Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Januário Ernesto
O Candidato: O Supervisor:
Januário Ernesto Dr. José Salesio Manuel Paulo
Código: 708121717
O Candidato O Supervisor
_____________________ _______________________
Januário Ernesto Dr. José Salesio Manuel Paulo
_____/_____/201____ ______/_____/201____
EPÍGRAFE
Agradecimentos ................................................................................................................... i
Dedicatória .......................................................................................................................... ii
Lista de Abreviaturas ......................................................................................................... iii
Índice de Tabelas e Gráficos .............................................................................................. iv
Resumo ............................................................................................................................... v
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1
1.1.Delimitação do Tema .................................................................................................... 2
1.2.Justificativa ................................................................................................................... 2
1.3.Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.3.1.Objectivo Geral .......................................................................................................... 3
1.3.2.Objectivos Específicos ............................................................................................... 3
1.4.Problematização ............................................................................................................ 3
1.4.1.Questões de Pesquisa ................................................................................................. 4
1.5.Hipóteses ....................................................................................................................... 4
1.5.1.Hipótese Básica .......................................................................................................... 4
1.5.2.Hipótese Secundária................................................................................................... 4
1.6.Limitações da Pesquisa ................................................................................................. 5
1.7.Considerações Éticas do Trabalho ................................................................................ 6
CAPITULO II: QUADRO TEÓRICO E CONCEIPTUAL ............................................... 7
2.1. Quadro Teórico ........................................................................................................ 7
2.1.1.Teoria de Burocracia .................................................................................................. 7
2.1.1.1.Caracteristicas da Burocracia .................................................................................. 8
2.1.1.2.Vantages da Burocracia .......................................................................................... 8
2.1.1.3.Disfunções da Burocracia ....................................................................................... 9
2.1.2.O Modelo da Nova Gestão Pública .......................................................................... 10
2.1.2.1.Os benefícios da Nova Gestão Pública ................................................................. 11
2.1.3.Gestão Meritocrática na Administração Pública...................................................... 12
2.1.3.1.Origens e Dimensão Histórica da Meritocracia .................................................... 12
2.1.3.2.Avaliação de Desempenho e a Meritocracia ......................................................... 14
2.1.3.2.1.Factores de Fracasso na Avaliação do desempenho .......................................... 14
2.1.3.3.2.Factores de Sucessos na Avaliação do Desempenho ......................................... 15
2.1.3.3.A Gestão Estratégica de Pessoas Baseada na Meritocracia .................................. 16
2.1.3.3.1.Gestão de Pessoas .............................................................................................. 16
2.1.3.2.Gestão Estratégica de Pessoas .............................................................................. 17
2.2.Quadro Conceptual ..................................................................................................... 18
2.2.1.Meritocracia Profissional ......................................................................................... 18
2.2.2.Administração Pública ............................................................................................. 19
2.2.3.Gestão Estratégica de Pessoas ................................................................................. 19
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................ 21
3.1.Metodologia ................................................................................................................ 21
3.2.Técnica de Colecta de Dados ...................................................................................... 22
3.2.Universo e Amostra da Pesquisa................................................................................. 23
3.2.1.Universo ou a População ......................................................................................... 23
4.2.2.Amostra .................................................................................................................... 24
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ..................................... 26
4.1.Meritocracia Profissional na Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia (SDMP) no
Âmbito da Gestão Estratégica de Pessoas. ....................................................................... 26
4.1.1.O Papel da Meritocracia Profissional na Gestão Estratégica do Pessoal ................. 27
4.1.2.Factores do Fraco Aprimoramento das Práticas Meritocráticas .............................. 29
4.1.3.Caracterização dos Procedimento do Processo de Avaliação do Desempenho ....... 31
4.1.4.Influência que pode trazer a Meritocracia Profissional na SDMP, na Gestão
Estratégica do Pessoal ....................................................................................................... 34
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DAS HIPÓTESES ........................................................... 37
5.1.Hipótese Base: ............................................................................................................ 37
5.2.Hipóteses Secundários: ............................................................................................... 37
CAPITULO VI: CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 39
6.1.Conclusões .................................................................................................................. 39
6.2.Recomendações........................................................................................................... 39
6.2.1.Aos Gestores do Pessoal/Recursos Humano............................................................ 39
6.2.2.Aos Avaliadores do Desempenho Individual .......................................................... 40
6.2.3.A Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia .......................................................... 40
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 42
Fontes Primárias................................................................................................................ 42
Fontes Secundárias............................................................................................................ 42
Livros ................................................................................................................................ 42
Sites da Internet................................................................................................................. 43
Paginas Oficiais ................................................................................................................ 44
Agradecimentos
Meus agradecimentos à Deus todo-poderoso pela vida, saúde, forças não obstante, aos meus
progenitores, Ernesto Lucas e Cristina Victor que desde a idade tenra proporcionara-me amor,
carinho, educação e conselhos de vida, de igual modo votos de agradecimentos ao meu irmão
mais novo Belito Ernesto.
Ao Dr. José Salésio M. Paulo, pela supervisão e orientação sábia na produção do presente
trabalho.
São extensivos os meus agradecimentos às Irmãs Filhas de Jesus, especialmente a Ir. Pilar de la
Puerta, ao reverendo bispo Don Luíz Fernando Lisboa e ao amigo/irmão Dr. Atanásio Fabrino
pelos grandes contributos apoio moral e material. Assim como ao amigo pessoal Dr. Eugénio
Fonseca Namauer pelos ricos conselhos de vida, com esses pude contornar com sucesso os
obstáculos durante a caminhada académica e profissional.
i
Dedicatória
Afincadamente, dedico este trabalho a minha filha primogénita Cristina Januário Ernesto, ela
constitui a força motivadora e encorajadora na minha vida, representando a causa mais nobre
dos meus sonhos.
ii
Lista de Abreviaturas
A.C – antes de Cristo.
CRM – Constituição da República de Moçambique
EGFAE – Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
FAE – Funcionário e Agente do Estado
GP – Gestor de Pessoas/Pessoal
GRH – Gestor de Recursos Humano
RAF – Repartição de Administração e Finanças
RALFP – Repartição de Administração Local e Função Pública
RLOLE – Regulamento da Lei dos Órgão Locais do Estado
SD – Secretaria Distrital
SPD – Secretário Permanente do Distrito
SIGEDAP – Sistema de Gestão de Desempenho na Administração Pública
SDMP – Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia
iii
Índice de Tabelas e Gráficos
Tabelas
Tabela 1. Caracterização do universo ou da população…………………..….……………...……24
Tabela 2: Amostra da Pesquisa……………………………………………..……………..….…..24
Tabela 3: Processo de Amostragem………………...………………………..……………..…….25
Gráficos
iv
Resumo
Esta pesquisa conduz-nos a abordagem temática da meritocracia profissional na administração pública, no âmbito da
gestão estratégica de pessoas, caso da Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia, no período temporal de 2010-2014.
