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téchne 134 maio 2008
www.revistatechne.com.br
apoio
IPT techne
Edição 134 ano 16 maio de 2008 R$ 23,00
COMO CONSTRUIR
Caixas de
gordura
Especializações ■ Construção metálica ■ Caixas de gordura ■ Instalações hidráulicas ■ Retrofit ■ Pára-raios ■ Steel frame
Mercado busca
especialistas
00134
9 770104 105000
SUMÁRIO
CAPA
46 Mercado de oportunidades
Escolas e consultores apontam as
especializações mais procuradas
pelas construtoras
60 INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS –
PINI 60 ANOS
Industrialização plástica
Novos materiais revolucionam os
sistemas de condução de água
quente e fria
64 ARTIGO
Quando construir em aço?
Consultor propõe avaliação de escolha do
sistema construtivo que aponta quando
o aço pode ser mais competitivo
78 COMO CONSTRUIR
Instalação de caixa de gordura
Fotos: Marcelo Scandaroli
pré-fabricada de ABS
Veja como instalar caixa de limpeza em
PVC para retenção de gordura
SEÇÕES
34 OBRA Editorial 2
Hotel na selva
Web 6
Steel frame viabiliza instalações
Cartas 8
provisórias da Petrobras em plena
Área Construída 10
selva amazônica
Índices 14
IPT Responde 16
38 RETROFIT Carreira 18
Da teoria à pratica
Melhores Práticas 22
24 Incorporadoras investem no segmento
de retrofit e já surgem cases de
Técnica e Ambiente
P&T
32
70
sucesso imobiliário
Obra Aberta 74
ENTREVISTA Agenda 76
Padrões de desempenho 54 PÁRA-RAIOS
Secretário-geral do CIB diz por que Descargas sob controle Capa
o conceito de desempenho está Confira os Sistemas de Proteção contra Layout: Lucia Lopes
modificando a construção em Descargas Atmosféricas mais Ilustração: Digitalife e Silvia Bukovac/
todo o Mundo empregados Shutterstock
1
editorial.qxd 6/5/2008 09:38 Page 2
EDITORIAL
Especialistas x Generalistas
VEJA EM AU
pocas de crescimento costumam criar vetores de transformação
É nos modos de produção. Por conseqüência, mudam também as
profissões. O processo de expansão vivido hoje pelo setor, em especial
na área imobiliária, tem acentuado algumas novas expectativas em
relação aos profissionais da construção civil. O que se exige do
engenheiro civil de hoje certamente é bastante distinto do que se
valorizava há 30 anos. Há quem aponte, com alguma razão, que
estamos dando cada vez mais importância à gestão e menos à Restauro da Faculdade de
Medicina de São Paulo
engenharia civil. Óbvio que, sem os conhecimentos elementares da
Raquel Rolnik
técnica, nenhum princípio de gestão tornará boa uma obra Escritório CoOperAtiva
malprojetada ou mal-executada. Mas também é verdade que, sem David Chipperfield
uma gestão adequada, obras não são entregues no prazo, não geram o VEJA EM CONSTRUÇÃO
retorno esperado e acabam prejudicando as empresas.A função MERCADO
primordial da engenharia está justamente nessa linha tênue entre
controle de custos, cumprimento de prazos e boa técnica. E como
ninguém é capaz de dominar todos os conhecimentos, é natural que
os profissionais acabem se especializando nas áreas mais diversas:
orçamento, planejamento, coordenação de projetos, estruturas,
fundações, fachadas, impermeabilização, sustentabilidade etc.
Embora os detratores da especialização levantem a voz, a realidade é
que o mundo caminha nessa direção. Não é predisposição ou
capricho de escolas – são nos canteiros e nos escritórios que batem as Corrida das imobiliárias
Entrevista com João
novas demandas. Possuir diferenciais de conhecimento e saber Fernandes, Cofix
aproveitar o novo ciclo de expansão do setor poderá impedir que Arco Metropolitano do Rio
Construção industrializada
engenheiros vocacionados tenham que bater à porta de bancos,
financeiras e seguradoras para ganhar a vida.Vale fazer, entretanto,
uma ressalva. Bons generalistas são como faróis do conhecimento.
Sugerem, ponderam e analisam o todo com propriedade. Exatamente
por isso serão sempre imprescindíveis. Infelizmente, restam poucos.
