A nomofobia é um termo originado da expressão “no mobile” – sem celular – e da palavra
grega “fobos” (medo), designando o medo de ficar sem celular ou desconectado. O quadro consiste em uma patologia já reconhecida por profissionais da psicologia; porém, ainda não incluso Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), devido ao repertorio de informações referentes a sua sintomatologia, mecanismos de ação e interpretações psicológicas ainda ser carente. Em decorrência deste fato, este trabalho, feito através de uma revisão bibliográfica em artigos, revistas, livros e bases de dados virtuais vem apresentar como a nomofobia ocorre a nível neuropsicológico, com o intuito de sanar parte da carência de dados existentes sobre este novo transtorno psicológico. A partir disso, o uso excessivo da internet está fortemente relacionado ao neurotransmissor dopamina, ligada a sensação de prazer, em razão de o meio virtual permitir facilmente a satisfação de necessidades como o suporte social, a realização sexual ou criação de uma identidade. A satisfação de tais necessidades causa uma liberação de dopamina no cérebro, como consequência, o cérebro do indivíduo cria uma conexão neural entre o ato de usar a internet e o prazer, a qual será convertida pelo hipocampo em uma memória de longo prazo devido seu caráter prazeroso. Esteve evento será a base para um progressivo vicio na internet, em via o indivíduo se tornar dependente do fluxo de dopamina liberado, de maneira a buscar repetir o comportamento associado com este. Ainda neste ponto, esta relação entre o comportamento de utilizar a internet e o prazer vivenciado, pois o constante estimulo desta conexão neural acarreta em uma ocorrência denominada “potencialização de longo prazo”, a qual fortalece a relação internet-prazer a cada novo reforço, com maiores chances de levar a efeitos deletérios a vida social e profissional do usuário. Em outras palavras, quanto mais a dependência se estende, maior se torna sua gravidade, com o sujeito tendo uma crescente necessidade de se manter conectado por um período mais longo e com maior frequência, a despeito de seu desejo de reduzir o uso. Dessa forma, a nomofobia apresenta uma etiologia similar a dependência por uso de substancia, devido à crescente necessidade de uso apesar dos prejuízos dele oriundos. Por fim, o quadro ainda requer a realização de estudos de campo para se melhor compreender a sua influência na vida dos indivíduos e a melhor forma de se controlar os sintomas. Palavras chave: Nomofobia; psicologia; neuropsicologia.