Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Avaliação planejada,
aprendizagem consentida:
é ensinando que se avalia, é avaliando que se
ensina
Circulação Interna
0
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Paulo Freire
1
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Apresentação
O ementário proposto para o desenvolvimento do presente módulo compõe-se de itens que
formam uma unidade intercomplementar com base em um conjunto de conteúdos e estabelecem
um campo interdisciplinar na sua forma de visarem à promoção de aprendizagem.
O tema do capítulo 1 - "Concepções de avaliação: muitas opiniões, inúmeras verdades" —
está afeto muito mais a experiências relacionadas a avaliações consentidas academicamente ao
longo da experiência educacional dos professores e à concepção assumida pelos órgãos oficiais da
educação.
Outro aspecto da aprendizagem que merece atenção especial é o abordado no capítulo 2 -
"Problema, modalidades e instrumentos de avaliação" —, uma vez que, se ele for bem entendido e
resolvido, a promoção do conhecimento dar-se-á de forma natural.
Ainda que a essência da concepção de avaliação seja única funcionalmente, sabe-se que
existe uma diversidade de meios para a sua aplicação, fato que se constitui no tema do capítulo 3 -
"Procedimentos inovadores e dinâmica de avaliação da aprendizagem". A variedade de
modalidades de avaliação não esgota necessariamente toda a dinâmica da ação avaliativa. E nessa
altura que a criatividade docente intervém para se utilizar de "procedimentos inovadores de
avaliação".
Com o capítulo 4 - "Escola ciclada e avaliação da aprendizagem: novas tentativas
educacionais" -, por sua vez, objetiva-se refletir sobre a necessidade de se democratizar o acesso de
todas as crianças à escola, com vistas a evitar a evasão e a reprovação e, simultaneamente, a
provocar a melhoria da aprendizagem educacional, processo em que as avaliações contínua e
diagnostica, suas perenes aliadas, constituem-se em esforço integrado pela melhoria da qualidade
do ensino e do desempenho dos alunos.
O capítulo 5 - "Educação infantil: bom início de uma história de vida" - procura valorizar a
educação infantil como primeira via de acesso formal da criança aos valores educacionais,
entendendo-a como um direito democrático universal de toda criança. A avaliação consiste, nesse
contexto, em acompanhamento do desenvolvimento global desse ser humano, considerado como
educando permanente.
Utilizar procedimentos inovadores de avaliação nem sempre é suficiente num contexto
pluridimensional de aprendizagem. Torna-se então necessário que o docente se socorra de uma
gama de conteúdos como os abordados no capítulo 6 - "Políticas educacionais e avaliação:
educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos" -,
principalmente em função da diversidade de formas e necessidades de aprendizagem que se
apresentam.
Esse tema também se insere entre-as ações norteadoras legais programadas pelos
respectivos organismos educacionais em nível nacional, estadual e municipal, com vistas ao
atendimento, ao menos mínimo, à concepção e ao papel que a avaliação deve assumir no
desenvolvimento da aprendizagem. Ressalte-se, contudo, que as idéias enfocadas nesse capítulo
não se prestam a ser encaradas como forma inibidora de iniciativas avaliativas docentes, mas como
referência norteadora de encaminhamento da avaliação.
Esperamos que possam surgir valiosas reflexões sobre este tema!
Bons estudos a todos!
2
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Sumário
Introdução.............................................................................................................................. 4
CAPÍTULO 1
Concepções de avaliação: muitas opiniões, inúmeras verdades............................................. 5
Síntese...................................................................................................................................... 22
Atividades de Síntese............................................................................................................... 23
CAPÍTULO 2
Problema, modalidades e instrumentos de avaliação.............................................................. 25
Síntese...................................................................................................................................... 35
Atividades de Síntese............................................................................................................... 35
CAPÍTULO 3
Procedimentos inovadores e
dinâmica de avaliação da aprendizagem................................................................................. 37
Síntese...................................................................................................................................... 54
Atividades de Síntese............................................................................................................... 54
CAPÍTULO 4
Escola ciclada e avaliação da aprendizagem: novas tentativas educacionais.......................... 56
Síntese...................................................................................................................................... 60
Atividades de Síntese............................................................................................................... 60
CAPÍTULO 5
Educação infantil: bom início de uma história de vida........................................................... 62
Síntese...................................................................................................................................... 69
Atividades de Síntese............................................................................................................... 69
CAPÍTULO 6
Políticas educacionais e avaliação: educação infantil, ensino fundamental,
ensino médio e educação de jovens e adultos......................................................................... 70
Síntese...................................................................................................................................... 75
Atividades de Síntese............................................................................................................... 75
Considerações finais............................................................................................................... 78
Referências por capítulo.......................................................................................................... 79
Referências.............................................................................................................................. 80
Atividades Avaliativas............................................................................................................. 83
3
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Introdução
Caro aluno,
O tema avaliação é, possivelmente, a expressão acadêmica mais genuína da busca
incessante de aprendizagem nos diversos níveis escolares.
Não se trata de desafio acadêmico apenas, mas também de esforço natural em estabelecer
um cenário em que aprendizagem, desempenho e avaliação se complementam acadêmica e
pedagogicamente em qualquer circunstância da vida.
Os laços conceituais entre ensino, aprendizagem e avaliação vêm sendo estreitados desde
sempre, no sentido de tornar esses elementos parceiros inestimáveis e inseparáveis no âmbito do
conhecimento novo e renovado.
Concebe-se aqui a avaliação como ação imprescindível em qualquer momento da vida do
ser humano. Dessa forma, ela se põe com naturalidade a serviço da educação, aproximando
experiências de aprendizagem, desenvolvimento humano, melhoria de qualidade de vida, bem-
querer, elevação de auto-estima e valorização de iniciativas entre as pessoas. Entende-se que a
avaliação assim concebida possa ser mais facilmente colocada a público e aceita como parte
indispensável em qualquer processo de aprendizagem.
O ensinar e o avaliar estreitam laços tão profundos que ambos perdem a razão de ser
quando estes são quebrados. E por esse motivo que é enaltecida e defendida com tanta veemência
ao longo deste módulo a máxima de que se ensina, de fato, avaliando e se avalia, sem dúvida,
ensinando. Depreende-se desse princípio que aquele que não ensina a contento também não deve
avaliar.
Mesmo entendida a avaliação também como metodologia de ensino-aprendizagem, não se
pode eleger um determinado método avaliativo como o melhor entre os demais. Tal entendimento
tem razão de ser pela visão um tanto diversa que cada avaliador possui da ação de avaliar, motivada
ou pela herança cultural familiar adquirida, ou pela formação escolar recebida, ou mesmo pelo
maior ou menor nível de acesso que se teve aos valores culturais ao longo da vida extra-escolar.
Como metodologia de ensino-aprendizagem, a avaliação perpassa todos os níveis escolares,
respeitando ritmos e características próprias de desempenho dos educandos em cada um desses
níveis.
4
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 1
5
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
cálculo não somente na área educacional, como também em qualquer situação da vida que requeira
tomada de decisão. Aliás, tomar decisões é um dos elementos intimamente ligados a qualquer
circunstância de avaliação. De todo ato avaliativo emana alguma escolha que dá conseqüência
àquela ação.
Todo ser humano, quer por qualificação acadêmica, quer por experiência de vida
simplesmente, possui a faculdade de decidir. Assim, pode-se afirmar que a experiência de vida
também ajuda a "fazer escola", ainda que a formação escolar propicie mais oportunidades de
visualizar, aprofundar e perceber, de forma mais nítida, em princípio, as diversas variáveis que
compõem o ato de avaliar. Desse modo, além da existência de formadores de opinião, considerados
autodidatas no que diz respeito ao papel, aos objetivos e às funções da avaliação, há os que a
conceituam formalmente, expondo suas conclusões à análise e ao debate público.
A intenção aqui não é necessariamente recorrer aos autores que, por qualquer que seja o
motivo, tenham tornado seus conceitos e posicionamentos a respeito de avaliação aceitos e
reconhecidos pelo público. O objetivo é antes buscar os que possam efetivamente contribuir no
desvelamento das principais variáveis que interfere em um processo de ensino-aprendizagem.
Entre tantos outros autores, entende-se que Saraiva1 consegue abordar a avaliação de forma
bastante abrangente, enfocando não somente a aprendizagem, mas também o processo de ensino
ofertado, os sistemas de ensino que o oportunizam, bem como as competências e as habilidades do
professor.
Para a autora, “se a avaliação permear todo o processo de ensino- aprendizagem e se for
entendida em todas as suas dimensões - avaliação do aluno, do professor, da escola - possibilitará
ajustes que contribuirão para que a tarefa educativa seja coroada de sucesso".
Ainda sobre o papel da avaliação, Saraiva explica que "avaliar a aprendizagem do aluno
significa, concomitantemente, avaliar o ensino oferecido [...] [assim,] se não houver a
aprendizagem esperada, estamos diante de uma certeza - o ensino não cumpriu sua finalidade - a de
fazer aprender".
Nessa mesma linha de entendimento do papel da avaliação, a autora lança um olhar sobre o
tema ainda mais adiante, chegando mesmo à função do sistema de ensino oficial nessa questão.
Para ela,
um sistema de ensino comprometido com o desenvolvimento das competências e
habilidades dos alunos encontra na avaliação, não um instrumento para aprovar ou
reprovar e, sim, uma referência à análise de seus propósitos, permitindo-lhes buscar
caminhos para que os alunos sejam bem-sucedidos na travessia da passarela da
aprendizagem 2
Segundo Both3, toda iniciativa de aprendizagem, tendo como ator coadjuvante a avaliação,
somente se justifica em função de um bem maior: a educação. Para o autor,
ensino, avaliação e aprendizagem não se justificam plenamente por si sós, mas sempre em
função de um bem acadêmico maior, o da educação. E para uma compreensão melhor do
que seja educação, tem ela sua origem no verbo educar, que, por sua vez, provém do
verbo latino educere, que significa trazer para fora, fazer desabrochar. E desabrochar quer
dizer mostrar-se para a vida deforma real, revelar-se para o mundo externo, desvelar
potencialidades como desdobramentos da educação4
6
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
E imprescindível que haja concepções claras de avaliação e do papel a ser por ela cumprido
no contexto de ensino-aprendizagem. Não é objetivo principal da avaliação identificar o quanto o
aluno sabe e com que profundidade apreendeu os conteúdos, mas, sim, verificar quais foram os
caminhos que o levaram a esse conhecimento.
Seja qual for o instrumento de avaliação com que se procure identificar algum nível de
desempenho gerado acadêmica ou profissionalmente, muitas vezes a sua transformação em valores
reais causa divergências. Há autores que defendem fórmulas específicas para apontar resultados,
outros enveredam pela via processual. Apurar valores médios relativos ao desempenho dos
estudantes não se torna um "fruto proibido" no meio educacional, mas, por certo, não representa a
medida mais adequada para externar o nível de tal desempenho.
7
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
8
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
É mais interessante descobrir novos mares por onde navegar do que velhos portos onde
ancorar.
9
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
10
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
A sistematização foi inserida pelos jesuítas no Ratio Studiorum - Plano de Estudos dos
Jesuítas -, pelos idos de 1599. Além do processo de ensino-aprendizagem, compreende o volume
aspectos pedagógicos, de metodologia, de técnicas de ensino e de avaliação, bem como normas
disciplinares, de comportamento, de postura e de convivência.
O Ratio, conforme Franca7, "preconiza métodos de ensino e orienta o professor na
organização de sua aula". O autor enfatiza ainda que os princípios pedagógicos que animam o
Ratio "são mais supostos do que enunciados". A metodologia compreende "tanto os processos di-
dáticos adotados para a transmissão de conhecimentos, quanto os estímulos pedagógicos postos em
ação para assegurar o êxito do esforço educativo .