Paulo Kiss
´
techne
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Território dividido
Veja mais fotos do centro tecnológico e administrativo do grupo Mahle Brasil,
Fórum Téchne
implantado em área de preservação ambiental. Localizado na Serra dos Cristais, em O site da revista Téchne tem um
Jundiaí (SP), edifício convive com fauna silvestre e conta com arquitetura que favorece espaço dedicado ao debate técnico
o conforto térmico. e qualificado dos principais temas
da engenharia. Confira o tema
em andamento.
ÁREA CONSTRUÍDA
Empresa traz fôrmas tipo túnel de volta ao Brasil
Via Expressa será
Divulgação Sergus
ÁREA CONSTRUÍDA
ÍNDICES
Custos ficam Índice PINI de Custos de Edificações (SP)
Variação (%) em relação ao mesmo período do ano anterior
abaixo da inflação 35
IPCE materiais
Alta de abril em São Paulo fica abaixo da 30 IPCE global
alta do IGP-M IPCE mão-de-obra
25
m abril, o custo médio global do
E IPCE (Índice PINI de Custos de
Edificações) encerrou o mês com alta
20
Melhor areia
Para o uso como emboço, a areia deve
possuir quais características? É preciso
realizar ensaios de caracterização?
Armando Lemos Ueldi
Goiânia
Marcelo Scandaroli
areia, podem ser produzidas arga-
massas com grande variação no con-
sumo de aglomerante (por exemplo,
desde 300 kg/m3 até 450 kg/m3), po-
dendo-se daí inferir a grande influên-
cia da areia no consumo necessário com maior poder de assimilar defor- ser contrabalanceadas com o empre-
de aglomerante e, conseqüentemen- mações impostas etc. Mais decisiva go de aditivos plastificantes e incor-
te, na composição do custo da arga- que a própria granulometria, é a poradores de ar, o que muitas empre-
massa. Dos pontos de vista econômi- forma do grão. Grãos arredondados sas fabricantes de argamassa indus-
co e técnico, as melhores areias para apresentam menor atrito interno e trializada já vêm fazendo. O emprego
preparação de argamassa são as areias menor área específica que, por exem- dessas areias artificiais tornou-se
médias a grossas (módulo de finura plo, grãos achatados ou lamelares – quase que obrigatório nos grandes
entre 3 e 4, por exemplo), com distri- conseqüentemente, melhor trabalha- centros urbanos, onde as jazidas de
buições granulométricas contínuas bilidade com menor consumo de areias naturais foram praticamente
(grãos pequenos encaixam-se nos água e de aglomerante, potenciali- exauridas. Além das características
médios, que por sua vez encaixam-se zando-se ainda mais as vantagens acima, é importante que a areia não
nos graúdos etc.). Quanto maior o apresentadas no parágrafo anterior. apresente teores consideráveis de ma-
módulo de finura, menor a quantida- Areias naturais tendem a apresentar téria orgânica, argila, mica e outras
de de água necessária para lubrificá- grãos arredondados. Nas areias artifi- impurezas, recomendando-se sempre
los e menor a quantidade de pasta ne- ciais, obtidas a partir da britagem de a realização de ensaios de caracteriza-
cessária para revesti-los – conseqüen- rochas, os grãos geralmente são angu- ção e o atendimento da areia à norma
temente, menor consumo de aglome- losos, ásperos e lamelares, exigindo NBR 7211.
rante, menor custo, argamassa menos maior quantidade de água e de aglo- Ercio Thomaz
retrátil, menos fissuras, argamassa merantes. Tais desvantagens podem Cetac (Centro de Tecnologia do Ambiente Construído)
Marcelo Scandaroli
Assim sendo, as pinturas sintéticas Ercio Thomaz
devem possuir grande flexibilidade e Cetac-IPT (Centro de Tecnologia do Ambiente
impermeabilidade, com teor de resina Construído)
Trincas de alvenaria
Quais podem ser as causas de ração), cura adequada do concreto, Laje Trincas
trincas entre a alvenaria e a laje? cintamento/introdução de armaduras
É possível evitá-las? nas alvenarias, retardamento ao máxi-
Jorge Reski Santos mo do encunhamento de paredes etc.
