Você está na página 1de 46

COMUNIDADE

E
BIOMAS
Comunidade

Todo lugar na Terra é compartilhado por muitos


organismos que ali coexistem.
Estes organismos estão conectados através das
cadeias alimentares e outras relações
formando um complexo chamado comunidade
biológica (biocenose).
ECÓTONO

É uma região de transição entre


comunidades diferentes em que
coabitam espécies de ambas as
comunidades.
Ex. limite entre uma comunidade de
campo e de mato.
Ecótone
ESPÉCIE DOMINANTE

É a espécie que apresenta o maior


tamanho ou o maior número de
indivíduos de uma comunidade.
Ex. aguapé (Eichornia sp) em uma
comunidade aquática.
ESPÉCIES CHAVES
São espécies cuja presença ou ausência
determina a existência de outras espécies.
Ex.: Mutualistas chave.
Predadores chave.
Modificadores chave, etc..
SUCESSÃO ECOLÓGICA

As comunidades ecológicas não são


estáticas ao longo do tempo, passam
por alterações graduais e contínuas.
Esse processo de contínua alteração
dos ecossistemas denomina-se
sucessão ecológica.
COMUNIDADE PIONEIRA OU ECESE
São as primeiras espécies que chegam a um local desabitado. São populações
colonizadoras que possibilitam a futura ocupação de novos seres.
Em geral são cianobactérias e líquens.

COMUNIDADES INTERMEDIARIAS SERES ou SERIES


São comunidades intermediárias posteriores às espécies pioneiras. Enquanto a
comunidade não se estabilizar, são chamadas de series ou seres.

COMUNIDADE CLÍMAX
É o estágio final da sucessão ecológica.
O número de espécies, teias alimentares, nichos, relações ecológicas e
biomassa, tende a ser maior que nos estágios anteriores.
A comunidade clímax estará em equilíbrio dinâmico ou homeostase.
Ex. floresta tropical, savana, cerrado, etc.
SUCESSÃO ECOLÓGICA
BIODIVERSIDADE
A diversidade de espécies tende:
- a aumentar com o tamanho da área e das
latitudes altas para o equador.
- tende a ser reduzida em comunidades bióticas
degradadas.
- Também pode ser reduzida pela competição
em comunidades antigas e ambientes físicos
estáveis e com pequena variedade de habitats.
DIVERSIDADE E PRODUTIVIDADE
TIPOS DE SUCESSÃO
Primária: é a sucessão que ocorre numa
região estéril, sem vida anterior. Ex.:
região abiótica em decorrência de um
vulcanismo.
Secundária: é a sucessão que ocorre em
ambientes onde as comunidades foram
anteriormente destruídas, por queimadas,
mineração, terraplenagem, etc.
FATORES ECOLÓGICOS
- São características do ambiente que
influenciam na distribuição geográfica e no
desenvolvimento das diferentes espécies de
seres vivos.
- Os fatores podem ser:
- abióticos (condições climáticas, edáficas
e químicas do meio).
- bióticos (interações entre os seres vivos).
INFLUÊNCIA DOS FATORES ECOLÓGICOS
a) eliminam certas espécies dos territórios, cujas
características climáticas e físico-químicos lhes forem
desfavoráveis. Portanto, intervém em sua distribuição
geográfica.
b) b) modificam as taxas de natalidade e mortalidade das
diversas espécies, atuando sobre os ciclos de
desenvolvimento e provocando migrações, agindo sobre a
densidade das populações.
c) c) favorecem o aparecimento de modificações adaptativas:
quantitativas e qualitativas, como a diapausa, hibernação,
estivação, etc..
Relações Ecológicas bióticas

Classificação dasRelaçoes Ecológicas Tipos de Relaçoes Ecológicas

Intraespecíficas Harmônicas Sociedade -


Colônia -
Intraespecíficas Desarmônicas Competição -
Canibalismo -
Interespecíficas Harmônicas Mutualismo –
Protocooperação -
Comensalismo -
Interespecíficas Desarmônicas Amensalismo –
Parasitismo –
Predação –
Competição -
Gráfico predador x presa
Princípio de Gause ou Princípio da Exclusão
Competitiva
A competição entre duas espécies que exploram
o mesmo nicho ecológico pode levar a três
diferentes situações:
I) uma das espécies se extinguir;
II) uma ou ambas espécies serem expulsas do
território;
III) uma ou ambas espécies adaptarem seus
nichos ecológicos em função da competição
HOMEOSTASE

É a habilidade de um organismo ou de
um ecossistema manter condições
internas constantes em um ambiente
externo variante.
LEI DO MÍNIMO
Liebig (1840) estudando o crescimento
das plantas afirmou:
“O crescimento dos vegetais é limitado
pelo elemento cuja concentração é
inferior ao valor mínimo, abaixo do
qual as sínteses não podem mais
ocorrer.
FATOR LIMITANTE

É um fator ecológico que desempenha


um papel limitante quando está
ausente, reduzido, abaixo de um
mínimo critico ou se excede o nível
máximo tolerável.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
Lei da tolerância de Shelford.
Shelford (1911) estudando o ciclo
reprodutivo de um inseto, afirmou:
“Cada ser vivo apresenta, em função
dos diversos fatores ecológicos,
limites de tolerância, entre os quais
situa-se o seu ótimo ecológico”.
VALÊNCIA ECOLÓGICA

É a capacidade da espécie suportar a


variação de fatores ecológicos.
Pode variar de uma espécie para outra, bem
como, variar numa mesma espécie em
função do estágio de desenvolvimento.
Para cada fator ecológico, as espécies
respondem de diferentes maneiras.
VALÊNCIA ECOLÓGICA