O ensino compreendia um componente fortemente crítico, pois era entendido o educando
como um ser participativo, preocupado com o mundo e o seu meio social. Franca destaca ainda que
no Ratio Studiorum "educar não é formar um homem absoluto intemporal, é preparar o homem
concreto para viver no cenário deste mundo".
Se no século XVI ocorreu a formalização da pedagogia jesuítica, no século XVIII
aconteceu o disciplinamento da escola como instituição de construção e de transmissão do
conhecimento, como a escola de João Baptista de La Salle 2, principalmente.
As duas propostas educativas - a dos jesuítas e a de La Salle - trazem forte influência das
características burguesas européias que aos poucos foram instalando-se igualmente no Brasil.
Trata-se de modelo metafísico - objetivo - que vem perpassando séculos, influindo o tempo
presente, quando ainda se manifesta intensamente, tanto nos meios educacionais quanto nos
familiares e nos governamentais.
A Idade Moderna - modelo subjetivo, aberto - tentou romper com o modelo objetivo,
fechado,- no entanto, seu sucesso foi apenas parcial. Enquanto o modelo moderno procurava seguir
os ditames da ciência, encarando o mundo assim como se apresentava na realidade, o metafísico
enveredava por caminhos densamente povoados por correntes de autoritarismo, em que vigora o
"dever-ser-assim".
As reflexões encontradas a respeito do tema deixam entrever que o modelo de ensino
brasileiro, em todos os seus graus e níveis, ainda que de forma mais ou menos acentuada, vem
sendo dominado fortemente pelo modelo metafísico. Contudo, é de se constatar que idéias arejadas
e abertas vão tomando corpo cá e lá, em defesa - aqui no caso específico - de uma avaliação com
sentido dinâmico, construtivo, em que o educando é encarado como elemento em desenvolvimento
no processo de ensino-aprendizagem, passando de objeto a sujeito, da passividade à ação, do
conformismo à participação crítico-construtiva.
Avaliar e verificar são componentes do processo de ensino-aprendizagem que se
manifestam sob formas diversas. Enquanto a avaliação atua sob aspectos mais processuais, a
verificação envolve principalmente valores numéricos. No entanto, isso não significa que as duas
formas de avaliação sejam totalmente antagônicas academicamente,- a sua interação operacional é
bem possível, uma vez que valores quantitativos ajudam a explicar fatores qualitativos. O quadro a
seguir traz uma comparação entre a avaliação e a verificação.
Quadro l - Comparativo entre avaliação e verificação
Avaliação Verificação
Dinâmica Estática
Qualitativa Quantitativa
Diagnostica Constatação
Democrática Autoritária
11
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Construtiva Verificativa
Subjetiva Metafísica
Autônoma Submissa
12
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
vista, confundida com mera verificação, constatação, aferição. Para o autor, "a avaliação é a base
consciente para estabelecimento das condições necessárias à vida e ao progresso humano, tanto
individual como social". Assim concebida, a avaliação efetivamente se enquadra numa atribuição
de qualidade sobre dados relevantes para a tomada de decisão.
A avaliação subentende o acompanhamento e o apoio técnico, pedagógico e psicológico do
aluno pelo professor ao longo de todo o processo de ensino-aprendizagem. E assim que ela se torna
realmente instrumento auxiliar da melhoria dos resultados finais.
Demo11 refere-se ao ato de avaliar de maneira bastante leal ao aluno, corroborando, de
certo modo, o entendimento do papel da avaliação corno oferta ao aluno de acompanhamento e
apoio incondicional e de todas as formas. Afirma o autor: "avaliar não é apenas medir, mas, sobre-
tudo, sustentar o desenvolvimento positivo dos alunos. Quer dizer, não se avalia para estigmatizar,
castigar, discriminar, mas para garantir o direito à oportunidade. As dificuldades devem ser
transformadas em desafios, os percalços em retomadas e revisões, as insuficiências em alerta".
Também pela compreensão de que a avaliação deva se constituir em acompanhamento do
ensino e da aprendizagem, a Faccat 3 fundamenta sua prática avaliativa na idéia de que a avaliação é
"um processo que tem como propósito primeiro o acompanhamento contínuo dos processos de
ensino e de aprendizagem. Há uma relação intrínseca de interdependência entre ensino,
aprendizagem e avaliação que leva a considerá-los como totalidade"12.
Comparada em termos hierárquicos com a aprendizagem, caminha a avaliação em nível
paralelo com aquela, servindo-lhe de apoio fundamental. Se considerada somente em sua
individualidade, cumpre a aprendizagem a função de propiciadora de conhecimentos. Já quando em
simultaneidade com a avaliação, ocorre uma combinação necessária entre conhecimentos
adquiridos e desenvolvimento, redundando em mudança comportamental conseqüente, positiva,
demonstrada.
Verdade é que, para fins de nota ou conceito final, ou de conclusão de curso, ou mesmo em
consideração a medidas de transferência para outra instituição, torna-se possível e necessário
transformar em símbolos numéricos e notas a decisão tomada com base em juízo de qualidade
sobre dados significativos. Nota e conceito, entendidos dessa forma, continuam sendo
perfeitamente frutos de uma aprendizagem crítico- construtiva, e não de médias.
A reprovação se caracteriza quando o aluno decide voluntariamente não participar do
processo de ensino-aprendizagem, colocando-se à sua margem. Sem a necessária progressão
construtiva por parte do educando, não pode haver aprovação, visto que os dados significativos
para a tomada de decisão se apresentam majoritariamente insuficientes. Sem atribuição de
qualidade, não há avaliação.
Os dados a serem considerados numa atribuição de qualidade estão despidos de toda e
qualquer questão externa ao processo avaliativo. Em conseqüência, essa condição dos dados
externos não permite efetuar sobre eles juízo de qualidade.
Quem avalia, deve encontrar-se impregnado de senso de justiça, de compreensão e de
interesse em acompanhar o aluno ao longo de todo o processo de aprendizagem, formando com ele
uma combinação perfeita.
A condução do processo de ensino-aprendizagem ocorre sob duas formas distintas, mas
perfeitamente complementares: globalizante e individualizada. A forma globalizante estabelece
intercomunicação entre o professor e a totalidade dos alunos, com mútua responsabilidade no
desenvolvimento da aprendizagem, enquanto a forma individualizada oportuniza um
entendimento entre o professor e cada um dos alunos. Assim, a aprendizagem também se
desenvolve respeitando-se a individualidade na globalidade. O ensino pode ser perfeitamente
13
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
14
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Fórmulas matemáticas para cálculo de médias com fins de aferição de notas ou conceitos
são exigências administrativamente comuns em instituições de ensino, como forma de socorrer
15
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
16
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Muitos dos autores que tratam do processo avaliativo igualmente defendem a necessidade
de existir o fato diagnóstico ao longo da ação de avaliar. Entre eles, encontra-se Chadwick22, que
concebe a “avaliação educacional como uma tomada de decisões e de diagnósticos quando se trata
de desvios verificados tanto no currículo do curso quanto no próprio sistema escolar”.
Ressalte-se por fim que, embora os vários autores que se reportam à avaliação a encarem
sob diferentes angulações e entendimentos, todos a ela se referem como instrumento auxiliar
necessário para a tomada de decisões plausíveis. Além disso, tanto os estudos datados de épocas
bastante remotas quanto os mais recentes concebem o processo avaliativo na aprendizagem como
fator de desenvolvimento - a avaliação considerada como regulação de um conjunto de processos
que provocam o desenvolvimento do aluno.
17
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
18
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
ano letivo para a obtenção de nota ou conceito que aponte a aprovação ou a reprovação do aluno.
No entanto, em se tratando de avaliação crítico-construtiva - que preza sobremaneira os aspectos
qualitativos, não mensuráveis por meio de calendários oficiais de provas intermediárias —, a
autonomia torna-se intocável. O presente posicionamento, novamente se enfatize, aplica-se aos
casos em que é deita somente a avaliação como processo e como instrumento auxiliar da
aprendizagem pelas respectivas instituições de ensino superior ou nelas unidades dos demais níveis
escolares.
Fórmulas matemáticas para a obtenção de notas, conceitos e médias coadunam-se
perfeitamente com a verificação, quando esta é eleita como processo de identificação quantitativa
média do progresso demonstrado pelo aluno mediante a aprendizagem.
Certamente convém repetir que a avaliação, quando encarada como processo dinâmico,
construtivo, de tomada de decisão somente a partir de dados significativos — e não de médias -,
requer do professor alto grau de responsabilidade e de senso de justiça. Não pode ser empregada
como forma classificatória, mas como agente de diagnóstico para o cumprimento da função
identificadora de bons resultados.
Both procura explicitar essa questão quando estabelece relação entre o bom professor e o
educador do futuro. Ressalte-se que o enfoque dado neste livro às expressões bom professor e
educador do futuro não inclui outras tantas interpretações pedagógicas e profissionais talvez até
mais ricas do que as colocadas no texto que reproduzimos a seguir. Por isso mesmo, almeja-se que
as idéias aqui comentadas possam servir de ponto de partida para debates em torno dessa questão
acadêmica tão importante.
O bom professor certamente não é aquele que muito reprova ou aprova a todos,- o
educador do futuro é aquele que toma todas as medidas para que a aprendizagem aconteça
para todos,- o bom professor é aquele que sabe desviar-se da cultura da reprovação,- o
educador do futuro é aquele que sabe avaliar ensinando e ensinar avaliando,- o bom professor
é aquele que tem consciência do ato de ensinar,- o educador do futuro é aquele que se
preocupa em dar sentido aos conteúdos escolares, aproximando-os da realidade vivida pelos
alunos,- o bom professor não é somente aquele que disponibiliza uma grande gama de
conteúdos aos alunos, mas o que sabe viabilizar a capacidade de associação de idéias dos
estudantes,- o educador do futuro é aquele que facilita a busca e a seleção de informações,- o
bom professor é aquele que orienta o processo da passagem da informação para o
conhecimento,- o educador do futuro é aquele que auxilia na contextualização do conhecimento
com a realidade vivenciada pelos estudantes; o bom professor é aquele que propicia o
desenvolvimento da capacidade de aplicação conseqüente dos conhecimentos; o educador do
futuro é aquele que procura conhecer a realidade pessoal e social dos alunos,- o bom professor
é aquele que procura inserir a realidade dos acontecimentos na estruturação dos conteúdos de
suas disciplinas,- o educador do futuro é aquele que sabe utilizar-se dos meios e instrumentos
de comunicação, conectando o cotidiano com os diferentes contextos educacionais,- o bom
professor é aquele que sabe que a educação c a chave para a transformação da sociedade e
para a melhoria da qualidade de vida das populações,- o educador do futuro é aquele que sabe
respeitar o jeito de ser, o ritmo e o conhecimento dos seus alunos,- o bom professor é aquele
que sabe reconhecer na educação o melhor meio para a conquista da cidadania,- o educador do
19
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
futuro é aquele que sabe trabalhar com alunos que manifestam maiores aptidões em uma
disciplina do que em outra,- o bom professor é aquele que sabe identificar e contornar os
principais fatores que dificultam a aprendizagem,- o educador do futuro é aquele que sabe
ensinar, sim, mas que prefere trabalhar com o aluno e fazê-lo produzir,- o bom professor é
aquele que sabe contribuir na elaboração de projeto político-pedagógico para a sua unidade
escolar e desenvolve as suas atividades a partir dele,- o educador do futuro é aquele que sabe
apontar os problemas de aprendizagem dos alunos, mas que também sabe identificar os
problemas de "ensinagem" da escola e do professor,- o bom professor é aquele que também
sabe valorizar o que o aluno sabe e não principalmente o que não sabe,- o educador do futuro é
aquele que busca permanentemente o próprio aperfeiçoamento,- o bom professor é aquele que
percebe que os tempos mudam e que necessita neles mudar,- o educador do futuro é aquele
que sabe que, sendo bom educador, pode constituir, juntamente com a família, um dos
principais pontos de equilíbrio do nível comportamental e da delinqüência escolar e social,- o
bom professor é aquele que apresenta aos alunos mais dúvidas do que soluções,- enfim, o bom
professor e o educador do futuro primam pela alegria de educar.