São Paulo Relativamente às lajes de cobertura,
onde o problema se manifesta com in-
Tais patologias normalmente estão tensidade muito maior, alguns dos re-
associadas a movimentações das lajes, cursos que podem ser utilizados são:
desde a retração de secagem do con- sombreamento da laje/introdução
creto até as contrações e dilatações de telhado;
térmicas nas lajes de cobertura. Flexi- utilização de telhas-sanduíche, com
bilidade de lajes pode provocar fissu- recheio isolante térmico;
ras em alvenarias estruturais que lhes pintura da face superior das telhas reforço/entelamento do revestimento
sirvam de apoio. Retração de seca- com tinta branca ou reflexiva; da parede no encontro entre a alvenaria
gem/encunhamento precoce de alve- emprego de subcobertura que impe- e a viga superior;
narias também podem causar fissuras ça ou minimize o calor irradiado a par- criação de friso, rebaixo ou junta fle-
ou destacamentos. Para evitar o pro- tir da face inferior das telhas; xível no mesmo encontro;
blema há uma série de recursos rela- ventilação do ático; no caso de alvenaria estrutural, cria-
cionados ao projeto e aos processos subdivisão da laje de cobertura com ção de apoio deslizante entre a laje de
construtivos, ou seja: adequado di- diversas juntas de dilatação; cobertura e a alvenaria.
mensionamento estrutural da laje (ri- aplicação de camada de isolação tér- Ercio Thomaz
gidez e armaduras de combate à fissu- mica sobre a laje; Cetac-IPT (Centro de Tecnologia do Ambiente Construído)
17
carreira.qxd 6/5/2008 10:48 Page 18
CARREIRA
Paulo Andrade
Apaixonado pelas estruturas metálicas desde o início de sua
produção no Brasil, engenheiro militou pela divulgação da
tecnologia no setor da Construção brasileiro
CARREIRA
conjunto aproximou Andrade e a trabalhos free lance, alguns dos seus ras metálicas. "As encomendas tota-
então estatal, que o convidou para mais de 100 alunos do Mackenzie. lizavam 2,5 mil t. Todo mundo fez
montar um escritório técnico-co- Em 1958,saiu da CSN e fundou,em festa, menos eu", recorda-se Andra-
mercial para a comercialização das sociedade com um amigo, a própria fá- de. "Todos estavam com a corda no
estruturas metálicas que a empresa brica de estruturas metálicas, a Andra- pescoço, nas concorrências jogaram
fabricava. "Na época, meu trabalho se tell. Dois anos depois, seu amigo seguiu os preços lá em baixo. Seria necessá-
chamava Engenharia de Ligação, pois outro rumo profissional e deixou a em- ria uma grande eficiência na produ-
eu fazia a ligação entre o cliente, o presa nas mãos de Paulo Andrade. A fá- ção." O que Andrade mais temia,
projeto e a fábrica", explica. brica cresceu e se mudou de um peque- aconteceu: até outubro daquele ano,
Sua nova empregadora o enviou no galpão alugado em Santo Amaro a empresa havia conseguido produ-
para os Estados Unidos, para estagiar para um terreno de 500 m² em São Ber- zir apenas 50 t. A Andratell era "en-
por cinco meses em várias obras e co- nardo do Campo, no ABC paulista. golida" pela mesma onda que levou
nhecer a construção metálica norte- Em 1974, querendo aproximar muitas empresas do setor.
americana. Ao voltar, participou de as empresas que produziam estru- Desde então, até meados da déca-
diversas obras com a tecnologia, que turas metálicas, a Andratell fundou, da de 1990, a construção metálica su-
engatinhava no País. Palácio do Co- com outras fábricas do setor, a cateou-se, na opinião de Andrade.
