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Fisioterapia e 

Psicomotricidade no TDAH  
 
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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) consiste em um
dos mais prevalentes e mais estudados transtornos neuropsiquiátricos
observados na infância e na adolescência. Estima-se que cerca de 5% das
crianças em todo o mundo apresentem o diagnóstico de TDAH. O TDAH é
caracterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade e por uma
apresentação clínica bastante heterogênea.

O TDAH tem sido associado a uma maior dificuldade em concluir os estudos,


maior índice de repetência, maior frequência de expulsões e troca de escolas,
além de um rendimento escolar abaixo do esperado quando comparado às
crianças e adolescentes de mesma idade não acometidas pelo transtorno.
Adolescentes com TDAH tendem a iniciar precocemente a vida sexual, a ter
maior número de parceiros ao longo da vida, a se protegerem menos em suas
relações, assim como apresentam maior risco para gravidez não planejada.
Esses prejuízos comportamentais estão associados a déficits
neuropsicológicos envolvendo diferentes domínios tais como os relacionados
à memória, atenção, planejamento e o controle inibitório.

O tratamento típico recebido pelas crianças com TDAH é o tratamento


medicamentoso com psicoestimulantes. Entretanto, tratamentos
não-medicamentosos têm sido utilizados como coadjuvantes no tratamento
dos sintomas de desatenção e hiperatividade. Os efeitos agudos e crônicos
do exercício físico têm sido associados à redução dos comportamentos
negativos e à melhora de funções cognitivas, dentre elas, a atenção. Além
das alterações no domínio social e cognitivo, a prática de exercícios físicos
que demanda a execução e aprendizagem de novos padrões de movimento
apresenta impacto positivo no desenvolvimento motor dessas crianças.

Nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais -


DSM-V (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION [APA], 2014) a pessoa
com TDAH-D apresenta, seis ou mais sintomas de desatenção e menos de
seis sintomas de hiperatividade/impulsividade; a pessoa com TDAH-H,
apresenta mais de seis sintomas de hiperatividade/impulsividade e menos de
seis sintomas de desatenção; TDAH-C apresenta seis ou mais sintomas tanto
de desatenção quanto de hiperatividade/impulsividade (BRZOZOWSKI,
CAPONI, 2009; AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION [APA], 2014;
TORRES, 2015). Segundo o DSM-V (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION [APA], 2014), para que sejam confirmados critérios de
desatenção e critérios de hiperatividade/impulsividade, é necessária a
existência de ao menos seis sintomas conflitantes ao nível de
desenvolvimento da pessoa, com persistência em período de seis meses,
para cada critério estabelecido pelo DSM-V.

Alguns comportamentos mais frequentes em crianças com TDAH são,


irritabilidade, baixa tolerância à frustração, prejuízo escolar e possíveis
problemas cognitivos na atenção, nas funções executivas ou na memória
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION [APA], 2014). Comportamentos
de procrastinação, alternância de tarefas, labilidade motivacional, dificuldade
de focalização e sustentação da atenção, dificuldade em organização e
priorização de atividades, lentidão no processamento de informações,
dificuldade em tolerar frustrações e manejar sentimentos, deficiência na
memória operacional e prospectiva também são frequentes em crianças com
o TDAH (FRIAÇA, 2010).

Quais são os sintomas?

A hiperatividade, usualmente aparece aos 2 ou 3 anos de idade ou até a


primeira série. Os principais sintomas são:

• Problemas de concentração e falta de atenção. As crianças e adolescentes


com DDAH mudam de atividade muito rapidamente, freqüentemente não
terminam o que começaram. Eles também se distraem muito facilmente por
barulhos ou outras coisas ao seu redor.

• Impulsividade. As crianças com esse sintoma freqüentemente reagem


rapidamente sem pensar nos resultados. Eles também são impacientes e
tendem a interromper outras conversas e começam tarefas sem nenhum
planejamento.

• Hiperatividade (movimento excessivo). As crianças hiperativas são


excessivamente inquietas. Quase nunca se sentam, e quando sentam, elas
usualmente mexem-se ou jogam as coisas.

Sintomas comumente relacionados são:

• Dificuldade em organizar tarefas e projetos


• Dificuldade em se acalmar à noite para dormir.
• Problemas sociais por ser agressiva, barulhenta, ou impaciente em grupos.

Tratamento:

• Fisioterapia - Psicomotricidade:Desenvolvimento de atividades que


englobam todas fases do desenvolvimento neuropsicomotor, sendo
algumas:atividades de motricidade fina (dobradura, recorte-cole, desenhos,
pintura, atividades com canudinhos e cordões); motricidade global (atividades
com bola, arcos, cordas, corrida, rolamento, circuito); equilíbrio (caminhar
sobre linhas da quadra, sobre cordas, banco, trave, pé-de-lata, amarelinha,
bem como atividades de equilíbrio estático); esquema corporal (jogos de
mímica de profissões, animais, artistas, formação de números e letras com o
corpo, relaxamento); organização espacial (atividades de guiar com os olhos
abertos e vendados, passagem entre cordões, jogos de quebra-cabeça);
organização temporal (andar no ritmo, pular corda, brinquedo cantado).

