente, filtra-se através de filtros de areia.

Em geral, para aumentar a velocidade de sedimentação adiciona-se a água também um


coagulante como alúmen [KAl(SO4)2·12H2O], aluminato de sódio(NaAlO2), sulfato ferroso (FeSO4)
ou de alumínio[Al2(SO4)3] que, com a cal, dá precipitado floculoso (hidróxido), que sedimenta
rapidamente, arrastando o CaCO3 e o Mg(OH)2 (se a água contem material em suspensão, este
também é arrastado)
O processo não reduz dureza a quantidades inferiores a 20 ppm de CaCO 3, enquanto que o
tratamento pelos trocadores catiônicos pode reduzi-la praticamente a zero. O inconveniente dos
trocadores é que não são econômicos para águas muito duras, as quais implicam em
regenerações freqüentes. Procede-se previamente neste caso, a tratamento simplificado com cal
e barrilha.
5

II) Troca Iônica


Originalmente no amolecimento de água foram empregados os zeólitos. Os zeólitos têm a
propriedade de trocar o sódio, que entra na sua composição, pelo cálcio ou magnésio dos sais
presentes na água. Estes são silicatos naturais cujo retículo gigante é negativamente carregado e
composto de átomos de silício, oxigênio e alumínio, ligados entre si por covalência. A identidade
dos cátions na estrutura do zeólito, não é muito importante, pois sua única função é preservar a
neutralidade elétrica. Esquematicamente:
2 Na1+Z!- + 1 Ca2+  1 Ca2+ (Z1-)2 + 2 Na1+
onde Z1- é uma porção da estrutura do zeólito, que contém uma carga negativa.
Quando a maior parte dos íons Na1+ é substituída, o zeólito precisa ser regenerado. Isso se
consegue fazendo-se passar através de seus grânulos solução saturada de NaCl , que inverte a
reação acima
2 Na1+ + 1 Ca2+(Z1-)2  2 Na1+Z1- + 1 Ca2+
Atualmente há vários tipos de trocadores iônicos sintéticos superiores aos zeólitos. Um dos
primeiros foi obtido tratando-se a huIha betuminosa com ácido sulfúrico fumegante. Introduzindo
grupos sulfônicos(-SO3H) na estrutura do carvão. O produto resultante, em forma de grânulos
pretos, podem permutar o íon hidrogênio do grupo sulfônico, por íons positivos como Ca 2+, Mg2+,
Fe2+, e Mn2+. A regeneração é feita com H2SO4 a 2%.

As resinas de troca iônica são produtos sintéticos, que promovem a purificação da água a nível
químico, com troca de íons contaminantes por íons inertes à solução. Quando colocadas na água,
as resinas de troca iônica poderão liberar íons sódio ou hidrogênio (resinas catiônicas) ou
hidroxila (resinas aniônicas) e captar desta mesma água, respectivamente, cátions e ânions,
responsáveis por seu teor de sólidos dissolvidos, indesejáveis a muitos processos industriais.
Há diversos outros trocadores catiônicos como as resinas obtidas por copolimerizaçao de
estireno e divinilbenzeno e as preparadas por condensação do fenol e formaldeído nas quais se
introduzem os grupos sulfônicos (-SO3H) ou carboxílico (-COOH) para a troca catiônica.
Se uma solução contendo cátions como Na1+ e Ca2+ passa através de uma resina catiônica
ocorrem as reações:
1 RSO3H + 1 Na1+  1 R SO3Na + 1 H1+
2 R SO3H + 1 Ca2+  1 (R SO3) 2 Ca + 2 H1+
(R = radical vinculado ao grupo trocador) isto é, íons Na1+ e Ca2+ são removidos da solução pelos
grupos ácidos e íons H1+ são adicionados a solução. A solução salina (Na 1+ , Ca2+ , Cl1- , SO42- ,
etc) transforma-se em solução ácida (H1+ , Cl1- , SO42- , etc)
6

Nas resinas aniônicas os grupos básicos são geralmente hidróxido de tetraalcoilamônio


[RN(CH3)31+ OH1-]
Se agora a solução ácida (H1+, Cl1-, SO42-, etc ) passar pela resina aniônica o íon hidroxila
desses grupos reage com o íon H1+
1 H1+ + 1 OH1-  1 H2O
e os íons negativos são retidos pelos íons amônio substituídos da estrutura de acordo com as
equações :
1 RN(CH3)31+ OH1- + 1 Cl1-  1 RN(CH3)31+ Cl1- + 1 OH1-
2 RN(CH3)31+ OH1- + 1 SO42-  1 (RN(CH3)31+ )2SO42- + 2 OH1-

O HCl proporciona regeneração da resina catiônica mais rápida e eficaz que o H 2SO4 pois
o CaSO4 é pouco solúvel :
2 (R SO3) 2 Ca + 2 HCl  2 R SO3H + Ca2+ + 2 Cl1-
resina regenerada

As resinas aniônicas podem ser regeneradas usando-se soluções moderadamente


concentradas de hidróxido de sódio .
R(CH3)31+ Cl1- + OH-  R(CH3)31+ OH1- + Cl1-
resina regenerada
III) Osmose Inversa
A Osmose Inversa é obtida através da aplicação mecânica de uma pressão superior à Pressão
Osmótica do lado da solução mais concentrada. As suas principais vantagens foram a redução da
necessidade de regeneração dos leitos de troca iônica e de consumo de resina, além de
significativas reduções de despesas na operação e manutenção destes leitos.

