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MÚSICA NOTA 10

PIANO POPULAR E
TECLADO
Metodologia prática e eficiente
José Luís da Silveira
Uberaba – MG 2011

O curso de Piano popular e Teclado, trás para o estudante a oportunidade de aprender


música e desenvolver um repertório agradável. Construído a partir de estudos práticos e
teóricos, o aluno toma conhecimento dos princípios básicos e adquire capacidade
evolutiva, aprimorando seu desempenho musical a cada nova lição.
PIANO POPULAR E TECLADO

PIANO POPULAR E TECLADO

Autor:
José Luís da Silveira

Editado por:
Música nota 10

Copyright © 2011 José Luís da Silveira


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conteúdo presente neste método é vinculada somente ao autor do mesmo.
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Embora toda precaução tenha sido tomada na preparação deste material, a editora e o autor em
busca de aprimoramento contínuo do conteúdo se prevalecem do direito de eventuais
atualizações.

Dedico está edição aos


estudantes de música,
em especial aos meus
alunos e a todos que
colaboraram direta
e indiretamente para a
realização desse trabalho.

José Luís da Silveira 1


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SUMÁRIO

PREFÁCIO ................................................................................................................................................................................................ 3

ANDAMENTO MUSICAL .................................................................................................................................................................... 4

NOMES DOS ANDAMENTOS .......................................................................................................................................................... 6

VARIAÇÕES DE ANDAMENTO ........................................................................................................................................................ 8

RITMO / COMPASSO / ANDAMENTO ....................................................................................................................................... 9

TONS RELATIVOS ...............................................................................................................................................................................10

ESCALAS MENORES ..........................................................................................................................................................................11

DINÂMICA MUSICAL ........................................................................................................................................................................13

VARIAÇÃO DE DINÂMICA ..............................................................................................................................................................14

ACENTOS MÉTRICOS ........................................................................................................................................................................14

SÍNCOPE ................................................................................................................................................................................................15

CONTRATEMPO ..................................................................................................................................................................................16

ANACRUSE ............................................................................................................................................................................................16

TACET ......................................................................................................................................................................................................17

FRASE MUSICAL..................................................................................................................................................................................17

REPERTÓRIO

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Módulo 4

PREFÁCIO

Estamos iniciando mais um módulo do Piano Popular e Teclado. Já passamos da metade


do nosso curso. Vamos aprender novas matérias, aumentaremos nosso conhecimento em teoria
musical e assim, teremos a oportunidade de ampliar o nosso repertório com belíssimas canções.
A música é uma linguagem universal sem fronteiras. A nossa vontade e inspiração nos
move a vencer desafios e ultrapassar limites. Com estudo e interesse, a cada música o aluno terá
uma nova conquista alcançada. Isso trará muita alegria para seus estudos.
É com muita satisfação que trago mais novidades para você, e te desejo muito sucesso em
seus estudos!

Prof. José Luís da Silveira

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LIÇÃO 1

ANDAMENTO MUSICAL

Andamento é a velocidade com que tocamos a música.


O andamento é indicado tradicionalmente por palavras de origem italiana, pois foram os italianos
que no século XVIII, atribuíram esses termos à música. Estes termos são escritos no início do
trecho cujo o andamento deve ser indicado, logo acima da pauta musical.

Metrônomo
Existe um aparelho que indica, com exatidão o andamento. Esse aparelho é o
Metrônomo. A figura a seguir ilustra um aparelho tradicional, com um mecanismo semelhante a
um relógio e que depende de corda, como os relógios antigos.

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Hoje, entretanto, encontramos os metrônomos eletrônicos que são mais práticos e


funcionam com uma bateria 9v.

