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Costume Internacional
- Uma das fontes mais importantes do Direito Internacional, se não a mais importante
● Previsto no art. 38, I, b, do ECIJ
- Exemplos históricos de como o costume atua na comunidade internacional:
● Antigamente, definiu-se, por meio da prática dos Estados, a regra jurídica de
que o mar territorial se limitaria até onde alcançaria um tiro de canhão
● A regra jurídica da passagem inocente no início das grandes navegações
○ Se um determinado país não estivesse em guerra com outro ele
poderia fazer passagem por “seu” mar
● A regra das imunidades diplomáticas
○ Complô contra a Rainha Elizabeth I feita por alguns ingleses e
posteriormente pelo embaixador espanhol no século XVI
● A regra da exploração da plataforma continental de um Estado
○ Cada Estado tem direito a explorar os limites de sua plataforma
continental
■ Só na Convenção de Montego Bay (1982) que essa regra se
tornou um tratado
- Lentamente, o comportamento dos Estado gera regras jurídicas
- O direito costumeiro, ainda hoje, regula importantes elementos da nossa sociedade
- O costume internacional geral é, tirando as exceções, obrigatório a todas as nações
- Diferença entre direito escrito e direito costumeiro
● No direito escrito a norma condiciona o comportamento, já no direito
costumeiro o comportamento que condiciona o que é a norma
- Art. 38, I, b do ECIJ
● O costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como
sendo direito
- Teoria dos Dois Elementos
● Para que uma regra costumeira se forme precisa-se de uma prática
(elemento objetivo) seguido da opinio juris (elemento subjetivo), ou seja, a
convicção de que aquela prática é um dever (direito) a ser seguido
○ Prática: todos os atos de um Estado
○ Opinio Juris: os Estados devem crer no costume, sentindo que estão
agindo de acordo com uma obrigação legal
- Determinou-se que a prática deve ser:
● Geral: representar um número significativo de Estados
● Consistente: esses Estados devem agir de uma mesma maneira
- A respeito do tempo para se tornar um costume podemos dividir esses em dois, o
costume sábio e o costume selvagem
● O costume sábio é aquele que lentamente, na prática dos Estados, vai se
formando e ao longo de décadas cria-se uma norma costumeira
● O costume selvagem é aquele que surge de maneira rápida diante da
necessidade dos Estados
- Princípio Iura Novit Cura
● “O juiz sabe o direito”
● Hoje, Cortes Internacionais são as principais indicadoras das regras jurídicas
costumeiras
A Codificação do Costume
- Caso Nicarágua x EUA (1986)
● Nicarágua possuía governo de esquerda que flertava com Moscou em plena
Guerra Fria
● Nicarágua relata que estava sofrendo intervenção nos assuntos domésticos e
uso da força ilegal por parte dos EUA
● EUA alegou que estava usando a legítima defesa de um terceiro (El
Salvador)
● Debate se o caso poderia ou não ser levado à Corte Internacional de Justiça
○ Para que se discuta um caso na corte internacional de justiça é
necessário aceitar a jurisdição desse caso, coisa que os EUA não
fizeram, uma vez que controvérsias envolvendo tratados multilaterais
precisavam que todos os Estados partem do tratado fossem também
parte do conflito
● O processo chegou à Corte Internacional de Justiça
● EUA diz que a Corte Internacional de Justiça não tinha jurisdição, visto que
essa não pode julgar a carta da ONU, onde está a proibição do uso da força
○ Corte Internacional concorda com os EUA a respeito da não
possibilidade de se discutir a carta da ONU, contudo, a Corte
Internacional assinala que poderia discutir o direito costumeiro relativo
à proibição do uso da força
● A Corte Internacional encontrou esse direito costumeiro de proibição do uso
da força em uma série de resoluções da Assembleia Geral que possuíam
caráter declaratório
● A Corte Internacional condena os EUA por treinar, armar e financiar grupos
contrários ao governo, violando o direito de não intervir em assuntos internos
dos Estados, o direito de não usar a força contra um Estado e, também, a
violação da soberania territorial da Nicarágua
● Esse caso foi um grande marco na comunidade internacional, visto que foi a
primeira vez que uma potência mundial foi condenada por uma Corte
Internacional
- Doutrina do paralelismo entre o tratado e o direito costumeiro
● O fato de existir uma obrigação no tratado não exclui que ela existe também
no direito costumeiro
- O direito costumeiro é uma fonte independente dos tratados
- A Corte Interamericana de Direitos Humanos e o caso Herzog
● Determina que a imprescritibilidade de crimes contra os direitos humanos é
um direito costumeiro
● Brasil foi condenado usando o costume internacional
- No direito internacional a codificação significa transformar a prática costumeira em