Cálculos de Dureza

Resumo de Fórmulas:
1mg
Dosagem (d) = ....... unidades convenientes: 1 ppm =
á 1L

Dureza (D) = .... unidades convenientes: = 100 ppm de CaCO3


á

Relação entre Dureza e Dosagem

= = = = ............. D = = (mmol/L)

Observação: A unidade de Dureza (D) através da relação acima será mmol/L.


7

Exercícios Resolvidos

1) Certa localidade o abastecimento de água utiliza “água” com dosagem de Sulfato de Cálcio
(CaSO4 , M = 136 mg/mmol) igual a 544 ppm. Calcule a Dureza da água em ppm de CaCO3.

Resolvendo o exercício, temos:

Dosagem: d = 544 ppm = 544 mg/L

Dureza: D = = = 4 mmol/L = 400 ppm de CaCO3

2) Foram dissolvidos 177,6 mg de CaCl2 (M = 111mg/mmol) em um frasco contendo 5 L de água


com dureza 22 ppm de CaCO3. Calcule a dureza da solução após a dissolução de CaCl2.
Resolvendo:
- Cálculo do número de mmols de CaCl2 dissolvidos

n = = = 1,6 mmol

- Cálculo do número de mmols inicias que causam dureza 22 ppm de CaCO3


22 ppm de CaCO3 = 0,22 mmol/L ...... n = D . V = 0,22 mmol/L . 5L = 1,1 mmol

- Cálculo da Dureza final

D= = = 0,54 = 54 ppm de CaCO3

3) Um tanque, contendo 35000 litros de água, recebe 25 g de Ca(NO 3)2, 12,6 g de CaCl2 e 87 g
de NaCl. Qual será o valor da dureza da água do tanque?
Dados: MA: Ca 40,0; N: 14,0; O 16,0: Na: 23,0: Cl: 35,5

Resolvendo: a substância NaCl não altera a dureza da água, portanto a dureza é causada por
Ca(NO3)2 (M = 164,0 mg/mmol) e CaCl2 (M = 111 mg/mmol)
- Cálculo do número de mmols de Ca(NO3)2 dissolvidos

n = = = 152,43 mmol

- Cálculo do número de mmols de CaCl2 dissolvidos

n = = = 113,51 mmol

D= = = 0,076 = 0,76 ppm de CaCO3


8

4) A água mineral “Acqua Panna” apresenta Dureza = 10,6 F .


Calcule a Dureza da água mineral em ppm de CaCO3.
Resolvendo:
Utilizando a tabela de conversão das diferentes unidades de Dureza da Água, temos:

Graus Franceses (°F) mg/L CaCO3

1,0 10,0

D = 10,6ºF . ( ) = 106 = 106 ppm de CaCO3

Exercícios com respostas

1. Um frasco contém 0,999 g de CaCl2 dissolvidas em 2 litros de água com dureza 22 ppm de
CaCO3. Calcule a dureza da solução após a dissolução de CaCl2.

Resposta: 472 ppm de CaCO3.

2. As dosagens, em ppm, das águas designadas por A, B e C está indicada na Tabela abaixo:.
Soluto (ppm)
Água MgCl2 Ca(NO3)2 KCl
A 22 12 135
B 15 30 22
C 7,5 15 110

I) Calcular a dureza da água de maior dureza.


II) Quanto vale a dureza da água C em relação à dureza da água B?
Resposta I: o maior valor é 34 ppm de CaCO3 na água B.
Resposta II: Metade da dureza da água B, devido as concentrações dos sais que causam dureza
à água (cloreto de magnésio e nitrato de cálcio) serem a metade da de B.

3. Uma amostra de água apresenta dureza de 123,8 ppm CaCO3. Isto significa que a essa água
deva conter, necessariamente, o cátion cálcio (Ca2+)? Está correta a afirmação?

Resposta: Não, porque mesmo não contendo Ca2+, a dureza causada por outros íons pode ser
medida em ppm CaCO3.
9

Exercícios Propostos

1) A análise de certa água revelou :


[Ca2+] = 0,001mol / L [Mg2+] = 0,008 mol / L [Na1+] = 0,005 mol / L

[HCO31-] = 0,006 mol / L [CO32-] = 0,005 mol / L [NO31-] = 0,007 mol / L

Qual a dureza desta água em ppm de CaCO3 ?