Ela centra-se em analisar, que papel desempenha a meritocracia profissional na gestão estratégica dos funcionários
da Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia? Onde vai descrever os factores de fraca aplicação da meritocracia,
caracterizar os procedimentos do processo de avaliação do desempenho individual e, explicar os possíveis
mecanismos de aprimoramento das práticas meritocráticas. É um estudo de caso único, auxiliando-se de métodos e
técnicas cientificamente sistematizados, abordagem indutiva de forma qualitativa e quantitativa, objectivos descritivo
e explicativo, procedimento estatístico, recurso de fontes bibliográfica e, as técnicas de colecta de dados, a
observação, questionário e entrevista. Na verdade tem se verificado a dissonância entre a prática e a teoria em torno
da meritocracia. Todavia, apesar de acarretarem consigo inconveniências do ponto de vista prático, a meritocrática
mostra ser uma alternativa viável pois traz consigo contributos positivos, onde todos os envolvido são alinhados aos
objectivos institucionais, o trabalho de cada um tem o foco básico de obter resultados, proporciona maior justiça uma
vez as distinções não se dão sob aspectos dissonantes dos resultados, evita a prevalência de preconceitos e
preferências individuais e, se bem aplicada ainda incorpora real capacidade de motivação de tal maneira que ela é
atraente trazendo consigo trilhas de sucessos pessoais e institucional.
v
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
A partir do legado de Max Weber, buscou conceituar a burocracia como tipo racional, ele no
seu labor científico, prescreveu a meritocracia como consequência da evolução social, que
devia ser indispensável no sector público e, posteriormente o modelo da Nova Gestão Pública,
enfatiza a urgência da introdução de sistemas meritocráticos como um dos pontos essenciais
na gestão (BILHIM, 2013:218). Pese embora assumindo-se a reforma da NGP como anti-
weberiana, ela não deixa de comungar com a Teoria de Burocracia, nos aspectos
relativamente a importância atribuída à meritocracia.
Por tanto, é focal o dinâmico tema da meritocracia, com sua complexidade em volta dos
condicionantes, cujos vectores de influência servem para delimitar percepções restritas na
SDMP. O Assunto reveste de grande importância na medida em que é voltado à construção de
uma instituição lastreada em pressupostos de mérito. Hoje em dia, o aspecto interessante, é
que do ponto de vista empírico nota-se que, no discurso todos se colocam partidários do
mérito, mas na prática a implantação esbarra em processos de desqualificação do critério
meritocrático, seja pela prevalência do uso de métodos anacrónicos, seja pela inaptidão dos
gestores/lideres, ou mesmo seja pelo peso das relações pessoais no apuramento de resultados
da avaliação de desempenho, factores que carecem o verdadeiro mérito. A discussão
estabelecida em torno das novas mudanças paradigmáticas na Administração Pública, é
latente, pois a política é de implantar o sistema de mérito para ingresso, afectações, o
escalonamento das diversas carreiras do funcionalismo público.
1
1.1.Delimitação do Tema
Em termos espaciais, o estudo foi efeituado na Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia,
Província de Cabo Delgado, ao noroeste de Moçambique. No espaço temporal de 2010-2014,
foi o período em que a instituição demonstrou fortes acções administrativas tendentes a
prática meritocrática, no quadro da gestão do pessoal.
1.2.Justificativa
A escolha do tema, tem a ver com o fraco aprimoramento da meritocracia profissional na
administração pública, ou seja a aplicação deturpada, como parte integrante das normas e
valores direcionadas a gestão do pessoal.
2
1.3.Objectivos
Diz respeito aos fins que se pretende atingir no presente estudo, orientados a acção eficaz,
determinando as estruturas estratégicas. O objectivo é compreender o evento em estudo e ao
mesmo tempo desenvolver teorias mais genéricas a respeito do fenómeno observado (FIDEL,
1992).
1.3.1.Objectivo Geral
Analisar o papel que a meritocracia profissional desempenha na gestão estratégica dos
funcionários da Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia.
1.3.2.Objectivos Específicos
1.4.Problematização
3
que acomoda a injustiça e parcialidade, valores despidos de princípios de gestão
meritocrática. Neste proposito, urge a necessidade de formular a questão norteadora que vai
nos conduzir a uma análise perspectival:
1. Que papel desempenha a meritocracia profissional na gestão estratégica dos
funcionários da Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia?
1.4.1.Questões de Pesquisa
Constituirão como perguntas de partida as questões, tendo em conta os objectivos conjugadas
com as hipóteses do estudo:
1. Em que circunstâncias ou processos é aplicável a meritocracia profissional na gestão
estratégica dos funcionários?
2. Será que existe rigorosidade no que tange o cumprimento do instrumento que regula o
processo de avaliação do desempenho, que legítima o mérito ao FAE?
3. Que influência pode trazer, ao FAE e a Instituição, com a prática efectiva da
meritocracia profissional no âmbito da gestão estratégica de pessoas?
1.5.Hipóteses
Segundo Good & Hatt (1969), apud GIL (1994:56), a hipótese “é uma proposição que pode
ser colocada a prova para determinar uma validade. Neste sentido, a hipótese é uma suposta
resposta ao problema a ser investigado (...)”. Assim são as seguintes hipóteses da pesquisa:
1.5.1.Hipótese Básica
O Fraco aprimoramento da meritocracia profissional na administração pública, pode estar na
origem o desconhecimento do seu papel, no âmbito da gestão estratégica de pessoas.
1.5.2.Hipótese Secundária
H1: A fraca aplicação da meritocracia profissional na administração pública, no âmbito da
gestão estratégica do pessoal, pode ser a causa da imperfeição do processo de avaliação de
desempenho individual.
4
desempenho, impedindo a identificação com clareza das pessoas que fazem jus1 ao mérito na
instituição.
1.6.Limitações da Pesquisa
Primeira dificuldade, que tivemos é relacionada a escasso material didáctico físico inerente ao
tema, com recursos a livros baixados na internet o que acarretou dispêndios financeiros, não
obstante, a escassos estudos anteriores relacionados, no contexto da administração pública
moçambicana, muitos estudos que tivemos reportam experiências brasileiras, acreditamos ser
pouco viável pois a realidade cultural é diferente.
Terceira, o estudo limitou-se em caso único, o ideal devia abarcar mais instituições da
administração pública, para uma ampla visão dado a complexidade do tema, o que é notável
numa instituição pode ser relativo na outra, mas isso devido a escassos recursos do
pesquisador.
1
Jus- expressão para designar o direito pelos homens para os homens. Dicionário Olimpo, digital.
5
1.7.Considerações Éticas do Trabalho
6
CAPITULO II: QUADRO TEÓRICO E CONCEIPTUAL
Neste capítulo, fornece o suporte teórico e conceitos básicos que vão sustentar a temática da
meritocracia. Para o efeito, a Teoria de Burocracia e a abordagem do Modelo da Nova Gestão
Pública poderão conduzir-nos a percepção do fenómeno da meritocracia na dimensão da
Administração Pública moderna e, tem como termos chaves conceituais: Meritocracia
Profissional, Administração Pública e Gestão Estratégica de Pessoas.
2.1.Quadro Teórico
Quadro teórico, segundo Rodrigues (2007), é a construção de uma base conceptual organizada
e sistematizada do conhecimento disponível pertinente a ser pesquisado. Nestes termos,
vamos percorrer e analisar a Teoria de Burocracia e o Modelo da Nova Gestão Pública, com
vista a obter princípios que embaçam a meritocracia contribuindo para uma reflexão
aprofundada e o seu desdobramento no contexto da administração pública.