mércio, em São Paulo; Edifício Gale- Abcem. Esse também foi o período Mas ele esteve firme ao lado “dela”, na
ria Central, Montepio dos Funcioná- áureo da Andratell, que, entre ou- alegria e na tristeza, e montou um es-
rios da Prefeitura do Rio, Edifício- tros, forneceu perfis metálicos para critório de projetos em estrutura me-
garagem no Jóquei Clube, no Rio de as obras da Rodovia Transamazôni- tálica, que mantém até hoje em São
Janeiro; Edifício Santa Cruz, em ca ("algumas peças eram lançadas Paulo. Nos últimos anos, Andrade
Porto Alegre. Este último, aliás, exi- de pára-quedas", recorda-se) e, em acredita que o setor saiu da UTI e co-
giu uma solução criativa para ser função de uma parceria com a cons- meça a se recuperar. No entanto, faz
projetado: com seus empregados trutora Andrade Gutierrez, chegou um alerta aos construtores: "atual-
todos focados nas obras de expansão a exportar peças para Bolívia, Ango- mente, apenas em São Paulo, há 650
em Volta Redonda (RJ), a CSN não la e Costa do Marfim. empresas atuando no setor da cons-
tinha desenhistas para produzir as Depois do bom momento, po- trução metálica. Muitas delas são pe-
mais de 500 folhas do projeto do edi- rém, vieram os problemas da Andra- quenas e médias empresas completa-
fício. Andrade pediu o apoio do tell. No início de 1984, a empresa mente despreparadas, que cometem
então presidente da estatal e montou havia fechado quatro grandes con- verdadeiras aberrações".
um escritório que contratava, para tratos para fornecimento de estrutu- Renato Faria
MELHORES PRÁTICAS
Corpos-de-prova
Coleta, transporte e armazenamento dos corpos-de-prova de
concreto exigem cuidados simples, mas essenciais para estimar
o desempenho do concreto aplicado em obra
Moldagem e Armazenagem
identificação em obra
Após descarregar 0,5 m3 do concreto do Após a moldagem, os corpos-de-
caminhão-betoneira, coletar uma amostra prova permanecem por 24 horas
de aproximadamente 30 l. Desse volume no canteiro, preferencialmente em
serão retirados os CPs (corpos-de-prova) local coberto, plano e isento de
para ensaio. De acordo com a NBR vibrações. Esses procedimentos
7212/84 – Execução de Concreto Dosado visam garantir a integridade dos
em Central, no mínimo dois exemplares CPs durante a cura inicial,
de CPs devem ser recolhidos a cada 50 m3 fundamental para estimar
de concreto. Para CPs com 10 cm de fielmente o desempenho do
diâmetro a moldagem deve ser feita em concreto aplicado em obra.
duas camadas de 12 golpes cada. O corpo-
de-prova deve ser então identificado com
uma etiqueta para facilitar localização e
rastreamento dos dados.
Fotos: Marcelo Scandaroli
Coleta
No dia seguinte à moldagem, os excessivas e choques entre as
CPs são coletados já endurecidos. amostras. Para tanto, pode
Devem ser transportados dentro contar com separações ou areia
das fôrmas, evitando vibrações para isolá-los.
Preparo para
ruptura
No dia do rompimento os corpos-de-
prova recebem acabamento. Para
uniformizar as superfícies planas dos
cilindros, estas são retificadas ou
Recebimento no laboratório capeadas. Dessa forma, recebem
uma camada de pasta de enxofre.
Ao receber os CPs, os técnicos do recebidos fora de prazo. Também é
Outros materiais têm surgido, mas o
laboratório realizam a desenforma e nesse momento que o técnico avalia a
enxofre ainda é o mais comum.
fazem uma análise visual do corpo-de- data do rompimento. Quando houver
prova. Descartam aqueles que quatro CPs moldados, os com melhor
apresentam bicheiras, moldagem apresentação são rompidos aos 28 dias,
insatisfatória ou que tenham sido os outros dois aos sete dias de idade.
Cura
Em ambiente plano e isento de em câmara úmida – normalmente
trepidações e vibrações, os corpos-de- presente em centrais de concreto com
prova aguardam a data do rompimento. grande volume de produção – ou por
A cura, promovida desde a desenforma imersão em tanques de água saturada
até o momento do ensaio, pode ocorrer com hidróxido de cálcio.
23
entrevista.qxd 6/5/2008 09:55 Page 24
ENTREVISTA
Padrões de desempenho
Para engenheiro, construção baseada em desempenho torna relação
entre cliente e construtor mais transparente. Além disso, torna
requisitos de sustentabilidade mais precisos
Marcelo Scandaroli
WIM BAKENS
Formou-se no curso de Engenharia
Arquitetônica da Universidade de
Tecnologia de Eindhoven, na
Holanda, em 1975. Na mesma
instituição, concluiu seu Doutorado
em 1992, com um trabalho sobre "O
Futuro da Construção". Depois de
trabalhar durante sete anos no
Ministério da Habitação holandês,
passou a coordenar pesquisas e
sistemas regulatórios no segmento
da construção. Na Bakkenist
Management Consultants – uma das
maiores empresas de consultoria do
ovidade no Brasil, o conceito de segundo Bakens,estimula a criatividade
país, da qual foi consultor sênior e
depois sócio –, coordenou um grupo
de consultores especialistas no setor
N desempenho vem ganhando força
no mercado europeu da Construção.
