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DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
2019
I
RELATÓRIO DE GESTÃO
CONSOLIDADO
03
II
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
41
III
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR
DO RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL
ÀS CONTAS CONSOLIDADAS
216
2
I
RELATÓRIO
DE GESTÃO
CONSOLIDADO
ÍNDICE
01.
MENSAGEM DOS PRESIDENTES DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO E DA COMISSÃO EXECUTIVA
05
02.
PERFIL DO GRUPO SECIL 08
E PRINCIPAIS INDICADORES
03.
A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORES 13
04.
AS NOSSAS PESSOAS 16
05.
A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL 18
06.
PERFORMANCE 20
6.1. DESTAQUES DO ANO 21
6.2 ENQUADRAMENTO EM 2019 22
6.3 EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS POR SEGMENTO 27
6.4 DESEMPENHO FINANCEIRO 35
6.5 GESTÃO DE RISCO 36
07.
PERSPETIVAS PARA 2020 37
08.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO 39
DE RESULTADOS
E OUTRAS MENÇÕES LEGAIS
4
01.
MENSAGEM
DOS PRESIDENTES
DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
E DA COMISSÃO
EXECUTIVA
01.
NA ROTA PARA 2020
MENSAGEM DOS PRESIDENTES DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO E DA COMISSÃO EXECUTIVA
Carlos Alberto João Luís Barbosa Manuel António de Sousa Sérgio António
Medeiros Abreu Pereira de Vasconcelos Martins Alves Martins
Francisco José Melo José António do Prado Ricardo Miguel dos Vítor Paulo Paranhos
e Castro Guedes Fay Santos Pacheco Pires Pereira
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
7
02.
PERFIL DO GRUPO
SECIL E PRINCIPAIS
INDICADORES
02.
PERFIL DO GRUPO
SECIL E PRINCIPAIS
INDICADORES
ÁSIA
13%
VOLUME DE NEGÓCIOS
€ 510,9 m
2018: € 483,6 m 17% Volume de negócios 46%
+ 5,6% ÁFRICA
PORTUGAL
VENDAS PARA
38 PAÍSES
17%
AMÉRICA
8%
RESTO DA EUROPA
BRASIL
15%
EBITDA
€ 108,6 m
2018: € 90 m
15%
EBITDA 57%
+ 20,7% LÍBANO
PORTUGAL
14%
TUNÍSIA
-1%
ANGOLA
21,3% € 28 m
2018: 18,6% 2018: € 11,9 m
+ 134,9%
€ 358 m € 107 m
2018: € 386,4 m 2018: € 80,2 m
- 7,3% + 33,4%
PORTUGAL
€ 42,9 m
2018: € 24,4 m Investimentos
46%
+ 16,6% BRASIL
1%
ANGOLA
16%
TUNÍSIA
10%
LÍBANO
-7,2% CAPACIDADE
DE PRODUÇÃO
DE CIMENTO
8
fábricas
9,75 Mt
vs emissões de 1990
Nº DE COLABORADORES BRASIL
2.375 23%
40%
PORTUGAL
2018: 2.470 (-95)
- 3,8% ANGOLA
Número de
6% Colaboradores
TAXA DE FREQUÊNCIA ACIDENTES
-9% 12%
vs taxa de frequência de 2018 TUNÍSIA
19%
LÍBANO
Código de Conduta
Juntamente com a Missão, Visão e Valores,
estruturou-se o Código de Conduta Secil, que
constitui, também, um pilar fundamental do
Grupo e da sua estratégia. O documento reúne
um conjunto de princípios e regras aplicáveis a
todos os colaboradores, garantindo a observância
de elevados padrões de ética empresarial e de
Desempenho integridade pessoal por parte de todas as pessoas
Mantemos constantemente elevados padrões de que compõem a organização e do Grupo em si
produtividade e encaramos os desafios difíceis de mesmo no exercício das suas atividades.
forma rápida, direta e eficaz. Frases que definem este
valor: Os princípios de atuação incluem temas como
- Nós somos focados nos resultados e cumprimos diligência, lealdade e colaboração, conflito de
as nossas promessas. interesses, ofertas, urbanidade e integridade, assédio,
- Nós temos como objetivo a nossa melhoria não discriminação, confidencialidade e legalidade. O
continua e dos nossos processos. documento também contempla os compromissos
- Nós aprendemos com erros e sucessos em igual do Grupo Secil com as partes interessadas e aborda
medida. os temas da sustentabilidade, direitos laborais e
- Nós incentivamos a sinceridade como forma de igualdade, saúde, segurança e ambiente.
melhorar a tomada de decisões.
AS NOSSAS PESSOAS
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
17
05.
A TRANSFORMAÇÃO
NA SECIL
05.
A TRANSFORMAÇÃO
NA SECIL
O ano de 2019 foi terceiro ano do projeto Return Secil Way (Portugal)
+ Procurement (Portugal e Brasil)
e a entrar no ano de 2020, estabelecido como o + Excelência Comercial (Portugal e Tunísia)
momento de atingir as metas estabelecidos. No ano + Combustíveis Alternativos (Brasil e Tunísia)
de 2019 foram atingidas as metas definidas para o a
rentabilidade operacional do Grupo Secil. Redução de custos de manutenção
(Tunísia e Portugal)
Pessoas
Definimos o nosso “framework” de competências
de liderança e o programa de desenvolvimento
“BUILD UP”. Neste estão incluídas cerca de 200
pessoas de todas as geografias. Análise e resolução
de problemas, promover a mudança, foco no
cliente, gestão da execução, liderar o desempenho, 2016 2017 2018 2019
capacidade de influenciar e desenvolver pessoas, Resultados recorrentes
são as competências identificadas como críticas para Impacto dos nossos 80 projetos do Return
o Return.
O ano 2019 já apresentou melhorias significativas
a nível de resultados e redução do nível de
endividamento e ambicionamos que o futuro
continue a apresentar resultados cada vez mais
positivos destas iniciativas.
A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
19
06.
PERFORMANCE
06.
PERFORMANCE
6.1. DESTAQUES DO ANO
O ano de 2019 foi um ano de consolidação da Tecnologia das Argamassas, em Goiânia, Brasil.
trajetória de melhoria encetada em anos anteriores.
Seguidamente, destacamos alguns dos principais 3º Trimestre
acontecimentos ocorridos no Grupo Secil durante • Aprovação do investimento no projeto “CCL –
o ano 2019: Clean Cement Line” na Fábrica Secil Outão.
• Participação no evento ArchiSummit, em Lisboa.
1º Trimestre • Participação da Societé de Ciments de Gabès na
• A Supremo Secil par ticipou ativamente no feira Internacional de Gabès, Tunísia.
desenvolvimento e fornecimento de betão para • Início do plantio de 26 mil mudas de árvores nativas
recuperação da fundação Ponte Hercílio Luz, da Mata Atlântica, parte do termo de compensação
cartão postal de Florianópolis, no Brasil, reaberta ambiental, por meio da recuperação florestal de 36
em dezembro. hectares, no município de Adrianópolis, Brasil.
• Lançamento da Missão, Visão e Valores Secil. • Participação no II Fórum Empresarial AISET, em
• Iniciou-se na Supremo Secil, no Brasil, o processo Setúbal.
de substituição energética de combustíveis fósseis • Fábrica Secil-Outão acolhe a prova automobilística
por resíduos, por coprocessamento. Rampa PQP.
• Lançamento da nova marca Secil TEK, marca de • Reforço de participação na ICV – Inertes de Cabo
referência do Grupo para a área de materiais. Verde, Lda, passando o Grupo a deter a totalidade
• Participação da Societé de Ciment de Gabès na do capital social dessa subsidiária.
feira MEDIBAT realizada em Sfax, Tunísia.
4º Trimestre
2º Trimestre • Participação no II Meeting de Manutenção
• Assinatura, pela Societé de Ciment de Gabès, da Industrial AISET, Palmela.
Carta do Desenvolvimento Sustentável do setor • Participação na Feira de Materiais de Construção
cimenteiro tunisino, em Túnis. Concreta e na Semana de Reabilitação Urbana do
• Participação na Semana de Reabilitação Urbana de Porto.
Lisboa. • Aquisição da empresa Betotrans.
• Implementação da Tecnologia “Fire Up”, sistema de • Entrega dos Prémios Secil Inovação.
melhoria do processo de combustão do forno para
redução do consumo térmico na Supremo Secil, no
Brasil.
• Participação na Feira Tektónica, em Lisboa.
• Entrega do Prémio Nacional de Reabilitação
Urbana, patrocinado pela Secil.
• “Portal do Cliente” entra em funcionamento na
Supremo Secil, no Brasil, permitindo aos clientes
o acesso a informações como rastreamento de
produto, solicitação de pedidos, downloads de
laudos técnicos, entre outros.
• Participação no SBTA – 13º Simpósio Brasileiro de
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
21
06.
PERFORMANCE
6.2. ENQUADRAMENTO EM 2019
Demonstração de resultados
Volume de negócios 510,9 483,6 6%
EBITDA 108,6 90,0 21%
Margem EBITDA (%) 21,3% 18,6% 14%
Resultados operacionais 44,6 45,4 -2%
Margem EBIT (%) 8,7% 9,4% -7%
Resultados financeiros -24,1 -30,9 -22%
Resultados do exercício 26,9 16,6 62%
Atribuíveis aos detentores do capital 28,0 11,9 135%
Cash Flow
Cash-flow das atividades operacionais 107,1 80,2 34%
Investimentos
Aquisições de ativos fixos tangíveis 43,0 24,4 76%
Balanço
Total do Capital Próprio antes de InC 317,8 287,7 10%
Total do Capital Próprio 371,8 344,1 8%
Dívida Líquida remunerada 358,0 386,4 -7%
Dívida Líquida remunerada + IFRS 16 384,4 - -
EBITDA: Re su lt a d os o p e r a ci o n a i s a nte s d e
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade
em ativos não financeiros.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
22
PRINCIPAIS INDICADORES OPERACIONAIS
Vendas
Cimento cinzento 5.060 5.096 -1%
Cimento branco 70 91 -23%
Clínquer 279 438 -36%
Inertes 3.276 3.110 5%
Pré-fabricados 162 122 33%
Argamassas 177 154 15%
Cal hidráulica 27 25 8%
Cimento-Cola 20 19 5%
em 100m3
Betão-pronto 1.743 1.565 11%
O ano de 2019 foi um ano positivo para o Grupo de melhorar a performance operacional, com
Secil, tendo-se verificado um aumento significativo destaque para investimentos realizados no Brasil de
dos resultados operacionais e dos resultados líquidos 19,7 milhões de euros.
do Grupo.
Os resultados operacionais incluem o efeito negativo
Esta melhoria deve-se aos resultados positivos das de imparidades de goodwill de 11,2 milhões de
ações de melhoria do plano estratégico Return e euros. Excluindo este efeito contabilístico de
forte enfoque na melhoria de rentabilidade, o que imparidade de goodwill, o resultado operacional
se verificou na quase generalidade das geografias teria aumentado 10,4 milhões de euros face a 2018
em que o Grupo Secil desenvolve atividade. (+22,9%).
O aumento do EBITDA permitiu uma redução O volume de negócios do Grupo Secil no ano de
importante do endividamento do Grupo, apesar dos 2019 cifrou-se em 510,9 milhões de euros, 5,7%
importantes investimentos realizados (42,9 milhões acima do verificado no período homólogo, um
de euros em 2019), nomeadamente com o propósito aumento de 27,4 milhões de euros.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
23
Este aumento verificou-se apesar da desvalorização
cambial face ao Euro, de algumas das moedas
dos diferentes países onde a Secil atua, que se
traduziu num impacto negativo de cerca de 5,3
milhões de euros. Caso não se tivesse verificado
esta desvalorização, o volume de negócios teria
sido superior ao do ano de 2018 em cerca de 32,7
milhões de euros.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
24
mercado), parcialmente compensada por uma
evolução positiva nos preços médios de venda
(realizada no 4º trimestre). O impacto negativo da
desvalorização cambial do kuanza face ao Euro em
cerca de 3,6 milhões de euros contribuiu também
para a diminuição do volume de negócios.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
25
Para o aumento do EBITDA em Portugal redução de outros proveitos operacionais, devido à
contribuíram a evolução favorável das quantidades implementação das IFRS.
vendidas (por aumento de mercado) assim como a
realização de vendas de licenças de emissão de CO2
excedentárias (superiores em 3,4 milhões de Euros
face ao período homólogo). O EBITDA das atividades
desenvolvidas a partir de Portugal registou um
acréscimo de 21,4 milhões de euros face ao período
homólogo, incluindo o impacto positivo de cerca de
5,6 milhões de Euros da implementação da IFRS16.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
26
06.
PERFORMANCE
6.3. EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS
POR SEGMENTO
PORTUGAL
PRINCIPAIS INDICADORES
O Banco de Portugal (Boletim Económico – primeiros nove meses de 2019. As previsões mais
dezembro de 2019) apresentou uma projeção recentes (dezembro) da FEPICOP apontam para um
de crescimento económico para 2019 de 2%, acréscimo real de 6% da atividade do sector, com
ligeiramente inferior ao registado nos anos especial relevância para o crescimento do segmento
mais recentes e, projetando esta trajetória de da construção residencial (+12% em termos reais)
desaceleração até 1,6% para 2021 e 2022. O mas também nos segmentos de edifícios não
abrandamento do crescimento em 2019 reflete um residenciais (+3,6%) e um aumento do investimento
decréscimo de contributo das exportações, uma público (+4% em termos reais).
manutenção do dinamismo da procura interna,
com destaque na aceleração da Formação Bruta de O consumo de cimento em Portugal foi marcado
Capital Fixo. por variações homólogas mensais positivas ao longo
de todos os meses de 2019, em consonância com
De acordo com os dados reais conhecidos à data, o dinamismo verificado no setor da construção,
a atividade do setor da Construção foi positiva nos ao longo do ano. De acordo com as estimativas,
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
27
o mercado em 2019 terá crescido cerca de 15% a partir de Portugal cresceu 46%, atingindo os
comparativamente ao período homólogo. 62,2 milhões de euro versus 42,6 milhões de euro
registados em 2018.
O volume de negócios do conjunto das operações
d e se nvo lv i das e m Po r tu ga l a p re se nto u um A unidade de negócio de Cimento atingiu um EBITDA
crescimento de 12,8% comparativamente ao período de 75.8 milhões de euros, ou seja, 29% acima do
homólogo de 2018, atingindo os 296 milhões de período homólogo. Apesar do acréscimo dos custos
euros. variáveis, em resultado do aumento dos preços dos
combustíveis fósseis e eletricidade, o aumento do
A unidade de negócio de Cimento em Portugal, volume de negócios no mercado interno e a venda
atingiu um volume de negócios de 208 milhões de excedentes de licenças de CO2 a um preço médio
de euros, valor 11% acima do período homólogo, substancialmente acima do verificado em 2018,
em resultado do aumento de vendas no mercado contribuíram para este crescimento.
interno.