2.1.1.Teoria de Burocracia
A teoria burocrática, originalmente é atribuída como mentor, o alemão Max Weber (1940)2,
dado ao seu labor científico de análise e estruturação nos meados do século XX e ao
desenrolar do tempo, foram se destacando também os contributos de Robert Merton, Philip
Selznick, Alvin W. Gouldner, Richard H. Hall e Nicos Mouzelis (FERNANDES, 2010:46). O
pressuposto básico desta teoria, é a racionalidade administrativa que, segundo Weber apud
Fernandes (2010:50), significa a adequação dos meios para o alcance de determinados fins ou
objectivos preconizados.
Desta forma, ainda pode-se compreender que, a burocracia é uma forma de organização
funcional ou administrativa, que preconiza a racionalidade na gestão, isto é, nela há
adequação dos meios aos objectivos (fins) almejados, a fim de garantir a máxima eficiência
possível.
2
Weber, Max. The Theory of social and economic organization (1864-1920), mostrou como uma administração.
7
2.1.1.1.Caracteristicas da Burocracia
2.1.1.2.Vantages da Burocracia
Weber apud Fernandes (2010:50), viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia
sobre as outras formas de associação:
Racionalidade em relação ao alcance dos objectivos da organização.
Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exacto dos deveres.
Rapidez nas decisões, pois, cada um conhece o que deve ser feito, por quem e as ordens
e papéis tramitam através de canais preestabelecidos.
Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. a
informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la.
Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de
custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito.
Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido
dele e quais os limites entre suas responsabilidade e as do outro.
Constância pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas
circunstâncias.
Subordinação dos mais novos aos mais antigos dentro de uma forma estrita e bem
conhecida, de modo que o supervisor possa tomar decisões que afetam o nível mais
baixo.
Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas. As
decisões são previsíveis e o processo decisório elimina a discriminação pessoal.
8
Benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o
trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para
se tornarem especialistas em seus campos as pessoas podem fazer carreira na
organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica.
Portanto, há nítidas vantagens com a teoria burocrática que são muito bem aproveitadas por
várias empresas ou organizações com as instruções formais de serviços, a sua interpretação
inequívoca, o cumprimento dos procedimentos padronizados, a comunicação eficiente.
2.1.1.3.Disfunções da Burocracia
Devido a natureza humana, aliado a interesses pessoais, a prática em muitos casos acaba por
desvirtuar certas características da teoria, onde os procedimentos transformam-se em desculpa
para a inoperância, para a incompetência e, a meritocracia face a inclinações políticas e
pessoais, acaba sendo aviltada e a eficiência de todo fica comprometida (VERAS, 2009:07).
Segundo Maximiano (2000) apud Veras (2009:09), são disfunções imprevistas na burocracia:
Valorização da hierarquia
Individualismo:
Deste modo, a Teoria de Burocracia revela-se proeminente ao nosso estudo, pois entendemos
que a Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia moveu-se a adoptar formalmente aparelhado
sob a forma de um sistema meritocrático, tanto para o ingresso quanto a mobilidade interna
dos seus funcionários, pois se o pressuposto da teoria é a racionalidade, eficiência e metas, a
meritocracia constitui um mecanismo de lidar com as pessoas onde os envolvidos são
proactivos, alinhados aos objectivos da instituição, de forma que o trabalho tenha o foco
básico, melhor resultado, que com a prática aprimorada pode proporcionar sucessos
organizacionais e pessoais, que presume-se serem a satisfação pontual das necessidades
colectivas e o mérito de ascenssão profissional respectivamente.
9
2.1.2.O Modelo da Nova Gestão Pública
O modelo da Nova Gestão Pública (NGP)3, em inglês designado por New Públic
Management, Michel Messenet (1975)4, foi quem primeiro cunhou a expressão e, Christopher
Hood (1991)5, lhe é atribuído como fundador (JUNIOR, 2007:8). Cujo pressuposto
fundamental é introduzir na Administração Pública, processos e técnicas de gestão
empresarial, dado a sua eficiência no provimento de serviços (ROCHA, 2011:52). Com este
pressuposto implica mudanças ou a alteração da cultura política, assim como da cultura
administrativa dos funcionários, os quais não devem aparecer revestidos de poder, mas
vendedores de serviços e sujeitos a avaliação da qualidade dos mesmos (DIXON, et al, 1998
apud ROCHA, 2011:62).
O NGP, inclui a noção de que as organizações públicas devem ser geridas por profissionais de
gestão e não por burocratas6 (ROCHA, 2011:64). Segundo Júnior (2007:15-16), sintetiza
cinco aspectos fundamentais que conformam a Nova Gestão Pública:
A “lógica do privado” deve ser a referência a ser seguida;
O mercado é quem deve formular políticas públicas;
Os serviços públicos devem abandonar as fórmulas burocráticas para assumir a
modalidade da concorrência empresarial;
O cidadão deve converter-se em cliente; e
A gestão deve ser apartada da política.
De tal maneira que o timoneiro HOOD (1991:04 e 05) apud Júnior (2007:14), definiu a NGP
a partir da conjunção de sete elementos:
Profissionalização da gestão nas organizações públicas;
Padrões de desempenho e medidas de avaliação com objectivos mensuráveis e
claramente definidos;
Ênfase no controle e nos resultados;
Desagregação das grandes unidades do sector público;
3
A Nova Gestão Pública segundo Shepherd & Valencia (1996:108) agregam que também pode ser denominada de
“gerencialismo, novo gerencialismo, nova gerência pública ou gerência baseada no desempenho”. E para Pereira (2000:58),
prefere utilizar o termo por “Administração Gerencial”.
4
Michel Messenet. La Nouvele Gestion Publique, 1975.
5
Christoph Hood. A public management for all seasons,1991.
6
Burocratas - Funcionário ou empregado administrativo que, imbuído da importância do cargo que ocupa, abusa de sua
posição nos contatos com o público. Em especial aquele que segue mecanicamente as normas impostas pelo regulamento da
administração para se justificar a morosidade, atraso e inflexibilidade do processo. – Discionário Aurélio.
10
Introdução da competição no sector público;
Uso de práticas de gestão do sector privado;
Ênfase na disciplina e na utilização dos recursos, cortando custos e procurando maior
eficiência e economia.
Por tanto, das características da NGP permite-nos conceituá-la como uma teoria de
Administração Pública que adopta um enfoque empresarial para a gestão pública, dando
ênfase à redução de custos, proporcionando à eficácia e à eficiência do aparelho de Estado
através da clientelização dos cidadãos.