2) 10 L de uma solução aquosa de MgCl2 têm dureza de 670 ppm CaCO3. Como nessa solução a
água usada tinha dureza zero ppm de CaCO3, calcule a dosagem em ppm de MgCl2 .
Dados: MA: Mg = 24,3

3) A dureza causada pelo sulfato de cálcio ( CaSO4 ) em certa água é 15 ppm de CaCO3 .
Calcule a massa de sulfato de cálcio em 100 m3 dessa água .

4) Qual é a dureza de uma solução aquosa 190,6 ppm de cloreto de magnésio ?


Dados : Mg = 24,3 ; Cl = 35,5

5) Certa água contem dissolvido 41 mg/L de Ca(NO3)2.


a) Quantos mg/L de MgCl2 tem um água de igual dureza que anterior?
b) Qual o valor dessa dureza?
Dados MA: N = 14,0 , O = 16,0 , Mg = 24,3 , Cl = 35,5 e Ca = 40,0.

6) Dadas as águas A, B, C e as respectivas impurezas em dosagens:


IMPUREZA AMOSTRA A AMOSTRA B AMOSTRA C
Cálcio 25 ppm 5 ppm 125 ppm
Magnésio 14 ppm 3 ppm 65 ppm
Sódio 593 ppm 462 ppm 38 ppm
Qual delas apresenta maior tendência de acarretar incrustações nas partes metálicas de um
sistema de aquecimento de água ?

7) A Portaria n° 1.469 do Ministério da Saúde, de 2000, limita a dureza em 500 mg/L CaCO3
como padrão de potabilidade. Este padrão não é muito restritivo, pois uma água com 500 mg/L de
dureza é classificada como “muito dura” mas, por outro lado, uma restrição muito severa pode
inviabilizar muitos abastecimentos públicos que utilizam água dura, por não disporem dos
recursos necessários para a remoção da dureza ou abrandamento da água. Traduza essa
informação em ppm de CaCO3 .
10

8) Dureza é o valor numérico que indica a concentração de sais de cálcio e magnésio presentes
na água, e pode ser expressa em graus alemães (1°dH = 10 mg de CaO/litro de água) ou graus
franceses (1°fH = 10mg de CaCO3/litro de água), sendo que 1°fH vale cerca de 0,56°dH.
a) A água empregada na preparação de soluções químicas utilizadas em processos fotográficos
e na preparação da solução de molhagem offset deve ter dureza controlada, próximo de 8 dH,
caso contrário poderá reagir com as tintas e causar a formação de sabões metálicos insolúveis e,
conseqüentemente, problemas de velatura . Transforme a dureza 8 dH em ppm de CaCO3 .
b) A classificação alemã de dureza da água obedece à seguinte escala: muito mole (0-4 dH),
mole(4-8 dH), ligeiramente dura (8-12 dH), meio dura (12-18 dH), dura (18-30 dH) e muito dura
(acima de 30 dH).
Mantendo a classificação alemã de dureza mude a unidade para ppm de CaCO3 .

9) O pH e dH presentes na água, é um tema muito técnico que interessa ao aquárista de um


modo geral, devido a importância de ambos para a saúde de peixes e plantas de um aquário.
Existe uma escala para medir o pH que compreende de 0 a 14. ( 0 < pH < 7 – água ácida , pH = 7
– água neutra, 7 < pH < 14 – água alcalina. O dH também tem tabela válida de 1 a 15 (escala
alemã), quanto maior mais dura é a água. Existe uma relação muito próxima entre pH e dH, pois
é essa dureza que tende a aumentar ou diminuir o pH da água. Quanto mais dureza (dH) contiver
a água, maior o pH, quanto menor dureza(dH) contiver a água, o pH será menor. Podemos dizer
que na realidade o dH, nada mais é do que uma barreira para evitar o descontrole rápido do pH.
Para os aquáristas em geral o ideal em termos de dH, é mantê-lo entre 4 a 8. Calcule a massa de
Óxido de Cálcio para estabelecer em um aquário que contem 200 L de água , dH = 6 .

10) Dureza cálcica(teor de sais de cálcio e magnésio na água) alta causa turbidez na água e
incrustações em equipamentos e nas superfícies da piscina. Para piscinas de Alvenaria a Dureza
Cálcica muito baixa é crítica, pois pode haver "corrosão" da argamassa, rejuntes, o que
fatalmente desprenderá os azulejos. A Faixa Ideal de dureza cálcica para piscinas que usam
Cloro é 200 a 400 ppm de CaCO3 . Calcule a dureza da água de uma piscina de Alvenaria que
contem 0,003 mol / L de íons de Cálcio e avalie se a quantidade é adequada a piscina .

11) Na amostra de água A a Dureza é causada por CaSO4 cuja dosagem de CaSO4 é 150ppm e
na amostra de água B a Dureza é causada por MgF2 cuja dosagem de MgF2 é 100 ppm.
a) Qual a amostra de água que possui maior Dureza?
b) Se misturarmos volumes iguais das duas ‘águas” qual a Dureza da mistura?

Você também pode gostar