do projetista e o incentiva a desenvolver
novas soluções tecnológicas."Ele é obri-
da indústria da construção. Desde Segundo o secretário-geral do CIB (em gado a pensar, porque tem diversas op-
1994, é secretário-geral do CIB português, Conselho Internacional ções disponíveis",acredita. O engenhei-
(International Council for Research para a Pesquisa e Inovação na Constru- ro defende o papel do Poder Público
and Innovation in Building and ção), Wim Bakens, isso é resultado do no processo de industrialização da
Construction). crescimento da demanda por qualidade construção. Na Holanda, exemplifica,
entre os consumidores de imóveis no duas décadas depois da Segunda Guer-
continente. Além disso, acredita, é um ra Mundial, o governo estimulou a in-
instrumento que proporciona maior dustrialização do setor por meio de
transparência nas relações comerciais uma troca com os construtores do seg-
entre cliente e construtor. Projetar mento residencial: se essas empresas
tendo em mente o conceito de desem- passassem a utilizar sistemas indus-
penho não é tarefa fácil. Exige dedica- trializados, o governo lhes garantiria
ção e treinamento técnico. É verdade novas obras para os anos seguintes. Em
que novas tecnologias da informática, sua opinião, o setor da construção bra-
como alguns softwares de checagem de sileiro deveria reivindicar o mesmo. "O
projetos, vêm sendo desenvolvidas para segmento da construção também deve
auxiliar esses profissionais a superar os fazer sua parte, forçando a criação de
desafios técnicos. Por outro lado, a regulamentações, reivindicando subsí-
construção baseada em desempenho, dios", conclui.
ENTREVISTA
ENTREVISTA
ENTREVISTA
Se você tem um projeto tradicional, mais se interessará por isso, pois todos
tão detalhado que mostra não ape- “Incluir a terão muito trabalho, estarão lucran-
nas a aparência da construção, mas do muito. Agora é o momento para
também os materiais e sistemas que
adaptabilidade implementar esse tipo de mudanças.
devem ser utilizados, o construtor como um princípio
acaba não pensando nas opções Quais foram as dificuldades
possíveis de soluções tecnológicas
nas construções é enfrentadas na Europa à época do
para aquela obra. Ele constrói exa- imprescindível. Elas lançamento das primeiras normas de
tamente como foi determinado. Na desempenho?
construção baseada em desempe-
existirão por mais de Não basta simplesmente publicar
nho, ele é obrigado a pensar, por- 100 anos e terão, uma norma e dizer "agora todos
que ele tem diversas opções dispo- vocês deverão segui-la". É preciso
níveis e pode desenvolver soluções
nesse período, pelo muito treinamento, dos engenhei-
inovadoras. Um problema que menos cinco tipos ros de obra, dos projetistas. É preci-
pode surgir é que, algumas vezes, so treinar os arquitetos, pois cada
ele vai precisar provar que determi-
de utilização tipo de edifício tem uma norma de
nada solução ou tecnologia está diferentes” desempenho correspondente. O
adequada aos requisitos. Nesse ca- profissional terá de mudar sua
so, ele deverá procurar um labora- forma de projetar. Há outra ques-
tório, realizar ensaios, verificar a Essa industrialização aconteceu tão importante aqui: a capacidade
eficiência do sistema construtivo e, sob certo protecionismo. Ela de fiscalização do governo. No Bra-
finalmente, apresentar ao cliente pode ocorrer em um sistema de sil e em vários outros países, pode
um laudo que atesta o desempenho livre iniciativa? haver normas descrevendo as ne-
da solução adotada. A industrialização na Construção é cessidades mínimas, mas, se nin-
quase impossível em um mercado guém as fiscaliza, elas acabam se
Qual o caminho seguido pelos países livre. Porque o risco fica todo por tornando inúteis. Estive há cinco
desenvolvidos para industrializar o conta dos construtores. Em alguns anos em São Paulo e um colega me
setor da construção? casos, isso pode acontecer. Veja o disse que 70% das habitações da ci-
Na Holanda, nós temos um sistema exemplo de algumas grandes em- dade são construídas pelos pró-
no qual casas são construídas por presas de construção japonesas, que prios moradores, sem normas, sem
empresas públicas de construção. investiram bilhões de dólares em controle algum. Isso nunca aconte-
Elas detêm a propriedade dos imó- tecnologias construtivas industriali- ceria na Europa. Há uma necessida-
veis e os alugam para os interessados. zadas. Elas supõem que vão cons- de de reforçar os sistemas de fiscali-
No passado, mais de 90% do merca- truir cinco, seis grandes edifícios de zação existentes.