Essa reflexão formulada por Both, na qual o autor procura estabelecer uma comparação
conceituai entre bom professor e educador do futuro, não se justifica por si só em termos
acadêmicos e profissionais, podendo servir - como já o foi em inúmeras oportunidades - como tema
de estudos em semanas pedagógicas, ou como tema para produção científica, ou mesmo como
indicação de tema para eventos educacionais.
As nomenclaturas professor e educador possivelmente mereçam uma observação no
sentido de que conceitualmente as diferenças entre as duas vêm aumentando. Torna-se sempre mais
claro o entendimento de que professor é aquele que ensina para a aprendizagem, ao passo que o
educador propõe-se a uma atuação com abrangência mais universal, tanto em termos de
aprendizagem como de benefício sociopessoal do estudante. Enquanto o professor ensina para a
aquisição de novos conhecimentos pelo aluno, o educador se preocupa paralelamente com os
benefícios pessoais e sociais que daí possam advir.
Outra diferença perceptível entre ser professor e ser educador é que, enquanto o professor
se preocupa com o aumento do nível de conhecimentos por parte do aluno, o educador sugere que o
educando tome posse desses novos conhecimentos, procure dar “roupagem" nova aos
conhecimentos já adquiridos e crie outros novos conhecimentos.
20
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Narrativa 1: A procura
No princípio, Deus criou os céus e a terra e, ao observar o que havia feito, disse:
- Vejam só como é bom o que fiz!
E essa foi a manhã e a noite do sexto dia.
No sétimo dia, Deus descansou. Foi então que o seu arcanjo veio e lhe perguntou:
- Senhor, como sabe se o que criou é bom? Quais são os seus critérios? Em que dados
baseia o seu juízo? Que resultados, mais precisamente, o Senhor está esperando? O Senhor,
por acaso, não está por demais envolvido com sua criação para fazer uma avaliação
desinteressada?
Deus passou o dia pensando sobre essas perguntas e à noite teve um sono bastante
agitado.
No oitavo dia, Deus falou:
- Lúcifer, vá para o inferno!
E assim nasceu, iluminada de glória, a avaliação.
21
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente- Mas seu
corpo estava murcho e era pequeno e ela tinha as asas amassadas. O homem continuou a
observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e
se esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria firmar-se a tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com
um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua
gentileza e vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço
necessário à borboleta para passar através da pequena abertura eram o modo com que o
fluido do seu corpo iria para as suas asas, tornando-a capaz de voar, uma vez que estivesse
livre do casulo.
Era uma vez dois ratinhos que viviam numa casa velha. Certa noite, passeando pela
cozinha, os dois encontraram uma tigela imensa de coalhada, coberta por um pano.
Debruçaram-se por baixo do pano para comer, mas a gulodice era tanta que um deles acabou
caindo e, na queda, agarrou-se ao outro, que caiu também. Os ratinhos então começaram a
debater-se, a debater-se, na tentativa de saírem dali, mas as bordas da tigela eram
escorregadias demais. Desesperado, um deles entregou os "pontos" e afundou. O outro ratinho
continuou nadando, nadando. Quando se cansava demais, boiava um pouco, depois voltava a
nadar, buscando forças não se sabe de onde. De manhãzinha a cozinheira foi verificar como
estava a sua coalhada e teve duas surpresas. Primeiro, assustou-se ao ver um rato morto na
tigela. Mas a surpresa maior foi ver que a coalhada tinha virado manteiga, como se alguém a
tivesse batido a noite toda.
E, por cima, havia o rastro das pegadas de um ratinho que tinha ido embora,
caminhando.
Síntese
Em princípio, todo professor sabe ensinar, intermediar oportunidades de aprendizagem
e avaliar. Sabe-se, também, que a avaliação não se faz presente somente em ambientes de
aprendizagem formais, mas em qualquer momento da vida do ser humano, sejam quais forem
sua formação, atividade e condição social.
No caso do presente estudo, a avaliação é percebida em especial em função da
aprendizagem escolar, em que a forma como é vista e sua função processual circunscrevem
foco específico: aluno-professor- aprendizagem.
As concepções a respeito de avaliação são as mais diversas possíveis no entanto, em
todas se reconhece que seus objetivos giram em torno da melhoria de desempenho do aluno,
do professor, das condições de oferta de ensino e de aprendizagem, enfim. Desse modo,
22
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
23
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
24
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 2
Problema, modalidades e
instrumentos de avaliação
É importante haver clareza em torno do problema de que se ocupa a avaliação, seu
objetivo e sua abrangência. Igualmente é preciso haver o domínio por parte do avaliador com
relação à composição e à função da avaliação como uma das metodologias de aprendizagem.
Assim, o caráter contínuo e cumulativo, bem como o caráter formativo e somativo da
avaliação devem ser de pleno domínio do avaliador em qualquer área do conhecimento,
independente do conteúdo a ser aprendido.
Neste capítulo, amplia-se a discussão em torno do objetivo dos instrumentos de
avaliação, com incidência especial em valores quantitativos e qualitativos inseridos no
processo avaliativo.
25
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
deixar desapercebido seu papel intermediador nas decisões a serem tomadas fora do contexto
meramente escolar.
Avaliação, ensino e aprendizagem têm desnudadas suas funções mais precisamente em
ambiente escolar e acadêmico,- na prática, porém ocorrem essencialmente no meio social.
Para Romanowski e Cortelazzo,
A educação tem na avaliação escolar uma maneira de aferir como os alunos vêm se
apropriando do conhecimento na escola. Avaliar exige acompanhar o crescimento do
educando, utilizando para isso vários instrumentos A diagnóstico, que resultam na nota
como reflexo de todo o desenrolar de uma construção do pensamento científico no
educando. Desta maneira, a avaliação assume um caráter mais construtivo do que
instrutivo de aprendizado.
Reflita e posicione-se!
26
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
avaliação visa à regulação e à auto-avaliação realizada pelo próprio aluno, a contribuir com a
melhoria da aprendizagem"3.
O tema avaliação talvez seja aquele em que se possa destacar o maior número de aspectos
e que maior inspiração cause não só nos educador ou como também em qualquer pessoa, letrada ou
não, dado ser uma das suas funções apontar o nível de desempenho do estudante (em termos de
aprendizagem) e do profissional (no cumprimento de suas funções.
Outrossim, desde sempre ganham relevância nesse debate outras questões: o que deve ser
avaliado,- quem deve ser avaliado,- como fazer ; avaliação,- quem deve fazer a avaliação.
Possivelmente não devam ser avaliados somente os aspectos informativos, mas também, e
simultaneamente, os formativos, já que se complementam na ação educativa. Como processo, a
avaliação requer observação e percepção voltadas ao nível de desempenho e de contribuição do
aluno em sua ação formativa,- no entanto, instrumentos acessórios igualmente podem ser utilizados
no processo avaliativo, a partir dos quais o estudante possa revelar de forma explícita expressões de
sua aprendizagem. Já se comentou neste estudo que a concepção de avaliação como processo e a
adoção de instrumentos auxiliares de avaliação do desempenho estudantil não se contrapõem, na
medida em que os resultados quantitativos não se sobreponham aos qualitativos.
Quanto a quem deve fazer a avaliação, em princípio, é preciso apontar para a figura do
professor, em razão de ter sido ele quem planejou as principais oportunidades formais de
aprendizagem escolar, baseadas nos objetivos firmados no regimento da escola. Entretanto,
também outros personagens devem contribuir com esse processo, entre os quais merecem ser
citados direção escolar, pais, representações estudantis e sociais, orientadores educacionais, além
do próprio aluno, ao qual convém manifestar-se a respeito de suas potencialidades e limitações.
Se avaliar é dar e buscar valor, então não basta à ação avaliativa cumprir sua função,
estritamente,- torna-se imprescindível identificar o nível de cumprimento do objetivo que se lhe
impôs diante do desempenho d0 escolar ou do profissional.
Brazil4, com relação a valor e mérito, afirma que “é sempre conveniente que seja feito um
reexame na avaliação usada. Essa análise nos revelará os pontos positivos e negativos da mesma,
suas limitações em face do que queríamos medir e deste estudo poderemos chegar a melhores
padrões para aperfeiçoá-la".
Segundo Stufflebeam5, uma "boa avaliação requer que o próprio processo de avaliação seja
avaliado". Para o autor, "meta-avaliação é o processo de delinear, obter e utilizar informações
descritivas e de julgamentos sobre a utilidade, a praticidade, a ética e a adequação técnica de uma
avaliação, de modo a orientá-la e relatar ao público interessado seus pontos fortes e fracos."
Scriven6 também concebe a meta-avaliação como "avaliação do valor e do mérito de uma
avaliação".
27
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
• questionários,
• registros anedóticos,
• observação sobre a contribuição do aluno no desenvolvimento da disciplina,-
• entrevista,
• estudo de caso,
• portfolio;
• seminário,
• debate,
• trabalho em grupo,
• relatório individual,
• auto-avaliação,
• conselho de classe ou conselho pedagógico,
• prova objetiva,
• prova dissertativa,
• relatório individual,
• observação.
A seguir, é apresentado um quadro em que são descritos alguns dos principais instrumentos
de avaliação de desempenho, enfocando-se sua definição, função, vantagens e ainda os aspectos
aos quais o avaliador deve conferir especial atenção.
28
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
29
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Atenção Como mediador, Evite julgar a opinião O aluno só se abrirá Faça anotações no Faça sempre observações
dc chance de do aluno, mas dê-lhe se sentir que há um momento em que concretas e não rotule o
participação a rodos e sugestões a respeito clima de confiança ocorre o fato,- evite aluno,- cuidado para que a
não tente apontar de posicionamentos entre o professor Generalizações e reunião não se torne
vencedores, pois em Contraditórios seus, e ele e que esse julgamentos apenas uma confirmação
um debate se deve se for o caso. instrumento será subjetivos,-considere de aprovação ou de
priorizar o fluxo de usado para ajudá-lo a somente os dados reprovação.
informações entre aprender. fundamentais no
pessoas. processo de
aprendizagem.
Análise Defina o valor de cada Defina o valor de cada Atribua pesos à abertura, ao Observe se houve partici-
questão e multiplique-o pergunta e atribua desenvolvimento do tema, aos pação de todos e
pelo número de respostas pesos para a clareza das materiais utilizados e à colaboração entre os
corretas. idéias, para a conclusão,- estimule a classe a colegas atribua valores
capacidade de fazer perguntas e a emitir diversas etapas do
argumentação e para a opiniões. processo e ao produto
conclusão e a final.
apresentação da prova.
Como utilizar Liste os conteúdos que os Se o desempenho não Caso a apresentação não tenha Em caso de haver
as alunos precisam for satisfatório, crie sido satisfatória, planeje problemas de socialização,
informações memorizar,- ensine experiências e atividades específicas que organize jogo e atividades
estratégias que facilitem motivações que possam auxiliar no desen- em que a colaboração seja
associações, como listas permitam ao aluno volvimento dos objetivos não o elemento principal.
agrupadas por idéias, chegar à formação dos atingidos.
relações com elementos conceitos mais
gráficos e ligações com importantes.
conteúdos já assimilados.
