O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um conselho, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezem-
bro de 1964 como poder deliberativo máximo do sistema financeiro do Brasil, sendo responsável por
expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento. O CMN supervisiona as polí-
ticas monetária, de crédito, orçamentária, fiscal e da dívida pública do Brasil.
Assim, nos termos da Lei nº 4.595/64, conhecida como Lei da Reforma Bancária, compete ao CMN
regulamentar as operações de crédito das instituições financeiras brasileiras, regular a moeda do
país, supervisionar suas reservas em ouro e cambiais, determinar suas políticas de poupança e in-
vestimento e regulamentar os mercados de capitais brasileiros. Nesse âmbito, o CMN também super-
visiona as atividades do Banco Central do Brasil e da CVM.
Objetivo
De acordo com o artigo terceiro da Lei n°4.595, o Conselho Monetário Nacional tem como objetivos:
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu pro-
cesso de desenvolvimento
Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou
deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriun-
dos de fenômenos conjunturais
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a
melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo
em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento
harmônico da economia nacional
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior
eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e ex-
terna
Competências
Segundo o artigo 4º da Lei n°4595, as principais atribuições do Conselho Monetário Nacional são:
Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais se
estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro e quais-
quer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;
Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas for-
mas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições finan-
ceiras;
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CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de
remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco
Central do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover
atividades rurais;
Composição
O Banco Central do Brasil funciona como secretaria-executiva do Conselho. Há também várias comis-
sões consultivas que suportam o CMN e são subordinados a ele. São as seguintes:
IV - de Crédito Industrial
VI - de Endividamento Público
Além dessas comissões consultivas, o CMN conta, ainda, com a Comissão Técnica da Moeda e do
Crédito, coordenada pelo Presidente do Banco Central do Brasil e composta dos seguintes membros:
Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil, indicados pelo seu presidente;
A Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) foi criada para regulamentar a medida provisó-
ria 542, de 30 de junho de 1994, que depois seria convertida na Lei n° 9.069/95 - a lei que instituiu
o Plano Real. Nos termos do artigo 10 da referida lei, compete à Comissão Técnica da Moeda e do
Crédito:
III - outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho Monetário Nacional.
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