Deste modo, presume-se que, a abordagem do modelo gestionário, proporciona uma reflexão
profunda para o nosso caso em estudo, onde de forma implícita na gestão racional, inclui o mérito
e profissionalismo na actuação do pessoal, de tal maneira que, a qualidade na escolha dos meios
(recursos humanos), definem os fins almejados, não pelo mero cumprimento das formalidades,
mas pela qualidade dos meios pode-se vislumbrar os resultados a se esperar, com o prropósito de
satisfação das necessidades colectivas através dos serviços providenciados pela SDMP. A NGP,
não só incorpora técnicas e modelos de gestão empresarial, como também traz consigo um
conjunto de ideias e valores que justificam uma função fundamental para os gestores do pessoal:
pela gestão profissionalizada, mérito do pessoal, medidas de desempenho com a ênfase nos
resultados e, estabelecimento de indicadores de qualidade do serviço fazendo mais com menos
7
O termo perfomance, aqui é usado como desempenho, acção notavel.
11
dispêndio. Assim a Secretaria Distrital reduz possíveis riscos na gestão no seu cômputo geral,
tendo em conta “o profissional certo no lugar certo”.
No cômputo geral, a ênfase opinatórias discorridas nas duas teorias em torno da temática,
podemos conjugar no entendimento de que Nova Gestão Pública (new public management)
constitui um modelo normativo pós-burocrático para estruturação e gestão da administração
pública, baseado em valores de eficiência, eficácia e competitividade.” Todavia, para alcançar
tais valores, não descarta a maior possibilidade de que, a meritocracia desenvolvida na Teoria
da Burocracia, seja o vector para alcançar os resultados almejados. Não obstante, segundo
Barbosa (2008), os princípios da meritocracia são para a autonomia, a competitividade, o
empreendedorismo, o esforço e o trabalho como valor central da existência.
Meritocracia do latim “meritum”, que quer dizer "mérito" e juntando-se do sufixo grego
antigo “κρατία – cracía”, que quer dizer "poder" (WIKIPÉDIA, 2012)8.
8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia acessado no dia 12.03.2015
12
em 2033, possível conflito entre princípios ambíguos, evidenciando a victória do mérito sobre
o parentesco e a emergência de uma nova ordem social na qual todas as pessoas poderiam
ascender, pelos atributos do esforço e do talento.
Na doutrina dos filósofos chineses Confúcio (551 a.C à 479 a.C), apud Marques (2011),
defende que "o Governo e a administração da coisa pública devem estar nas mãos dos mais
instruídos e dos mais competentes" . Segundo Barbosa (1996:09)10, no início do século XVIII
a China antiga, os postos na administração pública eram ocupados por funcionários
concursados, escolhidos por competência e independentemente da posição social.
Em 1883, foi publicado nos Estados Unidos, o “Pendleton Act”11, segundo Rocha
(2011:111), com este sistema permitiu a racionalização da função pública nos EUA, além de
que constituiu uma paragem na corrupção, no mesmo contesto Wilson (1887)12, defende nos
EUA, a separação entre políticos e burocratas e, as posições de poder no interior da estrutura
organizacional deve-se ocupar de acordo com o seu mérito.
Por tanto, no século XX, a meritocracia vai ganhando espaço na sociedade, com os factos do
tempo acompanhado na história da administração pública moderna, ela sistematicamente em
termos conceituais e práticas tornou-se a tónica na teoria burocrática e, recentemente, a sua
importância foi reforçada pela cartilha reformista da Nova Gestão Pública (New Public
Management).
Hoje em dia, no mesmo contexto da moderna Administração pública, a actuação dos órgãos e
agentes administrativos, está marcada pela prossecução do interesse público, com respeito
pelos princípios da igualdade, proporcionalidade, justiça, imparcialidade e boa-fé. Onde a
selecção com base no mérito tem sido valorizada e aceite, ao longo dos tempos, como sinal de
modernidade, garantia ética, baluarte contra a corrupção e garantia de imparcialidade na
gestão das pessoas no sector público.
9
Michael Dunlop Young, em seu livro The Riseof a Meritocracy em 1958. em sua obra sátira criticou a elite política e social,
por permitir a ascensão de pessoas pelas suas origens e riquezas, essas pessoas não poderiam se orgulhar nem se sentir os
melhores, pois sabiam que não haviam conquistado essas posições por mérito.
10
Ver SANSOM, G. B. Japan, a short cultural history. London: Barrie & Jenkins, 1991. Especificamente capítulo XI “The
development of chinese institutions on japanese soil”. http://Wikipédia.com
11
documento legislativo, criou-se o denominado sistema de mérito, que estabelece 3 princípios fundamentais: Exames
competitivo a entrada no sector público; Relativa segurança no emprego; e Neutralidade política
12
Wilson Woodrow. The stady of administration, 1887.
13
2.1.3.2.Avaliação de Desempenho e a Meritocracia
O critério básico da organização meritocrática é o desempenho individual, os pressupostos
teóricos abordados, torna claro o valor imprescindível da meritocracia no sector público e,
para o efeito do nosso trabalho, buscaremos entender o seu papel, os processos legítimos em
concreto aliados a avaliação do desempenho e a sua prática.
Odelius (2000:11) faz uma síntese de inúmeros problemas que são encontrados na literatura,
quanto à operacionalização de sistemas de avaliação de desempenho:
Uso de factores comportamentais para avaliação, sem haver conexão entre avaliação de
desempenho individual e avaliação institucional;
Não consideração de variáveis do contexto em que o trabalho é realizado e que
influenciam o desempenho;
Uso parcial do sistema de avaliação de desempenho;
Falta de comunicação e/ou comunicação deficiente entre avaliadores e avaliados;
Falta de tempo do avaliador para acompanhar o desempenho e conhecer os empregados;
Falta de divulgação do sistema de avaliação de desempenho;
14
Avaliação baseada somente em julgamento da chefia;
Julgamentos tendenciosos;
Falta de preparo de avaliadores e de avaliados;
Tais aspectos segundo Deming (1990), define como pragas das práticas administrativas que
desagregam equipas e machucam as pessoas, estimulam a rivalidade. E é considerada, ainda,
um evento perturbador do clima organizacional.
Também na percepção de Gil (2009), os factores que mais distanciam a avaliação de seus
objectivos estão predominantemente sob a responsabilidade do sistema, tais como objectivos
indefinidos ou muito gerais, levando os avaliadores a cumprirem uma formalidade,
preenchendo os formulários. O processo de avaliação pode perder a sua função na atribuição
do mérito e reforçar a desconfiança no seu uso, pela baixa eficiência no cumprimento de
alguns factores, como os citados a seguir:
Baixo nível de envolvimento da alta administração;
Despreparo para administrar pessoas restringindo-se à parte burocrática;
Avaliação como um evento de um dia específico;
Influenciada pelos acontecimentos mais próximos;
Não envolvimento do empregado no processo de discussão das suas próprias
melhorias, restringindo-se a comunicar-lhe o resultado.
E segundo Falconi (2009), embora reconheça tais dificuldades, afirma que a melhor maneira
de se executar a meritocracia é ter um bom sistema de avaliação de desempenho que avalie a
pessoa quanto à sua capacidade de realizar resultados (atingir metas ou resolver problemas) e
quanto à sua conformidade aos valores da instituição.
15
Impacto da avaliação sobre o indivíduo; e
A cultura organizacional.
2.1.3.3.1.Gestão de Pessoas
A actividade de gestão de pessoas segundo (Souza e Ferreira, 2000), é mais conhecida como
administração de recursos humanos, essa nomenclatura deriva do facto de,
convencionalmente, a organização ser considerada a conjugação de três ordens de recursos:
financeiros, materiais e humanos. Mas este último, tem uma particularidade específica.