do de construção residencial tinha a escritórios semelhantes no Japão e
participação dessas empresas, que no Sudeste Asiático e desenvolvem É possível garantir qualidade mínima
eram reguladas pelo governo. O estí- sistemas construtivos rápidos para às casas autoconstruídas?
mulo ao uso de sistemas industriali- executá-los de forma seriada. Mas é Já que essas pessoas irão construir
zados vinha da agência governamen- um risco assumido pelo mercado. suas próprias casas não importa o
tal, que assegurava novas obras a Investe-se em um produto se há a que se faça, que seja dado a elas um
essas construtoras caso passassem a certeza de que ele será usado tão re- treinamento básico, com conceitos
utilizar essas soluções. Surgia um petidamente que possibilitará gera- simples sobre tecnologias construti-
mercado grande e promissor, que ção de lucro. vas, questões básicas de segurança na
atraiu as empresas de construção. construção. Em cursos rápidos, ofe-
Garantia-se a elas que, nos anos se- Como fazer isso acontecer no Brasil? recidos pelo governo, mesmo. Às
guintes, haveria obras suficientes É fácil dizer que existe uma responsa- vezes encontramos verdadeiros ab-
para viabilizar o uso das novas tec- bilidade do governo nisso. Mas o seg- surdos nessas casas autoconstruídas,
nologias. No entanto, trata-se de mento da construção também deve temos certeza de que as estruturas
um mercado protegido. Duas ou fazer sua parte, forçando a criação de podem ruir a qualquer momento. É
três décadas depois da Segunda regulamentações, reivindicando sub- preciso oferecer-lhes, também, infra-
Guerra Mundial, os governos esti- sídios, uma política efetiva [de indus- estrutura básica, como água encana-
mularam a industrialização, investi- trialização do setor]. E, se há um mo- da, tratamento de esgoto, energia
ram em pesquisa e desenvolvimen- mento ideal para que isso ocorra, é elétrica. Há inúmeros casos seme-
to. E tinham que fazê-lo, porque as agora, que o mercado brasileiro da lhantes que deram certo, na Vene-
empresas não possuíam condições Construção está vivenciando um zuela, no México.
de assumir essa responsabilidade. boom. Daqui a dois anos ninguém Renato Faria
TÉCNICA E AMBIENTE
De acordo com os preceitos da ISO
14001 (norma que define os requisitos
para estabelecer e operar um sistema
de gestão ambiental), a Racional adota
materiais recicláveis ou reciclados para
montagem do canteiro. Caso, por
exemplo, do uso de painéis de madeira
e telhas de cimento recicladas sem
amianto e das telhas translúcidas para
minimizar o consumo elétrico. "O
custo de montagem de canteiros é até
menor por usar material reciclado",
afirma Wilson Pompílio, diretor-exe-
cutivo da construtora. Além disso, os
Divulgação Mahle
quises conta com telhas zipadas ou tra- quiteto Ricardo Loeb, deixou os taludes mentos pré-moldados devido à raciona-
pezoidais.Além do efeito arquitetônico, aparentes em locais como restaurante, lização e ao menor impacto ambiental
os espelhos aumentam a inércia das recepção e biblioteca para criar um efei- proporcionado pelo uso de fôrmas me-
lajes e diminuem os efeitos da carga tér- to visual diferenciado. A preocupação tálicas. "Adotamos pré-moldados por
mica decorrente da insolação. Como com os taludes se deu já no início da questões logísticas e de melhor execu-
conseqüência direta, há o incremento obra, com a construção dos acessos ao ção",aponta o gestor de contratos da Ra-
no conforto ambiental dentro da edifi- canteiro. Embora com custo mais ele- cional, engenheiro Waldemar Marotta.