tratados multilaterais (normas positivas escritas)
● O paralelismo entre direito escrito e costume nos mostra que este último não
será excluído
● É uma forma de organizar e esquematizar o costume
- A codificação do direito internacional tem um órgão específico
● Em 1873 foi feito pelo Instituto de Direito Internacional
● A partir de 1945 com a Organização das Nações Unidas, o art. 13 da Carta
da ONU dá a Assembleia Geral da ONU a função de codificar e desenvolver
o direito internacional
○ Um órgão dentro da Assembleia, chamado de Comissão de Direito
Internacional, é que faz essa codificação e o desenvolvimento
progressivo
- Distinção entre Codificação e Desenvolvimento Progressivo
● O art. 15 do Estatuto da Comissão de Direito Internacional diz que:
○ A expressão desenvolvimento progressivo do direito internacional é
utilizada como significando a preparação de projetos e convenções
em matéria que ainda não foram reguladas em direito internacional ou
em relação a uma área do direito que ainda não foi suficiente
desenvolvida na prática dos Estados
○ A expressão codificação do direito internacional é utilizada como
significando uma precisa formulação e sistematização das regras do
direito internacional nos campos que já existem práticas estatal
extensiva, precedentes e doutrina
- A função da Comissão de Direito Internacional não é legislativa
● Ela prepara os materiais e realiza os estudos, mas no fim quem adere ou não
aos tratados são os Estados
Costume
- Como um Estado pode fugir de uma regra costumeira:
● Através por um tratado internacional
○ Um tratado internacional é hierarquicamente superior a uma regra
costumeira
● Teoria do objetor persistente
○ No momento em que uma regra está sendo formada (não depois de
já formada) um Estado pode demonstrar que não concorda esse
costume
● Costume regional ou bilateral
○ Uma série de práticas, seguidas de opinio juris, que somente um
grupo de Estados possui, sendo essa uma regra costumeira diferente
daquela que é a regra costumeira geral
- Comissão de Direito Internacional lança em 2018 um documento chamado
Conclusões sobre Identificação do Costume
● Algumas cortes internacionais não estavam o costume propriamente
● Necessidade de se direcionar como identificar as regras costumeiras
● Valor jurídico de soft law
○ Não é obrigatório
● 1° conclusão: o projeto está preocupado com como fazemos para achar
regras costumeiras
● 2° conclusão: para determinar a existência e o conteúdo de uma regra de
direito internacional costumeiro é necessário verificar se existe uma prática
geral que é aceita como direito
○ Art. 38 do ECIJ
● 8° conclusão: a prática deve ser geral, assim como consistente
- Em contradição ao costume tradicional (prática + opinio juris), surge um costume
moderno que dá maior força a opinio juris e acaba deixando a prática de lado
● Até o momento, o entendimento dos órgãos de direito internacional é que
existe uma necessidade de também haver a prática do costume, não
bastando somente a opinio juris
- A Comissão de Direito Internacional está trabalhando para a identificação das regras
jus cogens
● A regra jus cogens é a soma de prática com a opinio juris qualificada, ou
seja, os Estados devem reconhecê-la como uma regra superior
Princípios Gerais de Direito Internacional
- O art. 38, c, do Estatuto da Corte Internacional de Justiça expressa que a Corte
poderá aplicar os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas
● Busca evitar o non liquet, ou seja, a declaração por parte de uma corte de
que não existe regra
- Duas possibilidades de ler a ideia de princípios gerais dentro das fontes do direito
internacional
● A ideia geral é que se existem regras, princípios gerais, reconhecidos dentro
dos próprios Estados eles poderiam ser exportados para a ordem
internacional
○ In foro domestico
● Princípios deduzidos, inferidos, pela própria ordem internacional
○ Princípios de Direito Internacional
- Algumas vezes os Princípios de Direito Internacional (2° categoria) se confundem
com normas costumeiras
● Ex: Resolução 2625 da Assembléia Geral
○ Declara a existência de princípios, contudo, a CIJ na hora de aplicar
esses princípios atribuiu a eles o caráter costumeiro
● Ex: Resolução 1514 da Assembléia Geral
● Ex: Resolução 1803 da Assembléia Geral
- No fim das contas não faz tanta diferença ser costume ou princípio
Tribunais Internacionais
- Art. 38, 1, d do Estatuto da Corte Internacional de Justiça
● Sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina
dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para
a determinação das regras de direito
○ Art. 59 do ECIJ
■ A decisão da Corte só será obrigatória para as partes
litigantes e a respeito do caso em questão
- As decisões judiciais que trata o art. 38 do ECIJ são aquelas tomadas pelos próprios