As unidades de negócio de materiais de construção
No mercado externo, a existência de ofer ta apresentaram um EBITDA de 15,9 milhões de euros,
excedentária na Europa, Mediterrâneo e África o que comparando com os 11,2 milhões de euros
Ocidental continuou a provocar um nível de registados em 2018, representa um aumento de
concorrência elevado. Esta envolvente teve impacto 42%. Este aumento foi sobretudo fruto do aumento
negativo nas quantidades vendidas. do volume de negócios, apesar do aumento dos
custos variáveis de produção devido a uma menor
Neste contexto, excluindo os terminais controlados disponibilidade de cinzas no segmento do betão.
pelo Grupo, o volume de negócios de exportação
diminuiu cerca de 23,1%. Esta evolução deveu-se O utros n e g ó ci os re l a ci o n a d os co m a á re a
ao decréscimo das vendas de cimento e clínquer de geográfica de gestão de Portugal, assim como
29%. gastos administrativos e corporativos totalizaram
29,6 milhões de euros, um aumento de 2,1 milhões
Nos restantes segmentos de negócio com atividade de euros face ao ano anterior, o que se deveu
desenvolvida a partir de Portugal (Betão Pronto, essencialmente a encargos com projetos de
Inertes, Argamassas e Pré-fabricados), o volume melhoria de eficiência operacional no âmbito do
de negócios de 2019 ascendeu a 135,2 milhões programa Return.
de euros, um crescimento de 23% face ao período
homólogo.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
28
LÍBANO
PRINCIPAIS INDICADORES
De acordo com as estimativas do FMI (World tenha decrescido 31% face a 2018, influenciado
Economic Outlook, FMI October 2019) a economia pelo decréscimo do mercado de construção, mais
libanesa terá crescido 0,2% em 2019. acentuado no último trimestre do ano, afetado pelas
condições políticas e económicas no país.
No entanto, no último trimestre de 2019, a situação
económica e política no Líbano deteriorou-se O volume de negócios do conjunto das operações
significativamente devido aos protestos populares no Líbano registou um valor inferior ao período
generalizados ocorridos a partir de final de outubro, homólogo, tendo atingido os 63 milhões de euros.
que provocaram a demissão do Governo Libanês, Este montante está influenciado positivamente pela
pelo que o crescimento poderá ter sido inferior ao valorização cambial do dólar face ao euro, em cerca
estimado pelo FMI. de 3,3 milhões de Euros.
Desde o início de 2020 que decorrem esforços por As vendas de Cimento decresceram face ao período
parte das forças políticas para a estabilização da homólogo. Os preços de venda mantiveram-se
situação social, política e económico-financeira do em níveis semelhantes aos de 2018. O volume de
país. negócios decresceu face ao período homólogo
influenciado essencialmente pelo decréscimo das
Estima-se que o consumo de cimento em 2019 quantidades vendidas.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
29
O volume de negócios de Betão registou uma
redução de 9% comparativamente ao período
homólogo, atingindo 5,1 milhões de euros, resultante
da redução de 16% das quantidades vendidas. Este
decréscimo de quantidades vendidas deveu-se à
diminuição do número de licenças de construção
obtidas no país e ao ambiente concorrencial nas
áreas onde as nossas operações atuam, assim como
à situação política e económica descrita.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
30
TUNÍSIA
PRINCIPAIS INDICADORES
De acordo com os últimos dados publicados Neste contexto, estima-se que o mercado interno de
pelo FMI o produto interno bruto real tunisino cimento tenha decrescido 9% face ao ano anterior. O
terá crescido 2,5% em 2018, esperando-se um mercado de cimento continuou a ser caracterizado
crescimento de 1,5% em 2019 (World Economic por uma concorrência muito intensa, devido ao
Outlook, FMI October 2019). excesso de capacidade instalada. No entanto, em
2019 assistiu-se a um aumento dos preços de venda
A Tunísia continua a enfrentar desafios significativos, justificado pelo aumento generalizado dos preços
incluindo elevados défices externos e fiscais, de aquisição de materiais relevantes na estrutura de
aumento da dívida e um crescimento insuficiente custos das produtoras de cimento.
para reduzir o desemprego. Subsiste ainda alguma
instabilidade social e uma pressão nas reivindicações No mercado de exportação de cimento apesar
sindicais. O défice do Estado reflete-se nas obras dos constrangimentos na fronteira Líbia e com
públicas e o setor imobiliário enfrenta desafios a obtenção de divisas no mercado financeiro da
devido a dificuldades de financiamento (pela Líbia, foi possível aumentar substancialmente as
fragilidade do setor bancário), com impacto no quantidades vendidas de cimento.
volume da construção.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
31
O volume de negócios do conjunto das operações o aumento dos custos de produção, sobretudo com
desenvolvidas na Tunísia, atingiu cerca de 57 milhões combustíveis sólidos, eletricidade e embalagem. A
de euros, que se traduziu numa variação homóloga desvalorização do dinar tunisino face ao Euro teve
positiva de 10 milhões de euros. Este aumento teria também um impacto negativo de 0,8 milhões de
sido de 28% caso não tivesse havido um impacto Euros.
negativo da desvalorização do dinar tunisino face ao
euro, de 2,8 milhões de euros.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
32
BRASIL
PRINCIPAIS INDICADORES
PRINCIPAIS INDICADORES
O FMI estima que a economia angolana em 2019 Nestes termos o preço do cimento, medido em
tenha decrescido cerca de 0,3% (World Economic moeda local, aumentou em cerca de 8% face ao
Outlook, FMI October 2019). período homólogo, compensando parcialmente o
decréscimo das quantidades vendidas.
Apesar do aumento dos preços do petróleo, do
lançamento de algumas reformas, a economia Em consequência, o volume de negócios atingiu um
continua estagnada, o setor bancário fragilizado e total de 9,4 milhões de euros, valor inferior ao ano
existe uma elevada escassez de divisas, provocando anterior, influenciado pela desvalorização cambial,
dificuldades a muitas empresas. O ano de 2019 ficou que teve um impacto negativo de 3,6 milhões de
marcado pela forte desvalorização do kwanza (cerca euros no volume de negócios. O EBITDA de 2019 é
de 38% face ao câmbio médio do ano anterior). negativo em 1,5 milhões de euros, significativamente
abaixo do verificado no período homólogo.
O mercado angolano de cimento, de acordo com os
dados disponíveis, apresentou uma variação negativa Os custos foram substancialmente afetados pela
de 7% relativamente a 2018. desvalorização do Kwanza face ao euro. Os custos
variáveis subiram 34%, fundamentalmente devido
As quantidades de cimento vendidas pela Secil ao aumento do custo de aquisição do clínquer no
decresceram 16% face a 2018. Num contexto de mercado internacional. Os custos fixos fabris por
forte inflação e de significativa desvalorização sua vez registaram um decréscimo face ao período
do kwanza face ao euro, a Secil Lobito tem vindo homólogo, o que tendo em consideração a inflação
a implementar uma rigorosa política de preços em Angola e a aquisição de alguns materiais de
que lhe permite fazer face ao agravamento dos conservação, cuja indexação à taxa de câmbio é
custos expressos tanto em moeda nacional como significativa, é bem representativo do esforço por
os decorrentes das importações necessárias. parte da unidade para controlar os custos.
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
34
06.
PERFORMANCE
6.4. DESEMPENHO FINANCEIRO
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
35
06.
PERFORMANCE
6.5. GESTÃO DE RISCO
PERFORMANCE
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
36
07.
PERSPETIVAS
PARA 2020
07.
PERSPETIVAS
PARA 2020
A economia e as empres as a nível mundial Sendo certo que se vive atualmente um período
enfrentam desafios inesperados em resultado da ímpar de elevada incerteza, o Grupo Secil está a
rápida disseminação do Coronavírus (SARS-CoV-2/ trabalhar arduamente para minimizar os impactos
COVID-19). Esta pandemia terá necessariamente desta pandemia nas suas diferentes atividades, com
um impacto na economia global e nos mercados ênfase, acima de tudo, na saúde e segurança dos
financeiros em geral, assim como no desempenho seus colaboradores e restantes stakeholders.
e na atividade dos diferentes negócios e indústrias.
Neste momento estão a ser preparadas e, em Estamos convictos que, com prevenção, serenidade
alguns casos já decididas, medidas de mitigação, e em conjunto com todos os nossos stakeholders,
nomeadamente pelos principais bancos centrais e estaremos preparados para enfrentar este desafio.
governos, cujo impacto se afigura ainda de difícil
quantificação, tendo em conta que se desconhece
a duração desta situação disruptiva.
O Conselho de Administração,
28 de abril de 2020
João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo Branco Sérgio António Alves Martins
Presidente Vogal
Carlos Alberto Medeiros Abreu Ricardo Miguel dos Santos Pacheco Pires
Vogal Vogal
A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL
SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
40
II
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
DEMONSTRAÇÃO
DOS RESULTADOS
CONSOLIDADOS
Resultado líquido do período antes de interesses que não controlam 26.884.867 16.618.750
Atribuível a:
Detentores do capital da Secil 33.800.395 (13.861.838)
Interesses que não controlam 1.000.717 8.724.666
34.801.112 (5.137.172)
ATIVO
Ativos correntes
Inventários 4.1 87.719.974 89.814.381 91.924.133
Valores a receber correntes 4.2 101.028.231 94.026.554 113.026.523
Imposto sobre o rendimento 6.1 6.450.566 5.112.451 4.875.971
Caixa e equivalentes de caixa 5.8 96.907.045 99.443.113 115.424.895
Ativos não correntes detidos para venda 3.6 7.809.209 8.534.209 1.964.956
Capital e reservas
Capital social 5.2 224.183.484 224.183.484 264.600.000
Ações próprias 5.2 - - (22.609.745)
Outros instrumentos de capital próprio 5.3 133.000.000 136.500.000 140.000.000
Reserva de conversão cambial 5.4 (150.986.421) (156.628.579) (131.710.764)
Reserva de justo valor 5.4 (46.227) (229.324) (146.713)
Reserva legal 5.4 40.874.278 40.680.725 40.680.725
Outras reservas 5.4 16.912.287 14.561.797 16.425.713
Resultados transitados 5.4 25.868.818 16.668.980 17.803.613
Resultado líquido do período 5.5 28.039.255 11.935.919 (20.629.181)
Capital Próprio atribuível aos detentores do capital da Secil 317.845.474 287.673.002 304.413.648
Passivos correntes
Financiamentos obtidos 5.6 207.580.329 64.459.393 80.697.986
Passivos de locação 5.7 7.559.023 - -
Valores a pagar correntes 4.3 172.281.372 143.618.346 150.325.470
Imposto sobre o rendimento 6.1 16.108.704 17.175.783 24.453.298
Passivos não correntes detidos para venda - - 64.482
Reserva
Capital Instrumentos de de conversão Reservas
Valores em Euros Nota social capital próprio cambial de justo valor
Instrumentos Reserva de
Capital Ações de capital conversão
Valores em Euros Nota social próprias próprio cambial
Resultado Interesses
Reservas de Reserva Outras Resultados líquido do que não
justo valor legal reservas transitados período Total controlam Total
- - - (20.629.181) 20.629.181 - - -
- - - - - (3.500.000) - (3.500.000)
- - (1.687.445) - - - - -
- - - 19.494.216 - - - -
- - - - - - (10.180.618) (10.180.618)
- - 621.192 - - 621.192 (12.054) 609.138
- - - - - - (5.128.612) (5.128.612)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 602.405.258 571.912.279
Pagamentos a fornecedores (398.573.111) (393.586.408)
Pagamentos ao pessoal (56.365.580) (55.468.074)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 953.885 2.619.385
Subsídios ao investimento 3.3 - 727.005
Dividendos de associadas e empreendimentos conjuntos 979.701 876.450
Outros ativos (desagregar/adaptar designação conforme relevante) 267.104 -
2.200.690 4.222.840
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros (1.129.209) (5.100.000)
Ativos fixos tangíveis (44.131.194) (20.155.495)
Outros ativos - (24.625)
(45.260.403) (25.280.120)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 5.9 957.251.723 1.222.155.247
957.251.723 1.222.155.247
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 5.9 (982.701.013) (1.260.265.732)
Amortização de contratos de locação 5.9 (7.979.283) (667.005)
Juros e gastos similares (21.504.048) (20.338.795)
Dividendos (3.390.049) (12.988.171)
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio (3.529.810) (3.500.000)
(1.019.104.203) (1.297.759.703)
01.
INTRODUÇÃO 50
1.1. APRESENTAÇÃO DO GRUPO 52
1.2. EVENTOS RELEVANTES DO PERÍODO 53
1.3. EVENTOS SUBSEQUENTES 54
1.4. BASES DE PREPARAÇÃO 55
1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMAS
A ADOTAR 59
1.6. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS
CONTABILÍSTICOS RELEVANTES 68
02.
PERFORMANCE OPERACIONAL 69
2.1. RÉDITO 71
2.2. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
OPERACIONAIS 73
2.3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 74
2.4. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS 76
03.
INVESTIMENTOS 77
3.1. GOODWILL 79
3.2. ATIVOS INTANGÍVEIS 85
3.3. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 91
3.4. ATIVOS SOB DIREITO DE USO 96
3.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 98
3.6. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS
PARA VENDA 100
3.7. DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES
E PERDAS POR IMPARIDADE 101
04.
FUNDO DE MANEIO 102
4.1. INVENTÁRIOS 104
4.2. VALORES A RECEBER 107
4.3. VALORES A PAGAR 111
05.
ESTRUTURA DE CAPITAL 114
5.1. GESTÃO DE CAPITAL 116
5.2. CAPITAL SOCIAL E AÇÕES PRÓPRIAS 117
5.3. OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO 119
5.4. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS 120
5.5. RESULTADO POR AÇÃO 124
5.6. FINANCIAMENTOS OBTIDOS 125
5.7. PASSIVOS DE LOCAÇÃO 130
5.8. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 131
5.9. FLUXOS DE CAIXA DE ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO 132
5.10. RENDIMENTOS E GASTOS FINANCEIROS 133
48
06.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 135
6.1. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO 137
6.2. IMPOSTOS DIFERIDOS 143
07.
PESSOAL 148
7.1. GASTOS COM O PESSOAL 150
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS 152
7.3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS
SOCIAIS 164
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS 165
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 166
8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS 183
8.3. OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS 189
8.4. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS 190
09.
PROVISÕES, COMPROMISSOS
E CONTINGÊNCIAS 191
9.1. PROVISÕES 193
9.2. COMPROMISSOS 197
10.
ESTRUTURA DO GRUPO 199
10.1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO 201
10.2. VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE
CONSOLIDAÇÃO 205
10.3. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E
EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS 206
10.4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 209
11.
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS 211
49
01.
INTRODUÇÃO
!! »
Este símbolo indica Este símbolo indica Este símbolo indica Este símbolo indica
a divulgação de políticas a divulgação de a divulgação das uma referência a outra
de gestão especificamente políticas contabilísticas estimativas e/ou Nota ou outra secção
aplicáveis aos itens especificamente aplicáveis julgamentos realizados do Relatório e Contas
na respetiva Nota. aos itens na respetiva em relação aos itens na onde é apresentada mais
Nota. respetiva Nota. informação sobre os itens
divulgados.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
51
01.
INTRODUÇÃO
1.1. APRESENTAÇÃO DO GRUPO
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
52
01.
INTRODUÇÃO
1.2. EVENTOS RELEVANTES DO PERÍODO
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
53
01.
INTRODUÇÃO
1.3. EVENTOS SUBSEQUENTES
Entre 1 de janeiro de 2020 e 28 de abril de 2020 de 2019. Decorrente desta operação verificou-se a
(Nota 1.4) ocorreram os seguintes eventos, os quais saída desta empresa do perímetro de consolidação
não originaram ajustamentos às demonstrações do Grupo.
financeiras consolidadas de 2019:
Em março de 2020 o Grupo alienou a totalidade da
Coronavírus participação financeira (25%) detida na associada
A economia e as empres as a nível mundial Setefrete, SGPS, S.A..
enfrentam desafios inesperados em resultado da
rápida disseminação do Coronavírus (SARS-CoV-2/
COVID-19). Esta pandemia terá necessariamente
um impacto na economia global e nos mercados
financeiros em geral, assim como no desempenho
e na atividade dos diferentes negócios e indústrias.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
54
01.