Planejamento Defina o tema, Defina o tema e oriente Forneça ao aluno um Elabore uma ficha Conhecendo a pauta
oriente a pesquisa a turma sobre a roteiro de auto- organizada (check- de discussão, liste
prévia,combine com estrutura apropriada da avaliação, definindo as list, escalas de os itens que
os alunos o tempo, as introdução, do áreas sobre as quais classificação) pretende comentar.
regras e os desenvolvimento, da você gostaria que ele prevendo atitudes, Todos os partici-
procedimentos; conclusão e de outros discorresse,- liste habilidades e pantes devem ter
mostre exemplos itens que julgar habilidades e competências que direito à palavra
bons debates, no necessários, comportamentos e serão observadas,- para enriquecer o
final, peça relatórios dependendo da peça para ele indicar isso vai auxiliar na diagnóstico dos
que contenham os extensão do trabalho, aquelas em que se percepção global da problemas, suas
pontos discutidos se bem como sobre o considera apto e turma e na causas e soluções.
possível, filme a melhor modo de aquelas em que precisa interpretação dos
discussão para análise apresentação e o de reforço. dados.
posterior. tamanho aproximado.
30
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Análise Estabeleça pesos Estabeleça pesos para Use esse documento ou Compare as O resultado final
para a pertinência da cada item que for depoimento como uma anotações do início deve levar a um
intervenção, a avaliado (estrutura do das principais fontes do ano com os consenso da equipe
adequação do uso da texto, gramática, para planejamento dos dados mais em relação às
palavra e a obediência apresentação). próximos conteúdos. recentes para intervenções
às regras combinadas. perceber o que o necessárias no
aluno já realiza com processo de ensino-
autonomia e o que aprendizagem,
ainda precisa de considerando-se as
acompanhamento. áreas afetiva,
cognitiva e
psicomotora dos
alunos.
Como utilizar Crie outros debates Só se aprende a Ao tomar Esse instrumento O professor deve
as em grupos menores, escrever escrevendo. conhecimento das serve como uma usar essas reuniões
informações analise o filme e Caso algum aluno necessidades do aluno, lupa sobre o pro- como ferramenta
aponte as apresente dificuldade sugira atividades indi- cesso de desen- de auto-análise. A
deficiências e os em itens essenciais, viduais ou em grupo volvimento do aluno equipe deve prever
momentos positivos. crie atividades es- para ajudá-lo a superar e permite a mudanças tanto na
pecíficas, indique bons as dificuldades. elaboração de prática diária de
livros e solicite mais intervenções cada docente como
trabalhos escritos. específicas para no currículo e na
cada caso. dinâmica escolar,
sempre que
necessário.
Em primeira instância, talvez seja o portfolio um dos instrumentos que maior contribuição
traga para a avaliação de desempenho, tanto do aluno como do professor.
Significativamente presente no meio avaliativo de países como Alemanha, Canadá e
Estados Unidos da América, e ainda pouco utilizado no meio educacional brasileiro, no qual,
contudo, também vem recebendo gradativo aumento de aceitação, o portfolio, quando bem
aquilatado pode constituir instrumento avaliativo bastante abrangente.
31
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Trata-se de um instrumento de fácil emprego, ainda que exija significativo empenho por
parte de quem dele se utiliza, por se valer de variados componentes que necessitam ser levados em
conta no apontamento do nível de desempenho de quem está sendo avaliado.
O que atualmente se chama de portfolio já foi conhecido por diversas denominações no
meio acadêmico, como dossiê do professor, auto-relato docente, pasta ou arquivo de aula (do
aluno) ou simplesmente caderno de resumo.
Além de receber denominações variadas, o portfolio igualmente pode ter formas diversas e
ser elaborado com o emprego de diferentes metodologias. A que será apresentada a seguir é de fácil
desenvolvimento, com consecução ao alcance de alunos de todos os níveis escolares.
Além da vasta experiência pessoal do autor - colhida ao longo da vida estudantil e docente
- em se tratando de reflexão a respeito de concepção, objetivos, abrangência, estrutura e pertinência
do portfolio no processo de avaliação, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional,
para se oferecer ao leitor uma análise mais completa sobre o tema, são enfocados aqui igualmente
os apontamentos de outros especialistas no assunto, como Coelho9 e Centra10. Enquanto Coelho
aborda o portfolio principalmente em relação ao contexto do processo de ensino-aprendizagem,
Centra reporta-se a esse material como instrumento privilegiado de avaliação docente.
Assim se refere Coelho ao tratar de portfolio:
a avaliação é importante dimensão do processo ensino-aprendizagem particularmente se
desenvolvida na modalidade formativa. Nas mudanças curriculares atuais, caracterizadas
por interdisciplinaridade e tratamento de temas transversais, a avaliação necessita ser
repensada e adequar-se às novas práticas de ensino e aprendizagem.11
O portfolio ainda pode incluir material sobre trabalhos, relatórios, resultados de provas,
exames e auto-avaliações dos alunos. Pode compreender também materiais do professor, como
planejamento, conteúdos desenvolvidos, técnicas e objetos de instrução utilizados, inovações
introduzidas, reflexões realizadas sobre o ensino e documentos de avaliação da disciplina e do
professor efetuada por alunos, colegas e alunos.
Pelo que se percebe, tanto o professor quanto o aluno podem se utilizar do portfolio para a
auto-avaliação de seu desempenho no processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de instrumento
32
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
O portfolio pode ser apresentado sob diversas formas estruturais, entre as quais se
destacam as seguintes:
~ pasta individual contendo afixados: nome do (a) aluno(a), nome do (a) professor(a),
curso, disciplina, série, ano,-
~ folha de rosto para o aluno registrar-, pensamentos, sentimentos e auto-avaliações
acerca de seu crescimento ao longo de sua experiência de ensino,-
~ índice com a relação seqüencial do material: registros de visitas, resumos de textos,
projetos e relatórios de pesquisa, avaliações, recortes, anotações de aulas e de experiências.
33
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
uma vez que pode propiciar aprofundamento de pesquisa a respeito de determinado tema, bem
como contribui para a troca de idéias em estudo interdisciplinar em conjunto com as pessoas sobre
um tema específico.
Vale também tentar a elaboração de estudo de caso como forma de render como se
constitui mais um instrumento de demonstração de desempenho e de avaliação ao mesmo tempo.
Quadro 3 - Orientação para implementação de estudo de caso
Descrição (interpretar o caso/ Prescrição
texto) (sugerir contribuições ao caso/texto)
Interessado(s) A quem interessa. A quem deveria interessar, se fosse o caso.
Objetivo(s) Do caso ou de outro texto. Quais seriam os outros objetivos, se fosse o caso.
34
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Síntese
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo, seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
35
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
3. Explique com suas palavras como deve ocorrer a escolha do melhor procedimento de avaliação
a ser utilizado em cada momento.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
4. Como ocorre a avaliação através do uso de Portfolio? Quais os seus benefícios?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
5. Explique e dê um exemplo de avaliação com caráter contínuo; avaliação com caráter formativo,
avaliação com caráter somativo e avaliação com caráter cumulativo.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
36
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 3
Procedimentos inovadores em
dinâmica de avaliação da
aprendizagem
37
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
sobejamente conhecidas. Isso não significa que não se devam realizar tentativas na oferta de novos
procedimentos e de renovadas dinâmicas avaliativas, ainda mais quando estes podem contribuir
com a qualidade do processo de ensino-aprendizagem ou de qualquer outra ação profissional.
Não se torna fácil dimensionar a diferença entre uma iniciativa corriqueira de avaliação e
um procedimento de avaliação dito inovador. Entende-se que o inovador não precisa
necessariamente beirar o inédito mas por vezes se apresenta com uma roupagem nova, tão-
somente.
Esse novo aspecto dado a um procedimento avaliativo pode ser tão ou mais positivamente
significativo do que o mote de ineditismo que ele possa conter. Com freqüência, a ação inovadora
em avaliação está mais ligada a uma nova dinâmica dada à avaliação da aprendizagem do que
propriamente à criação de um novo formato avaliativo.
Seja como for, como em tudo na vida acadêmica e fora dela, o espírito inovador deve ser
uma aspiração permanente do ser humano. E por isso mesmo que a avaliação possui também forte
conotação investigativa - para se chegar ao ponto de inovação, parte se do pressuposto de que
houve um processo de pesquisa.
A avaliação por si só sugere a intenção de se fazer um diagnóstico de desempenho/ tendo
em vista o seu redimensionamento, se preciso for. Assim, tanto a avaliação em si quanto a
permanente e necessária ação inovadora suscitam ação pesquisadora.
A avaliação é uma questão de justiça, bom senso e valorização do desempenho. Ela existe
em simultaneidade com o ensino e a aprendizagem. É por isso que não se pode dizer nunca “agora
estamos ensinando” e “daqui a pouco vamos avaliar”. Ensina-se, sim, avaliando e avalia-se, sim,
ensinando, como já se disse. Eis a questão.
Também por representar a avaliação questão não tranqüila e não resolvida de forma
definitiva - ainda bem — em qualquer parte do mundo, é preciso debater permanentemente as suas
funções quantitativa e qualitativa no contexto do ensino e da aprendizagem, com o intuito de fazer
dela uma aliada privilegiada.
Em razão disso, entende-se que um dos maiores méritos do debate que vem estabelecendo-
se em torno de sistemas e critérios de avaliação é justamente o reconhecimento do fato de que os
professores sabem desenvolver ensino e sabem avaliar. Mas, também, tem-se consciência de ser
necessário dar simultaneamente a perceber que ensino e avaliação são processos dinâmicos,
requerendo constantes ajustes metodológicos, didáticos, técnicos e científicos quando de seu
desenvolvimento e aplicação.
Assim, os 80% e os 20% consignados para prova e outras atividades, respectivamente, são
um alerta, especialmente para os professores quiçá menos afeitos a essas questões, isto é, ao fato de
que avaliar implica aproveitamento de múltiplas circunstâncias em que se desenrola o ensino,
identificando-se o nível de sua qualidade e o desempenho do docente e dos alunos. Desse modo,
não basta a prova, simplesmente, como componente único de identificação do desempenho do
aluno pois ela permite medir apenas parte do seu aprendizado, num certo momento e contexto
delimitado. E por essa razão que se denomina o desenvolvimento do ensino em simultaneidade
com a avaliação de ação processual, em que os elos não se partem e não permitem hiatos de
descontinuidade.
38
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Tais atividades não representam concessão gratuita de notas, mas conquista merecida de
valores avaliativos por parte do aluno. Por sua vez, a determinação de 80% (prova) e 20% (outras
atividades), por servir de parâmetro, sugere a flexibilidade de critérios de avaliação, quando for o
caso, principalmente no que respeita às atividades que não têm os seus valores necessariamente
engessados, visto ser principalmente aí que transitam e se manifestam as efetivas contribuições dos
aluno Cabe, então, ao professor decidir, caso a caso, os valores que deverão ser atribuídos às
produções dos alunos e, posteriormente, agregados ao cômputo geral das notas.
39
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
40
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
apoio pedagógico extraclasse, com vistas à efetiva recuperação de estudos. A esse aluno ainda deve
ser concedida assistência psicológica, bem como orientação vocacional para que perceba a real
necessidade de prosseguimento nos estudos, sem repetição do período ou ano letivo já cumprido.
Igualmente recebe indicações de referências bibliográficas para fazer leituras complementares aos
conteúdos proposto em plano de ensino.