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. Além de alguns instrumentos como teclados e pianos eletrônicos, já estarem acoplados


com metrônomos em seu painel. Temos sites que disponibilizam um metrônomo online, e
também aplicativos que são fáceis de configurar e bem eficientes.
Geralmente a marcação da velocidade na execução das partituras é feita da seguinte maneira:
Usamos a abreviatura bpm para dizer ‘batidas por minuto’. Então se aparecer o termo 120 bpm,
isso quer dizer que a música deverá ter o andamento de 120 batidas ou pulsações dentro de cada
minuto.
A velocidade do aparelho é normalmente graduada de 30 a 230 bpm (batidas por minuto).
O metrônomo foi inventado no princípio do século XIX, pelo mecânico austríaco Johann
Nepomuk Maelzel. Por isso, até bem pouco tempo as indicações metronômicas nas partituras
eram feitas assim:

Sendo que o M.M. é a abreviatura de “Metrônomo Maelzel”.


Maelzel era amigo de Beethoven, que foi o primeiro compositor a usar indicações de bpm em
suas composições. Então, toda indicação encontrada em música anterior a Beethoven deve ser
atribuída ao revisor da obra e não ao seu autor.
Hoje as indicações são mais abreviadas.
Exemplo:
NOMES DOS ANDAMENTOS

Nomenclatura
Os andamentos quando sofrem variações de velocidade, recebem nomenclaturas
diferentes. Esses nomes de andamentos são usados também para sugerir na partitura, a forma que
o autor pretende que sua música seja interpretada.

Os andamentos variam desde os bem vagarosos até os muito rápidos.

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Graduações de andamento

Além disso, costumamos acrescentar palavras que exprimem o caráter da música.

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Outras expressões de caráter musical:

• Con anima = com alma, com disposição


• Giocoso = jocoso, irônico
• Risoluto = resoluto, decidido
• Scherzando = brincando
• Tranquilo = tranquilo

Ou ainda, em algumas partituras mais antigas, os andamentos eram indicados com nomes de
danças ou estilos musicais:

• Tempo di polca
• Tempo di mazurca
• Tempo di waltzer
• Tempo di marcha,
etc.
LIÇÃO 2

VARIAÇÕES DE ANDAMENTO

Expressões
No decorrer da música o andamento pode sofrer alterações de velocidade momentâneas,
conforme a expressão do trecho musical. Essas alterações são indicadas por palavras ou por
abreviaturas

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Aumentando a velocidade
Accellerando.....................accel.
Affretando.........................affret.
Stretto................................stret.

Diminuindo a velocidade
Allargando.........................allarg.
Rallentando.......................rall.
Ritenuto.............................rit.

Após qualquer modificação do andamento, indica-se a volta à velocidade inicial por uma
destas expressões:

 A tempo
 1º tempo
 In tempo
 Tempo 1º
 Comme prima
 Tempo primo

RITMO / COMPASSO / ANDAMENTO

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Cuidado para não confundir de maneira alguma esses conceitos. Os três conceitos
existem simultaneamente em qualquer música, entretanto guardam suas diferenças:

 Ritmo: é a maneira como se sucedem os valores de tempo na música.


 Compasso: é a divisão da música em pequenos grupos de duração de tempo.
 Andamento: é a velocidade com que a música ou parte dela deve ser executada.

No exemplo acima:

Ritmo:
Compasso: 2 por 4
Andamento: 120 bpm

LIÇÃO 3

TONS RELATIVOS

Se observarmos atentamente notaremos que as mesmas notas que formam a escala de dó


maior são as mesmas que formam a escala de lá menor,

Através dessa relatividade entre escalas maiores e menores naturais descobrimos as


possibilidades do uso das escalas menores.

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ESCALAS MENORES

As escalas do modo menor, têm três formas de se apresentarem:

 Menor Natural
 Menor Harmónica
 Menor Melódica

Escala menor natural


A escala menor natural pode ser formada a partir da sexta nota de uma escala maior:

Tomando como exemplo a escala Dó maior:


DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ

Podemos formar a escala menor natural de Lá menor:


LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ

Ou ainda tomando a escala de Sol maior:


SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ# SOL

Podemos formar a escala menor natural de Mi menor:


MI FÁ# SOL LÁ SI DÓ RÉ MI

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O esquema mostrado acima, vale para todas as outras escalas.