Para definir o grau relativo de


tolerância utiliza-se o prefixo
- euri para amplo, largo.
- esteno para estreito, pouco.
ex. valência a salinidade: estenoalina -
eurialina.
Biomas
• São grandes regiões que apresentam
características distintas, que propicia o
desenvolvimento de espécies adaptadas às
condições locais;
• Os biomas distribuem-se na superfície
terrestre, basicamente, em função da latitude;
• Esta distribuição, além de outros fatores, é
devida à variação do clima;
Biomas Terrestres
• Tundra:
– Localizada nas regiões de gelo permanente;
– Ausência de árvores e solo esponjoso e acidentado;
– Cadeias alimentares relativamente curtas;
• Florestas coníferas (Taiga):
– Limita o domínio da tundra;
– Vegetação pouco diversificada;
– Predomínio de pinheiros e outras espécies de
coníferas;
– Solos normalmente ácidos e pobres em minerais
Tundra
Taiga
Florestas Temperadas
– Ecossistema característico da Europa e Estados
Unidos da América;
– Ocorre em regiões de clima moderado;
– Árvores que perdem as folhas no inverno;
– A vegetação mais baixa, como arbustos, é bem
diversificada.
• Florestas Tropicais:
– Formam um bioma descontínuo em regiões isoladas;
– Temperatura constante ao longo do ano;
– Grande variedade de espécies animais e vegetais;
– Precipitação elevada.
Floresta temperada
Florestas tropicais
Climas úmidos e quentes com estações
chuvosas longas.
Vegetação perenefolia com grande
estratificação.
Fauna muito diversificada espécies e hábitos
Grandes mamíferos são raros.
Florestas tropicais
Campos
– Predominância de vegetação herbácea;
– Dividem-se em dois tipos principais:
• Estepe predomínio de gramíneas
• Savana arbustos e pequenas árvores;
– A fauna das savanas incluí os grandes herbívoros e
os carnívoros, além de grandes aves corredoras;
• Desertos:
– Regiões áridas de vegetação rara;
– Ocorre em regiões de baixa precipitação;
– A baixa precipitação é devida à alta pressão e á sua
localização (atrás de altas cadeias montanhosas).
Campos
Desertos
Regiões áridas de vegetação rara e espaçada
com predominância do solo nu.
Clima seco e quente com chuvas muito raras.
Grande variação diária de temperatura.
Vegetação – arbustos caducifólios, cactos e
suculentas.
Fauna – muitos répteis, poucos mamíferos e
algumas aves.
Desertos
Biomas Aquáticos
• Água doce (Concentração de sais < 0,5 g/L):
– Lóticos (Rios, nascentes e corredeiras);
– Lênticos (Lagos e Pântanos)
• Água Salina (Concentração de sais > 0,5 g/L):
– Oceanos concentração de sais de 35 g/L;
– Estuários concentração de sais entre
0,5 e 35 g/L;
• Fatores limitantes nos biomas aquáticos:
– Nutrientes, Luz e oxigênio.
PEGADA ECOLÓGICA "Ecological Footprint".

Pegada ecológica é uma expressão traduzida do


inglês ecological footprint e refere-se, à quantidade de
terra e água (medida em h [hectares]) que seria
necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em
conta todos os recursos materiais e energéticos, gastos
por uma determinada população.
O termo foi primeiramente usado em 1992 por
William Rees, um ecologista e professor canadense da
Universidade de Colúmbia Britânica e seu aluno de
doutorado Mathis Wackernagel.
Em 1995, Wackernagel e Rees publicaram o livro
chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human
Impact on the Earth.
O que é Pegada Ecológica
(conceito)
Pegada Ecológica é o impacto, rastros ou as
consequências deixadas pelas atividades
humanas (comércio, indústria, agricultura,
transportes, consumo) no meio ambiente.
Quanto maior a pegada ecológica de uma
atividade, mais danos causados no meio
ambiente.
Cálculo
O cálculo da pegada ecológica é importante, pois podemos
medir, comparar e administrar o uso dos recursos naturais
através da economia. Neste cálculo (gha) considera-se:
- Área arável usada para produzir alimentos para a população;
- Área usada em pastagens;
- Área usada para urbanização;
- Área verde que deve ser disponibilizada para a absorção do
CO2 produzido pelas atividades;
- Área de florestas para fornecer recursos naturais,
principalmente madeira.
- Área para tratamento e disposição de residuos,
- etc...
Biocapacidade

A biocapacidade é a capacidade que o planeta


apresenta de absorver os resíduos gerados
produzir novos recursos naturais úteis.
Dicas para diminuir a pegada ecológica do
planeta:
- Consumo sustentável e consciente;
- Economia de energia;
- Reciclagem do lixo;
- Economia e reuso da água;
- Reutilização de produtos;
- Compra de móveis de madeira certificada;
- Evitar ao máximo o desperdício, principalmente de
alimentos;
- Diminuição do uso de meios de transportes que usam
combustíveis fósseis
PEGADA ECOLÓGICA per capita
é a quantidade de água e terra biologicamente
produtiva necessária para fornecer a cada
pessoa os recursos que ela usa e para
absorver os resíduos gerados com o uso
desses recursos.
As pegadas ecológicas da humanidade
ultrapassam a capacidade ecológica da terra
de repor seus recursos renováveis e de
absorver os resíduos em cerca de 21%.

Você também pode gostar