Comentou-se anteriormente serem dispensáveis tanto conceito quanto nota para fins de
demonstração de domínio de conhecimento pelo aluno. No entanto, se os educadores tivessem
liberdade para encolher entre um e outro, para fins meramente educacionais, a decisão maior
possivelmente não recairia nem sobre um nem sobre outro. O provável é que a opção preferencial
fosse pelos parâmetros descritivos que possibilitam, em comparação a conceitos e notas, a
formulação dc abrangência explicativa mais alargada e profunda a respeito de domínio e tomada de
posse de conhecimentos pelos alunos.
Elaborar prova para fins de avaliação do desempenho dos alunos não constitui tarefa fácil,
uma vez que ela compreende dois componentes que exigem profunda reflexão prévia. Não basta ao
educador contentar-se com seus muitos anos de experiência em elaboração desse tipo de meio de
41
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Quando se afirma que o ensinar e o avaliar são atos que ocorrem de maneira simultânea,
deve-se entender também que as respostas às questões que compõem uma avaliação devem,
necessariamente, ser fruto de exercício de raciocínio, análise crítica, criatividade e comparação,
bem como do esforço de identificação de alternativas de solução.
Outrossim, ainda que as questões objetivas requeiram intenso emprego de raciocínio na
identificação da(s) alternativa(s) correta(s), o que não deixa de ser amplamente positivo, as
questões discursivas exigem um acréscimo importante: o saber expressar-se também por escrito.
Seguem alguns exemplos de questões de avaliação elaboradas de forma objetiva e
discursiva:
1. Questão objetiva
Partilha, cooperação, inserção social e respeito mútuo são categorias sociológicas que
fundamentam atividades as quais, além de facilitar o desenvolvimento social dos alunos, visam
também:
a) a consolidação das características de personalidade.
b) à aquisição dos conteúdos curriculares.
c) à organização das pesquisas escolares.
d) à obediência aos preceitos educativos.
e) à construção consciente da cidadania.
2. Questão discursiva
A professora Sônia é responsável por uma classe de 32 alunos, que cursam há 3 anos o ensino
fundamental na Escola Sol. Ela fez leitura dos relatórios dos professores dos anos anteriores
sobre esses alunos, observou-os, avaliou-os e verificou que 15 alunos de sua classe estão muito
lentos na aprendizagem da leitura e da escrita.
A proposta pedagógica da escola prevê a progressão automática dos alunos, mas recomenda
que dificuldades específicas de alguns sejam trabalhadas de forma particular.
Proponha três possíveis ações que possam ser desenvolvidas pela professora dessa turma,
visando a atender às necessidades desses 15 alunos.
Observação: em avaliação, questões enquadradas como diretas devem ser evitadas, por
exigirem pouco exercício de raciocínio contextualizado, sendo as respostas ao solicitado obtidas,
não raras zes, por meio de artifício denominado popularmente de "decoreba”. Um exemplo desse
tipo de questão: "Quem descobriu o Brasil?".
42
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
43
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Os recursos apontados para promover avaliação por si sós não encerram ineditismo em sua
constituição, mas, sim, em seu potencial positivo para dar respostas às exigências avaliativas.
Além do mais, instrumentos de avaliação existem muitos, mas poucos são os que possuem
o potencial necessário, como os aqui mencionados, para cumprirem a função de, ao mesmo tempo,
possibilitar que se ensine avaliando e se avalie ensinando.
A avaliação institucional não constitui ato isolado de um grupo de trabalho, mas visa a
conclamar a comunidade acadêmica ou escolar, representantes da sociedade e ex-alunos para uma
permanente reflexão, autocrítica e participação no desenvolvimento universitário ou escolar e
social. Encara-se, assim, a avaliação com otimismo e como uma questão necessária, que tem em
vista a dignificação das funções docente, técnica e administrativa. Trata-se de igualmente despertar
nos professores e nos alunos uma conscientização acerca dos fatores determinantes para a
qualidade e o sucesso do ensino, da pesquisa e da extensão, quando for o caso.
Convém externar com clareza a filosofia que orienta o processo de avaliação institucional,
principalmente quando este é entendido como instrumento de apoio e de identificação de possíveis
políticas universitárias ou escolares. Assim entendida, a avaliação institucional tem condições de se
firmar paulatinamente como processo irreversível, principalmente à medida que for se tornando
credível, aceita e necessária.
O permanente esforço pela averiguação do nível de qualidade universitária ou escolar
constitui elemento indispensável para a busca da qualidade pretendida. Torna-se relevante
mencionar que a avaliação institucional vem sendo encarada em nível internacional como um pro-
cesso que consiste em excelente agente de identificação e de apoio à qualidade de uma instituição.
Como tal, não convém tomá-la como uma nuvem passageira, ou como um instrumento de
escoramento político, ou mesmo como mais um modismo apenas.
A avaliação institucional precisa ser vista como afirmação duradoura em busca de uma
qualidade em que seja compatível a filosofia institucional com a realidade social. Para que isso
possa de fato ocorrer, a avaliação institucional — assim como o ensino e a aprendizagem - deve ser
conduzida como processo, ainda que se valha em sua implementação de instrumentos que apontem
para resultados tanto qualitativos quanto quantitativos.
Existem algumas condições que ajudam a dar consistência à avaliação como processo: ela
necessita ser útil, beneficiando a todos os envolvidos,- precisa ser viável, principalmente em termos
de possibilidade e viabilidade de execução,- deve ser exata, tendo em vista a necessidade de sua
condução correta e do emprego de instrumentos adequados para a obtenção de informações
confiáveis. Enfim, a avaliação institucional com sentido processual é uma questão ética e de
responsabilidade social, visto sua condução ter que ser transparente, conseqüente e fundarem um
senso de justiça.
Além disso, a avaliação institucional com sentido processual visa á qualidade, inclusive
como forma de permitir a sobrevivência da instituição. No entanto, a qualidade não ocorre quando
se é razoável apenas, mas quando se dá tudo de si, sempre,- ela não pode ser gratuita, mas
certamente custa muito menos que a não-qualidade,- como adequação ao uso, ela deve, por certo,
44
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
45
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Aspectos importantes que podem inspirar os demais níveis de ensino que não o de
educação superior são, ainda, os princípios que norteiam a composição dos programas de avaliação
institucional, tanto por parte do Paiub, em 1993, como do Sinaes, em 2004.
No Paiub4, os princípios norteadores de avaliação institucional mais fundamentais são os
seguintes:
• globalidade: expressa a noção do que necessário ser avaliado a partir dos elementos que
compõem a instituição, com ampla participação de toda a comunidade acadêmica vinculada
a cada
• instituição, referenciados também por uma avaliação externa,
• comparabilidade: revela a busca de um linguajar técnico-científico de comum
entendimento na universidade e a possibilidade de comparação entre o nível de desempenho
dos diferentes campos de intervenção interna e externa da instituição,
• respeito à identidade institucional: trata-se da consideração das características próprias da
instituição, possibilitando-lhe a reflexão honesta sobre o que é e sobre o que pretende ser,
levando em conta, ainda, perfis, missões, condições, necessidades, aspirações,
• não-premiação ou punição: o programa de avaliação não inclui questão vinculada a
mecanismos de punição e/ou premiação, mas também não representa neutralidade, devendo
servir, acima de tudo, como instrumento de apoio às pessoas avaliadas,
• adesão voluntária-, ainda que o programa de avaliação conte com a participação
voluntária das pessoas, torna-se indispensável o incentivo à sua adesão em termos de
instituição, órgãos e pessoas, tanto em nível individual como coletivo,
• legitimidade: corresponde à sua metodologia de implementação de indicadores capazes
de fornecer informações fidedignas à instituição, aos órgãos e às pessoas envolvidas,
• continuidade: remete à possibilidade de comparabilidade entre os dados de uma etapa de
implementação do programa e os de outra, contribuindo simultaneamente com a
identificação do nível de confiabilidade dos instrumentos utilizados ou a serem empregados
e com o grau de eficácia das medidas adotadas ou a serem levadas a efeito a partir dos
resultados obtidos.5
O Sinaes6 baseia suas orientações com vistas à efetivação de seu programa de avaliação
institucional nos princípios a seguir:
46
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
fora do âmbito da educação superior também podem nortear seus programas de avaliação
institucional como uma iniciativa imprescindível de apoio ao bom desempenho da educação.
Sabe-se que secretarias estaduais de educação, assim como secretarias municipais de
ensino vêm propondo políticas e princípios de avaliação institucional, ainda não incorporados,
contudo, por todas as instituições que trabalham com o ensino fundamental, o ensino médio e a
educação de jovens e adultos.
Ainda que esses diferentes níveis escolares ensejem cumprir objetivos que lhes são
peculiares, é salutar que eles também busquem inspiração para estabelecer seus princípios de
avaliação institucional princípios da educação superior nos casos em que isso couber.
Uma instituição de ensino, seja qual for sua dependência administrativa (federal, estadual
ou municipal) ou nível escolar, certamente não se basta a si mesma. Sua preocupação não se
restringe somente ao nível do desempenho de seu ensino, da aprendizagem e da avaliação pratica.
Igualmente lhe cabe averiguar perenemente o nível das condições de ensino que oferece, bem como
o estado de sua infra-estrutura observando, por exemplo, a biblioteca, os laboratórios, as áreas de
lazer e a segurança interna e externa.
Desse modo, a implementação de um programa de avaliação institucional permanente
consegue dar respostas a problemas relativos às condições pedagógicas, à infra-estrutura e aos
recursos humanos da instituição.
São apresentados a seguir alguns pontos que poderão constar de um planejamento para uma
possível formalização de programa de avaliação do desempenho de instituição educacional.
1. Questões de inspiração:
47
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
• Hoje não mais se discute se a avaliação institucional deve - ou não realizada,- sua
implementação é condição sine qua para o desenvolvimento institucional,-
• Discutem-se, hoje, filosofia, objetivos metodologia e abrangência da avaliação
institucional,-
• É fora de cogitação fugir à avaliação, mas deve-se encará-la com competência, seriedade,
rigor e paciência,-
• A avaliação não é uma questão simples e singular, mas plural e diversa,-
• A realidade que se pretende avaliar é dinâmica, contraditória e multifacetada.
6. Qualidade institucional:
• A instituição tende a ter boa qualidade quando seus recursos são de boa qualidade,-
48
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Muita teoria se tem apresentado e muita produção se tem comercializado em tomo desta
tríade de componentes avaliativos: competência, capacidade e habilidade. No entanto, é possível
entendê-la e utilizá-la no meio escolar e extracurricular de forma ainda mais pertinente, com vistas
as exigências do processo de ensino-aprendizagem e da realidade social.
Nesta seção, a competência, a capacidade e a habilidade, às quais é acrescida a
convivência, são apresentadas sob nova ótica e função, diversas das que vêm sendo concebidas a
seu respeito em nível educacional, social e profissional, no meio acadêmico e fora dele. Vejam-se
então suas funções7:
49
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
• Competência: que o piloto demonstre ter a competência - ciente para alçar vôo,-
• Capacidade: que o piloto demonstre ter a capacidade necessária para assegurar a
permanência do avião no ar;
• Habilidade: que o piloto demonstre ter a habilidade necessária para garantir vôo seguro,-
• Convivência: que o piloto saiba propiciar bem-estar aos passageiros ao alçar vôo, ao
assegurar o avião no ar, ao garantir um vôo seguro e ao aterrissar sem percalços.
A aprendizagem ocorre tanto mais significativamente quanto maio for a interação entre o
ato de ensinar e o de avaliar. Assim, avaliar aprendizagem do aluno significa, concomitantemente,
avaliar o ensino oferecido. Não havendo a aprendizagem esperada, o ensino não terá cumprido sua
50
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
51
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
52
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Sabor Aprendizagem
O sal se incorpora na carne (toda). A avaliação se incorpora no ensino (todo)
como que.