INTRODUÇÃO
1.4. BASES DE PREPARAÇÃO
Autorização para emissão das demonstrações (Nota 8.3), nos quais se incluem os instrumentos
financeiras financeiros derivados (Nota 8.2).
A s presentes demonstrações financeiras
consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Bases de consolidação
Administração e autorizadas para emissão em 28 Subsidiárias
de abril de 2020 estando, no entanto, ainda sujeitas Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as
a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, entidades estruturadas) sobre as quais a Empresa tem
nos termos da legislação comercial em vigor em controlo. A Empresa controla uma entidade quando
Portugal. está exposta a, ou tem direitos sobre, os retornos
variáveis gerados, em resultado do seu envolvimento
Os responsáveis do Grupo, isto é, os membros do com a entidade, e tem a capacidade de afetar esses
Conselho de Administração que assinam o presente retornos variáveis através do poder que exerce sobre
relatório, declaram que, tanto quanto é do seu as atividades relevantes da entidade.
conhecimento, a informação nele constante foi
elaborada em conformidade com o referencial O capital próprio e o resultado líquido destas
contabilístico aplicável, dando uma imagem empresas correspondentes à participação de
verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas
situação financeira e dos resultados das empresas de Interesses não controlados, respetivamente, na
incluídas no perímetro de consolidação do Grupo. Demonstração da posição financeira consolidada em
linha própria no capital próprio e na demonstração
Referencial contabilístico de resultados consolidada. As empresas incluídas
As demonstrações financeiras consolidadas do nas demonstrações financeiras consolidadas
período findo em 31 de dezembro de 2019 foram encontram-se detalhadas na Nota 10.1.
preparadas em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas É utilizado o método de compra para contabilizar a
pelo International Accounting Board (IASB) e aquisição de subsidiárias. O custo de uma aquisição
interpretações emitidas pelo International Financial é mensurado pelo justo valor dos bens entregues,
Reporting Interpretations Committee (IFRIC), em dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos
vigor em 1 de janeiro de 2019 e conforme adotadas incorridos, ou assumidos na data de aquisição.
pela União Europeia.
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e
Bases de mensuração passivos contingentes assumidos numa concen-
A s demonstrações financeiras consolidadas tração empresarial são mensurados inicialmente
anexas foram preparadas no pressuposto da ao justo valor na data de aquisição, independente-
continuidade das operações, a partir dos livros mente da existência de interesses não controlados.
e registos contabilísticos das empresas incluídas O excesso do custo de aquisição relativamente ao
na consolidação (Nota 10.1), e tomando por base justo valor da parcela do Grupo dos ativos e passivos
o custo histórico, exceto para os instrumentos identificáveis adquiridos é registado como goodwill,
financeiros mensurados ao justo valor através nos casos em que se verifica aquisição de controlo,
de resultados ou ao justo valor através de capital que se encontra detalhado na Nota 3.1.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
55
As subsidiárias são consolidadas, pelo método quando o preço de aquisição/ atribuição é contin-
integral, a partir da data em que o controlo é gente à ocorrência de eventos específicos acordados
transferido para o Grupo. Na aquisição de parcelas com o vendedor/ acionista (ex: realização de justo
adicionais de capital em sociedades já controladas valor de ativos adquiridos).
p e lo G r u p o, o d ife re n ci a l a p u r a d o e ntre a
percentagem de capitais adquiridos e o respetivo Quaisquer pagamentos contingentes a transferir
valor de aquisição é registado diretamente em pelo Grupo são reconhecidos ao justo valor na data
capitais próprios na rubrica Resultados transitados de aquisição. Caso a obrigação assumida constitua
(Nota 5.4). um passivo financeiro, as alterações subsequentes
do justo valor são reconhecidas em resultados. Caso
Quando à data de aquisição do controlo o Grupo a obrigação assumida constitua um instrumento de
já detém uma participação adquirida previamente, capital não há lugar a alteração do valor estimado
o justo valor dessa participação concorre para a inicialmente.
determinação do goodwill ou goodwill negativo.
Os resultados negativos gerados em cada período
Quando a aquisição do controlo é efetuada em pelas subsidiárias com interesses não controlados
percentagem inferior a 100%, na aplicação do são alocados na percentagem detida por estes,
método da compra, os interesses não controlados independentemente de assumirem um saldo
podem ser mensurados ao justo valor, ou na negativo.
proporção do justo valor dos ativos e passivos
adquiridos, sendo essa opção definida em cada Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor
transação. dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (Goodwill
negativo), a diferença é reconhecida diretamente na
No caso de alienações de participações das quais Demonstração dos Resultados na rubrica Outros
resulte a perda de controlo sobre uma subsidiária, proveitos operacionais. Os custos de transação dire-
qualquer participação remanescente é reavaliada ao tamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos
valor de mercado na data da venda e o ganho ou em resultados.
perda resultante dessa reavaliação é registado por
contrapartida de resultados, assim como o ganho As transações internas, saldos, ganhos não realiza-
ou perda resultante dessa alienação. dos em transações e dividendos distribuídos entre
empresas do grupo são eliminados. As perdas não
Transações subsequentes de alienação ou aquisição realizadas são também eliminadas, exceto se a tran-
de participações a interesses não controlados, que sação revelar evidência de imparidade de um ativo
não implicam alteração do controlo, não resultam transferido.
no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill,
sendo qualquer diferença apurada entre o valor da As políticas contabilísticas das subsidiárias foram
transação e o valor contabilístico da participação alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir
transacionada, reconhecida no Capital próprio, em consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
Outros instrumentos de Capital próprio.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
56
Associadas do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são
Associadas são todas as entidades sobre as quais também eliminadas, exceto se a transação revelar
o grupo exerce influência significativa mas não evidência de imparidade de um bem transferido.
possui controlo, geralmente com investimentos
representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. As políticas contabilísticas de associadas são
Os investimentos em associadas são contabilizados alteradas, sempre que necessário, de forma a
pelo método de equivalência patrimonial. garantir consistência com as políticas adotadas pelo
Grupo. Os investimentos em associadas encontram-
De acordo com o método de equivalência patrimo- se detalhados na Nota 10.3.
nial, as participações financeiras são registadas pelo
seu custo de aquisição, ajustado pelo valor corres- Acordos conjuntos
pondente à participação do Grupo nas variações dos Os acordos conjuntos são classificados como
capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das op e raçõ es conjunt as o u e mp re e n dim e ntos
associadas, e pelos dividendos recebidos. conjuntos em função dos direitos e obrigações
contratuais de cada investidor. Os empreendimentos
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo conjuntos são contabilizados e mensurados através
valor dos ativos, passivos e passivos contingentes do método de equivalência patrimonial.
identificáveis da associada na data de aquisição,
se positivas são reconhecidas como Goodwill e As operações conjuntas são contabilizadas nas
mantidas na rubrica Investimento em associadas. demonstrações financeiras consolidadas do Grupo
Se essas diferenças forem negativas são registadas em função da quota-parte de ativos detidos e
como proveito do período na rubrica Apropriação passivos assumidos conjuntamente, assim como
de resultados em empresas associadas. Os custos de os rendimentos do output da operação conjunta, e
transação diretamente atribuíveis são imediatamente gastos incorridos conjuntamente. Os ativos, passivos,
reconhecidos em resultados. rendimentos e gastos devem ser contabilizados de
acordo com as IFRS aplicáveis.
É feita uma avaliação dos investimentos em
associadas quando existem indícios de que o ativo Uma entidade conjunt amente control ada é
possa estar em imparidade sendo registadas como um empreendimento conjunto que envolve o
custo as perdas por imparidade que se demonstrem estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria
existir também naquela rubrica. Quando as perdas ou de outra entidade em que o Grupo tenha um
por imparidade reconhecidas em exercícios interesse.
anteriores deixam de existir são objeto de reversão.
As entidades conjuntamente controladas são incluí-
Quando a participação do Grupo nas perdas da as- das nas demonstrações financeiras consolidadas
sociada iguala ou ultrapassa o seu investimento nes- pelo método da equivalência patrimonial de acor-
tas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer perdas do com o qual as participações financeiras são re-
adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabili- gistadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo
dades ou efetuado pagamentos em nome destas. Os valor correspondente à participação do Grupo nas
ganhos não realizados em transações com as asso- variações dos capitais próprios (incluindo o resultado
ciadas são eliminados na extensão da participação líquido) e pelos dividendos recebidos.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
57
Quando a quota-parte das perdas atribuíveis ao Gru- consolidada, são registadas como rendimentos e
po é equivalente, ou excede o valor da participação gastos do período (Notas 5.10).
financeira nos empreendimentos conjuntos, o Gru-
po reconhece perdas adicionais se tiver assumido As rubricas de resultados das unidades operacionais
obrigações, ou caso tenha efetuado pagamentos em estrangeiras foram transpostas ao câmbio médio
benefício dos empreendimentos conjuntos. do período. As diferenças resultantes da aplicação
destas taxas comparativamente aos valores
Os ganhos e perdas não realizados entre o Grupo e anteriores foram refletidas na Reserva de conversão
os seus empreendimentos conjuntos são elimina- cambial no capital próprio (Nota 5.4). Sempre que
dos na proporção do interesse do Grupo nos em- uma entidade estrangeira é alienada, a diferença
preendimentos conjuntos. As perdas não realizadas cambial acumulada é reconhecida na demonstração
também são eliminadas, a menos que a transação dos resultados consolidados como parte do ganho
dê evidência adicional de uma imparidade sobre o ou perda na venda.
ativo transferido.
Comparabilidade
As políticas contabilísticas dos empreendimentos Com referência a 1 de janeiro de 2019, entrou em
conjuntos são alteradas, sempre que necessário, de vigor a norma contabilística IFRS 16 - Locações,
forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de a qual foi adotada pelo Grupo na elaboração das
forma consistente com as do Grupo. suas demonstrações financeiras consolidadas
do exercício de 2019. As alterações às políticas
Moeda de apresentação e transações em moeda contabilísticas e o impacto nas demonstrações
diferente da moeda de apresentação financeiras encontram-se descritos na Nota 1.5.2.
Os elementos incluídos nas demonstrações
financeiras de cada uma das entidades do Grupo
são mensurados utilizando a moeda do ambiente
económico em que a entidade opera (moeda
funcional).
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
58
01.
INTRODUÇÃO
1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMAS
A ADOTAR
1.5.1. ADOÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS IFRS
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
59
A reconciliação entre o capital próprio a 1 de janeiro
de 2018, obtido de acordo com o SNC, e o capital
próprio a 1 de janeiro de 2018, obtido de acordo
com o IFRS, são explicados conforme se segue:
Capital Próprio
atribuível aos Total
detentores Interesses que do Capital
Valores em Euros do capital da Secil não controlam Próprio
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
60
A reconciliação entre o capital próprio a 31 de
dezembro de 2018 e o resultado líquido de 2018,
obtido de acordo com o SNC e o capital próprio a
31 de dezembro de 2018 e o resultado líquido de
2018, obtido de acordo com o IFRS, são explicados
conforme se segue:
Capital Próprio Interesses
atribuível aos que não Total do Resultado
detentores do controlam Capital líquido de
Valores em Euros capital da Secil Próprio 2018
Total dos ajustamentos (incluindo os efeitos fiscais) (4.109.522) (167.243) (4.276.765) 8.064.874
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
61
Desreconhecimento de subsídios Governamentais • Na rubrica de Valores a receber correntes,
nos Capitais Próprios a aplicação do novo modelo de imparidade,
determinou o reconhecimento de um ajustamento
• De acordo com a IAS 20 – Contabilização de Sub- negativo na transição no montante de Euros 974.773.
sídios Governamentais, os subsídios governamentais
relacionados com ativos fixos tangíveis são apre- • Foram reconhecidos impostos diferidos ativos, re-
sentados na Demonstração da posição financeira, ferentes a estas imparidades, no montante de Euros
a deduzir ao valor dos Ativos Fixos Tangíveis, conti- 220.665.
nuando a ser reconhecidos numa base sistemática
na demonstração dos resultados na mesma cadên-
cia em que são depreciados os ativos subsidiados. Desreconhecimento de amortização de Goodwill
O impacto desta reclassificação, na transição a 1 de
janeiro de 2018, ascendeu a Euros 840.515 (Euros De acordo com a IFRS 3, o Goodwill resultante de
623.279 líquidos de imposto); concentrações de atividades empresariais deixa de
ser objeto de amortização, conforme previsto no
• Os Direitos de emissão de gases com efeito de SNC, passando a ser sujeito a testes de imparidade,
estufa (CO2) atribuídos às empresas do Grupo no com periodicidade anual ou sempre que existam in-
âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de dícios de imparidade, conforme IAS 36 – Imparidade
Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, de ativos, pelo que foram ajustados os resultados
a título gratuito, são apresentados na Demonstração do exercício 2018 e os capitais próprios em 31 de
da posição financeira nos Valores a pagar correntes dezembro de 2018.
(conforme descrita na política contabilística na Nota
3.2). O impacto desta reclassificação, na transição
a 1 de janeiro de 2018, ascendeu a Euros 5.193.738 Desreconhecimento da amortização de ativos
(Euros 3.867.965 líquidos de imposto); intangíveis – marcas
• Os impostos diferidos passivos relacionados com De acordo com a IAS 38, os ativos intangíveis –
os subsídios não reembolsáveis e os direitos de marcas sem vida útil definida deixam de ser objeto de
emissão de gases com efeito de estufa, atribuídos amortização, conforme previsto no SNC, passando a
a título gratuito foram desreconhecidos. O impacto ser sujeito a testes de imparidade, com periodicidade
deste ajustamento, na transição a 1 de janeiro de anual ou sempre que existam indícios de imparidade,
2018, ascendeu a Euros 217.236 e Euros 1.325.773, conforme IAS 36 – Imparidade de ativos, pelo que
respetivamente. foram ajustados os resultados do exercício 2018 e os
capitais próprios em 31 de dezembro de 2018.
• Na rubrica de Caixa e equivalentes de caixa, a apli-
cação do novo modelo de imparidade, determinou
o reconhecimento de um ajustamento negativo na
transição no montante de Euros 1.981.249.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
62
01.
INTRODUÇÃO
1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMAS
A ADOTAR
1.5.2. NORMAS, ALTERAÇÕES
E INTERPRETAÇÕES A ADOTAR
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
63
A reconciliação entre os compromissos com loca-
ções operacionais em 31 de dezembro de 2018 e
as responsabilidades por locações reconhecidas na
data inicial de aplicação é a seguinte:
Valores em Euros
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
64
OUTRAS NORMAS, ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES ADOTADAS OU A ADOTAR
Normas, alterações e interpretações adotadas em 2019
Normas e alterações
IFRS 9 - Instrumentos Ativos financeiros que contenham características de pré-pagamento com compensação
financeiros (alteração) negativa podem agora ser mensurados ao custo amortizado ou ao justo valor através de
rendimento integral (OCI) se cumprirem os critérios relevantes da IFRS 9.
O IASB clarificou igualmente que a IFRS 9 exige aos preparadores o recalculo do custo
amortizado da modificação de passivos financeiros pelo desconto dos fluxos de caixa
contratuais usando a taxa de juro efetiva original (EIR) sendo reconhecida qualquer ajus-
tamento por via de resultados do período (alinhando o procedimento já exigido para os
ativos financeiros).