cação e a redução no consumo de ar- vado, uma das vias de acesso foi execu- O projeto de distribuição elétrica
condicionado. A impermeabilização tada com gabiões para diminuir o pé do dentro do empreendimento também
dessas lajes foi feita com manta dupla e, talude e evitar invasão à APP. levou em conta a otimização no uso de
devido à minimização da oscilação tér- A estrutura foi executada com ele- energia elétrica. Previu a instalação de
mica, demanda menos manutenção ao mentos pré-moldados e moldados in subestações separadas e com divisões
longo dos anos. loco, a depender da solicitação e da pe- de acordo com os usos. Dessa maneira,
A implantação do edifício no terre- culiaridade do local. Em alguns pontos foi possível receber a energia da con-
no íngreme propiciou, além da criação adotou-se a execução de vigas pré-mol- cessionária em média tensão e redis-
dos espelhos d'água e de melhor apro- dadas em canteiro, pois a inclinação do tribuí-la internamente. Essa estratégia
veitamento da iluminação natural,a in- terreno impediria a chegada de peças acarretou menor perda de carga ao
corporação do talude à construção e, pré-moldadas com 16 m de compri- longo do deslocamento.
logo,sua proteção.A arquitetura,do ar- mento. A empresa prioriza o uso de ele- Bruno Loturco
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OBRA
Divulgação Petrobras
Hotel na selva
Construção industrializada e seca confere o controle de impacto ambiental
necessário a projeto de complexo hoteleiro em Coari, na selva amazônica
Logística sofisticada
Com os materiais trazidos principalmente estava sendo construído o alojamento, o tanto sob o aspecto ambiental, quanto
de São Paulo – perfis estruturais, painéis transporte era terrestre até o alojamento. financeiro (custo de frete).
de vedação externa e interna, O tempo necessário para todo o trajeto, Nesse quesito, a maior precisão
acabamentos etc. – a logística da saída do material das fábricas em São dimensional característica das soluções
representou uma etapa crucial para o Paulo até a chegada na obra, era de industrializadas, ajudou. "Temos como
sucesso da empreitada na Amazônia. aproximadamente dois meses. prever quantos metros de aço serão
Após meses de planejamento rigoroso, Um desafio, portanto, era garantir que usados, quantas placas cimentícias
foram transportados de navio 53 esse material estivesse na obra no precisaremos para o fechamento etc.",
contêineres com materiais e insumos de momento e na quantidade certa. Embora diz Alexandre Mariutti. Para eventuais
São Paulo até Manaus. A partir da capital não houvesse como fazer a reposição de perdas, como as provocadas por erros de
amazonense, os contêineres seguiam de materiais na obra com agilidade, insumos corte na obra, a construtora trabalhou
balsa, por 15 dias, até finalmente chegar em excesso deveriam ser evitados sob o com uma margem de folga de pouco
ao rio Urucu. Desse ponto até o local onde risco de comprometer o empreendimento mais de 3%.
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OBRA
2
Fotos: divulgação Sequência
1 3
4 5
1 Terraplanagem e fundação reduzir as transmissões de calor. fechamento interno foi feito com
Embora fosse tecnicamente simples, a A grande exposição à umidade do drywall. Para garantia da salubridade
execução do radier de fundação local exigiu que o aço empregado do ambiente interno, a temperatura
acabou se mostrando uma operação recebesse tratamentos como a nas edificações não poderia variar
complicada. Isso principalmente em galvanização (imersão em banho de mais do que 8°C em relação à
função da grande quantidade de zinco) para evitar corrosão. temperatura externa. Para atender
concreto e agregados que precisou ser essa exigência, além da implantação
deslocada até o local. A necessidade de 3 Instalações hidráulicas e elétricas de um sistema de ar-condicionado
monitorar os impactos ambientais da A racionalização de materiais e a central, nas paredes, foram inseridas
construção levou à inspeção de todos preocupação em prover facilidade de lã de vidro a fim de manter baixa
os equipamentos utilizados. Diante de acesso às instalações, no caso de condutibilidade térmica.
