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ROCHAS, MINERAIS E SOLOS

Capítulo 1 – Apostila 3
Sexto Ano
A litosfera, a camada superficial e sólida da Terra, é composta por rochas,
que, por sua vez, são formadas pela união natural entre os diferentes
minerais. Assim, em razão do caráter dinâmico da superfície, através de
processos como o tectonismo, o intemperismo, a erosão e muitos outros,
existe uma infinidade de tipos de rochas.
Dessa forma, foram elaborados vários tipos de classificação das rochas. A
forma mais conhecida concebe-as a partir de sua origem, isto é, a partir
do processo que resultou na formação dos seus diferentes tipos.
Nessa divisão, existem três tipos principais: as rochas ígneas ou
magmáticas, as rochas metamórficas e as rochas sedimentares.
1) Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas que se originam a partir da
solidificação do magma ou da lava vulcânica. Elas costumam apresentar uma maior
resistência e subtipos geologicamente recentes e de formações antigas. Elas dividem-
se em dois tipos:
1.1) Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas que surgem a partir do
resfriamento do magma expelido em forma de lava por vulcões, formando a rocha na
superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo a formação da rocha é rápida,
ela apresenta características diferentes das rochas intrusivas. Um exemplo é o
basalto.
1.2) Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior
da Terra, geralmente nas zonas de encontro entre a astenosfera e a litosfera, em um
processo constitutivo mais longo. Elas surgem na superfície somente através de
afloramentos, que se formam graças ao movimento das placas tectônicas, como
ocorre com a constituição das montanhas. Exemplo: gabro.
2) Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir
de outros tipos de rochas previamente existentes (rochas-
mãe) sem que essas se decomponham durante o processo,
que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha original é
transportada para outro ponto da litosfera que apresenta
temperatura e pressão diferentes do seu local de origem, ela
altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se
em rochas metamórficas. Exemplo: mármore.
3) Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo
de sedimentos, que são partículas de rochas. Uma rocha preexistente
sofre com as ações dos agentes externos ou exógenos de transformação
do relevo, desgastando-se e segmentando-se em inúmeras partículas
(meteorização); em seguida, esse material (pó, argila, etc.) é transportado
pela água e pelos ventos para outras áreas, onde se acumulam e, a uma
certa pressão, unem-se e solidificam-se novamente (diagênese),
formando novas rochas.
Esse tipo de constituição rochosa, em certos casos, favorece a
preservação de fósseis, que, por esse motivo, só podem ser encontrados
em rochas sedimentares. Além disso, nas chamadas bacias
sedimentares, é possível a existência de petróleo, recurso mineral muito
importante para a sociedade contemporânea. Exemplo: calcário.
O conceito de intemperismo – também chamado de meteorização –
refere-se ao conjunto de processos químicos, físicos e biológicos
responsável pela desagregação (quebra) ou decomposição das
rochas. É por intermédio do intemperismo que se formam os
sedimentos (partículas de rochas) e também os solos, que são
exatamente constituídos de rochas decompostas e desagregadas.
Já o conceito de erosão, por outro lado, designa o conjunto de etapas que reúne o
desgaste, o transporte e a deposição de material sedimentar, ou seja, de partículas de
rochas e de solos.
Em resumo, podemos dizer que a erosão é o processo de transporte das partículas de
rochas decompostas ou desagregadas pelo intemperismo. Trata-se de ocorrências,
portanto, interligadas e que atuam juntas na dinâmica de transformação do relevo.
Tanto o intemperismo quanto a erosão são participantes iniciais da formação de rochas
sedimentares, uma vez que os sedimentos gerados pelo intemperismo e transportados
pela erosão, após passarem por uma série de transformações, tornam-se rochas
sedimentares e bacias sedimentares.
Rocha sedimentar é um tipo de rocha constituída de sedimentos, que são as inúmeras partículas de rocha, lama,
matéria orgânica, podendo até mesmo possuir em sua composição restos corpóreos de vegetais e animais. Quando
toda esta matéria é transportada e acumulada em um determinado local, sofrendo ação da temperatura (frio ou calor),
ocorre o fenômeno da diagênese ou litificação, ou seja, a transformação de sedimento em rocha. Os locais mais comuns
para a ocorrência do processo são os lagos, baías, lagunas, estuários, deltas e fundo de oceanos. Não é por acaso que
esta espécie de rocha é prolífica na preservação de fósseis animais e vegetais, exatamente pelo fato de tais corpos
muitas vezes estarem envolvidos entre a matéria constitutiva de toda rocha sedimentar. Constituem tais rochas ainda
uma fina camada da crosta terrestre, representando cerca de 75% das rochas expostas à superfície. Rochas
sedimentares detríticas - predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultante do processo
conhecido como "meteorização" de outras rochas já existentes. As sedimentares detríticas apresentam-se de duas
formas, podendo ser: não consolidadas, como depósito de balastros, areias, siltes e argilas, e consolidadas, formadas
pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagênese. Rochas sedimentares quimiogênicas -
originárias do processo de precipitação de minerais em solução. Neste grupo temos o calcário, o gesso e o sal-gema.
Rochas sedimentares biogênicas - são rochas constituídas de sedimentos de origem biológica, resultado dos restos
físicos de seres vivos ou resultantes de sua atividade. Exemplos de rochas sedimentares biogênicas são o calcário e o
carvão. A importância econômica das rochas sedimentares deve ser destacada levando-se em conta a sua grande
utilização principalmente na área da construção civil. Isso sem mencionar que tais rochas são as fontes de petróleo e
hidrocarbonetos, de importância capital para a economia atual. Ainda é necessário destacar a já mencionada
importância de tais rochas nos estudos de paleontologia, pois são fontes riquíssimas de fósseis de antigos animais e
plantas.
O solo, mais do que simplesmente a camada superficial da Terra, é
conceituado como o substrato terrestre que contém matérias orgânicas
e é capaz de sustentar plantas e vegetais sobre si em um ambiente
aberto, sendo resultante do intemperismo e da decomposição das
rochas. É o material orgânico ou mineral inconsolidado na porção
superior da crosta terrestre que serve de base para todas as atividades
socioespaciais e naturais. A área do conhecimento que se preocupa em
estudar especificamente os solos é chamada de Pedologia.
Trata-se de um recurso renovável, ou seja, o solo é um elemento
natural que pode ser por diversas vezes utilizado pelo ser humano em
suas atividades produtivas, embora a má utilização e a não
conservação dos solos façam com que eles se tornem incultiváveis.
Para melhor compreender a sua estrutura, elaboraram-se os
conhecimentos a respeito dos horizontes do solo, assim nomeados: O, A,
B, C e rocha mãe. Confira o esquema a seguir:

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