Esta alteração foi adotada pela Regulamento EU 2018/498 da Comissão sendo de im-
plementação obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2019, com adoção antecipada permitida.
IAS 28 – Investimentos Em outubro de 2017, o IASB emitiu alterações à IAS 28 relativamente a participações de
em associadas e longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos. As alterações esclarecem
empreendimentos que a IFRS 9 aplica-se a instrumentos financeiros em associadas ou empreendimentos
conjuntos (alteração) conjuntos aos quais o método de equivalência patrimonial não é aplicado, incluindo
interesses de longo prazo.
As alterações devem ser aplicadas retrospetivamente nos períodos anuais com início em
ou após 1 de janeiro de 2019.
IAS 19 – Benefícios de Em fevereiro de 2018, o IASB emitiu alterações à IAS 19. As alterações esclarecem a
empregados (alteração) contabilização quando ocorre uma alteração, redução ou liquidação no plano de be-
nefícios atribuídos.
As alterações agora especificam que uma entidade deve usar os pressupostos atualizados
da remensuração do seu passivo de benefício definido líquido (ativo) para determinar
o custo atual do serviço e os juros líquidos para o restante do período de relato após a
mudança no plano.
Das alterações resulta uma alocação diferente do rendimento integral total entre custo
do serviço, juros e outro rendimento integral.
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
65
Normas e alterações
IFRIC 23 – Incerteza Em junho de 2017, o IASB emitiu a Interpretação 23, do International Financial Reporting
quanto aos tratamentos Interpretations Committee (IFRIC 23).
do imposto sobre o
rendimento (adoção) Esta Interpretação esclarece a forma como devem ser aplicados os requisitos de reco-
nhecimento e de mensuração da IAS 12 quando existe incerteza quanto aos tratamentos
do imposto sobre o rendimento. Nestas circunstâncias, uma entidade deve reconhecer
e mensurar o seu ativo ou passivo por imposto corrente ou diferido aplicando os re-
quisitos da IAS 12 com base no lucro tributável (perda fiscal), na matéria coletável, nas
perdas fiscais não utilizadas, nos créditos fiscais não utilizados e nas taxas de imposto
determinados na aplicação desta Interpretação.
Melhorias às normas 2015 Os melhoramentos do ciclo 2015-2017, emitidos pelo IASB em 12 de Dezembro de 2017
– 2017 introduzem alterações, com data efetiva para períodos que se iniciem em ou após 1 de
Janeiro de 2019, às normas IFRS 3 (remensuração da participação anteriormente detida
como operação conjunta quando obtém controlo sobre o negócio), IFRS 11 (não re-
mensuração da participação anteriormente detida na operação conjunta quando obtém
controlo conjunto sobre o negócio), IAS 12 (contabilização de todas as consequências
fiscais do pagamento de dividendos de forma consistente), IAS 23 (tratamento como
empréstimos geral qualquer empréstimo originalmente efetuado para desenvolver um
ativo quando este se torna apto para utilização ou venda).
INTRODUÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
66
Normas, alterações e interpretações de aplicação obrigatória em ou após 1 de janeiro de 2020
Clarificação dos O IASB emitiu em 23 de janeiro de 2020 uma alteração à 1 de janeiro de 2020
requisitos de classificação IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras para
de passivos como clarificar como classificar dívida e outros passivos como
corrente ou não corrente e não corrente.
corrente (alterações à
IAS 1 – Apresentação As alterações visam promover a consistência na aplicação
das Demonstrações dos requisitos com o objetivo de ajudar as empresas a
Financeiras) determinar se, na demonstração da posição financeira,
dívida ou outros passivos com data de liquidação incerta
devem ser classificados como correntes (a liquidar ou
potencialmente a liquidar no prazo de um ano) ou não
correntes. As alterações incluem esclarecimentos sobre
os requisitos de classificação de dívida que uma empresa
pode liquidar convertendo em capital.
INTRODUÇÃO
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67
01.
INTRODUÇÃO
1.6. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS
CONTABILÍSTICOS RELEVANTES
Incerteza quanto ao tratamento do imposto sobre o 6.1 - Imposto sobre o rendimento do período
rendimento 6.2 - Impostos diferidos
INTRODUÇÃO
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68
02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
572.462.022 517.532.554
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 4.1 (157.781.405) (151.416.045)
Variação da produção 4.1 126.117 (.120.708)
Fornecimentos e serviços externos 2.3 (185.699.644) (179.973.508)
Gastos com o pessoal 7.1 (79.708.600) (79.444.575)
Outros gastos e perdas operacionais 2.4 (9.878.755) (5.470.085)
(432.942.287) (416.424.921)
139.519.735 101.107.633
PERFORMANCE OPERACIONAL
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70
02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
2.1. RÉDITO
Foram identificados cinco segmentos operacionais, O rédito reconhecido pela venda de cimento nos
com base nas áreas geográficas a partir das quais o entrepostos resulta das tabelas de preços em vigor
Grupo desenvolve a sua atividade: Portugal, Líbano, ajustadas por descontos de pronto pagamento e
Tunísia, Brasil e Angola. Refira-se que a geografia descontos de quantidade, atribuídos aos clientes,
Portugal inclui Cabo Verde, Holanda e Espanha, pois consoante se tratem de clientes revendedores ou
as exportações para estes países realizam-se a partir clientes industriais, tal como descrito nas condições
de Portugal e são monitorizadas em conjunto com gerais de venda. No que se refere aos grandes
as vendas nacionais. clientes e projetos específicos os preços e condições
de desconto são fixadas contrato a contrato.
PERFORMANCE OPERACIONAL
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71
entrega do produto ao cliente, mesmo que o
contrato implique entregas faseadas, devido às
diferentes fases da obra e quantidades a movimentar.
RÉDITO POR SEGMENTO GEOGRÁFICO, TENDO POR BASE O PAÍS DE DESTINO DOS BENS E
SERVIÇOS VENDIDOS PELO GRUPO
Nos exercícios de 2019 e 2018 o rédito do Grupo, tendo por base o destino dos bens e serviços vendidos,
é como se segue:
510.994.979 483.635.512
PERFORMANCE OPERACIONAL
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02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
2.2. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
OPERACIONAIS
61.467.043 33.897.042
PERFORMANCE OPERACIONAL
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73
02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
2.3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS
EXTERNOS
185.699.644 179.973.508
PERFORMANCE OPERACIONAL
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74
Honorários faturados por serviços de revisão legal
de contas e auditoria
Nos exercícios de 2019 e 2018, os honorários fatura-
dos e reconhecidos em gastos são como se segue:
2019 2018
PERFORMANCE OPERACIONAL
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75
02.
PERFORMANCE
OPERACIONAL
2.4. OUTROS GASTOS E PERDAS
OPERACIONAIS
9.878.755 5.470.085
PERFORMANCE OPERACIONAL
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76
03.
INVESTIMENTOS
03.
INVESTIMENTOS
784.009.429 727.868.739
INVESTIMENTOS
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78
03.
INVESTIMENTOS
3.1. GOODWILL
Políticas contabilísticas
O goodwill representa a diferença entre o justo valor
do custo de aquisição e o justo valor dos ativos, pas-
sivos e passivos contingentes identificáveis, das subsi-
diárias incluídas na consolidação, na data de aquisição
do controlo e é alocado a cada Unidade Geradora
de Caixa (UGC) ou grupo de UGCs mais baixas a que
pertence.
Amortização O goodwill não é amortizado. O Grupo realiza testes de imparidade ao goodwill anual-
e imparidade mente, ou sempre que existam indícios de imparidade. Os valores recuperáveis das
unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados como o maior entre o valor de
uso e o justo valor menos custo de venda. As perdas por imparidade relativas ao goodwill
não podem ser revertidas.
Alienações e perdas de Ganhos ou perdas decorrentes da venda ou perda de controlo sobre uma entidade ou
controlo negócio ao qual o goodwill está alocado incluem o valor do goodwill correspondente.
Aquisições em moeda O goodwill originado na aquisição de uma entidade estrangeira, encontra-se registado
diferente da moeda de na moeda funcional dessa mesma entidade, sendo convertido para a moeda de relato
apresentação do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de relato. As diferenças cambiais
geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial (Nota
5.5) como outro rendimento integral.
Dedutibilidade fiscal À luz da legislação fiscal atualmente vigente em Portugal, não se espera que o goodwill
reconhecido ou a reconhecer venha a ser dedutível em termos fiscais. Noutras geogra-
fias onde o Grupo opera o tratamento fiscal é diferenciado.
INVESTIMENTOS
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79
Estimativas e julgamentos contabilísticos Estas projeções resultam dos orçamentos para o ano
seguinte e da estimativa dos fluxos de caixa para um
Testes de imparidade período subsequente de quatro anos refletida nos
Para efeitos de testes de imparidade às UGCs, o valor Planos de Médio Longo Prazo aprovados pelo Con-
recuperável foi determinado com base no valor em selho de Administração.
uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa
descontados. O valor recuperável das UGC deriva de O Grupo na sua análise identifica primordialmente as
pressupostos relativos à atividade, designadamente, unidades geradoras de caixa, que se consubstanciam
volumes de vendas, preços médios de venda e custos nas geografias onde opera.
variáveis que nos períodos de projeção resultam de
uma combinação de previsões económicas para as No desenvolvimento dos testes de análise de recu-
regiões e mercados onde o Grupo opera, previsões peração dos ativos foram considerados pressupostos
da indústria, incluindo alterações nos mercados de- de projeção diferenciados em função das geografias
rivadas de alteração de capacidades instaladas para relevantes.
cada atividade operacional, projeções internas da
Gestão e performance histórica.
INVESTIMENTOS
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PRESSUPOSTOS NA BASE DOS PLANOS
DE NEGÓCIOS
31/12/2019 31/12/2018
Portugal (EUR)
Período de Planeamento explicito 5,22% 27,50% - 6,43% 27,50% -
Perpetuidade 7,12% 27,50% 1,50% 6,43% 27,50% 1,35%
Tunísia (TND)
Período de Planeamento explicito 11,87% 25,00% - 13,09% 25,00% -
Perpetuidade 12,82% 25,00% 3,99% 11,80% 25,00% 3,98%
Líbano (USD)
Período de Planeamento explicito 18,70% 17,00% - 11,10% 17,00% -
Perpetuidade 12,59% 17,00% 2,29% 10,92% 17,00% 2,19%
Brasil (BRL)
Período de Planeamento explicito 8,48% 34,00% - 10,36% 34,00% -
Perpetuidade 9,39% 34,00% 3,49% 9,57% 34,00% 3,97%
Angola (USD)
Período de Planeamento explicito 10,81% 30,00% - 11,49% 30,00% -
Perpetuidade 12,43% 30,00% 2,29% 11,31% 30,00% 2,19%
INVESTIMENTOS
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TESTE DE IMPARIDADE
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
INVESTIMENTOS
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82
Variação do Enterprise Value por variação de: 31/12/2019 31/12/2018
Portugal
Tunísia
Brasil
Angola
INVESTIMENTOS
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83
GOODWILL – VALOR LÍQUIDO
150.374.678 160.570.914
MOVIMENTOS DO PERÍODO
Valores em Euros 2019 2018
INVESTIMENTOS
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84
03.
INVESTIMENTOS
3.2. ATIVOS INTANGÍVEIS
Políticas contabilísticas
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao cus-
to de aquisição deduzido de amortizações e perdas
por imparidade, pelo método das quotas constantes
durante um período que varia entre 3 e 5 anos.
Mensuração subsequente As licenças de emissão de CO2 são sujeitas a amortização, no entanto não estão a gerar
e imparidades amortizações, considerando que ao custo de aquisição é deduzido o valor residual, o
qual corresponde ao valor de mercado das licenças de emissão de CO2.
Assim, à data de relato, caso o valor de mercado das licenças seja inferior ao valor
escriturado das licenças em carteira, é reconhecida uma imparidade, por contrapartida
da rubrica “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade em ativos não
financeiros” (Nota 3.7).
Reconhecimento Pela emissão de CO2 efetuada, o Grupo regista um gasto, na rubrica Provisões por
em resultados contrapartida de uma responsabilidade na rubrica “Provisões” (Nota 9.1). A emissão de
CO2 é mensurada ao valor contabilístico das licenças detidas, segundo a fórmula de
custeio FIFO.
Caso as emissões efetuadas venham a ser liquidadas, no ano seguinte, com licenças
em carteira atribuídas a título gratuito, é reconhecido um ganho, na rubrica “Outros
rendimentos e ganhos operacionais” (Nota 2.2), pelo reconhecimento do subsídio
correspondente, por contrapartida da rubrica “Valores a pagar correntes” (Nota 4.3).
Na data da liquidação das emissões efetuadas, com a entrega das licenças de emissão
de CO2, o ativo intangível e a provisão constituída (Nota 9.1) são desreconhecidos.
A alienação de licenças de emissão de CO2 dá origem a um ganho ou perda, apurado
entre o valor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente
subsídio, registado na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais” (Nota 2.2)
ou “Outros gastos e perdas operacionais”, respetivamente.
INVESTIMENTOS
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85
Marcas
Reconhecimento e Sempre que numa concentração de atividades empresariais sejam identificadas marcas,
mensuração inicial o Grupo procede ao seu reconhecimento em separado, mensuradas ao justo valor na
data da aquisição.
O justo valor das marcas reconhecido na data da aquisição encontra-se deduzido das
amortizações e perdas por imparidade acumuladas até 31 de dezembro de 2017, de
acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Mensuração subsequente Ao custo deduzido de perdas por imparidade acumuladas. As marcas não se encontram
e imparidades sujeitas a amortização por se considerar não terem vida útil definida.
INVESTIMENTOS
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86
Estimativas e julgamentos contabilísticos
INVESTIMENTOS
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87
Movimentos em ativos intangíveis
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019
e 2018, o movimento ocorrido na rubrica Ativos
intangíveis e nas respetivas amortizações e perdas de
imparidade é conforme se segue:
Valor bruto
Variação de perímetro - - - - - -
Aquisições/Atribuições - - 51.128.650 - 291.539 51.420.189
Alienações - - (5.958.532) (79.076) - (6.037.608)
Licenças devolvida à Entidade
Coordenadora do Licenciamento - - (11.710.681) - - (11.710.681)
Ajustamento cambial (419.281) - - - - (419.281)
INVESTIMENTOS
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Propriedade Licenças Outros Ativos
industrial e de Emissão ativos intangíveis
Valores em Euros Marcas outros direitos de CO2 Intangíveis em curso Total
Valor bruto
Valor líquido a 1 de janeiro de 2018 18.572.277 28.118 13.416.634 893 11.503 32.029.425
Valor líquido a 31 de dezembro de 2018 16.605.540 22.605 23.776.260 893 3.515 40.408.813
Valor líquido a 31 de dezembro de 2019 16.270.116 10.027 55.453.304 - 295.054 72.028.500
Marcas
Em 31 de Dezembro de 2019 e 2018 o valor líquido
das marcas detalha-se como segue:
57.235.697 23.776.260
INVESTIMENTOS
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89
Licenças de de gases com efeito de estufa (CO2)
movimentos do período
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e
2018, o movimento ocorrido nas licenças de emissão
de gases com efeito de estufa é conforme segue:
2019 2018
INVESTIMENTOS
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90
03.
INVESTIMENTOS
3.3. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Políticas contabilísticas
Os ativos fixos tangíveis do Grupo são constituídos
pelo equipamento básico utilizado na extração de
calcário e britas (britadores) e na produção de clín-
quer, cimento (fornos, moinhos) e betão (centrais de
betão e pás carregadoras).