53
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
partir dela, consigam perceber o quanto e em que condições dominam, relacionam e aplicam os
conteúdos os conhecimentos inerentes às temáticas e aos diversos conteúdos que compõem as
disciplinas dos respectivos cursos. Assim, não é o professor o único responsável pela aprovação ou
pela reprovação dos seus alunos são os estudantes que decidem em que medida querem envolver-se
mais ou menos com a aprendizagem.
E plausível afirmar, ainda, que a aprendizagem apropriada pelos estudantes em maior ou
menor escala também tem a ver, e às vezes em grande escala, com o nível de comprometimento
profissional e com a capacidade do professor em auxiliar o alunado a aprender.
Priorizar a aprovação como resultado de uma excelente aprendizagem deve sempre
constituir meta primeira do professor, mas a reprovação também deve estar no plano docente,
quando alunos a desejarem e a fizerem por merecer.
Síntese
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
54
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
55
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 4
4Para ver a Lei n° 40. i 72, de 9 de janeiro de 2004, acesse-, <https://www.planalto.gov.br/ccivil __03/leis/leis _200 l/li0í72.htm>.
56
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Sabe-se ser positiva a tomada de iniciativa por parte dos educadores no sentido de propor
novas e renovadas experiências educacionais, cá e lá, toda vez que elas encontrem "terreno fértil"
para tal.
Quanto ao caso específico da escola ciclada, trata-se de um modelo que encontra apoio em
legislação educacional própria, em especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) - Lei n° 9.394/965, no art. 32, parágrafos 1o e 2o, quando se faz referência ao regime de
progressão continuada.
Soistak ainda menciona questões de muita pertinência com relação a algumas
essencialidades da escola planejada em ciclos, as quais, uma vez averiguadas, podem indicar o
nível de adequação de uma escola com tais propósitos, bem como apontar indicadores para o seu
redimensionamento, se necessário for. As principais questões postas são:
a continuidade do ciclo pelo mesmo professor tem influência na aprendizagem escolar?
Este acompanhamento tem sido visto como avanço? O professor se sente responsável
pelos seus alunos durante o ciclo? A continuidade de um mesmo professor é sempre
positiva ou, em alguns casos, pode ser algo problemático?3
Experiências de escolas na adoção do regime de ciclos já têm sido suficientes para que a
comunidade acadêmica manifeste posicionamentos favoráveis e contrários a tal sistema.
Entre os vários autores que se pronunciam a esse respeito, pode-se citar Ambrosetti, que
aponta descontentamentos por parte de professores com relação aos seguintes aspectos da escola
em ciclos:
a. a não retenção dos alunos [...],
c. acomodação do professor nos primeiros anos do ciclo, que deixaria de explorar todas as
possibilidades de aprendizagem da criança, transferindo-as para o ano seguinte,
d. ausência de uma boa formação, uma proposta pedagógica e uma orientação aos
professores, obtendo um ensino precário,
5Para ver na íntegra a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, acesse: <http-.//www.p lana Ito .gov. br!ccivil_o 3 ILeislL93 94.htm>.
57
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
e. a criança, ao saber que não será reprovada, não possui o objetivo de estudar, reduzindo
seu esforço 4
As preocupações de Ambrosetti no que se refere aos ciclos escolares têm alguma razão de
ser, sim; no entanto, elas não podem ser levadas ao "pé-da-letra", uma vez que devidos
redimensionamentos pedagógicos poderão reverter os eventuais aspectos negativos do regime em
ponto favoráveis à aprendizagem.
Especificamente com relação ao item e (a criança, ao saber que não será reprovada, não
possui o objetivo de estudar, reduzindo seu esforço) o aspecto negativo poderá ser revertido em
uma realidade amplamente positiva em termos de aprendizagem e de aproveitamento escolar por
parte do aluno. Basta que o planejamento participativo da escola se organize efetivamente nessa
direção, com envolvimento de discentes, pais e professores. À medida que o aluno for adquirindo
consciência de que a não-repetição das séries escolares pode constituir fato positivo, vários dos
fatores ora considerados negativos nesse caso poderão converter-, em clima educacional positivo.
O planejamento da escola para a recuperação de conteúdos programáticos pelos alunos, de
série em série, poderá consistir numa das iniciativas de caráter positivo que sirvam ao combate de
posicionamento eventualmente negativos com relação a decisões de não-reprovação escolar.
Demo entende que aprender sem repetir é diferente de camuflar . aprendizagem para que o
aluno possa avançar sem aprender. Sugere como alternativas para aplicação do ciclo a centralização
do processo pedagógico na aprendizagem do aluno envolvendo toda a escola; a capacitação
continuada dos docentes,- a organização de processos avaliativos conseqüentes, submetendo-se a
escola à hetero-avaliação,- a busca do apoio dos pais e da comunidade em geral,- a organização de
laboratórios de aprendizagem e a promoção de eventos motivadores.5
O autor deixa subentender que a preocupação mais importante em educação não deve ser a
relacionada à eventual repetição ou não de ano escolar, mas a voltada simplesmente para a
efetivação da aprendizagem em qualquer circunstância. O fato de repetir ou não um ano escolar
deve ser considerado apenas como mais uma possibilidade escolar, e não como ponto decisivo
sobre o aprender mais ou o aprender menos. O autor procura focalizar mais a importância da
aprendizagem do que a circunstância de o ciclo representar mais um dos acidentes escolares.
Igualmente valoriza a avaliação conseqüente como aliada principal para uma boa aprendizagem.
A escola em ciclos surgiu como mais uma tentativa de favorecer melhorias de ensino e
aprendizagem. Entretanto, esse foco foi desviado com a preocupação desmedida de se pretender
descobrir se a repetição ou não de séries escolares ou se a permanência de um professor por longo
tempo com os mesmos alunos representariam ações capazes de promover uma guinada vantajosa
para o bem da educação ou não.
Cruz prevê a ocorrência de alguns aspectos positivos resultantes da decisão por ciclos
escolares. Entende o autor que, com a não-repetição, poderá ocorrer "maior atenção dedicada pelos
professores àqueles alunos que apresentam dificuldades ou defasagem em relação à classe que,
muitas vezes, eram deixados de lado pelo professor, pois o mesmo já realizava um pré-julgamento
de que o aluno não passaria".6
Nenhum julgamento prévio relativo a um possível desempenho escolar dos alunos favorece
a aprendizagem, seja qual for a circunstância - pois tal decisão antecipada poderá traduzir-se em
mais possibilidades erros do que de acertos por parte do docente. A aprendizagem ocorrem meio à
naturalidade dos acontecimentos, e não com base em eventuais medidas pedagogicamente
oportunistas.
Vasconcellos, mesmo sendo favorável à organização escolar em ciclos, não comunga com
a idéia de eliminação do elemento reprovação por si só. Segundo o autor, "podemos cair na mera
empurração”, se não nos comprometermos com a tarefa principal: promover a aprendizagem e o
desenvolvimento de todos, pautados num projeto de emancipação humana"7.
58
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Conforme Soistak,
entre os vários aspectos importantes e sugestões apresentadas [...] destacam- se: a
participação do professor nas propostas, importância da avaliação da aprendizagem,
investimentos no professor [formação, atualização, condições de trabalho], atendimento
ao aluno com dificuldades [monitoria, espaços de revisão, aulas no contraturno,
laboratórios de aprendizagem, atendimento individualizado], participação da comunidade
e possibilidade de implantação gradativa8
Vasconcellos pode ser incluído no elenco dos educadores e autores que nem
supervalorizam, nem subestimam a organização escolar em ciclos, preferindo valorizar a escola em
sua função de propor avanços educacionais, de enfatizar a avaliação da aprendizagem como agente
de melhoria do processo ensino-aprendizagem, de investir na melhoria do desempenho docente e
de promover atendimento integral ao aluno.
Por sua vez, Mainardes, posicionando-se de forma mais genérica sobre o papel da
instituição escola no contexto do sistema de ensino, mas sem olvidar o componente ciclo na
organização escolar, é favorável a uma
59
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Ambrosetti12, por sua vez, prevê a ocorrência de fatores menos positivos com a organização
da escola em ciclos.
Cada profissional deve saber se utilizar das diversas modalidades avaliativas da forma mais
conseqüente possível, a fim de que a boa aprendizagem e o bom desempenho escolar ocorram para
todos.
Síntese
Aparentemente este capítulo está um tanto deslocado no conteúdo deste módulo. Isso,
no entanto, não se confirma, se forem levados a criatividade na diversidade de oferta dos
níveis escolares e o papel da avaliação aí contido.
O regime de ciclos objetiva incluir todas as crianças na escola, com vistas a evitar a
evasão e a reprovação, bem como melhorar a aprendiam educacional.
Quanto à avaliação no seio da escola ciclada, adotam-se as modalidades contínua e
diagnostica, sem deixar de valorizar seu sentido cimente formativo e somativo.
Em termos de Brasil, a escola ciclada ainda não fez muita história, merecendo, por isso,
ser mais estudada e debatida, no tocante ao seu cri to ou demérito, por todos aqueles que de
algum modo estão envolvidos com o contexto escolar, a começar pelo leitor, no exercício de
função docente ou não.
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo, seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
60
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
a) V,V, V, V, V, F
b) V,V, V, F, F, V
c) V,F, V, V, V,F
d) F,F, F, V, V, V
61
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 5
62
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
63
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Sabe-se que as oportunidades de educação para a criança, mesmo para a de mais tenra
idade, ocorrem a qualquer momento, em qualquer espaço físico e realidade social. Por isso, é
possível afirmar que a educação ultrapassa os limites da escola e da família.
A Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do (SEC/RS) pondera que "a
educação de nossos dias [...] realiza-se não só nas escolas, mas através de outras instituições e
órgãos sociais: imprensa/ rádio, televisão, bibliotecas, museus e, especialmente, grupos culturais
organizados com os mais variados propósitos"3.
Para o mesmo órgão,
a realidade nos mostra que ainda grande número de crianças estão sendo prejudicadas, por
não receberem estímulo adequado à sua capacidade intelectual, em seus primeiros anos de
vida. Inúmeras outras permanecem em um estágio aquém de seu verdadeiro potencial.
Experiências realizadas informam que é possível, efetivamente, chegar-se a seres
humanos mais inteligentes e felizes, se forem incentivados a aprender mais durante a
primeira infância.
E por essas e outras razões que o investimento humano, econômico e social voltado a essa
faixa etária torna-se tão importante, possibilitando que a educação faça o diferencial a maior em
termos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais para a criança.
Quanto ao seu precedente histórico, tem-se notícia, ao longo da história, de que a hoje
instituição ou etapa educacional denominada educação infantil foi reconhecidamente objeto de
preocupação formal, como tratamento especializado, por iniciativa do professor alemão Frederico
Froebel.4Era intenção sua a valorização das "potencialidades da criança dessa faixa etária", de
modo que profissionais capacitados da educação se valessem das habilidades, das iniciativas e das
atitudes próprias dessa criança para promover seu acompanhamento nos aspectos físicos, psi-
cológicos e sociais.
Mas, para que a atenção às potencialidades da criança na faixa de educação infantil pudesse
verdadeiramente prosperar, Froebel entendeu que deveria ser criada uma escola singular, que ele
denominou Kindergarten, termo que, traduzido literalmente do alemão, significa “jardim de
infância".