De acordo com Souza e Ferreira (2000), a gestão de pessoas tem como objectivo fundamental
tornar a relação entre a organização, representada pelos seus dirigentes e os trabalhadores,
16
mais produtiva e menos conflituosa possível. Segundo Sovienski e Stigar (2008:51), a gestão
de pessoas é caracterizada pela:
Participação,
Capacitação,
Envolvimento e
Desenvolvimento do capital humano.
17
• A estruturação da avaliação do desempenho que permita, além da vinculação à
progressão do funcionário, a identificação das necessidades de capacitação;
• A definição de critérios para a criação de carreiras que estimulem o desenvolvimento
profissional e o desempenho;
• O estabelecimento de uma estratégia de realocação e de redistribuição de funcionários
que seja em função do mérito compatível com os perfis e quantitativos necessários à
organização.
2.2.Quadro Conceptual
Para o efeito do nosso trabalho, constituem principais conceitos: A Meritocracia Profissional,
Administração Pública e Gestão Estratégica de Pessoas. Urge a necessidade de conceituá-los
para proporcional melhor percepção da temática em análise.
2.2.1.Meritocracia Profissional
A Meritocracia13 Profissional, segundo Duarte (2005:365), é o reconhecimento do mérito de
funcionário público, caracterizada por suas qualificações funcionais, profissionais, ética,
moral, como assiduidade, competência, conhecimento e habilidade, o que é comprovado por
avaliações do desempenho que lhe conferem o direito à promoção de cargo, classe ou
categoria e de mais outras formas de distinções.
E em outra perspectiva Barbosa (2003), a meritocracia profissional pode ser definida como
um conjunto de valores que postula que as posições extra-mentais dos indivíduos na
organização devem ser resultados do mérito de cada um, ou seja, das suas realizações
individuais.
Ainda a Barbosa (1999, p. 22) apud Chaves (2012:15), definiu meritocracia profissional como
um “conjunto de valores que rejeita toda e qualquer forma de privilégio hereditário e
corporativo, permitindo que os indivíduos sejam avaliados e valorizados independentemente
de suas trajectórias e biografias sociais”. As posições hierárquicas são conquistadas, com base
no merecimento e entre os valores associados a educação, moral, aptidão específica para
determinada actividade.
13
Meritocracia, segundo Michaelis apud Moraes (2006:42), é merecimento, valor moral ou intelectual, aptidão, capacidade e
bons serviços prestados, que tornam algo ou alguém digno de reconhecimentos de diversos matizes.
18
Das três definições acima, referente a meritocracia profissional, para o efeito do nosso
trabalho, foi útil para o alcance dos objectivos almejados no nosso trabalho, a primeira, a de
Duarte, na sua obra publicada em 2005, trecho extraído na página 365.
2.2.2.Administração Pública
A Administração14 Pública é o conjunto de funções desempenhadas para organizar a
administração do Estado em todas as suas instâncias, funções regidas por um sistema de
normas (BARLACH, 2012)15.
Para o efeito do nosso trabalho, importa-nos o aspecto operacional, que constitui como o
desempenho sistemático, legal e técnico, porque são essas acções que demanda a gestão
meritocrática.
De igual modo, Fleury e Fischer (1998, p. 91) afirmam que, a partir de um enfoque sistémico
e estratégico, a gestão de pessoas é compreendida como um conjunto de políticas e práticas
definidas por uma organização para orientar o comportamento humano e as relações
interpessoais no ambiente de trabalho.
A partir dos conceitos apresentados, pode-se verificar que há uma concordância em alguns
pontos, como no facto de Fleury e Fischer (1998) e Leite (2008) falarem em um conjunto de
políticas e práticas definidas por uma organização para orientar e pautar o comportamento
humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. E Schuler (1992) apud Bosquetti,
(2009) corrobora em parte ao falar em actividades que afectam o comportamento dos
indivíduos, mas não fala em políticas e práticas organizacionais. Desta forma este estudo
adoptará o conceito de Fleury e Fischer (1998) sobre gestão estratégica de pessoas.
20
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
Neste capítulo apresenta o conjunto de regras e procedimentos usados com vista a atingir os
objectivos preconizados no estudo. Para o efeito, a natureza da pesquisa é um estudo de caso,
recorreu-se o método indutivo, procedimento estatístico, recurso a fonte bibliográfica,
objectivos descritivo e explicativo, abordagem quantitativa e qualitativa e, usou-se técnica de
colecta de dados, observação, questionário e entrevista.
3.1.Metodologia
Segundo Artur (2010), metodologia refere-se ao estudo dos métodos e, em especialmente do
método científico, que se supõe universal. O método científico, é um conjunto de abordagens,
técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática (RODRIGUES, 2007:02). Segundo
Lakatos e Marconi (1995:106), os métodos podem ser subdivididos em métodos de
abordagem e métodos de procedimentos.
Quanto a abordagem foi utilizado o método indutivo, segundo Gil (1999:29) “o método
indutivo parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho
de colecta dos dados”. Este método serviu tendo em conta o tipo de pesquisa, que é o estudo
de caso único.
Onde:
fr – frequência relativa
fa – frequência absoluta
n – número total
A pesquisa é um de Estudo de caso segundo Yin (1989), apud Yin (1981), sendo uma
inquirição empírica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro de um contexto da
vida real, quando a fronteira entre o fenómeno e o contexto não é claramente evidente e onde
múltiplas fontes de evidência são utilizadas. Por tanto, para atingir objectivos preconizados,
21
optou-se pelo estudo de caso único, por abordar uma única instituição a Secretaria Distrital de
Mocímboa da Praia.
Quanto aos objectivos foi usado descritivo e explicativo, onde o primeiro, os factos são
observados, registados, analisados, classificados e interpretados sem interferência do
pesquisador e o segundo interpreta os factores determinantes para a ocorrência do fenómeno
(RODRIGUES, 2007:04). Serviu na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados,
tais como o questionário e a observação sistemática, referente à idade, sexo, procedência do
formulário assim como o reconhecimento da realidade, o porque das coisas no terreno.
22
pesquisador tinha que se deslocar à Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia, onde se
interagiu com a instituição durante 21 dias.
3.2.1.Universo ou a População
Segundo RICHARDSON (1999:157), o universo ou população, “é o conjunto de elementos
que possuem determinadas características”.
19
A ordem numérica das alternativas, compunha de: 1. Não concordo; 2. Concordo Pouco; 3. Concordo; e 4.
Concordo absolutamente. Estes dados foram analizados e processados estatisticamente e projectados em
gráficos.
23
Tabela 1. Caracterização do Universo ou da População
Sexo fa fr Percentagem
Homens 58 0.81 81%
Mulheres 14 0.19 19%
Total 72 1 100%
Fonte: SDMP, (2016).
A instituição o maior número do seu pessoal é constituída de homens com 81% seguida de mulheres com apenas
19%.
4.2.2.Amostra
24
Tabela 3. Processo de Amostragem
A técnica de colecta de dados por questionário direccionado aos FAE subordinados ocupa
maior representatividade, no processo de amostragem com 56%, seguido a entrevista
direccionado aos beneficiários de diploma de honra por mérito com 18%, aos gestores de
Recursos Humano assim como avaliadores de desempenho com 13%.
