Cadernos PDE
Resumo:
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1 Professora Pedagoga da Rede Estadual de Ensino do Paraná, Colégio Estadual Padre José de Anchieta - EFM participante
do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) da SEED, em 2013/2014.
2 Orientadora PDE da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Pr.
Introdução:
O presente artigo contempla a participação dos professores do município de
Jaguariaíva e cidades vizinhas pertencentes à rede Estadual de Educação Básica do
Estado do Paraná. Nosso objetivo além de cumprir as exigências para a conclusão
do Programa de Desenvolvimento Educacional conhecido como PDE do Governo do
Estado do Paraná, também contribuiu para a discussão acerca da temática
avaliação da aprendizagem e do ensino, protagonizado pelo estudo e discussão dos
critérios e instrumentos de avaliação utilizados nas escolas, bem como as
possibilidades de mudança de práticas descontextualizadas e que não mais
atendem as exigências impostas pelos sujeitos da educação escolar de hoje.
A avaliação é uma atividade desempenhada pelo homem antes mesmo de se
instituir o processo de ensino e de aprendizagem formal. A função da avaliação
segundo Luckesi (Vídeo Avaliação da Aprendizagem – Cipriano Luckesi Edições SM
Brasil) “é obter o sucesso, seja ele em qualquer setor”. Esta atividade intitulada
avaliação primeiramente de forma naturalizada serve para comparar, julgar para
uma decisão futura ou imediata e sequencialmente acertar o caminho a prosseguir.
Esta prática aconteceu na escola por volta do século XVI com características
de seletividade, já que a escola começou a ampliar o seu atendimento as pessoas
(crianças e adolescentes), o que se perpetua até o século XXI.
Compartilhando dos conceitos colocados pelo autor entendemos também que para
compreender esse movimento dialético em que o professor e o aluno se tornam sujeitos
interativos no processo avaliativo, superando concepções da educação tradicional que
tornava o educando passivo e da escola nova onde o educando era o sujeito ativo, ambas
valorizando somente um dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, partimos
para um novo modelo de concepção da escola, crítica e progressista, onde ela se torna um
espaço responsável pela socialização e apropriação do saber pelas camadas menos
favorecidas da sociedade, buscando alcançar uma equalização social através do acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade, daí a função da avaliação que exige no seu
desenrolar a necessidade de estarmos abertos as aventuras provenientes do processo
educativo, idas e vindas, articulações necessárias à prática, compreensão da concreticidade
e da abstração do processo de avaliação. Esta compreensão de que falamos nos tornam
responsáveis por entender a avaliação, suas formas, conceitos e categorias para que então
possamos desenvolver uma metodologia avaliativa que de conta de transformar a avaliação
num momento de diagnóstico e crescimento do ensino e da aprendizagem.
Segundo o PPP da escola que se concretizou este estudo fica claro que a avaliação é
marcada por um posicionamento dialético e crítico, tendo como base a LDB 9394/96 e as
DCEs.
“A avaliação deve ser concebida como instrumento diagnóstico, formal e informal e, como tal,
permite ao professor rever os seus procedimentos diários e ao aluno, rever suas dificuldades e
perceber seus avanços. Inerente à educação e indissociável dela, a avaliação é essencial
quando concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. Ao avaliar,
nessa perspectiva, o professor utilizar-se-á de inúmeros instrumentos. Para isso, é fundamental
o acompanhamento diário dos alunos e o registro frequente dos resultados de suas produções,
através de atividades diversificadas que possibilite a observação dos diversos processos
cognitivos dos alunos como memorização, observação, percepção, descrição, argumentação,
análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.
Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os
propósitos e a dimensão do que se avalia. Os conteúdos selecionados para cada série são
importantes para formação total do aluno, sendo necessário utilizar todos os recursos para que
ele aprenda. Caso a aprendizagem não ocorra, é preciso investir esforços na recuperação de
estudos, ou seja, retomar o conteúdo, modificar os encaminhamentos metodológicos, enfim
buscar um novo resultado, um sentido para recuperação da nota que seja a recuperação de
conteúdo.” (Paraná, SEED, PPP Colégio Anchieta, 2012, p.30).
A função social da escola nesta última década vem para buscar atender a
emancipação do sujeito, mas que isso, diríamos que a própria emancipação
humana, que consequentemente depende da emancipação política advinda da
formação para a cidadania. Contudo mesmo com o auxílio da Sociologia nossa visão
de educação emancipadora é simplista e está longe de alcançar uma efetividade
promissora na formação de nossos educandos. A avaliação como foco de um
problema em nossos estabelecimentos de ensino tende a ser teorizada por muitos,
porém para melhorar o conhecimento sobre ela e minimizar algumas situações que
acabam interferindo numa prática de avaliação consciente, tendo como foco a
melhoria do ensino, teremos que investir na formação do docente.
uma avaliação formativa informa os dois principais atores do processo. O professor, que será
informado dos efeitos reais de seu trabalho pedagógico, poderá regular sua ação a partir disso.
O aluno, que não somente saberá onde anda, mas poderá tomar consciência das dificuldades
que encontra e tornar-se-á capaz, na melhor das hipóteses, de reconhecer e corrigir ele próprio
seus erros. (2001, p.20).
Esteban esclarece:
A avaliação formativa pode ser integrada a um processo classificatório, ao mesmo tempo
em que oferece condições para potencializar as dimensões reflexivas e cooperativas
indispensáveis a uma avaliação numa perspectiva emancipatória. Não basta afirmar a
avaliação formativa como um processo melhor para a avaliação dos conhecimentos e para a
regulação das aprendizagens. É preciso explorar esse conceito, expressando com clareza as
características que deve assumir a fim de participar de um amplo processo de democratização
da dinâmica pedagógica, que envolve o aprofundamento da perspectiva crítica no debate sobre
as funções da escola, seu currículo e suas práticas cotidianas. (2008, p.12).
FONTE:http://www.youtube.com/watch?v=G5VEkMf5DRk&hd=1Acesso em 30/11/13
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. 10ª ed. Porto Alegre: Mediação,
2008.