• Aprendizado de novas habilidades. As crianças com DDAH aprendem a lidar


com situações altamente estimulantes, que as distraem e superexcitam. Elas
devem aprender a estudar em lugares silenciosos e fazer pausas freqüentes.
Na sala de aula elas trabalham melhor em carteiras individuais, do que em
mesas coletivas. Freqüentemente um fundo musical instrumental pode
também ser útil. Crianças com DDAH necessitam de mais estrutura e rotina
diária que a maioria das pessoas.

• Treinamento comportamental: Programas de comportamento simples com


recompensas diárias, podem ser bons para ensinar a prestar atenção por
mais tempo e a se manterem assentadas.

• Medicamentos: desde 1920, alguns medicamentos tais têm sido usados.


Eles são estimulantes, e parece atuar sobre áreas de autocontrole do
cérebro. Esses medicamentos não deprimem as crianças, mas aumentam a
auto-regulação. Cerca de 70% das crianças com DDAH apresentam uma
melhora com o uso desses medicamentos. Os efeitos colaterais mais comuns
são a perda de apetite e problemas para dormir. A dosagem de cada criança
será ajustada gradualmente, para reduzir os efeitos colaterais. Algumas
vezes, os medicamentos são usados apenas nos dias em que a criança vai
para a escola.

Psicomotricidade

A Psicomotricidade é a ciência que investiga o homem por meio do seu corpo


em movimento e em relação a seu mundo, tanto externo como interno, bem
como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os
objetos ao seu redor e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de
maturação, onde o corpo é a origem de aquisições cognitivas, afetivas e
orgânicas. (Almeida, 2007).

A Psicomotricidade quer justamente destacar e aliar a relação que existe


entre a motricidade, a mente e a afetividade, elementos fundamentais para o
bom desenvolvimento de uma criança.

A partir dos três meses de idade a criança já se descobre como proprietária


de um corpo, e que pode através dele ter o prazer de brincar; ao mexer os
pés e as mãos e após com outras partes do corpo. Desta maneira, aos
poucos a criança obtém o domínio do próprio corpo. (Alves, 2007).

Através de estímulos ambientais, como por exemplo: experiências lúdicas


com ou sem brinquedos vivenciados por mediadores significativos à criança,
o processo de maturação vai sendo desenvolvidos, de fato.

Por isso, todo tipo de experiência corporal que a criança tenha desde
pequena influenciará diretamente nas suas experiências motoras, para que o
desenvolvimento seja adequado.Sendo assim, torna-se fundamental que
qualquer criança receba estímulos desde a tenra idade, relacionada a
experiências corporais para que não haja prejuízos em seu desenvolvimento.
De acordo com Le Boulch (1982) ​In​: Almeida (2007):

“A educação psicomotora concerne uma formação de base indispensável a


toda criança que seja normal ou com problemas. Ela ainda responde por uma
dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta
possibilidades da criança e ajuda sua afetividade a expandir-se e a
equilibrar-se por meio de intercâmbio com o ambiente humano”. p.26
Em relação ao TDAH é importante que um acompanhamento precoce seja
realizado com a criança para que seus déficits e prejuízos advindos das
características do transtorno sejam minimizados, uma vez que não há cura,
mas sim um controle das características.
Portanto, as características mais comuns do TDAH são:

- Dificuldade em manter a atenção e o esforço;


- Fracasso em inibir respostas impulsivas;
- Incapacidade de modular a excitação em níveis apropriados (ficar
superecitado em algumas situações, mas sem motivações em outras;
- Inclinação para procurar recompensa imediata.

De acordo com Cypel, 2001 a capacidade da fixação da atenção varia-se com


a idade, no entanto, é extremamente importante para que os processos de
aprendizagem, sobretudo escolar atendam às expectativas esperadas.

Para uma evolução no desenvolvimento psicomotor de crianças com TDAH


inicialmente será realizado uma reeducação no fator esquema corporal e a
partir dessa valência poder-se-á alcançar êxito nos aspectos psicomotores
que se encontram em defasagem (Equilíbrio, Organização/Temporal), pois a
estruturação corporal está diretamente ligada com o tônus muscular que é a
base para ter um bom equilíbrio e com a mobilidade, deslocamento globais do
corpo que seria o alicerce para obter a estruturação espacial.

Referências Bibliográficas:

ALMEIDA, G.P. ​Teoria e Prática em Psicomotricidade: jogos, atividades,


atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis​. Rio de
Janeiro: Wak Ed, 2006.

ALVES, F. ​Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção​. Rio de Janeiro: Wak


Ed, 2007.

CYPEL, S. ​A criança com déficit de atenção e hiperatividade: Atualização


para pais, professores e profissionais de saúde. São Paulo: Lemos
Editorial, 2001.
GOLDSTEIN, S. ​et GOLDSTEIN, M​. Hiperatividade – como desenvolver a
capacidade de atenção da criança​. Campinas: Papirus, 1994.

MELLO, C.B., MIRANDA, M.C., MUSKAT, M. ​Neuropsicologia do


desenvolvimento​. São Paulo: Memnon, 2005.

NETO, F.R. ​Manual de Avaliação Motora. ​1.ed. Florianópolis, 2001


OLIVIER, L. ​Distúrbios de Aprendizagem e de Comportamento​. Rio de
Janeiro: WAK Ed., 2007.
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