Reconhecimento Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2019 (data de transição para IFRS),
e mensuração inicial encontram-se registados ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de
acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data,
deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos posteriormente à data de transição são apresentados
ao custo de aquisição deduzido de depreciações e perdas por imparidade.
Depreciações As depreciações são calculadas, pelo método da linha reta, a partir do momento em
e imparidade que o bem se encontra disponível para uso, utilizando-se as taxas que melhor refletem
a sua vida útil estimada.
A depreciação dos terrenos de exploração resulta da estimativa de vida útil média das
reservas, tendo em consideração o período de extração.
Terrenos de exploração 14
Edifícios e outras construções 7 - 50
Vida útil média Equipamento básico 3 - 20
estimada (anos) Equipamento de transporte 6 - 20
Equipamento administrativo 4 - 16
Outros ativos fixos tangíveis 4 - 20
Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se
necessário, na data da Posição financeira consolidada. Se a quantia escriturada é superior
ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável
estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).
INVESTIMENTOS
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91
Peças As peças de reserva são consideradas estratégicas quando a sua utilização não se destina
de reserva ao consumo no âmbito do processo produtivo e se espera que a sua utilização se venha
a prolongar por mais que um período económico, e ainda as peças de manutenção
consideradas como “peças de substituição críticas” são reconhecidas no ativo não
corrente, como Ativos fixos tangíveis. Respeitando esta classificação, as peças de reserva
são depreciadas desde o momento em que se tornam disponíveis para uso e é-lhes
atribuída uma vida útil que segue a natureza dos equipamentos onde se prevê que
venham a ser integradas, não ultrapassando a vida útil remanescente destes.
As peças de manutenção de valores considerados imateriais e cuja utilização prevista
seja por período inferior a um ano são classificadas como inventários.
Subsídios ao investimento Os subsídios ao investimento recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por
- Reconhecimento inicial investimentos efetuados em ativos fixos tangíveis são registados a deduzir ao ativo
e em resultados e são reconhecidos em resultados durante a vida útil estimada dos respetivos ativos
subsidiados, sendo deduzido à depreciação do período, para efeitos de apresentação.
INVESTIMENTOS
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92
Estimativas e julgamentos contabilísticos
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
93
Movimentos em ativos fixos tangíveis
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e
2018, o movimento ocorrido nos Ativos fixos tangíveis
e nas respetivas depreciações e perdas de imparidade
é conforme se segue:
Custo de aquisição
Saldo em 1 de janeiro de 2018 223.988.910 5.605.183 479.403.606 1.491.794.956 33.269.241 932.816 - 2.234.994.712
Saldo em 31 de dezembro de 2018 214.266.553 5.605.183 467.619.109 1.466.036.024 23.159.138 2.599.224 - 2.179.285.231
Saldo em 31 de dezembro de 2019 224.283.533 14.365.561 469.476.481 1.462.503.231 38.467.861 1.731.616 - 2.210.828.283
Saldo em 1 de janeiro de 2018 (50.098.870) (2.526.362) (346.265.638)(1.253.249.265) (11 433 133) (267.500) (840.515) (1.664.681.283)
Variação de perímetro - - - - - - - -
Depreciações do período (Nota 3.7) (1.953.147) (114.164) (7.531.572) (28.998.693) - - 852.454 (37.745.122)
Subsídios recebidos no período - - - - - - (727.005) (727.005)
Alienações - - 702.625 3.998.759 - - - 4.701.384
Perdas por imparidade (Nota 3.7) - - 55.524 (73.706) (1.950.000) - - (1.968.182)
Regularizações, transferências e abates 971.042 - 564.851 717.839 229.625 - - 2.483.357
Ajustamento cambial 2.263.724 - 2.879.476 17.339.348 1.157.999 - 5.448 23.645.995
Ativos detidos para venda - - - (269.719) 13.344.713 - - 13.074.994
Saldo em 31 de dezembro de 2018 (48.817.251) (2.640.526) (349.594.734) (1.260.535.437) 1.349.204 (267.500) (709.618) (1.661.215.862)
Saldo em 31 de dezembro de 2019 (54.217.189) (3.927.026) (355.914.868) (1.271.487.423) 1.809.596 (267.500) (592.310) (1.684.596.720)
Valor liquido em 1 de janeiro de 2018 173.890.040 3.078.821 133.137.968 238.545.691 21.836.108 665.316 (840.515) 570.313.429
Valor liquido em 31 de dezembro de 2018 165.449.302 2.964.657 118.024.375 205.500.587 24.508.342 2.331.724 (709.618) 518.069.369
Valor liquido em 31 de dezembro de 2018 170.066.343 10.438.535 113.561.613 191.015.808 40.277.457 1.464.116 (592.310) 526.231.563
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
94
No período findo em 31 de dezembro de 2018, foram
reconhecidos como ativos não correntes detidos
para venda, equipamentos industriais adquiridos no
período de 2016, no montante, líquido de perdas
por imparidade, de Euros 6.030.000 (Nota 3.6).
Adicionalmente, foram desreconhecidas como ativos
não correntes detidos para venda as centrais de betão,
no montante de Euros 1.032.456.
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
95
03.
INVESTIMENTOS
3.4. ATIVOS SOB DIREITO DE USO
Políticas contabilísticas
Reconhecimento e Na data da entrada em vigor da locação, o Grupo reconhece um ativo sob direito de uso
mensuração inicial pelo valor do seu custo o qual corresponde ao montante inicial do passivo da locação
ajustado de: i) quaisquer pagamentos antecipados; ii) incentivos à locação recebidos; e
iii) custos direto iniciais incorridos.
Ao ativo sob direito de uso, poderá acrescer a estimativa de remover e/ou restaurar o
ativo subjacente e/ou o local onde se situa, quando exigido pelo contrato de locação.
Depreciações, O ativo sob direito de uso é subsequentemente depreciado usando o método linear a
remensurações partir da data de entrada em vigor até ao menor entre o final da vida útil do ativo e o
e imparidades termo da locação. Adicionalmente, o ativo sob direito de uso é reduzido de perdas por
imparidade, se existirem, e ajustado por eventuais remensurações do passivo de locação.
A vida útil considerada para cada classe de ativos sob direito de uso é igual à vida útil
dos ativos fixos tangíveis (Nota 3.3) na mesma classe quando existe opção de compra
e o Grupo espera exercê-la.
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
96
Movimentos em ativos sob direito de uso
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e
2018, o movimento ocorrido nos Ativos sob direito
de uso e nas respetivas depreciações é conforme se
segue:
Custo de aquisição
Saldo em 1 de janeiro de 2019 (Nota 1.5.2) 848.223 10.098.040 3.269.278 5.624.944 19.840.485
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
97
03.
INVESTIMENTOS
3.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
O G r u p o cl a s s if i c a co m o p ro p r i e d a d e s d e
investimento nas demonstrações financeiras
consolidadas os imóveis detidos com o objetivo de
valorização do capital e/ou obtenção de rendas de
terceiros.
Políticas contabilísticas
Mensuração Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição
ou produção, incluindo os custos das transações que lhe sejam diretamente atribuíveis.
Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao
custo deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
Os custos subsequentes com as propriedades de investimento só são adicionados
ao custo do ativo se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros
acrescidos face aos considerados no reconhecimento inicial.
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
98
Movimentos em propriedades de investimento
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019
e 2018, o movimento ocorrido nas Propriedades
de investimento e nas respetivas amortizações é
conforme se segue:
Valor bruto
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
99
03.
INVESTIMENTOS
3.6. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS
PARA VENDA
Políticas contabilísticas
Os ativos não correntes (ou operações descontinua-
das) são classificados como detidos para venda se o
respetivo valor for realizável principalmente através
de uma transação de venda ao invés de ser através
do seu uso continuado.
Mensuração A partir do momento em que ativos tangíveis são classificados como ativos não
e apresentação correntes, detidos para venda, são mensurados pelo menor do valor contabilístico ou
do justo valor deduzido dos custos de venda, cessando a sua depreciação. Quando o
justo valor deduzido dos custos de venda é inferior ao valor contabilístico, a diferença
é reconhecida em resultados na rubrica Depreciações, amortizações e perdas por
imparidade em ativos não financeiros (Nota 3.7).
Alienações Os ganhos ou perdas nas alienações de ativos não correntes, determinados pela diferença
entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são reconhecidos em
resultados como Outros rendimentos e ganhos operacionais (Nota 2.2) ou Gastos e
perdas operacionais (Nota 2.3).
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
100
03.
INVESTIMENTOS
3.7. DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES
E PERDAS POR IMPARIDADE
Depreciações de ativos fixos tangíveis, líquidos de subsídios utilizados (Nota 3.3) 40.429.100 37.745.122
61.709.105 38.332.338
INVESTIMENTOS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
101
04.
FUNDO DE MANEIO
04.
FUNDO DE MANEIO
366.302.007 332.268.248
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
103
04.
FUNDO DE MANEIO
4.1. INVENTÁRIOS
Políticas contabilísticas
Mensuração inicial Ao custo de aquisição, o qual inclui as despesas incorridas até ao armazenamento.
Valorização Ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas
incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal
de produção) e o valor realizável líquido.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos
estimados de acabamento e de comercialização.
As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas na
rubrica “Imparidade de inventários”.
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
104
Inventários - detalhe por natureza
Em 31 de Dezembro de 2019 e 2018, os inventários
líquidos de perdas por imparidade acumuladas,
apresentam o seguinte detalhe:
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
105
Variação da produção no período
A variação da produção reconhecida nos períodos
findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, é
detalhada conforme se segue:
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
106
04.
FUNDO DE MANEIO
4.2. VALORES A RECEBER
Políticas contabilísticas
Classificação Os saldos a receber de clientes resultam das atividades principais do Grupo e o modelo
de negócio seguido é “deter para cobrar”, embora pontualmente o Grupo utilize o
confirming.
Saldos de outros devedores são tipicamente do modelo “deter para cobrar”.
Imparidade As perdas por imparidade são registadas com base no modelo simplificado previsto
de clientes na IFRS 9 registando as perdas esperadas até à maturidade. As perdas esperadas são
determinadas tendo por base a experiência de perdas reais históricas ao longo de um
período estatisticamente relevante e representativas das características específicas do
risco de crédito subjacente (ver Nota 8.1.4).
Imparidade de As perdas por imparidade são registadas com base no modelo geral de perdas de crédito
outros devedores estimadas da IFRS 9 (ver Nota 8.1.4).
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
107
Valores a receber - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018 os valores
a receber, líquidos de perdas de imparidade
acumuladas, são detalhados conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018
Valores em Euros Não Corrente Corrente Total Não Corrente Corrente Total
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
108
Estado - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado
detalha-se conforme se segue:
20.937.398 16.812.309
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
109
Acréscimos de rendimentos - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os acréscimos de
rendimentos detalham-se conforme se segue:
1.135.917 760.810
1.067.920 1.774.965
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
110
04.
FUNDO DE MANEIO
4.3. VALORES A PAGAR
Políticas contabilísticas
31/12/2019 31/12/2018
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
111
Estado - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado
detalha-se conforme se segue:
25.444.896 22.584.327
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
112
Acréscimos de gastos - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado
detalha-se conforme se segue:
26.234.743 24.955.636
28.599.867 12.350.164
FUNDO DE MANEIO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
113
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
317.845.474 287.673.002
Passivo
Financiamentos obtidos 5.6 454.922.168 485.805.619
Passivos de Locação 5.7 26.387.848 -
Caixa e equivalentes de caixa 5.8 96.907.045 99.443.113
578.217.061 585.248.732
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
115
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.1. GESTÃO DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
116
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.2. CAPITAL SOCIAL E AÇÕES PRÓPRIAS
Políticas contabilísticas
Capital social
Ações próprias
Aquisições por Quando alguma empresa do Grupo adquire ações da empresa-mãe, o pagamento, que
empresa do Grupo inclui os custos incrementais diretamente associados, é deduzido ao capital próprio
atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas,
reemitidas ou alienadas.
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
117
Detentores de capital da Secil
O capital social da Secil encontra-se totalmente
subscrito e realizado, sendo totalmente representado
por 48.735.540 ações com o valor nominal de Euros
4,60.
31/12/2019 31/12/2018
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
118
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.3. OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL
PRÓPRIO
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
119
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.4. RESERVAS E RESULTADOS
TRANSITADOS
Políticas contabilísticas
Reconhecimento Corresponde à variação acumulada do justo valor dos instrumentos financeiros derivados
classificados como de cobertura (Nota 8.2), e dos investimentos financeiros mensurados
ao justo valor através de outros rendimentos integrais (Nota 8.3), líquida de impostos
diferidos.
Reserva legal
Reconhecimento A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem
de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20%
do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da
sociedade. Poderá, contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas
as outras reservas, ou incorporada no capital.
Excedentes de revalorização
Outras reservas
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
120
Reservas - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as Reservas são
detalhadas conforme segue:
(93.246.083) (101.615.381)
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
121
Reserva de justo valor
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e
2018, o movimento ocorrido na Reserva de justo valor
é conforme se segue:
Reserva legal
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019
e 2018, o movimento ocorrido na Reserva legal é
conforme se segue:
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
122
Outras reservas
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e
2018, o movimento ocorrido nas Outras reservas é
conforme se segue:
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
123
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.5. RESULTADO POR AÇÃO
Políticas contabilísticas
Reconhecimento O resultado básico por ação é apurado com base na divisão dos lucros ou prejuízos
atribuíveis aos detentores de capital próprio ordinário da Secil pelo número médio
ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período.
Para a finalidade de calcular o resultado diluído por ação, a Secil ajusta os lucros ou
prejuízos atribuíveis aos detentores ordinários de capital próprio, bem como o número
médio ponderado de ações em circulação, para efeitos de todas as potenciais ações
ordinárias diluidoras.
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
124
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.6. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Políticas contabilísticas
Justo valor O valor contabilístico dos financiamentos obtidos de curto prazo ou contratados com
taxas de juro variáveis aproxima-se do seu justo valor.
O justo valor dos financiamentos obtidos que são remunerados a taxa fixa é divulgado
na Nota 8.4 – Ativos e passivos financeiros.
Papel comercial
O Grupo tem diversos programas de emissão de
papel comercial negociados, de acordo com os
quais é frequente a realização de emissões com
maturidade contratual inferior a um ano, mas com
natureza revolving. Nos casos em que o Grupo espera
realizar o roll over destes financiamentos, apresenta
os mesmos como passivos não correntes.
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
125
Financiamentos obtidos - detalhe
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os financiamen-
tos obtidos são detalhados conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018
Valores em Euros Não Corrente Corrente Total Não Corrente Corrente Total
236.000.000 236.000.000
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
126
Papel comercial
Em 31 de dezembro de 2019 os montantes de Papel
Comercial contratados e utilizados são detalhados
conforme se segue:
Montante utilizado
Montante Data de
contratado Não corrente Corrente Total Vencimento Taxa de Juro
Montante utilizado
Montante Data de
contratado Não corrente Corrente Total Vencimento Taxa de Juro
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
127
Empréstimos bancários
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os montantes de
Empréstimos bancários contratados a taxa fixa, taxa
variável e indexante associado são detalhados con-
forme se segue:
31/12/2019 31/12/2018
Valores em Euros Não Corrente Corrente Total Não Corrente Corrente Total
31/12/2019 31/12/2018
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
128
Prazos de reembolso dos empréstimos
A parcela classificada como não corrente em 31 de
dezembro de 2019 e em 2018 tem o seguinte plano
de reembolso definido:
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
129
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.7. PASSIVOS DE LOCAÇÃO
Políticas contabilísticas
Mensuração inicial Na data de início da locação, o Grupo reconhece passivos de locação mensurados ao
valor presente dos pagamentos futuros da locação, os quais incluem pagamentos fixos
deduzidos de incentivos de locação a receber, de pagamentos variáveis da locação,
e valores que se esperam pagar a título de valor residual garantido. Os pagamentos
de locação incluem ainda o preço de exercício de opções de compra ou renovação
razoavelmente certas de serem exercidas pelo Grupo ou pagamentos de penalidades
de rescisão de locações, se o prazo da locação refletir a opção do Grupo de rescindir
o contrato.
