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Artigo 5°: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
As vezes passamos e não reparamos, mas, existe um mundo particular nas pessoas
que vivem da arte, nos artesões de rua. Histórias incriveis , lindas de se ouvir, coisa que
não fazemos por falta de tempo ou até mesmo por puro preconceito.
cada ponto, cada nó, cada trama, tem uma história para contar, cada pedra, pena e semente
tem sua particularidade na vida do artesão de rua. a venda de seu trabalho as vezes não é
só para comprar a sua comida ou sua erva, não, alí reside um pouquinho de dedicação, um
punhado de energia boa empregada em cada detalhe.
A Praça das Corujas e os faróis de Barreiras são palcos, zonas de trabalho, picadeiro,
fontes de referências para muitos que vivem da arte, a arte de sobreviver com o mínimo
possível, de ter o ceu como teto, de acordar com o canto dos passáros ou de um chute de
um guarda municipal.
Todos nós dedicamos partte do nosso tempo para aguém, para alguma coisa em
partticular: casa, escola, trabalho, vida amorosa e diversas são as atividades do nosso
cotidiano que nos demanda tempo e cada vez mais tempo. Para o artesão de rua seu tempo
é dedicado a sua arte, seu ganha pão, para seu sustento. O tempo não é seu, oque faz,
oque cria são os sustentos de sua liberdade, um preço muitas vezes pago com o
preconceito de muitos olhares regrados de indiferença, não em sua maioria, mas, o
suficiente para em alguns casos tirar a alegria de quem só quer ser feliz e viver de sua arte,
viver sem amarras, livre simplesmente.
embora sua arte seja sua criação muitas vezes vindas de inspirações do seu dia-a-dia, da
da sua vivência, não se pode negar a necessidade embutida no valor de cada peça criada,
cada centavo conta, cada moeda. Livre de algumas amarras sociais, mas, presos aos
anceios físicos, a fome, os vícios e as práticas de higiene. Os hábitos condicionados às
suas vaidades: roupas, brincos, colares, sapatos e etc, tudo custa dinheiro, por isso a arte
deve ter um preço para seu sustento.
A Praça das Corujas no centro de Barreiras é o reduto mesclado com tipos variados :
estudantes, vendedores ambulantes, comerciantes, mototaxistas, moradores de rua e
artistas variados, cada um com sua particularidade e sua bolha própria, cada qual com sua
convicção e ideal de vida nesse vai vem agitado,mais principalmente no ponto de ônibus
com os estudantes, os artesões de rua tiram seu sustento, sendo eles, os estudantes seus
principais clientes que ajudam não só com a compra dos seus produtos e de sua arte mas,
também, com doações; roupas, calsados, cobertores e etc, toda a ajuda é bem vinda em
dias de moviemnto fraco.
Josias, Jonatham e Jonatham sarará são artesões de rua. Josias é do Amazonas e por
motivos pessoais não gosta muito de falar de sua vida a ponto de não revelar seu nome
completo e sua cidade natal e os seus reais motivos de se tornar artesão de rua apenas
alega que agora está livre para viver sua vida como bem entender.
Jonatham é mineiro e também não quis revelar sua idade e nome completo, mas relatou
que saiu de casa por opressão da família evangélica e ultraconservadora, que sempre foi
rebelde e aventureiro e que na vida de artesão de rua tem sua liberdade e paz que sempre
quis, apezar das dificuldades é feliz como fez questão de deixar claro.
Jonatham sarara é natural de Barreiras, conta que se tornou artesão de rua por
necessidade que por inspiração ou busca por liberdade. Expulso de casa teve na rua o
acolhimento dos então colegas; Josias e Jonathas se tornando uma espécie de família e
professores do rapaz, transmissores da arte e da sobrevivência rua pelo artezanato.
Jonatham sarara sonha em morar fora do Brasil, mas especificamente, na Argentina, por
ser um país frio segundo ele. Jonatham sarara é mais uma vitima do sistema tentando ser
livre e feliz ou pelomenos tentando sua abolição. mais um brasileiro em busca de felicidade.
Esses três cidadãos do mundo à margem de qualquer pesquisa, semi-invisiveis, salvos pela
sua arte, pela sua história contada, pela sua bagagem cultural que contribuem para
dispersão em cada trama, em cada nó, em cada passo andado buscam sua feliscidade
como qualquer outro homosapiens, e são merecedores do prêmio almejado.
De um capital simbólico valorizados por uns e rejeitaods por outros, refiro-me ao capital
cultural no qual os artesões de rua têm de sobra; suas simbologias, histórias, técnicas e
manhas para com seus artezanatos elaborados minunciosamente fio a fio, grão a grão. Um
capital cultural desvalorizado, desmerecido de qualquer vantagem econômicaa não ser
para comprar o pão de cada dia daqueles que acordam de baixo de chuva ou que são
acordados com o pior dos despertadores; o barulho do estomago ronacando de fome. O
preço pagp pela liberdade é caro eo capital cultural muitas vezes não paga aquele cafezinho
quente com aquele pãozinho tão comum no café da manhã do brasileiro. Quado falo em
capital cultural estou me referindo a arte adquirida e ultilizada como produto para venda, o
artezanato em sí. As peças de valor cultural econômico, de valor não muito estimado para
quem compra e sim para quem faz, já que sua vida e liberdade dependem desse capital
cultural.
A cultura aflora das ruas, nos sinais de trânsito. Não geram renda a não ser para sua própria
sobrevivência, mas, geram cultura, geram história e geram arte.
Com tudo , o que se pode notar é o descaso dos municípios principalmente o de Barreiras,
para com os artesões de rua. A falta de atenção e de cuidados para sua classe que em
muitos são confudidos com moradores de rua (não desmerecendo). sendo assim, políticas
devem ser abordadas para o incentivo e melhoramento e mais ainda a produção d arte de
rua rica em cultura cujo seu valor é inestimável.
REFERENCIAS:
senado.leg.br
jus.com.br/liberdade de expressão artística
Pierre Bourdieu, A Distinção- 1997.
Foucault, Genealogia de Michel Foucault-2005.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
BARREIRAS-BA
NOVEMBRO/2019