O referido educador entendia que essa escola (Kindergarten) tem de ser apropriada à
criança, oferecendo-lhe a aptidão de uma atividade livre e espontânea, onde os instintos fossem
disciplinados pelo próprio esforço dirigido a um fim útil."5
Para a SEC/RS, a educação infantil (jardim de infância) é:
[...] meio para educar e não para instruir; meio preparatório para a vida pratica e meio
para o desenvolvimento intelectual — é o Jardim de Infância que favorece o ajustamento
sócio-emocional do pré-escolar, através das mais variadas atividades. Dessa forma, a
criança pode revelar seu mundo interior e facilitar ao adulto a compreensão de suas
dificuldades. A criança se educa através da experiência pessoal, e um ambiente de conví-
vio agradável é a melhor solução para problemas disciplinares. 6
64
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
O órgão também demonstra convicção de que investimentos de toda ordem nessa faixa
etária de educação infantil (Kindergarten) terão tanto maior sucesso quanto melhor se caracterizar
a relação entre família e escola.
• apontar ao aluno novos caminhos, além dos que conhece, pelos quais possa andar, se lhe
convier,-
• auxiliar o aluno a entender melhor aquilo que ele pretende compreender,-
• auxiliar o aluno a compreender o significado daquela luz que aparece lá no fundo do
túnel,-
• mostrar ao aluno os perigos e as facilidades de navegação em todos os oceanos, deixando
a ele a escolha por onde pretende navegar,-
• mostrar ao aluno que o bem sempre convém e que o mal não convém, nunca, mas
deixando a ele a decisão final.
Tanto a LDBEN de 1996, no art. 29, quanto o PNE, como já apresentado, reconhecem ser a
educação infantil a experiência inicial da educação básica, com a finalidade de desenvolver
integralmente a criança "até seis anos de idade".
Para fins de orientação ao professor com relação a procedimentos de acompanhamento do
desenvolvimento da criança nessa faixa etária em complementação à "ação da família e da
comunidade", a LDBEN ainda no art. 29, incentiva que se levem em conta:
• o aspecto físico,-
• o aspecto psicológico,-
• o aspecto intelectual,-
• o aspecto social.
65
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
No entanto, o conhecimento de que se trata aqui ainda não se caracteriza da mesma forma
como o elaborado com maior propriedade em níveis escolares subseqüentes, equivalendo ao que se
estabelece de acordo com o nível de percepção do que ocorre no "mundo" próprio dessa criança.
Para a SEC/RS, “a escola de hoje deve preocupar-se, principalmente com o fornecer ao
futuro adulto os instrumentos de expressão e comunicação de que vai necessitar durante toda a sua
vida”.
A questão das habilidades, por sua vez, manifesta-se de forma sutil, genérica até, mas já é
possível observar alguma manifestação de criatividade com relação a algumas ações e atitudes.
Por sua vez, o PNE reconhece que na educação infantil são estabelecidas "as bases da
personalidade humana, da inteligência, da vida emocional, da socialização, [...] [em que] as
primeiras experiências da vida são as que marcam mais profundamente a pessoa, [...] [as quais,
sendo] positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação,
solidariedade, responsabilidade."9
A partir desse posicionamento do PNE, o professor poderá adotar procedimentos de
acompanhamento do desenvolvimento dos alunos na etapa de educação infantil levando em conta
as seguintes bases:
• base da personalidade,-
• base da inteligência,-
• base da vida emocional,-
• base da socialização.
66
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
O PNE é fértil em depoimentos que valorizam tanto aspectos positivos relacionados aos
cuidados devotados à etapa da educação infamem função do esforço de acompanhamento do
desenvolvimento integral da criança, como a necessária interação de esforços a ser despendida por
família, comunidade e estabelecimento de ensino. Senão, veja-se:
6 Para ver na íntegra a Constituição Federal de 1 9 8 8 , acesse.- <http5 : Hwvow.planalto.gov. br/cciviljo 3/Constituição/Constituição.htm>.
67
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Novamente cabe recorrer ao alerta explicitado pelo PNE, quando reporta à importância da
formação dos profissionais que atuam em estabelecimentos de educação infantil17:
[...] a formação dos profissionais da educação infantil merecerá uma atenção especial,
dada a relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento e
aprendizagem. A qualificação específica para atuar na faixa de zero a seis anos inclui o
conhecimento das bases científicas do desenvolvimento da criança, da produção de
aprendizagens e a habilidade de reflexão sobre a prática, de sorte que esta se torne, cada
vez fonte de novos conhecimentos e habilidades na educação das crianças. Além da
formação acadêmica prévia, requer-se a formação permanente, inserida no trabalho
pedagógico, nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.
68
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Síntese
Este capítulo chama a atenção do leitor não tanto pela sua forma de elaboração, mas
pela importância formativa que a educação infantil compreende no contexto dos diversos
níveis escolares.
A educação infantil é a etapa em que é estabelecido o início do acompanhamento da
criança em seu desenvolvimento nos aspectos biopsicossociais, que se refletirá, em princípio,
como parâmetro basilar de inspiração orientadora de conduta ao longo de toda a existência
desse ser social.
A variação de conduta mais ou menos positiva transcorrerá em decência da maior ou
menor capacidade de esse ser social se utilizar de livre-arbítrio.
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo, seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
1. Assinale a alternativa que melhor responde à questão a seguir: A etapa de educação infantil
objetiva:
a) acompanhar o desenvolvimento da criança em seus aspectos biopsicossociais.
Complete as lacunas com as seguintes palavras: reflexos positivos, atendimento, sábias estratégias,
processo de aprendizagem posterior.
O _______________ de qualquer criança num estabelecimento de educação infantil é uma das mais
________________ de desenvolvimento humano, de formação da inteligência e da personalidade,
com _____________ sobre todo o ______________.
( ) Atendimento,- sábias estratégias,- reflexos positivos,- processo de aprendizagem posterior.
( ) Sábias estratégias,- atendimento,- reflexos positivos,- processo de aprendizagem posterior.
( ) Processo de aprendizagem posterior,- reflexos positivos- sábias estratégias,- atendimento.
( )Processode aprendizagem posterior - sábias estratégias- reflexos positivos,- atendimento.
69
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 6
As leis não mantêm uma relação direta com o processo de aprendizagem, mas cumprem
papel auxiliar importante na concessão de solidez processo educacional.
Sabe-se que as diretrizes legais não surgem apenas por conta de eventual destino
assumido pela educação, mas revelam-se como ingredientes mediadores necessários para o
cumprimento de políticas educacionais em nível nacional, estadual e/ou municipal.
Toda ação avaliativa, esteja ela ligada ao processo de ensino-aprendizagem escolar ou
não, respalda-se em indicadores legais e políticos apontados por organismos oficialmente
constituídos no meio social. Tais indicadores não se colocam como elementos de obstáculo ao
caráter criativo e autônomo dos profissionais em sua prática educacional, mas, sim, apre-
sentam-se como pontos de equilíbrio entre o ideal e o po(permi)ssível.
70
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
De forma mais específica e estrita com relação ao ensino, mesmo quando levadas em conta
genericamente as peculiaridades dos diversos níveis escolares, a Constituição brasileira apresenta,
no art. 206 os seguintes princípios básicos e gerais com relação à educação:
Programação Programa
Projeção Projeto
Atividade
Tanto a Constituição brasileira, promulgada em 1988, quanto o PNE não se atêm à questão
da avaliação na sua essência com relação a cada nível escolar. Essa tarefa coube à LDBEN — Lei
n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional
e procura dar uma idéia geral no que se refere à verificação o rendimento escolar. O art. 24, inciso
V, estabelece os seguintes critérios em se tratando de avaliação:
71
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Essas são apenas linhas gerais que orientam o professor e a escola no trato de questões
avaliativas, sem eximi-los de tomar iniciativas criativas no que se refere ao ordenamento da
avaliação em termos regimentais. Dessa forma, a legislação educacional pretende formalizar alerta
para que não se criem no seio dos estabelecimentos de ensino normas de avaliação que afrontem o
senso comum e a ética do exercício da docência.
A prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos deve ser regra geral no
exercício da docência, ainda que não devam ser concebidos e tratados como componentes
antagônicos, mas, sim, complementares.
Percebe-se que a LDBEN de 1996 trata da questão relativa à avaliação de forma genérica,
deixando caminho aberto para que a federação, os estados e os municípios formalizem critérios
particulares que atendam às peculiaridades e às especificidades correspondentes à educação
infantil, ao ensino fundamental e à educação de jovens e adultos.
Mesmo que não de forma aprofundada, a legislação deixa entrever tênues orientações
concernentes à avaliação em relação a cada um dos níveis da educação básica, como será visto a
seguir.
72
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Nesse caso, as avaliações são formuladas, dependendo da condição escolar dos alunos, com
base nas finalidades e nos conteúdos do currículo do ensino fundamental ou médio. Ainda vale
apontar aqui o art. 28, que estabelece: "Na oferta de educação básica para a população rural, os
sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da
vida rural e de cada região [...]".
Depreende-se da legislação que não basta ao meio educacional uma lei distribuição dos
alunos em níveis escolares, segundo as idades, mas, sim, paralelamente a isso, saber dosar com
equilíbrio o cumprimento das finalidades próprias de cada nível escolar.
73
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
e. Em geral, o professor continua usando a mesma metodologia por meio da qual foi
avaliado, em prejuízo de uma avaliação formativa, que tem em vista aspectos afetivos,
biológicos, sociais, psicológicos, culturais, motores, corporais e cognitivos.
f. Em sala de aula, o valor maior são as provas. Os alunos bem- sucedidos são aqueles
74
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
capazes de melhor repetir o que diz o professor, enquanto os que ousam dele divergir
são considerados "alunos-problema" e recebem as piores notas. A nota "dez" recebe
aquele que foi capaz de responder de acordo com as verdades do professor ou do autor
mencionado.
Síntese
Atividades de Síntese
Como uma das formas de revisão dos estudos efetuados neste capítulo, seguem exercícios
orientadores de aprendizagem.
75
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
A Constituição brasileira apresenta, no art. 206, os seguintes princípios básicos e gerais com
relação à educação:
( ) igualdade de condições para o acesso à escola e a permanência nela,-
( ) liberdade relativa de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber,-
( ) pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino,-
( ) não-gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais,-
( ) valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos de carreira para o
magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público
de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela
União,-
( ) gestão democrática do ensino público, na forma da lei,-
( ) garantia de padrão de qualidade.
Assinale a alternativa que expressa a ordem correta das proposições:
a) F, V, V, V, F, F, F
b) V, V, V, F, F, V, V
c) V, F, V, V, V, F, F
d) V, F, V, F, V, V, V
4. Complete as lacunas com as seguintes palavras: contínua, provas finais, com atraso, baixo
rendimento, verificação, êxito.
~ O art. 24, inciso V, da Lei n° 9.394/96 estabelece os seguintes critérios com relação à avaliação:
~ avaliação ____________________ e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais______________________ ;
~ possibilidade de aceleração de estudos para alunos _______________ escolar;
~ possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante _________________ do aprendizado;
~ aproveitamento de estudos concluídos com ________________ ;
~ obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os
casos de __________________ escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus
regimentos.
76
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
7. Faça uma síntese com as principais ideias contidas neste capítulo acerca das políticas
educacionais e a avaliação.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
77
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Considerações finais
A avaliação é um tema tão importante que se insere em qualquer situação da vida, seja em
nível escolar, seja mesmo em âmbito profissional ou social.
Este módulo está se completando, mas o tema avaliação continua a fazer-se presente em
todos os instantes da vida dos seres humanos. Sua evolução conceitual e seus horizontes de
aplicabilidade vão se abrindo infinitamente, a seu tempo.
Quando nos referimos à avaliação, conseguimos nos aproximar de ter como ensino,
aprendizagem, desempenho, desenvolvimento socioeconômico, investigação, melhoria de
qualidade de vida, bem-estar social, bem-querer, elevação de auto-estima, paz interior e social,
felicidade. Não se faz educação sem pensar em bem-estar e em boa qualidade revida colocados
democraticamente à disposição de todo ser humano, seja qual for sua condição social. Educação,
antes de ser objetivo escolar é dever da família. Sem a conjugação desses dois esforços, ela se
perde na clandestinidade.