No cálculo do valor presente dos pagamentos futuros da locação, o Grupo usa a uma
taxa de juro incremental de financiamento se a taxa de juro implícita na locação não for
facilmente determinável.
Mensuração Subsequentemente, o valor dos passivos de locação é incrementado pelo valor dos
subsequente juros (Nota 5.10 - Rendimentos e gastos financeiros) e diminuído pelos pagamentos de
locação (rendas).
31/12/2019
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
130
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.8. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Políticas contabilísticas
Reconhecimento A rubrica de Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros
investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3 meses, que possam ser
imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor.
Apresentação Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, esta rubrica inclui também os
descobertos bancários, os quais são apresentados na Posição financeira consolidada,
no passivo corrente, na rubrica Financiamentos obtidos (Nota 5.6).
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
131
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.9. FLUXOS DE CAIXA DE ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO
Fluxos de caixa
de atividades de Reconhecimen- Amortização Especialização Diferenças
Valores em Euros 01/01/2019 financiamento to de locações de encargos de juros cambiais 31/12/2019
Fluxos de caixa
de atividades de Amortização Diferenças
Valores em Euros 01/01/2018 financiamento de encargos cambiais 31/12/2018
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
132
05.
ESTRUTURA
DE CAPITAL
5.10. RENDIMENTOS E GASTOS
FINANCEIROS
Políticas contabilísticas
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
133
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos
Rendimentos e gastos financeiros é conforme se
segue:
As diferenças de câmbio em financiamentos obtidos Em 2019, a rubrica Outros gastos e perdas financeiros
e direitos de uso resultam, essencialmente, da inclui Euros 3.732.586 resultantes do reconhecimento
atualização cambial dos financiamentos contratados de imparidades decorrentes da aplicação da IFRS 9
em USD pelas subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e sobre saldos de Caixa e equivalentes de caixa.
Margem - Companhia de Mineração, SA.
ESTRUTURA DE CAPITAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
134
06.
IMPOSTO SOBRE
O RENDIMENTO
06.
IMPOSTO SOBRE
O RENDIMENTO
Passivo
Imposto sobre o rendimento 6.1 16.108.704 17.175.783
Passivos por impostos diferidos 6.2 53.907.577 48.938.481
(6.431.059) (2.037.994)
Políticas contabilísticas
Reconhecimento O imposto corrente do período e de períodos anteriores é, na medida em que não esteja
de passivos e ativos pago, reconhecido como passivo, na rubrica “Imposto sobre o rendimento”.
Se a quantia já paga, com respeito ao período e períodos anteriores, exceder a quantia
devida para esse período, o excesso é reconhecido como um ativo, na rubrica “Imposto
sobre o rendimento”.
Mensuração Os passivos (ativos) por imposto corrente do período e períodos anteriores são
mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada) às autoridades fiscais,
usando as taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas.
Reconhecimento O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos
em resultados do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, ajustados em
conformidade com a respetiva legislação fiscal vigente à data da Posição financeira
consolidada.
O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos
e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro
tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Empresas tributadas A Secil e algumas das suas subsidiárias residentes em Portugal integram, desde 1 de
pelo Regime Especial janeiro de 2014, o grupo fiscal do qual a Semapa, SGPS, S.A. é a sociedade dominante,
de Tributação de sendo tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS),
Grupos de Sociedades constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que
(RETGS) cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do código do IRC.
As empresas que integram o perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime
apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa
ótica individual. O imposto apurado, a pagar ou receber, é reconhecido, como passivo
ou ativo, na rubrica “Imposto sobre o rendimento”, no entanto a pagar ou reembolsar
à sociedade dominante do grupo fiscal, atualmente a Semapa, SGPS, S.A. (Nota 10), a
quem compete o apuramento global e a autoliquidação do imposto.
(6.431.059) (2.037.994)
2019 2018
Portugal
Taxa nominal de imposto sobre o rendimento 21,0% 21,0%
Derrama municipal 1,5% 1,5%
22,5% 22,5%
Outros países
Brasil - taxa nominal 34,0% 34,0%
Tunísia - taxa nominal 25,0% 25,0%
Líbano - taxa nominal 17,0% 17,0%
Angola - taxa nominal 30,0% 30,0%
(6.431.059) (2.037.994)
32.474.125 4.371.126
Ativo
Imposto sobre o rendimento 6.450.566 5.112.451
6.450.566 5.112.451
Passivo
Imposto sobre o rendimento 4.399.076 4.514.205
Responsabilidades adicionais de imposto 11.709.628 12.661.578
16.108.704 17.175.783
2.317.859 3.420.355
(2.051.490) (598.247)
Políticas contabilísticas
Mensuração Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em
vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.
Reconhecimento Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do período, exceto
em resultados se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o
imposto diferido é também registado na mesma rubrica. Os incentivos fiscais atribuídos
no âmbito de projetos de investimento a desenvolver pelo Grupo são reconhecidos
em resultados do período na medida da existência de matéria coletável nas empresas
beneficiárias que permita a sua utilização.
Demonstração de resultados
Reclassificação
para ativos
Ajustamento Capital detidos para
Valores em Euros 01/01/2019 Cambial Aumentos Reduções próprio venda 31/12/2019
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 3.397.483 (157) 4.141.180 (849.344) - - 6.689.162
Benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 4.230.997 4.560 127.860 (620.318) 285.329 - 4.028.428
Subsídios ao investimento - - - - - - -
Ativos por impostos diferidos 52.800.118 (525.635) 24.192.068 (3.013.647) 7.406 (275.000) 73.185.310
Passivos por impostos diferidos (48.938.481) (108.235) (6.982.929) 2.173 .037 (50.969) - (53.907.577)
Reclassificação
para ativos
Ajustamento Capital detidos para
Valores em Euros 01/01/2018 Cambial Aumentos Reduções próprio Transferências venda 31/12/2018
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 3.251.890 (800) 300.010 (153.617) - - - 3.397.483
Benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 4.575.249 (4.600) 235.359 (678.115) 138.062 (34.958) - 4.230.997
Justo valor apurado em combinações empresariais (94.913.114) 5.982.113 - 6.777.931 1.477 - 259.364 (81.892.229)
Ativos por impostos diferidos 52.304.575 (2.860.483) 8.334.674 (2.617.354) 69.154 (8.739) (2.421.709) 52.800.118
Passivos por impostos diferidos (52.526.156) 4.834.127 (3.149.606) 1.715.094 243.803 8.739 (64.482) (48.938.481)
31/12/2019 2025 e
Valores em Euros Total 2020 2021 2022 2023 2024 posteriores
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
149
07.
PESSOAL
7.1. GASTOS COM O PESSOAL
Políticas contabilísticas
Remuneração variável
De acordo com o sistema de gestão de desempenho vigente, os empregados podem
vir a receber uma remuneração variável no caso de cumprirem determinados objetivos,
direito esse normalmente adquirido no ano anterior ao do seu pagamento.
Benefícios de cessação Os benefícios de cessação de emprego são reconhecidos quando o Grupo deixa de
de emprego poder retirar a oferta dos benefícios; ou na qual o Grupo reconhece os gastos de uma
reestruturação, no âmbito do registo das provisões. Os benefícios devidos a mais de 12
meses após o final do período de reporte são descontados para o seu valor presente.
79.708.600 79.444.575
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
150
NÚMERO DE EMPREGADOS NO FINAL DO PERÍODO
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
151
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
O Grupo atribui aos seus trabalhadores diversos Apesar do perfil conservador e da diversificação do
benefícios pós emprego (benefício definido e de fundo, a verificação dos riscos atrás referidos poderá
contribuição definida) e outros benefícios de longo levar à necessidade de contribuições adicionais para o
prazo (prémios de antiguidade e subsídio por morte). fundo considerando a natureza de benefício definido.
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
152
Políticas contabilísticas
Benefícios pós-emprego
Planos de benefícios A Secil e algumas subsidiárias do Grupo assumiram o compromisso de pagar aos seus
definidos empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma
por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência, constituindo
planos de benefício definido.
Com o objetivo de financiar uma parte das suas responsabilidades, o Grupo constituiu
Fundos de Pensões autónomos. A maioria das empresas residentes em Portugal,
passaram a integrar o Fundo de Pensões do Grupo Secil, que resultou da alteração
do contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, substituindo integralmente os
anteriores contratos e produzindo efeitos a 1 de janeiro de 2010. Este Fundo é o suporte
financeiro para pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada
associada (agora geridos conjuntamente).
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
153
Planos de A Secil e algumas subsidiárias do Grupo assumiram compromissos relativos à contribuição
contribuição definida para planos de contribuição definida, de uma percentagem dos vencimentos dos
empregados abrangidos por esses planos, por forma a proporcionar um complemento
de pensões de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.
Para este efeito, foram constituídos Fundos de Pensões que visam a capitalização
daquelas contribuições, para os quais os empregados podem ainda efetuar contribuições
voluntárias, que nesse caso serão acrescidas de uma contribuição de incentivo efetuada
pela empresa, correspondente a uma percentagem desta sujeita a um valor máximo.
O Grupo não assume responsabilidades de contribuição adicionais ou um retorno pré-
fixado. Desta forma, as contribuições efetuadas são registadas como gastos do período,
no qual são reconhecidas, independentemente do momento da sua liquidação.
Entidade Secil e CMP – Todos os colaboradores admitidos até 31 de dezembro de 2009, com
Empregadora / contrato sem termo, que não optaram pela transição para o Plano de contribuição
Beneficiários definida e os reformados e pensionistas àquela data.
Beto Madeira - Todos os trabalhadores abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e
a FEVICCOM, com contrato sem termo, e os reformados e pensionistas à data de 31 de
dezembro de 2010.
Benefício atribuído Complemento de pensão de reforma por velhice e invalidez, reforma antecipada e
pensão de sobrevivência.
Benefício atribuído Pagamento de um subsídio de reforma por velhice e por invalidez com base no Acordo
Coletivo de Trabalho, artigo 52.
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
154
Assistência na doença
Entidade Cimentos Madeira - Aplicável apenas aos colaboradores reformados à data de início da
Empregadora / apólice de seguro.
Beneficiários
Benefício atribuído Regime de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços
oficiais de saúde, para os reformados.
Plano de pensões
Entidade Secil e CMP– Todos os colaboradores que à data de 31 de dezembro de 2009, optaram
Empregadora / pelo Plano de Contribuição Definida e todos os trabalhadores admitidos após essa data.
Beneficiários Sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração.
Reconhecimento A Secil e a subsidiária CMP, assumiram com os seus empregados a responsabilidade pelo
e mensuração pagamento de prémios de antiguidade e subsídios por morte, sendo a responsabilidade
reconhecida no balanço, por contrapartida de Gastos com o pessoal, correspondente ao
valor presente da obrigação destes benefícios, determinada de acordo com as avaliações
atuariais em cada data de relato anual.
Ganhos e perdas atuariais e todo o custo dos serviços passados são reconhecidos de
imediato como rendimento ou gasto do período.
Entidade Secil – Colaboradores no ativo, que tenham sido admitidos até 01-01-2012.
Empregadora / CMP – Colaboradores no ativo, que tenham sido admitidos até 01-01-2012.
Beneficiários
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
155
Prémio por antiguidade
Pressupostos atuariais
O Grupo considerou os seguintes pressupostos
atuariais, associados a indicadores económicos e
demográficos, na avaliação das responsabilidades
com benefícios definidos:
31/12/2019 31/12/2018
Análise de sensibilidade
O Grupo considera a taxa de juro técnica e a taxa
de crescimento salarial esperada como as variáveis
mais significativas no cálculo das responsabilidades
referentes a planos de benefícios definidos. De
seguida apresenta-se uma análise de sensibilidade
à variação da taxa de juro técnica e à taxa de
crescimento salarial:
31/12/2019
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
156
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.1. RESPONSABILIDADES LÍQUIDAS
31/12/2019 31/12/2018
Responsabilidades com Pensões - com fundo afeto 705 (2.056.611) 740 (1.879.161)
Responsabilidades com Pensões - sem fundo afeto 163 3.428.816 177 3.697.922
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
157
Informação histórica - últimos cinco anos
No decurso dos últimos cinco anos, as responsabili-
dades e o justo valor dos ativos e conta reserva regis-
taram a seguinte evolução:
Valor presente das obrigações 28.524.087 28.189.899 25.655.742 23.579.144 21.595.971 20.688.459
Justo valor dos ativos e conta reserva 27.371.925 24.818.761 23.260.088 21.785.696 19.258.338 18.790.086
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
158
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.2. RESPONSABILIDADES COM PENSÕES
E OUTROS BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO E DE
LONGO PRAZO
2019
Custo
Saldo Variação serviços Juro Desvios Pagamentos Saldo
Valores em Euros inicial cambial correntes líquido atuariais efetuados final
Total responsabilidades - Benefícios pós-emprego 21.145.588 19.017 11.904 42.644 1.523.995 (2.503.232) 20.239.916
Total responsabilidades - Outros benefícios 450.383 - 30.241 9.108 9.285 (50.474) 448.543
de longo prazo
2018
Custo
Saldo Variação serviços Juro Desvios Pagamentos Saldo
Valores em Euros inicial cambial correntes líquido atuariais efetuados final
Total responsabilidades - Benefícios pós-emprego 23.215.220 (31.902) 11.553 37.467 580.720 (2.667.470) 21.145.588
Total responsabilidades - Outros benefícios 363.924 - 26.511 7.143 119.426 (66.621) 450.383
de longo prazo
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
159
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.3. FUNDOS
2019 2018
Valores em Euros Fundo autónomo Capital seguro Fundo autónomo Capital seguro
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
160
Fundos afetos a planos de benefício definido -
contribuições estimadas no próximo período
As contribuições previstas para o próximo período de
relato anual estão, entre outros fatores, dependentes
da relação entre a rentabilidade dos ativos dos fundos
e a taxa de juro técnica.
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
161
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.4. GASTOS SUPORTADOS COM PLANOS
DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO E DE LONGO
PRAZO
2019 2018
Impacto no Impacto no
Custo Planos CD resultado Custo Planos CD resultado
serviços Juro Desvios Contribuições líquido serviços Juro Desvios Contribuições líquido
Valores em Euros correntes líquido atuariais do período (Nota 7.1) correntes líquido atuariais do período (Nota 7.1)
Pensões com fundo autónomo 3.144 (24.886) - - (21.742) 2.300 (42.544) - - (40.244)
Benefícios pós-emprego 11.904 42.644 - 1.405.251 1.459.799 11.553 37.467 - 1.226.270 1.275.290
Subsídios por morte 3.429 1.359 (3.646) - 1.142 3.177 1.275 (483) - 3.969
Prémio de antiguidade 26.812 7.749 12.931 - 47.492 23.334 5.868 119.909 - 149.111
Outros benefícios de longo prazo 30.241 9.108 9.285 - 48.634 26.511 7.143 119.426 - 153.080
42.145 51.752 9.285 1.405.251 1.508.433 38.064 44.610 119.426 1.226.270 1.428.370
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
162
07.