25
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Á luz da alínea a), artigo 41 da Lei nº 8/2003, de 19 de Maio, a Secretaria Distrital é o órgão
executivo do aparelho do Estado, cujo dentro da sua jurisdição territorial é encarregue de
prestar assistência técnico-administrativo ao Governo do Distrito e coordenação das
actividades com os serviços distritais, não obstante o seu papel intermediário na articulação
entre a base e o topo. Das várias funções atribuídas a essa instituição, mencionamos as que
vão ao encontro ao nosso tema:
a) Realizar a gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital e
das áreas da Função Pública e da administração local do Estado;
b) Dinamizar o processo de treinamento em Administração Pública, para elevar o nível
de conhecimento técnico-profissional dos funcionários;
c) Promover e acompanhar a planificação da formação dos funcionários, distribuição e
aproveitamento dos funcionários pelos serviços distritais.
Por tanto, dos pontos enunciados, dá para concluir que, a Secretaria Distrital constitui a
unidade programadora e gestora dos serviços públicos no Distrito, gerida por um Secretário
Permanente Distrital. Cuja sua missão segundo a Carta de Serviço publicada em 2014, pela
mesma instituição, ela é vocacionada em garantir a prestação de serviços públicos de
qualidade, através de recursos humanos qualificados e motivados, processos eficientes
integrados, com base numa gestão rigorosa e transparente e numa estrutura consolidada,
responsabilizada e de actuação integrada e coordenada.
26
Grafico 1. Distribuição por Faixa Etária do Pessoal.
40 37,5%
35
31,25%
30
25
20 18,75% ni
fi
15 12,5%
10
6 5
5 3 2
0,0 0%
0
18-25 26-34 35-45 46-54 55-64
Os Funcionários e Agentes do Estado (FAE) que participaram neste trabalho possuem idade
variável de 26 à 64 anos de idade. Onde 6 FAE encontra-se na faixa etária de 26-34 anos de
idade, 5 entre 35-45 anos de idade, 3 entre 46-54 anos de idade e 2 entre 55-64 anos de idade.
Em termo de participação o maior número de representatividade é a faixa etária de 26-34 com
37,5% e o menor é a faixa etária de 55-64 com 12,5%. Por tanto, a instituição é composta
maioritariamente de pessoal jovens com 37.5% cujas idades varia de 26 – 34 anos.
De acordo com os dados obtidos aos questionados, 11% não concordo, 22% concordo pouco,
33% concordo, e 33% concordo absolutamente.
27
Gráfico 2. Análise do Papel da Meritocracia Profissional na SDMP
3,5
3 3
3
2,5
2
2
Fa
1,5 Fr
1 Percentagem
1
O gráfico ilustra que, as opções Concordo e Concordo Absolutamente, são as que apresenta
maior frequência relativa, ambas com 33%. Onde a medida de tendência central, o valor
modal é de 3 em duas alternativas, dando maior probabilidade a percepção pelos funcionários
e agentes do Estado em relação ao papel preponderante da meritocracia profissional na
instituição.
20
Excerto dos Gestores do Pessoal – GP, em termos sucintos durante as entrevistas entre os dias 8 à 10 de Março
de 2016.
28
“Avaliação do desempenho individual, como condicionante para permanência ou promoção e
progressão na carreira do pessoal…os funcionários que possuem uma pontuação anual de
“Muito Bom”, são distinguidos com premiações que variam em bens materiais, atribuição de
Diplomas de Honra, até a concessão de bolsas de estudos… em cerimónias solenes do dia
Internacional da Função Pública, em 23 de Junho de cada ano civil, casos notáveis começam a
partir de 2010 até ao devido momento”.
De acordo com os dados dos respondentes, 0% não concordo, 22% concordo pouco, 45%
concordo e 33% concordo absolutamente.
29
De acordo com o gráfico a alternativa “Concordo” constitui a de maior frequência absoluta,
seguida a de “ Concordo absolutamente” com 33%. Onde a medida de tendência central é de
4.
Na mesma vertente quando colocada aos 2 gestores de recursos humano, a seguinte questão:
Em que circunstâncias ou processos é aplicável a meritocracia profissional na gestão
estratégica dos funcionários?
E durante a entrevista dos 2 executivos de GP, enalteceram que, acredita-se estar a praticar a
gestão meritocrática dentro dos parâmetros legais, aluz do nº 1, artigo 251 da CRM: “O
acesso à Função Pública e a progressão nas carreiras profissionais não podem ser prejudicados
em razão da cor, raça, sexo, religião, origem étnica ou social ou opção político-partidária e
obedece estritamente aos requisitos de mérito e capacidade dos interessados”.
Primeiro o “processo de recrutamento é por via concurso público…mediante os teste e
entrevista dos interessados, … admissão em função de melhor pontuação e afectação em
função dos currículos”.
Ainda, este executivo enalteceu que, “…feita afectação, o funcionário é sujeito a avaliação de
desempenho de preferência anual… que poderá permitir na tomada de decisão… havendo a
possibilidade de progredir ou mudar de carreira mediante a obtenção de uma classificação
anual acima do regular e distinção ao melhor pontuado… este processo é regulado pelo
Sistema de Gestão de Desempenho na Administração Pública (SIGEDAP) criado pelo
Decreto 55/2009 de 12 de Outubro”. Este instrumento… foi precedido por um outro anterior
já revogado por não satisfazer as tendências actuais, … o actual modelo introduziu uma nova
filosofia de avaliação de desempenho dos funcionários e agentes do Estado, no pressuposto do
saber ser, estar e fazer na Administração Pública. O anterior era muito genérico… e o actual é
específico, abre espaço de articulação dos intervenientes e possibilidade de controlo
sistemático ou avaliação intermediária… em suma é o melhor”.
Os dados obtidos aos respondentes, 11% não concordo, 11% concordo pouco, 22% concordo
e 55% concordo absolutamente.
6
5
5
Fa
3
2 Fr
2 Perc
1 1
1 0,555 56%
0,111 11% 0,111 11% 0,222 22%
0
Não Concordo Concordo Pouco Concordo Concordo
Absolutamente
31
Em entrevista, foi colocada a questão idêntica aos 2 avaliadores de desempenho individual,
que ao mesmo tempo são chefes das repetições:
Será que existe rigorosidade no que tange o cumprimento do instrumento que regula o
processo de avaliação do desempenho, que legítima o mérito ao FAE?
Segundo a entrevistada ADI21 (2016), “…o instrumento actual em uso para avaliação de
desempenho melhorou significativamente em relação ao anterior, mas verifica-se que, não há
seguimento rigoroso dos passos orientados no processo de avaliação do desempenho
individual… do meu ponto de vista até, não avaliamos apenas classificamos. Isto porque
avaliação é um processo que tem de ser acompanhado periodicamente e o SIGEDAP orienta a
existência de avaliações intermediárias, …e a classificação é um evento de um dia que o
avaliador decide atribuir o resultado final ao avaliado.” Ainda a entrevistada acrescentou
dizendo que, “… a realidade é, apenas sentamos no fim do ano para preencher as fichas de
classificação”.