As escalas com sustenido são:

As escalas com bemóis são:

Escala menor harmônica


Sua ordem ascendente é igual à ordem descendente, altera-se meio-tom o 7º grau na
ordem ascendente e na ordem descendente.

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Este exemplo sobre a escala de Lá menor na sua forma harmónica, indica em vermelho os
graus de meio-tom. Comparando com a sua relativa maior (DÓ) verifica-se que entre o graus 6º e
7º existem um tom e meio, e entre os graus 7º e 8º somente meio-tom.

Escala menor melódica


Esta escala é utilizada em duas ordens, uma ascendente e outra descendente.
Na ordem ascendente o 6º e 7º graus, não mantem entre si as mesmas alterações na ordem
descendente.

Este exemplo sobre a escala de Lá menor na sua forma melódica, indica em vermelho os
graus de meio-tom. Comparando com a sua relativa maior (DÓ) verifica-se que entre o graus 5º e
6º foram alterados para 1 tom, e os graus 7º e 8° foram alterados para meio tom. Na ordem
descendente estes acidentes desfazem-se.
LIÇÃO 4

DINÂMICA MUSICAL

A intensidade em que tocamos as notas pode variar ao longo de uma música. A isso
chamamos de dinâmica. A intensidade é apresentada com sinais que indicam expressões em
italiano.

 ff - fortíssimo. A intensidade é muito forte


 f - forte. A intensidade é forte.
 mf - mezzo forte. A intensidade é moderadamente forte.
 mp - mezzo piano. A intensidade é moderada.
 p - piano. A intensidade é baixa.
 pp - pianíssimo. A intensidade é muito baixa.

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VARIAÇÃO DE DINÂMICA

Podemos variar a dinâmica de forma gradativa durante uma execução musical, conforme
os temos a seguir:

Crescendo
Aumenta gradualmente a intensidade do toque.
Aum. Cresc.

Diminuindo
Diminui gradualmente a intensidade do toque.
Dim. Decresc.

ACENTOS MÉTRICOS

Tempo forte e tempo fraco


Os tempos de um compasso recebem diferentes acentos métricos. O primeiro tempo
sempre é percebido como o mais acentuado (comumente chamado de “tempo forte”).

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É preciso ressaltar que um acento métrico é um fator perceptivo e não se trata de um acento de
dinâmica. As notas não devem necessariamente ser executadas com mais intensidade porque
coincidem com o primeiro tempo.

Nos próximos exemplos, vamos analisar os acentos métricos existentes nos compassos binários,
ternários e quaternários.
Tradicionalmente o compasso binário é percebido como a alternância de um tempo forte e um
tempo fraco.

O compasso binário e sua alternância entre forte e fraco.

O compasso ternário consiste de ciclos de um tempo forte e dois fracos:

O compasso quaternário possui um acento no primeiro tempo e demais tempos fracos.

Os tempos também podem ser subdivididos em partes fortes e fracas. Nesse caso, a primeira nota
do compasso recebe acentuação ligeiramente mais forte que as outras notas também fortes.

LIÇÃO 5

SÍNCOPE

A Síncope acontece quando uma nota executada no tempo fraco ou parte fraca do tempo
é prolongada até o tempo forte seguinte. Assim, o tempo forte estará preenchido com os "restos"
de som da nota anterior. Quando isso ocorre, temos a síncope. Veja:

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CONTRATEMPO

Um contratempo é o efeito resultante da execução de um som no tempo fraco (ou parte


fraca do tempo), cujo som é seguido de uma pausa no tempo forte (ou na parte forte do tempo).
Se no tempo forte ou parte forte não tiver nota nenhuma, e sim uma pausa (silêncio), teremos um
contratempo.