PESSOAL
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.5. REMENSURAÇÕES RECONHECIDAS
DIRETAMENTE EM OUTROS RENDIMENTOS
INTEGRAIS
2019
Retorno Impacto
Ganhos e sobre ativos Valor Imposto nos Capitais
Valores em Euros perdas dos planos bruto diferido próprios
2018
Retorno Impacto
Ganhos e sobre ativos Valor Imposto nos Capitais
Valores em Euros perdas dos planos bruto diferido próprios
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
163
07.
PESSOAL
7.3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS
ÓRGÃOS SOCIAIS
PESSOAL
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
164
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
166
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.1. RISCO CAMBIAL
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
167
Exposição dos ativos e passivos financeiros ao risco
cambial e análise de sensibilidade
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a exposição do
Grupo ao risco de taxa de câmbio, com base nos
valores dos ativos e passivos financeiros, convertidos
para Euros, tendo por base as taxas de câmbio nessa
data, é conforme se segue:
Valores em Divisas
Caixa e equivalentes de caixa 72.803.953 16.187.443 5.392.030 8.547.794 308.715.342 74.802.970
Valores a receber 19.736.765 39.032.407 873.469 26.631.450 154.087.442 35.360.194
Posição financeira líquida em moeda estrangeira 60.598.694 (603.549.124) (16.421.773) (45.877.477) (1.571.615.408) -
Posição financeira líquida em Euros 53.942.224 (133.239.685) (9.696.943) (14.445.959) (2.785.362) (106.225.725)
Impacto da variação de +10% na taxa de câmbio 5.394.222 (13.323.968) (969.694) (1.444.596) (278.536) (10.622.572)
Impacto da variação de -10% na taxa de câmbio (5.394.222) 13.323.968 969.694 1.444.596 278.536 10.622.572
Impacto da variação de + 10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período (925.192)
Impacto da variação de -10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período 1.130.790
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
168
Dólar Norte Real Metical Libras Dinar Kwanza Total
31/12/2018 Americano Brasileiro Moçambicano Libanesas Tunisino Angolano (Euros)
Taxa de câmbio no final do período 1,145 4,438 70,615 1,726 3,493 361,823 -
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior 4,5% (11,8%) (0,6%) 4,5% (18,6%) (78,3%) -
Taxa de câmbio médio período 1,181 4,309 71,248 1,780 3,125 303,491 -
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior (4,5%) (19,4%) 0,4% (4,5%) (15,0%) (59,2%) -
Valores em Divisas
Caixa e equivalentes de caixa 74.971.931 45.545.321 69.570 16.846.533 4.994.714 204.613.834 77.735.064
Valores a receber 5.936.722 38.052.645 - 28.274.677 27.198.086 120.116.778 21.877.485
Total de ativos financeiros 80.908.653 83.597.966 69.570 45.121.211 32.192.800 324.730.612 99.612.550
Posição financeira líquida em moeda estrangeira 54.618.025 (375.599.549) 69.570 4.341.955 (48.139.003) (1.299.205.119) -
Posição financeira líquida em Euros 47.701.332 (84.626.895) 985 2.515.472 (13.782.353) (3.590.720) (77.923.719)
Impacto da variação de +10% na taxa de câmbio 4.770.133 (8.462.690) 99 251.547 (1.378.235) (359.072) (5.178.218)
Impacto da variação de -10% na taxa de câmbio (4.770.133) 8.462.690 (99) (251.547) 1.378.235 359.072 5.178.218
Impacto da variação de + 10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período (469.936)
Impacto da variação de -10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período 574.366
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
169
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.2. RISCO DE TAXA DE JURO
!! Política de gestão do risco de taxa de juro A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes
A exposição ao risco de taxa de juro do Grupo pressupostos:
encontra-se associada à dívida líquida remunerada • Alterações nas taxas de juro do mercado afetam
contratada pelo Grupo, sendo o objetivo de gestão do rendimentos ou despesas de juros de Instrumentos
risco de taxa de juro reduzir a volatilidade dos custos financeiros variáveis;
financeiros na demonstração dos resultados.
• Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o
A estratégia de gestão do risco de taxa de juro é justo valor de Instrumentos financeiros derivados e
revista anualmente, em função da expetativa da outros ativos e passivos financeiros;
evolução das taxas em cada mercado onde o Grupo
está presente. Atualmente a estratégia de gestão do • Alterações no justo valor de Instrumentos financeiros
risco de taxa de juro passa por reduzir a exposição derivados e outros ativos e passivos financeiros são
às taxas variáveis através da contratação de dívida a estimados descontando os fluxos de caixa futuros de
taxa fixa. valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado
do final do ano.
Utilização de instrumentos financeiros derivados
Nos casos em que a Administração considera
adequado, o G rupo recorre à utilização de
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2),
para a gestão do risco de taxa de juro, tendo estes
instrumentos como objetivo fixar a taxa de juro dos
empréstimos que obtém, dentro de determinados
parâmetros, considerados adequados pelas políticas
de gestão de risco do Grupo.
Estimativas e julgamentos
Análise de sensibilidade
O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade
que mede as alterações estimadas nos resultados
e capitais de um aumento ou diminuição imediata
das taxas de juro de mercado, com todas as outras
variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins
ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado
raramente se alteram isoladamente.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
170
Sob estes pressupostos, o impacto de um aumento
de 0,5% nas taxas de juro, para todos os empréstimos
ou instrumentos financeiros derivados contratados
pela Empresa a 31 de dezembro de 2019 e 2018, é
conforme se segue:
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
171
Exposição ao risco de taxa de juro
Os ativos e passivos financeiros remunerados a taxa
fixa (que não expõem o Grupo ao risco de taxa de
juro) e remunerados a taxa variável (que expõem o
Grupo ao risco de taxa de juro) detalham-se como
segue:
Valores em Euros - 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos + de 5 anos Total
31/12/2019
Ativos
Correntes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.8) 67.698.298 18.452.072 14.887.186 1.609.359 - 102.646.916
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6) 15.000.000 20.000.000 - 150.934.234 62.714.133 248.648.367
Correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6) 29.088.346 14.159.483 162.916.054 - - 206.163.882
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2) - - 1.080.865 - - 1.080.865
Posição financeira líquida de balanço 23.609.952 (15.707.411) (149.109.732) (149.324.875) (62.714.133) (353.246.199)
Valores em Euros - 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos + de 5 anos Total
31/12/2018
Ativos
Correntes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.8) 69.211.824 30.032.472 1.686.845 495.037 - 101.426.178
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6) 95.000.000 - - 320.133.350 6.890.762 422.024.112
Correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6) 54.929.836 4 043 950 2.609.645 - - 61.583.431
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2) - - 17.093 316.310 - 333.403
Posição financeira líquida de balanço (80.718.012) 25.988.522 (939.893) (319.954.623) (6.890.762) (382.514.768)
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
172
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.3. RISCO DE LIQUIDEZ
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
173
Maturidade contratual dos passivos financeiros
(fluxos não descontados, incluindo juros)
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a liquidez dos
passivos financeiros contratados originará os seguin-
tes fluxos monetários não descontados, incluindo
juros, tendo por base o período remanescente até à
maturidade contratual:
Valores em Euros - 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos + de 5 anos Total
31/12/2019
31/12/2018
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
174
Linhas de créditos disponíveis e não utilizadas
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa possui
linhas de créditos bancários disponíveis e não utiliza-
dos conforme se segue:
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
175
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.4. RISCO DE CRÉDITO
Equivalentes de caixa
O Grupo tem uma política rigorosa de aprovação
das suas contrapartes financeiras, limitando a sua
exposição de acordo com uma análise individual de
risco e com plafonds previamente aprovados.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
176
Políticas contabilísticas
Perdas de crédito O Grupo avalia, numa base prospetiva, as perdas de crédito esperadas associadas
esperadas aos seus ativos financeiros mensurados ao custo amortizado conforme o detalhe
apresentado na Nota 8.4.1 – Categorias de instrumentos financeiros da Empresa.
Reconhecimento As perdas por imparidade dos saldos de clientes são registadas com base no modelo
de imparidades simplificado previsto na IFRS 9 registando as perdas esperadas até à maturidade. As
perdas esperadas são determinadas tendo por base a experiência de perdas reais
históricas ao longo de um período estatisticamente relevante e representativas das
características específicas do risco de crédito subjacente.
O modelo seguido na avaliação das imparidades de acordo com a IFRS 9 é como segue:
1. Apurar o perfil de pagamento dos clientes, definindo intervalos de periodicidade de
recebimento;
2. Com base em 1. supra, estimar a probabilidade de default (ou seja, o montante de
cobrança duvidosa apurado em 1. comparado com saldo de vendas em aberto em cada
intervalo calculado em 2);
3. Ajustar as percentagens obtidas em 3. relativamente às projeções futuras;
4. Aplicar as percentagens de default conforme calculadas em 4. aos saldos de clientes
aberto na data de relato.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
177
Exposição máxima ao risco de crédito
A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito de
ativos financeiros corresponde ao valor líquido dos
mesmos, conforme segue:
Não correntes
Outros investimentos financeiros (Nota 8.3) 375.175 193.833
Valores a receber (Nota 4.2) 5.272.430 4.492.656
Correntes
Valores a receber (Nota 4.2) 78.949.829 75.957.817
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2) 1.141.004 1.256.428
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.9) 96.484.628 99.323.486
182.223.066 181.224.220
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
178
Estrutura de antiguidade de saldos de clientes
Em 31 de Dezembro de 2019 e 2018, os créditos a
receber de clientes apresentavam a seguinte estrutura
de antiguidade, considerando como referência a data
de vencimento dos valores em aberto:
68.501.758 73.409.738
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
179
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a análise de
antiguidade de saldos devedores que já se encontram
vencidos, e respetivas perdas por imparidade, é a
seguinte:
31/12/2019 31/12/2018
Valor Justo Valor Valor Justo Valor
Valores em Euros Bruto Garantias Bruto Garantias
26.577.017 - 24.527.362 -
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
180
Risco de crédito de equivalentes de caixa
Em 31 de Dezembro de 2019 e 2019, a qualidade do
risco de crédito do Grupo face a ativos financeiros
(depósitos bancários, aplicações de tesouraria
e instrumentos financeiros derivados com justo
valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições
financeiras, detalha-se como se segue:
A+ 1.511.385 -
A - -
A- 441.244 693.436
BBB+ 552.187 -
BBB 1.562.487 2.786
BBB- 526.065 3.801.104
BB+ 502.834 -
BB 9.269.711 4.222.692
BB- 3.558.290 10.261.884
B+ 1.331.790 5.471
B 488.652 151.603
B- 106.958 32.025.283
CCC+ 15.991.556 14.766.243
SD 35.275.095 -
Sem rating 31.106.244 35.495.676
102.224.499 101.426.178
103.365.503 102.682.606
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
181
Imparidade de clientes e outros devedores
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019
e 2018, os movimentos ocorridos nas perdas
acumuladas por imparidade de clientes e outras
dívidas a receber são conforme se segue:
Variações devidas a:
Reforço 1.861.928 1.532.339
Reversões (1.222.207) (1.152.646)
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
182
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVADOS
Políticas contabilísticas
Apresentação
Tendo adotado pela primeira vez as IFRS com data de transição a 1 de janeiro de 2019,
o Grupo aplica os requisitos da contabilidade de cobertura presentes na IFRS 9 –
Instrumentos financeiros.
Cobertura de fluxos O Grupo na sua gestão da exposição às taxas de juro e de câmbio, realiza cobertura de
de caixa (risco de taxa fluxos de caixa.
de juro e de câmbio)
Estas operações são registadas na Demonstração da posição financeira intercalar pelo
seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações
no justo valor são inicialmente registadas no outro rendimento integral do período. Se
as operações de cobertura se apresentarem como ineficazes, o ganho ou a perda daí
decorrente é registada diretamente em resultados.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
183
ativo não financeiro (por exemplo, inventários ou ativos fixos tangíveis), os ganhos e
perdas anteriormente diferidos no capital próprio são incluídos na mensuração inicial
do custo do ativo.
Cobertura de O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro e de câmbio, realiza cobertura de
investimento líquido fluxos de caixa.
no estrangeiro (risco
de taxa de câmbio) Estas operações são registadas na Demonstração da posição financeira intercalar pelo
seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações
no justo valor são inicialmente registadas no outro rendimento integral do período. Se
as operações de cobertura se apresentarem como ineficazes, o ganho ou a perda daí
decorrente é registada diretamente em resultados.
Cobertura de risco cambial O Grupo efetua muito pontualmente operações de cobertura de vendas em moeda
na exportação e na diferente da moeda de apresentação e efetua cobertura das aquisições futuras de
aquisição de combustíveis combustível, nomeadamente do petcoke.
Cobertura de fluxos Quando uma operação estrangeira do Grupo contrai empréstimos em moeda que não
de caixa/ taxa de Juro seja a moeda funcional no país de atividade dessa operação, o Grupo efetua operações
de empréstimos de cobertura de forma a que a exposição reflita a moeda funcional.
a operações estrangeiras
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
184
Estimativas e julgamentos
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
185
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVADOS
8.2.1. MOVIMENTOS EM INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DERIVADOS
2019 2018
Variação de justo valor em resultados (Nota 5.10) (1.119.024) - (1.119.024) 595.716 - 595.716
Variação de justo valor em outro rendimento integral - 252.548 252.548 - (113.946) (113.946)
Ajustamento cambial 3.590 - 3.590 20.454 - 20.454
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
186
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVADOS
8.2.2. DETALHE E MATURIDADE DOS
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
POR NATUREZA
De cobertura
Swaps de taxa de juro (Swaps) 80.000.000 EUR 2020 - (63.762) (63.762)
- (63.762) (63.762)
De negociação
Non Deliverable Forward (NDF) 14.404.766 BRL 2020 5.940 - 5.940
Cross currency interest rate swap 41.000.000 USD 2020 979.191 (955.353) 23.838
Cross currency interest rate swap 6.673.340 EUR 2020 - (61.750) (61.750)
Non Deliverable Forward (NDF) 15.000.000 EUR 2020 155.873 - 155.873
De cobertura
Swaps de taxa de juro (Swaps) 140.000.000 EUR 2020 - (316.310) (316.310)
- (316.310) (316.310)
De negociação
Non Deliverable Forward (NDF) 10.564.866 BRL 2019 - (17.093) (17.093)
Cross currency interest rate swap 25.139.298 USD 2019 1.107.459 - 1.107.459
Non Deliverable Forward (NDF) 6.133.306 EUR 2019 148.969 - 148.969
Derivados ao justo valor através de resultados no vencimento. Na mesma data, foram celebrados 4
Em janeiro de 2019, a subsidiária Supremo, contratou Non-Deliverable Forward no montante dos juros e do
junto de uma instituição financeira brasileira um capital nas respetivas datas de pagamento de juros e
financiamento externo de EUR 10.000.000 com amortização de capital.
maturidade em janeiro de 2020, com pagamento de
juros trimestrais e postecipados e amortização única
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
187
Em fevereiro de 2019, a subsidiária Margem, Em outubro de 2019, a subsidiária Supremo, contratou
contratou junto de uma instituição financeira um financiamento externo no montante de USD
brasileira um financiamento externo no montante de 18.000.000 com maturidade em dezembro de
USD 16.000.000 com maturidade em fevereiro de 2020, com uma única amortização no vencimento.