tribunais internacionais
● O art. 38 não trata das decisões judiciais da ordem nacional
- Existem diversos Tribunais Internacionais que atuam em diversas áreas do direito
internacional, seja para indivíduos ou seja para Estados
● Ex: Corte Internacional de Justiça (1945)
○ Função contenciosa: decide controvérsias entre dois Estados
○ Principal órgão judiciário da ONU
● Ex: Corte Permanente de Arbitragem (1907)
○ Mecanismo de composição de tribunais de arbitragem
● Ex: Tribunal Internacional do Direito do Mar (1996)
○ Resolve controvérsias relativas à convenção do mar
● Ex: Órgão de Solução de Controvérsias da OMC
○ Resolução de controvérsias relativas ao comércio internacional
- Os Tribunais Internacionais de Direitos Humanos decidem questões entre indivíduos
e Estados
● Ex: Corte Europeia de Direitos Humanos (1959)
● Ex: Corte Interamericana de Direitos Humanos (1979)
○ Brasil faz parte
● Ex: Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos (2004)
- Os Tribunais Penais Internacionais são responsáveis por punir indivíduos visando
evitar grandes crimes
● Ex: Tribunal Penal para a Ex-Iugoslávia (1993)
● Ex: Tribunal Penal Internacional para Ruanda
● Ex: Corte Penal Internacional (2002)
● Ex: Tribunal Especial para o Líbano (2009)
- Existem ainda os Tribunais de Integração Econômica/Política
● Ex: Corte de Justiça da União Europeia (1952)
● Ex: Tribunal Permanente de Revisão do MERCOSUL (2004)
Tratados Internacionais
- Fonte de direito internacional mais comum na prática internacional, na prática dos
Estados e na prática dos diplomatas
- Povos (Estados) utilizam pactos escritos (tratados) para definir obrigações com
clareza
- Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça
● A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as
controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
● a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
- Tratados importantes ao longo da história:
● Tratado de paz entre egípcios e hititas (1259 a.C.)
○ Um dos tratados mais antigos que se tem notícia
● Tratado de Tordesilhas (1494)
● Tratado de Versalhes (1919)
● Carta de San Francisco (1945)
- Dimensão histórica de tratados vs. dimensão atual de tratados
● Dimensão histórica: os tratados serviram para redesenhar o mundo, para
gerar paz entre os Estados, para gerar uma nova organização do espaço
mundial
● Dimensão atual: existência de mais de 560 tratados multilaterais em vigor e
mais de 3000 tratados bilaterais registrados juntos ao secretariado da ONU
○ Multiplicidade de documentos muito grande, gerenciando regimes
jurídicos diversos
○ São os principais veículos de obrigações jurídicas
- A convenção de Viena sobre direito dos tratados (1969)
● Trata das regras que se aplicam aos Tratados Internacionais
● É um tratado sobre os tratados
● Se aplica somente entre Estados
- O conceito de tratado
● Art. 2, a, da C.V.D.T. (1969)
○ “Tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um
instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos,
qualquer que seja sua denominação específica;
- Conceito de tratado
● Art. 2, a, da convenção de Viena sobre direito dos tratados (1969)
○ “Tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um
instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos,
qualquer que seja sua denominação específica;
- Conceitos de tratado utilizados na prática internacional
● Tratado: nome genérico que se dá para todo esse tipo de documento
○ Ex: tratado de Tordesilhas
● Carta: é um tratado que, via de regra, funda uma organização internacional
○ Ex: carta da ONU
● Convenção: é o nome que se dá, via de regra, para grandes tratados
multilaterais negociados em grandes conferências
○ Ex: convenção de Viena sobre direito dos tratados
● Protocolo: via de regra, são instrumentos adicionais para um tratado já
existente
○ Ex: protocolo de Kyoto
● Estatutos: documentos que fundam cortes internacionais
○ Ex: estatuto da corte internacional de justiça
● Pactos: via de regra, são grandes documentos de direitos, sobretudo,
envolvendo indivíduos
- O fundamento jurídico de um tratado
● Art. 26 da C.V.D.T (1969)
○ Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas
de boa-fé.
■ Pacta sunt servanda
■ Os tratados são obrigatórios porque todos entendem estarem
lidando com entidades soberanas e com a reputação de um
Estado
- Aplicabilidade de um tratado
● Art. 29 da C.V.D.T (1969)
○ A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja
estabelecida de outra forma, um tratado obriga cada uma das partes
em relação a todo o seu território.
■ Aplicação territorial
- Relação dos tratados com o direito interno
● Art. 27 da C.V.DT. (1969)
○ Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno
para justificar o inadimplemento de um tratado.