A outra entrevistada ADI (2016), confirma de que, “não se faz avaliação intermediária
segundo o que orienta no SIGEDAP”.
E quanto ao mérito, a entrevistada enalteceu que, “os prémios por mérito suscita muita
dúvida os critérios usados ao ponto de identificar o melhor funcionário, … a decisão de que
deve ser atribuído o prémio de mérito, estar centralizado aos gestores do RH (SPD e chefe da
RPALFP), …e, sugerindo que, o assunto de prémio deveria ser discutido com os avaliadores
que constitui o corpo colectivo da instituição, para que de forma justa decidir-se quem deve
ser incentivado pelo bom desempenho anual… o que se faz no acto de premiações por
mérito… acho que são baseados por afinidades, amizade e influência, … ora vejamos, muita
das vezes são as mesma pessoas que tem prémios 3 à 4 anos consecutivo… isso é humilhante
e desencorajador”.
21
Excerto do Avaliador do Desempenho Individual – ADI, durante a entrevista nos dias 7 e 9 de Março de 2016.
32
A partir de uma análise factorial, aos inqueridos tanto aos entrevistados, nota-se que a
avaliação procede-se com a classificação anual, dada ao funcionário no fim do exercício anual
para o efeito de formalidades, comentários e assinaturas do funcionário tornando oportuno a
tomada do conhecimento do seu resultado do desempenho anual. Conseguimos notar que, não
há margem de dúvida ou insatisfação do modelo de avaliação do desempenho em vigor, mas
os procedimentos são preocupantes, visto que eliminam etapas intermediárias necessárias que,
garantem a racionalidade do processo. O processo de avaliação de desempenho, não
demonstra mérito, carrega consigo aspectos omissos e equívoco.
De tal maneira que, a avaliação não deve ser apenas uma documentação imposta para o
preenchimento e entrega periódica, pois a efectividade do processo demanda relacionamento
estreito e confiança. E, se não há lugar de avaliação intermediária, dificilmente pode haver o
acompanhamento sistemático quanto ao cumprimento do plano individual.
Porém, o mérito somente será atribuído conforme os seus objectivos se o desempenho for
avaliado conforme os passos criteriosamente regulamentados, abstendo-se da influência nas
relações pessoais. Esse resultado obtido, equipara-se também na perspectiva de Barbosa
(1999), sobre a necessidade de coerência na aplicação da meritocracia. Segundo a
33
pesquisadora, os processos avaliativos devem primar pela objectividade e possibilitar que a
avaliação de desempenho de cada um seja mensurada com a máxima exactidão possível, sem
deixar espaço para arranjos em função de interesses particulares ou da subjectividade dos
avaliadores.
34
Gráfico 5. Influência que pode trazer a da Meritocracia Profissional aos FAE na SDMP
7
6
6
4
Fa
3 Fr
2 Perc
2
1
1 0,67 67%
0,11 11% 0,22 22%
0 0 0%
0
Não Concordo Concordo Pouco Concordo Concordo
Absolutamente
No que tange a afirmação exposta, o gráfico 5 ilustra que, a opção “Concordo absolutamente”
representa com maior frequência absoluta, cuja medida de tendência central a moda é de 6
contra o total de 9 respondentes. Seguida a opção “Concordo” e a menor frequência é de 0.
E no mesmo contexto foi colocada aos 2 gestores do pessoal, Chefe da RALFP e SPD, em
entrevista a seguinte questão:
Do seu ponto de vista, que influencia pode trazer, aos FAE e a Instituição, com a prática
efectiva da meritocracia profissional no âmbito da gestão estratégica de pessoas?
Uma das entrevistadas GP disse que: “…com uma gestão, moldada na justiça, equidade e
imparcial, atrai o pessoal e pode reter os melhores quadros na Administração pública… e eu
entendo que a meritocracia é o modelo de gestão moldada nestes valores”.
Ainda acrescentou para o funcionário é motivador, e este pessoal motivado é engajado e capaz
de fazer boas coisas em função das suas atribuições, o que dignifica a instituição, aumentado a
credibilidade dos nossos serviços aos cidadãos”.
35
E quando entrevistado os beneficiários de prémios e diploma de honra, as sua sensibilidade:
“sinto-me motivado e, acima de tudo empolgado pelo reconhecimento do meu esforço, de tal
maneira que devo dedicar-me cada vez mais, … com vista a dignificar a instituição”. E outro
disse: “O que agente espera numa instituição, é algo mais do que o simples ordenado mensal,
… o que nos faz crescer profissionalmente, que nos traz a dignidade humana, pelo simples
gesto de elogio, «fez um bom trabalho» … essa sensação vai se convertendo em bem-estar
espiritual… até afectar a melhoria de vida individual. E conseguimos identificar e medir o
nosso papel ou contributo pela instituição”.
De tal maneira que, a partir da análise factorial, com os dados obtidos aos questionados assim
como aos entrevistados, é inevitável a importância da meritocracia profissional que pode
influenciar ao pessoal e a instituição. A Secretaria Distrital de Mocímboa da Praia reconhece a
importância e, dispostos a demonstrar acerto em continuar o seu exercício de aperfeiçoamento
meritocrático, pois a sociedade contemporânea não admite mais a discussão de qual critério se
adoptar como parâmetro para a hierarquização. O único critério exigido nas organizações
públicas assim como as privadas é: desempenho e mérito. Mas precisa impor directrizes, com
vista tal gestão seja dotada de mérito, este processo está intimamente vinculada ao princípio
de transparência dos actos com vista a colmatar os equívocos, e assumir com humildade as
falhas de gestão.
36
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DAS HIPÓTESES
5.1.Hipótese Base:
H0: O Fraco aprimoramento da meritocracia profissional na administração pública, pode estar
na origem o desconhecimento do seu papel, no âmbito da gestão estratégica de pessoas.
Esta hipótese é nula, não satisfaz com o resultado, segundo os dados colectados, indica que há
maior probabilidade de percepção pelos FAE em geral, do papel preponderante que a
meritocracia tem na instituição. E os gestores do pessoal em particular, também mostraram
estar ciente do papel preponderante relativo a meritocracia. Não obstante, regista-se a falta de
observação rigorosa dos valores e princípios fundamentais, elementos que esbarram medidas
estratégicas e a inflexibilidade de gestão do pessoal no que reduz a capacidade inovadora no
seio funcional.
5.2.Hipóteses Secundários:
De acordo com os dados colhidos no terreno a hipótese acima é válida, dado a prevalência do
uso parcial do SIGEDAP, não havendo medidas de controlo e acompanhamento do mesmo, o
que implica, a classificação anual do desempenho individual, possa gerar desconforto ao
avaliado, contradizendo os princípios de gestão meritocrática, transparência, comunicação, no
cômputo geral, presume-se a resistência de mudança ao anterior instrumento de avaliação de
desempenho, carecendo o espírito empreendedor e inovador por parte dos gestores.
22
Jus- expressão para designar o direito pelos homens para os homens. Dicionário Olimpo, digital.