2020, com uma única amortização no vencimento. Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross
Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a
currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à
exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem a fixação do valor nominal do financiamento
Margem a fixação do valor nominal do financiamento em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida
em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de
de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamento em USD.
amortização do referido financiamento em USD.
A Secil concedeu um financiamento intercompany
Em outubro de 2019, a subsidiária Margem, contratou em Reais Brasileiros (BRL) à subsidiária Supremo
os seguintes financiamentos externos no montante: e contratou um instrumento financeiro para
• em euro equivalente a BRL 30.000.000 com cobrir o recebimento em euros do financiamento,
maturidade em outubro de 2020, com uma única nomeadamente um Non-deliverable Forward no
amortização no vencimento. Nessa mesma data, montante total de BRL 14.404.766 com vencimento
foi celebrado um contrato cross currency interest em fevereiro de 2020.
rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à
taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem Cobertura de fluxos de caixa
a fixação do valor nominal do financiamento em Em 2015 a Secil contratou um empréstimo obriga-
BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida cionista de EUR 80.000.000, com reembolso integral
de um spread, replicando integralmente o plano de ao par em maio de 2020, com pagamento de juros
amortização do referido financiamento em EUR; semestrais e postecipados. Em 23 de junho de 2016,
foi contratado um derivado de cobertura de risco de
• de EUR 5.000.000 com maturidade em outubro de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS)
2020, com uma única amortização no vencimento. com valor nominal de EUR 80.000.000, com inicio
Na mesma data, foi celebrado um Non-Deliverable em 25 de novembro de 2016 e vencimento a 25 de
Forward no montante no montante total de EUR maio 2020.
5.000.000 com vencimento em outubro de 2020;
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
188
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.3. OUTROS INVESTIMENTOS
FINANCEIROS
Políticas contabilísticas
375.175 193.833
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
189
08.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
8.4. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
8.4.1. CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DO GRUPO
Ativos
financeiros
ao justo valor
Ativos através de Instrumentos
financeiros resultados financeiros
Ativos ao custo (excluindo derivados de Ativos não
Valores em Euros Nota amortizado derivados) negociação financeiros Total
31/12/2018
Outros investimentos financeiros 8.3 - 193.833 - - 193.833
Valores a receber 4.2 93.695.421 - 1.256.428 3.567.362 98.519.210
Caixa e equivalentes de caixa 5.8 95.337.433 - - - 95.337.433
Ativos não correntes detidos para venda 3.7 - - - 8.534.209 8.534.209
31/12/2019
Financiamentos obtidos 5.6 454.922.168 - - - - 454.922.168
Passivos de locação 5.7 - - - 26.387.847 - 26.387.847
Valores a pagar 4.3 141.871.164 63.762 1.017.103 - 29.329.343 172.281.372
31/12/2018
Financiamentos obtidos 5.6 485.805.619 - - - - 485.805.619
Valores a pagar 4.3 128.923.929 (316.310) (17.093) - 15.344.131 143.934.657
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
190
09.
PROVISÕES,
COMPROMISSOS
E CONTINGÊNCIAS
09.
PROVISÕES,
COMPROMISSOS
E CONTINGÊNCIAS
Políticas contabilísticas
Mensuração subsequente As provisões são revistas na data da Posição financeira consolidada e são ajustadas de
modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
Estimativas e julgamentos
Licenças
Recuperação Emissão
Valores em Euros Ambiental de CO2 Outras Total
Outras provisões
Refere-se a provisões para fazer face a riscos
relacionados com eventos de natureza diversa, de
cuja resolução poderão resultar saídas de fluxos de
caixa, nomeadamente processos de reestruturação
organizacional, complementos ao fundo nacional
de segurança social Libanês, riscos de posições
contratuais assumidas em investimentos, entre outras.
Compromissos de compra
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os compromissos
assumidos pelo Grupo respeitam a aquisições de
ativos fixos tangíveis e a bens e serviços, detalhados
conforme se segue:
30.285.454 42.443.213
Garantias prestadas
IAPMEI (âmbito do QREN) 443.157 252.157
IAPMEI (âmbito do PEDIP) 209.305 209.305
APSS - Admi. dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2.605.009 2.605.009
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 1.247.478 1.175.010
Conselho de Emprego, Indústria e Turismo (Espanha) 14.547 954.118
Banco Caixa Geral Brasil - 791.667
APDL - Administração do Porto de Leixões 720.657 720.657
ICNF - Inst. da Conserv. Natur. e das Florestas, I.P. 474.444 474.444
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236.403 236.403
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 869.647 745.825
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 534.620 534.620
Tribunal do Trabalho 217.324 217.324
Mercedes Benz - Aluguer de veículos - 500.000
Livranças, avais e fianças - 833.625
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274.595 -
Agência de Desenvolvimento e Coesão 1.047.365 -
Outras 1.987.925 616.951
10.882.476 10.867.115
72.989.517 71.801.172
Nota
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
200
10.
ESTRUTURA
DO GRUPO
10.1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA
CONSOLIDAÇÃO
Políticas contabilísticas
Entidades controladas A Secil controla uma entidade (subsidiária) quando está exposta a, ou tem direitos sobre
pelo Grupo os retornos variáveis gerados, em resultado do seu envolvimento com a entidade, e tem
a capacidade de afetar esses retornos variáveis através do poder que exerce sobre as
suas atividades relevantes.
Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária
adquirida (goodwill negativo ou badwill), a diferença é reconhecida diretamente em
resultados na rubrica de Outros rendimentos e ganhos operacionais (Nota 2.2). Os custos
de transação diretamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
201
Consolidação As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o
controlo é transferido para o Grupo. Na aquisição de parcelas adicionais de capital em
sociedades já controladas pelo Grupo, o diferencial apurado entre a percentagem de
capitais adquiridos e o respetivo valor de aquisição é registado diretamente no capital
próprio (Nota 5.5).
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
202
Empresas incluídas na consolidação
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo apre- 31/12/2019 31/12/2018
Empresa-mãe:
Secil Portugal
Subsidiárias:
Hewbol, S.G.P.S., Lda. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Betotrans - Transportes e Serviços, Lda. Portugal - 100,00 100,00 -
Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Cabo Verde 99,80 0,20 100,00 100,00
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Cabo Verde 75,00 25,00 100,00 62,50
Florimar - Transporte Marítimo, Navios e Participações, Lda. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Sociedade de Inertes, Lda. (a) Moçambique - - - 100,00
Secil Cement, B.V. Holanda 100,00 - 100,00 100,00
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Silonor, S.A. França 100,00 - 100,00 100,00
Société des Ciments de Gabés Tunísia 98,72 - 98,72 98,72
Sud- Béton - Société de Fabrication de Béton du Sud Tunísia - 98,72 98,72 98,72
Zarzis Béton Tunísia - 98,52 98,52 98,52
Secil Angola, SARL Angola 100,00 - 100,00 100,00
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Angola - 51,00 51,00 51,00
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Secil Britas, S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Portugal - 75,00 75,00 75,00
Allmicroalgae - Natural Products, S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Portugal 99,53 - 99,53 99,53
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
ALLMA - Microalgas, Lda. Portugal - 70,00 70,00 70,00
Secil Brasil Participações, S.A. Brasil - 100,00 100,00 100,00
Supremo Cimentos, SA Brasil - 100,00 100,00 100,00
Margem - Companhia de Mineração, SA Brasil - 100,00 100,00 100,00
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Ciments de Sibline, S.A.L. Líbano 28,64 22,41 51,05 51,05
Soime, S.A.L. Líbano - 51,05 51,05 51,05
Cimentos Madeira, Lda. Portugal 57,14 42,86 100,00 100,00
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Portugal - 100,00 100,00 100,00
Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Portugal - 100,00 100,00 100,00
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. Portugal - 51,00 51,00 51,00
SPB, SGPS, Lda. Portugal 100,00 - 100,00 100,00
Secil Prébetão, S.A. Portugal - 100,00 100,00 100,00
Cementos Secil, SLU Espanha 100,00 - 100,00 100,00
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
203
Interesses que não controlam - detalhe de por
subsidiária
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos
interesses que não controlam, apresentados na de-
monstração dos resultados e no capital próprio é
conforme se segue:
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias 1,28 57.601 45.713 547.578 496.823
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 25,00 217.815 178.246 408.109 367.794
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. 49,00 (1.616.257) (1.041.672) (2.501.785) (2.025.265)
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária 48,95 193.084 5.414.956 55.266.464 56.711.686
Outros (6.631) 85.587 194.219 857.903
31/12/2019 31/12/2018
53.914.585 56.408.940
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
204
10.
ESTRUTURA
DO GRUPO
10.2. VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE
CONSOLIDAÇÃO
2019 Data
Aquisição de participação
Betotrans - Transportes e Serviços, Lda. Set/19
Aquisição de participação adicional em subsidiária
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Jul/19
Liquidações
Sociedade de Inertes, Lda. Fev/19
2018 Data
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
205
10.
ESTRUTURA
DO GRUPO
10.3. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E
EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Políticas contabilísticas
Associadas São todas as entidades sobre as quais o grupo exerce influência significativa, mas não
possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos
direitos de voto.
Empreendimentos São acordos que conferem ao Grupo controlo conjunto (estabelecido contratualmente)
conjuntos e relativamente aos quais o Grupo detém um interesse nos ativos líquidos.
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
206
Investimentos em associadas e empreendimentos
conjuntos
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os investimentos
em associadas e empreendimentos conjuntos deta-
lham-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018
Associadas
Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 1.295.307 25,00% 1.507.381
MC - Materiaux de Construction 49,36% 1.574 49,36% 1.432
J.M.J. - Henriques, Lda. 50,00% 364.476 50,00% 373.235
Ave, S.A. 35,00% 212.318 35,00% 172.850
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda. 50,00% 1.462.641 50,00% 541.876
3.336.316 2.596.774
Aquisições - 300.000
Resultado líquido - associadas 798.338 940.886
Resultado líquido - empreendimentos conjuntos 920.761 241.876
Dividendos atribuídos (979.701) (867.174)
Ajustamento cambial 144 (265)
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
207
Informação de associadas e empreendimentos
conjuntos
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019
e 2018, as subsidiárias com interesses que não
controlam significativos apresentam nas suas contas
os valores que se seguem:
Associadas
MC- Materiaux de Construction b) 2.597.024 2.588.957 8.067 2.782.624 (86.427)
J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1.074.363 345.409 728.952 - (17.517)
Setefrete, SGPS, S.A. c) 5.211.797 469.692 4.742.105 34.271 2.034.181
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. b) 7.275.354 6.668.730 606.624 5.210.750 545.658
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda. a) 6.536.602 3.611.325 2.925.276 1.217.450 1.841.524
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31/12/2019
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30/11/2019
c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras ajustadas da associada para o período findo em 30/11/2019
Associadas
MC- Materiaux de Construction a) 796.503 769.644 26.859 2.188.447 166.619
J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1.081.992 335.521 746.471 - (3.563)
Setefrete, SGPS, S.A. b) 6.056.720 27.199 6.029.521 94.328 2.741.254
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. b) 4.566.607 4.072.738 493.869 9.023.866 432.898
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda a) 3.158.738 2.074.987 1.038.751 1.909.071 483.751
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31/12/2018
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30/11/2018
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
208
10.
ESTRUTURA
DO GRUPO
10.4. TRANSAÇÕES COM PARTES
RELACIONADAS
31/12/2019 31/12/2018
Imposto Imposto
Valores a Valores sobre o Valores a Valores sobre o
receber a pagar Rendimento receber a pagar Rendimento
Valores em Euros (Nota 4.2) (Nota 4.3) (Nota 6.1) (Nota 4.2) (Nota 4.3) (Nota 6.1)
Acionistas
Semapa, SGPS, S.A. 438 2.589.181 - 1.000 934.286 -
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - 4.369.349 - - 4.018.601
CIMO - Gestão de participações, SGPS, S.A. - 1.160 - - - -
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
209
Transações do período com partes relacionadas
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro
de 2019 e 2018, o Grupo realizou as seguintes
transações com partes relacionadas:
31/12/2019 31/12/2018
Acionistas
Semapa, SGPS, S.A. (4.643.969) - - (4.277.871) 1.617 159 (39.739)
ESTRUTURA DO GRUPO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
210
11.
GESTÃO DE RISCOS
OPERACIONAIS
11.
GESTÃO DE RISCOS
OPERACIONAIS
O Grupo está presente no setor da construção, o O setor da construção é sensível a fatores como as
qual está sujeito a riscos diversos, que podem ter um taxas de juro e uma quebra da atividade económica
efeito significativo na atividade que exerce, nos seus numa dada economia pode conduzir a uma recessão
resultados operacionais, nos fluxos de caixa que gera neste setor.
e na sua posição financeira.
Apesar do Grupo considerar que a sua diversificação
Os fatores de risco operacional analisados neste geográfica é a melhor forma de conseguir a
capítulo podem ser estruturados da seguinte forma: estabilização dos seus resultados, a sua atividade,
situação financeira e resultados operacionais podem
• Abastecimento de matérias-primas ser negativamente afetados por uma quebra do setor
• Preço de venda da construção em qualquer mercado significativo em
• Procura dos produtos do Grupo que opere.
• Concorrência
• Custos energéticos Concorrência
• Risco país – Brasil, Tunísia, Líbano e Angola As empresas do Grupo desenvolvem a sua atividade
• Legislação ambiental num ambiente competitivo. No caso do mercado
português, dada a conjuntura dos últimos anos, que
Abastecimento de matérias-primas tem motivado um forte declínio do setor, excessos de
No que se refere ao cimento e outros materiais, as capacidade dos operadores nacionais em conjugação
principais matérias-primas do processo de fabrico do com importações, poderão afetar a performance
cimento são os calcários e as margas ou argilas, cuja nesse segmento.
extração é efetuada em pedreiras próprias, localizadas
no perímetro fabril, dispondo o Grupo de reservas O mesmo se verifica no Brasil, país sob recessão e
que asseguram a exploração sustentada nos próximos atualmente com excesso de capacidade instalada que
anos. tem impactado negativamente os preços. Na Tunísia,
o excesso de oferta tem igualmente pressionado os
Preço de venda preços em baixa.
Uma vez que o Grupo desenvolve a sua atividade
em mercados geograficamente diversos, os preços Custos Energéticos
praticados, dependem essencialmente, da conjuntura Uma parte significativa dos custos do Grupo está
económica e da concorrência de cada país. dependente dos custos energéticos. A energia é um
fator de custo com peso significativo na atividade
Procura dos produtos do Grupo da Secil e das suas participadas. O Grupo protege-
O volume de negócios do Grupo deriva do nível se, em certa medida, contra o risco da subida
de atividade no setor da construção em cada um do preço da energia através da possibilidade de
dos mercados geográficos em que opera. O setor algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis
da construção tende a ser cíclico, especialmente alternativos e de contratos de fornecimento de
em economias maduras, e depende do nível de energia elétrica de longo prazo para algumas das
construção residencial e comercial, bem como do necessidades energéticas. Apesar destas medidas,
nível de investimentos em infraestruturas. flutuações significativas nos custos da eletricidade
Otmar Hübscher
Vice-Presidente
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
SECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
215
III
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DO REVISOR
E RELATÓRIO
DO CONSELHO
FISCAL RELATIVO
ÀS CONTAS
CONSOLIDADAS
KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.
Edifício FPM41 - Avenida Fontes Pereira de Melo, 41 - 15º
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International”), uma entidade suíça. Matriculada na Conservatória do registo Comercial de Lisboa sob o Nº
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