○ Caso S.S. Wimbledon. CPJI. 1923 (Reino Unido et al v. Alemanha)
Como nascem os tratados
- As fases do tratado (e sua confecção)
● Negociação
○ Pode ser multilateral ou bilateral
○ Momento de liberdade, em que os Estados devem negociar de boa fé
e efetivamente escolher a forma, os termos, as obrigações, e todos
detalhes do tratado
○ Regras:
■ Os negociadores devem ter plenos poderes de negociação
● Assinatura
○ Não gera efeitos jurídicos
■ Somente como exceção
○ É o fechamento do tratado (versão final)
■ Após a assinatura o tratado não pode mais ser modificado
● Ratificação / aceitação / aprovação / acessão (Art. 14 da C.V.D.T)
○ Momento em que o consentimento do Estado é outorgado
■ No caso do Brasil, pelo Congresso Nacional
○ Posterior confirmação daquilo que foi negociado e assinado
○ A partir desse momento o tratado gerará obrigações aos Estados
● Entrada em vigor
○ Momento em que, dentro da ordem internacional, o tratado ganha
força jurídica
○ Ex: tratados que entram em vigor no momento em que obtêm X
ratificações
○ A partir desse momento o tratado terá valor jurídico
○ Antes que o tratado entre em vigor os Estados terão 2 tipos de
obrigações:
■ Um Estado tem a obrigação de não frustrar objeto e propósito
do tratado antes que ele entre em vigor
➢ Igualmente para aquele Estado que ainda não ratificou
➢ Art. 18 da C.V.D.T
■ Se o Estado já tiver ratificado e o tratado ainda não tiver
entrado em vigor deve-se cumpri-lo normalmente (já existe a
obrigação por ter se tornado lei)
● Registro (Art. 102 da Carta da ONU)
○ Para acabar com a diplomacia secreta, a ONU determinou que todo
Estado tem a obrigação de registrar o tratado da ONU
■ Caso esse não seja registrado, o Estado não terá o poder de
invocá-lo perante órgãos da ONU (Ex: CIJ)
○ Se houver uma cláusula de segredo, da mesma forma, continua
existindo a obrigação de registro
■ Quando existir um conflito entre a Carta da ONU e qualquer
outra obrigação prevalece-se a Carta da ONU (Art. 103 da
Carta da ONU)
Interpretação de tratados
- Cada vez mais o direito internacional tem sido utilizado dentro do direito doméstico
brasileiro
● É uma tendência que segue outros países e que vem em crescimento
- Duas teorias tentaram dar uma explicação para a relação entre o direito interno e o
direito internacional
● Monismo
○ Direito interno e direito internacional constituem a mesma ordem
jurídica
○ Direito internacional possui efeito direto dentro dos ordenamentos
domésticos nacionais
○ As normas internacionais se realizam nas normas nacionais
■ O direito internacional vai ser efetivo dentro do direito interno
de cada um dos Estados na hora que ele é aplicado pelos
operadores do direito
○ Principais autores foram Georges Scelle, Hersch Lauterpacht e Hans
Kelsen
○ Duas vertentes do monismo: supremacia do direito interno e
supremacia do direito internacional
■ Supremacia do direito internacional
➢ Representadas pelos 3 autores citados acima
➢ Tudo é uma ordem jurídica só, mas o direito
internacional se sobrepõe
■ Supremacia do direito interno
➢ Associada a autores hegelianos
➢ O direito internacional irá ser inferior as ordens
domésticas
● Dualismo
○ Principais autores são Carl Henrich Triepel e Dionisio Anzilotti
○ Direito internacional e direito interno são duas ordens distintas
■ O direito internacional possui sujeitos diferentes, objetos
diferentes, destinatários diferentes, as normas se formam pelo
pacto de vontades; enquanto que o direito interno é um direito
feito por uma vontade, sendo, portanto, diferente em natureza
do direito internacional
○ Teoria da adaptação
■ Na hora de incorporar normas internacionais é necessário
transformá-las em leis domésticas
- O direito nacional perante o direito internacional
● O Art. 27 da Comissão de Viena sobre Direito dos Tratados (CVDT) diz que
um Estado não pode invocar seu direito nacional para fugir de uma obrigação
internacional
● Elementos de direito nacional são fatos perante o direito internacional
○ Leis nacionais expressam a vontade dos Estados
● O princípio Iura Novit Curia (o juiz sabe o direito) não se aplica em relação ao
direito nacional
○ O juiz internacional não sabe o direito interno de cada país e,
portanto, ele precisa ser provado
● Por vezes, um tribunal internacional precisa interpretar o direito interno
○ Nesse sentido, não serão meros fatos
- O direito internacional perante o direito nacional
● Cada ordenamento jurídico tem uma específica quantidade de regras para
estabelecer essa relação
● Os direitos internacionais são “the law of the land”
○ As normas que vêm dos sistemas internacionais são também normas
no direito interno
● Direito internacional é aplicável em matérias de direito civil, penal, tributário,
…
● Dois problemas distintos para que se entenda o direito internacional dentro
dos direitos domésticos
○ Incorporação
■ Como eles entram?
➢ Cada país irá definir
○ Hierarquia
■ Cada país define a posição que uma norma internacional
ocupa dentro de seu ordenamento