37
necessidade de uma grande responsabilização por parte dos gestores do pessoas ou de
recursos humano, serem técnicos profissionais, se poder especializarem-se naquilo que fazem
segundo Weber, pois é o sector chave que conduz ao crescimento e o sucesso da instituição,
para velar com sabedoria o cumprimento efectivo, das orientações vinculadas a gestão do
capital humano, monitoria constante aos avaliadores. Aqui também está implícito a
necessidade do dever cumprir, um dos princípios mais nobre da administração pública que é a
legalidade dos actos administrativos em todos os processos, uma vez que o SIGEDAP, é
aprovado pelo Decreto nº55/2009, de 12 de Outubro.
De acordo com os resultados obtidos, a hipótese é válida, dado que, de facto notou-se a falta
de acompanhamento sistemático e estabelecimento de medidas ou formas de controlo e
monitoria na Gestão do Desempenho logo, é imperioso, que se estabeleça medidas de controlo
e monitoria do SIGEDAP, por meio de capacitação aos avaliadores e acompanhamento
periódico do processo de gestão do desempenho individual.
38
CAPITULO VI: CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1.Conclusões
A partir dos dados colhidos, observados e sistematizados na análise e interpretação de
resultados emanado dos intervenientes, nos remetem que, o problema do papel que
desempenha a meritocracia profissional na administração pública no âmbito da gestão
estratégica de pessoas, pese embora naquela instituição haja fortes traços de índole
meritocrático, o seu aprimoramento ainda é prematuro, o que impõe-se desafios aos gestores
de Recursos Humano assim como aos FAE, no sentido de imprimir dinâmica consciente e
racional, com vista a empreender métodos sistematizados e adequáveis com a realidade social
na Administração Pública moderna.
6.2.Recomendações
39
O sistema meritocrático seja aberto a todos, independentemente das relações interpessoais
e venha a garantir, do ponto de vista jurídico e legal, acesso a condições iguais para
todos.
O funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar certo, capaz de explorar e
estimular suas potencialidades profissionais, fornecendo-lhe o reconhecimento, através de
plano de crescimento, benefícios aliados a um reconhecimento autêntico do seu valor.
As decisões de distinção por mérito não deve ser monologa ou de forma pessoal, tem de
ser concebida do colectivo da instituição portanto, os validadores ou chefes das
repetições conhecem melhor o desempenho do seu pessoal subordinado.
40
Garantir a transparência, reduzirá as tendências de decisões pessoais, que em casos
extremos essas decisões provocam baixa aderência ou envolvimento do pessoal, em
função do elevado sentimento de apropriação, consequentemente pode perverter o futuro
da instituição.
41
Referências Bibliográficas
Aqui são apresentadas todas as referências bibliográficas que serviram de suporte na produção
do presente trabalho, classificados em fontes primárias e secundárias.
Fontes Primárias
Neste subtítulo, são apresentados todos os intervenientes que prestaram seus pontos de vista
em torno do nosso estudo, mediata as entrevista sistematizada.
Fontes Secundárias
Neste subtítulo, são apresentadas todas fontes julgadas como secundárias, livros, sites da
internet, publicações oficiais.
Livros
ALMEIDA, Charles Dias de, et al. Implementação da Nova Política de Gestão de Pessoas
do Poder Executivo do Espírito Santo: Uma Proposição Fundamentada na Meritocracia.
VI Congresso CONSAD, Brasília, 2013.
BARBOSA, Lívia. Meritocracia à brasileira: o que é desempenho no Brasil? RSP.Vol
120, nº3, 1996.
BARZELAY, Michael.. La nueva gerencia pública. Un ensayo bibliográfico para estudiosos
latino americanos, Revista do CLAD, Caracas, n° 19, Fevereiro, 2001.
BARBOSA, Lívia. Igualdade e meritocracia: A ética do desempenho nas sociedades
modernas. 4 ed. – Rio de Janeiro: Editora FVG, 2003.
BRESSAN, Flávio. Método do estudo de caso e seu uso em administração, Brasil.
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos.
(200). A reforma gerencial da administração pública brasileira. In: Oeiras: INA.
BOHMERWALD, Pedro. Gerenciando o sistema de avaliação do desempenho. Belo
Horizonte: UFMG, 1996. (2003).
42
CAMARGO, Evandro José Bilycz de, etal. Gestão de Pessoas na Administração Pública:
Análise dos Modelos Adotados no Período 1995 a 2010, XXXVIII ANPAD, Rio de Janeiro,
2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Desempenho humano nas empresas: como desenhar cargos e
avaliar o desempenho para alcançar resultados. 6.ed. São Paulo: Manole, 2009.
CLARA, Coutinho & JOSÉ, Chaves. O estudo de caso na investigação em Tecnologia
Educativa em Portugal. Revista Portuguesa de Educação, CIEd - Universidade do Minho,
2002.
DUARTE, Geraldo. Dicionário de Administração. 2ª ed. Fortaleza: CRA/CE e Realce,
2005.
FIDEL, Raya The case study method: a case study, In: GLAZIER, Jack, 1992.
FERNANDES, Cláudio de Almeida. Teoria Geral da Administração, 2010.
JUNIOR, Aragon Érico Dasso. Nova Gestão Pública: A Teoria De Administração Pública
Do Estado Ultraliberal, Brasil, 2007.
LUCENA, Maria Diva da Salete. Avaliação de desempenho. São Paulo: Atlas, 1992.
RODRIGUES, William Costa. Metodologia Científica, FAETEC/IST, Paracambi, 2007.
MARTINS, Bibiana Volkmer, et all. Avaliação de Desempenho Individual no Setor
Público Brasileiro: Análise da Produção Acadêmica de 2000 a 2009, ANPAD, 2010.
PEREIRA, Nataniel. Apostila de Introdução a Administração, São Paulo, 2011.
SHEPERD, Geoffrey e VALENCIA, Sofia. Modernizando a administração pública na
América Latina: problemas comuns sem soluções fáceis. v.120, nº 03, Brasília, 1996.
SOUZA, Agamêmnom Rocha e FERREIRA, Victor Cláudio Paradela. Introdução à
Administração: Uma iniciação ao mundo das organizações. Rio de Janeiro: Pontal, 2000.
VERAS, Carlos Magno Dos Anjos. Teoria Burocrática. São Luís – Maranhão, 2009.
YIN, Robert K. Case study research: design and methods. Sage Publications Inc. USA,
1989.
Sites da Internet
http://www.blogcmmi.com.br/ - MONTEIRO, Daniel. Meritocracia. acesso em 02 de
Dezembro de 2015.
http://mereoconsulting.com.br/pt/gestao-de-talentos/ - CRUZ, Ivan. Socio e director da Mereo
Consulting.
http://www.rae.com.br/eletronica/ - LOTTA, Gabriela Spanghero. Avaliação de desempenho
na área pública: perspectivas e propostas frente a dois casos práticos. RAE-eletrônica,
Volume 1, Número 2, jul-dez/2002, acesso em: 12 de jun de 2015.
43
http://www.wikipedia.com
http://www.google.com
Paginas Oficiais
44
Apêndice:
45
APÊNDICE A:
47
APÊNCIDE B
Questões:
48
Anexo:
Decreto nº55/2009, de 12 de Outubro.
49