Exemplos de notas tocadas no tempo:

Exemplos de notas tocadas no contratempo:

LIÇÃO 6

ANACRUSE

Anacruse é um compasso inicial com os tempos incompletos, onde à nota ou sequência


de notas não condizem com a formula de compasso.
Quando a música se inicia com anacruse, o compositor ou arranjador deve atribuir um número
complementar de tempos no último compasso para obedecer a quantidade de tempo da formula
de compasso. Não é incomum que uma composição inicie com um compasso incompleto.
Frequentemente o primeiro compasso pode conter somente um ou dois tempos representando os
tempos finais de um compasso. Coletivamente, estes tempos precedendo o primeiro compasso
completo são chamados de anacruse:

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Frequentemente, o último compasso de uma obra que inicia com anacruse também será
incompleto, com uma duração que completa a duração da anacruse.

TACET

Significa silêncio, interrupção de certa voz ou instrumento em determinado trecho da


música. Aplicada com mais frequência no acompanhamento musical.

LIÇÃO 7

FRASE MUSICAL

A frase musical é um trecho dotado de sentido próprio. É através do fraseado que


separamos o começo e o fim de cada ideia dentro da música, e assim, a composição pode ter suas
várias nuanças compreendidas separadamente.
Semelhante à fala humana, onde dividimos nossos textos e argumentos em frases, para
serem melhores entendidos. Na música fazemos a mesma coisa, dividindo-a em frases musicais.
A música deve ser sentida e também entendida. Só assim apreciaremos e observaremos com
clareza o sentimento e a intenção do autor ao criar a obra.
Legato

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O legato é também chamado de ligadura de expressão. Ele é diferente da ligadura de


prolongamento onde era colocada ligando notas de mesma altura. Agora vamos estudar uma
ligadura que liga frases, por isso, aparece sobre ou sob notas diferentes. O legato indica a
existência de uma frase musical, que deve ser interpretada com um sentido único, ligando cada
nota dentro da frase.
Dependendo do instrumento a que se refere, ela ainda pode indicar uma técnica de execução.
Exemplo: Numa partitura para violino as notas devem ser executadas com uma só arcada, numa
partitura para canto ou flauta as notas devem ser executadas com um só fôlego e assim por
diante.

Stacatto
O stacatto é também chamado de ponto de diminuição. Ele está relacionado com a
articulação entre os sons. O staccato implica que as notas sejam tocadas destacadas umas das
outras. Os sons ficam mais curtos e tocam-se bem separados.
Para representar o Staccato é colocado um ponto por baixo da figura (ou por cima se a
figura estiver invertida). Esse ponto diminui a metade do valor da nota.

Veja uma peça musical com Legato e Staccato.

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Fermata

A fermata é escrito sobre notas ou pausas. Ela aumenta o valor da figura em no mínimo
100%. Diferente da ligadura e do ponto de aumento, o tempo acrescido por ela não é contado no
compasso. Em outras palavras, ela funciona como uma breve suspensão na contagem da música.

Fermata sobre barra de compasso


A fermata também pode ser utilizada para criar uma breve interrupção entre 2 compassos.

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Bibliografia

Ritmo – Bohumil Med


Guia teórico e prático I – Pozzoli
Guia teórico e prático II – Pozzoli
Arranjo (Método prático) – Ian Guest
Curso Condensado de Harmonia Tradicional - Paul Hindemith
Compendio de teoria elementar da música – Osvaldo Lacerda
O livro do músico – António Adolfo
Harmonia & Improvisação I – Almir Chediak
Harmonia & Improvisação II – Almir Chediak
Princípios básicos da música – Maria Luísa de Mattos Priolli
Pesquisas musicais complementares – Wikipédia

Parabéns!
Concluímos mais um módulo do nosso curso.
As próximas etapas esperam pelo seu sucesso.

Prof. José Luís da Silveira

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OUTROS CURSOS DO AUTOR

 Harmonia e Improvisação

 Harmonia Funcional

 Piano e Teclado Blues

 Piano e Teclado Gospel

 Arranjo e Composição

 Técnicas para Acompanhamento

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