Torcemos para que este estudo possa contribuir, ao menos um pouco para a melhoria
educacional das populações. Se isso ocorrer, estarei muito feliz.
Este módulo pretende ter livre trânsito em toda a área educacional uma vez que os
conteúdos nela abordados oportunizam a geração de benefícios ao homem, independente do nível
escolar em que eles sejam produzidos, apresentados e desenvolvidos.
78
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Capítulo 2
1
ROMANOWSKI; CORTELAZZO, 2004. ADMINISTRAÇÃO DE TUPÃ, 2006.
2 9
ROMANOWSKI,- CORTELAZZO, 2004, p. 90. COELHO, 1998, p. 67-70.
3 10
ROMANOWSKI, CORTELAZZO, 2004, p. 90. CENTRA, 1994.
4 11
BRAZIL, 1965, P. 5. COELHO, 1998.
5 12
STUFFLEBEAM, 1981. SOUSA, 1999.
6 13
SCRIVEN. SOUSA, 1999, P. 4.
7 14
ROMANOWSKI,- CORTELAZZO, 2004, p. 90. SOUSA, 1999.
8
FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E
Capítulo 3
1 5
BRASIL, 2004, P. 4. COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE
2 PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, 2001,-
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE
PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, 2001,- COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, 2004.
6
Nível Superior, 2004. BRASIL, 2004.
3 7
BRASIL, 2004. BOTH, 2000.
4 8
BRASIL, 1993. BOTH, 1999.
Capítulo 4
1 7
SoiSTAK, 2006. VASCONCELLOS, 1999, p. 94.
2 8
SOISTAK, 2006. SOISTAK, 2006.
3 9
SOISTAK, 2006. MAINARDES, 2001.
4 10
AMBROSETTI, 1989. KRUG, 2001.
5 11
DEMO, 1998. SOISTAK, 2006.
6 12
CRUZ, 1994. AMBROSETTI, 1989.
Capítulo 5
1 BRASIL, 2000, P. 9. 11 BRASIL, 1998, P. 8-9.
2 YAMAGUTI, 2001, P. 143. 12 CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO
3 RIO GRANDE DO Sul, 1974, P. 57. PARANÁ, 2006.
4 RIO GRANDE DO Sul, 1974, P. 61. 13 PARANÁ, 2006.
5 RIO GRANDE DO Sul, 1974, P. 61. 14 BRASIL, 2000, P. 15.
6 RIO GRANDE DO Sul, 1974, P. 61. 15 BRASIL, 2000.
7 OLIVEIRA, OLIVEIRA, 1973, p. 21-22. 16 BRASIL, 2000, P. 13.
8 RIO GRANDE DO Sul, 1974, P. 57. 17 BRASIL, 1998.
9 BRASIL, 2000. 18 BRASIL, 2000, P. 14.
10 BRASIL, 1998, p. 8-9.
CAPÍTULO 6
1 3
PARANÁ, 2006. BOTH,- BORDINI,- RAMOS, 2002.
2
MORETTO, 1999, p. 15.
79
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Referências
AMBROSETTI, N. B. Ciclo básico: o professor da escola pública paulista frente a uma proposta de mudança.
1989. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo,
1989.
ARCE, A. Frieâricb Froebel: o pedagogo dos jardins de infância. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
ÁviLA, F. B. de. Pecjuena enciclopédia de moral e civismo. Rio de Janeiro: MEC, 1972.
BARRETTO, E. S. de S.,- MITRULIS, E. Os ciclos escolares: elementos de uma trajetória. Cadernos de
Pesquisa, São Paulo, n. 108, p. 27-48, no v. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/nl08/a02nl
08.pdf>. Acesso em: 1o set. 2008.
______ . Trajetória e desafios dos ciclos escolares no país. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 42, p.
103-140, maio/ago. 2001. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/ea/vl5n42/vl5n42a03.pdf>. Acesso em:
1o set. 2008.
BOTH, I. J. A qualidade da universidade passa "primeiro” pela graduação-, no âmbito d um projeto
pedagógico. Ponta Grossa: Ed. da UEPG, 1992a. (Cadern Universitários, 2).
______ . Avaliação-ensino e institucional: investimento de qualidade no ensin0
Revista Furb, Blumenau, SC, v. 2, n. 7, p. 11-30, 1999.
______ . Avaliação-ensino e projeto pedagógico: parceiros em avaliação institucional. In: Curso de
Especialização em Avaliação do Ensino e da Aprendizagem. São Paulo: Ed. da Unioeste, 2003.
______ . Avaliação-ensino: ser com competência, fazer com capacidade, (re)agir com habilidade e
(con)viver com atitude inter e intrapessoal: eis a questão. Olhar de Professor, Ponta Grossa, v. 3, n. 3, p. 93-
112, no v. 2000.
______ . Da verificação à avaliação da aprendizagem-, processos antagônicos. Ponta Grossa: Ed. da UEPG,
1992b. (Caderno 3).
______ . Ensinar e avaliar são de domínio público: resta saber se ensinar avaliando e avaliar ensinando
também o são. Revista HISTEDBR On-Line, Campinas, n 18, p. 54-64, jun. 2005. Disponível em:
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br art06_18.pdf>. Acesso em: no v. 2006.
______ . Mais do que avaliar por competência cabe valorizar a capacidade criadora e empreendedora.
Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 2, n. 4, p. 199. 234, jul./dez. 2001. Disponível em:
<http://www2.pucpr.br/reol/index.php DIALOGO?ddl =750&dd99=view>. Acesso em: 10 set. 2008.
______ . Planejamento educacional com referendo de projeto de ensino. Ponta Grossa: Ed. da UEPG, 2000.
BOTH, I. J.,- Bordini, T.; Ramos, P. Trocando idéias sobre experiências em avaliação. Londrina: Ed. Unopar,
2002.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial [da] Republica Federativa
do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm>. Acesso em: 1o set. 2008.
______ . Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 1o set. 2008.
______ . Lei n° 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Diário Oficial [da]Republica Federativa
do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: <httpS:/;
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_200l/110172.htm>. Acesso em.- 1o set. 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação (PNE). Brasília: Inep, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN). Brasília: MEC/1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de-Educação Superior. Procjrama de Avaliação Institucional das
Universidades Brasileiras (Paiub). Brasília: Secretaria de Educação Superior, 1993.
______ . Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes): da concepção à regulamentação.
Brasília: Inep, 2004.
BRAZIL, M. C. P. Avaliação como instrumento indispensável da dinâmica do processo ensino-
aprendizagem. Revista do Ensino, Porto Alegre, ano 13, n. 103, 1965.
80
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
CENTRA, J. A. A utilização do portfólio do ensino e das atividades dos estudantes na avaliação somativa.
Journal of Higher Education, v. 65, n. 5, set./out. 1994.
CHADWICK, C. Avaliação educacional. Revista Brasileira de Telecomunicação, Rio de Janeiro, n. 4, p. 7-37,
jan./mar. 1974.
COELHO, M. I. M. Portfólio: recurso para avaliação, auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal e
profissional - De como não ser apenas mais um modismo. Educação em Foco, Belo Horizonte, n. 2, p. 67-70,
dez. 1998.
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR. Programa-. 40005011005P-
0/educação/UEPG (NRD6) - 2001. Disponível em: <http://wwwl .capes.gov.br/estudos/dados/200l/40005011
/03 8/2001_038_4000501 1005P0_Programa.pdf>. Acesso em: 1o set. 2008.
______ . Projetos de Pesquisa: Educação. Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2004. Disponível em:
<http://wwwl.capes.gov.br/estudos/dados/2004/40005 011/03 8/2004_038_40005011005P0_ProjPesq.pdf >.
Acesso em: 1o set. 2008.
Cronbach, I. J. et al. Course improvement through evaluation. New York: Teachers College/Columbia
University, 1963.
CRUZ, S. H. V. C. O ciclo básico construído pela escola. 1994. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do
Desenvolvimento Humano) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
DALBEN, A. I. L. F. (Org.). Avaliação da implementação do projeto político-pedagógico Escola Plural.
Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2000.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2000.
______ . Promoção automática e capitulação da escola. Ensaio, Rio de Janeiro, v. 6, n. 19, p. 59-90, abr./jun.
1998.
DEY, E. L., FENTY, J. M. Avaliação em educação superior, técnicas e instrumentos de avaliação. Vianna: Ed.
da Universidade de Michigan, 1996.
Faculdade de Ciências Contábeis e Administração de Tupã. Projeto Pedagógico. Taquara, RS. 2006.
(Anotações retiradas do Projeto Pedagógico).
Franca, L. O método pedagógico dos jesuítas. Rio de Janeiro: Agir, 1952.
GAGE, N. L. Handbook of research on teaching. Chicago: Rand McNally, 1971.
GUBA, E. G.,- Lincoln, Y. S. Effective Evaluation. San Francisco: Jossey-Basa Publisher, 1985.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Provão 2001 -Prova i: Pedagogia.
Disponível em: <http://www.inep.gov.br/download'' enc/2001/provas/Proval-Pedagogia.PDF>. Acesso em: Io
set. 2008.
KRUG, Á. Ciclos de formação: uma proposta transformadora. Porto Alegre: Mediação 2001.
LEITE, S. A. da S. O ensino de primeiro grau: da crítica a propostas alternativas. In: BRASIL. Secretaria da
Educação Superior. Educação Superior e Educação Básica: coletânea de textos. Brasília: MEC, 1988.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar, sendas percorridas. 1992. Tese (Doutorado em
Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1992.
______ . Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino? In: Conferência Brasileira de
Educação, 5., 1988. Brasília. Anais... Brasília, 1988.
MAINARDES, J. A organização da escolaridade em ciclos: ainda um desafio para os sistemas de ensino. In:
FRANCO, C. (Org.). Avaliação, ciclos e promoção na educação. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 35-68.
______ . Ciclo básico de alfabetização: da intenção à realidade. 1995. Dissertação (Mestrado em Educação)
- Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.
MORETTO, V. P. Avaliação da aprendizagem na era da globalização. In: Santos, N. N. M. Avaliação-, um
novo enfoque. Ponta Grossa: Núcleo Regional de Educação, 1999.
Nova Escola On-Line. Avaliação nota 10. Mova Escola On-Line, São Paulo, n. 147, nov. 2001. Disponível
em: <http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0147/ aberto/mt_246163.shtml#topo>. Acesso em: 1o set.
2008.
Oliveira, D. P. T. A prática do professor em avaliação: conservadorismo ou transformação. Tecnologia
Educacional, Rio de Janeiro, v. 20, n. 102/103, p. 39-42, set./dez. 1991.
OLIVEIRA, M. R. e,- OLIVEIRA, J. B. e. Curso de introdução à avaliação. Brasília: Associação Brasileira de
Teleducação, 1973.
PARANÁ (Estado). Conselho Estadual de Educação do Paraná. Deliberação n. 03, de 9 de junho de 2006.
81
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
82
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
Atividades Avaliativas
Avaliação Verificação
1 . Dinâmica a. ( ) Autoritária
2. Qualitativa b. ( ) Quantitativa
3. Diagnostica c. ( ) Constatação
4. Democrática d. ( ) Estática
5 . Construtiva e. ( ) Verificativa
6 . Subjetiva f. ( ) Metafísica
7. Autônoma g. ( ) Submissa
83
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both
Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda
"O problema da escola não é aprovar ou reprovar; é garantir a aprendizagem." Paulo Freire
Bons estudos!
84
Textos extraídos Do Livro Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: Ivo José Both