uma betoneira com vazamento de eventual reparo, levaram à
óleo, por exemplo, a determinação era especificação de tubulação de 5 Acabamentos
a de parar tudo. polietileno reticulado flexível (PEX) e Internamente foram empregados
distribuição por shafts. revestimento laminado nas paredes e
2 Estrutura e cobertura placas de “Courodur” e granito (áreas
Depois de uma longa viagem, os perfis 4 Vedação externa e interna frias). A compatibilização entre
leves de aço chegaram ao canteiro Sistemas de construção seca foram projeto estrutural e de interiores
prontos para a montagem. Os perfis privilegiados. Para os fechamentos permitiu que alguns itens do
foram fixados diretamente sobre o externos chapas cimentícias, com 10 mobiliário, como a cama dos
radier. A cobertura foi executada com mm de espessura, 100% recicláveis e alojamentos, por exemplo, fossem
telhas de aço com recheio de EPS para resistentes à umidade. Já o embutidos nas paredes.
RETROFIT
Da teoria à prática
Mercado de requalificação tecnológica de edifícios estimula
inovações em prol da sustentabilidade
Marcelo Scandaroli
á é um consenso entre especialistas
J que o retrofit ou reconversão de
um edifício (ou área urbana) é, antes
de tudo, uma requalificação tecnoló-
gica. Em geral, o que se faz é reconfi-
gurar e otimizar espaços, melhorar
sua eficiência energética e, em conse-
qüência, aumentar seu valor agrega-
do. Segundo a arquiteta doutora Ro-
berta Consentino Kronka Müilfarth,
do Labaut (Laboratório de Conforto
Ambiental e Eficiência Energética da
Universidade de São Paulo), essa re-
qualificação pressupõe tornar o edifí-
cio mais "sustentável", pois ataca-se o
problema do consumo exagerado de
água e energia, apostando na ventila-
ção natural do edifício, reúso de água,
uso de água de chuva e outras alterna-
tivas. "É uma prática arquitetônica
dentro do desenvolvimento sustentá-
vel", acredita Roberta (quadro 1).
Um edifício pode ser readequado
para o mesmo uso ou adaptado para
usos diferentes. Já o retrofit urbano
transforma áreas obsoletas e até com
problemas sociais em áreas economi-
camente e socialmente ativas, onde a
degradação e violência dão lugar à re-
novação urbana e maiores consciên-
cia e cuidado com o meio. "Na Euro-
pa é muito comum a requalificação
urbana onde até bairros inteiros são
transformados, em oposição à expan-
Heiner Leiska
Markus Bredt
O Estádio Olímpico de Berlim
ganhou cobertura e, debaixo das
arquibancadas, modernos
espaços de laser e compras
são urbana", explica Roberta. De partido de equipamentos existentes e "Pode-se, por exemplo, instalar piso ra-
acordo com a pesquisadora, a expan- reconecta o tecido urbano truncado diante gelado em edifícios com pé-di-
são urbana é cara pois implica alterar de áreas subutilizadas da cidade. reito pequeno, como alternativa ao sis-
a infra-estrutura básica e de transpor- Os avanços tecnológicos têm per- tema de ar-condicionado pelo forro",
tes (greenfields), enquanto que o rea- mitido que construções antigas consi- diz Roberta. A inserção de brises, alte-
proveitamento de áreas degradadas gam se adaptar a novas necessidades ração nos tipos de vidros e esquadrias,
ou subutilizadas (brownfields) tira mesmo com restrições construtivas. mudanças nos revestimentos externos
Quadro 1 – ANÁLISE DOS IMPACTOS GERADOS PELA DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO NOVO E PELO RETROFIT
DE UM ANTIGO
Etapa Subprodutos gerados Impactos causados
Demolição e construção
de novo edifício
Etapa de demolição Construção: entulho Poluições sonora, atmosférica
dos elementos (partículas em suspensão), biosfera, outros
componentes do edifício Transporte do entulho: emissões gasosas Redução de recursos naturais não renováveis,
poluição atmosférica, entre outros
Preparação para reciclagem ou reutilização: Poluições sonora, atmosférica e da biosfera.
emissão de efluentes líquidos e geração Poluição do ar, água e terra por
de resíduos sólidos metais pesados
Produção dos materiais de Fabricação: Resíduos sólidos, emissões Redução de recursos naturais não
construção a serem novamente gasosas e de efluentes líquidos resultantes renováveis, poluição atmosférica, biosfera,
incorporados ao edifício dos processos de fabricação poluição dos recursos hídricos
e descargas tóxicas
Distribuição, armazenamento e transporte Redução de recursos naturais não
na obra: poluição atmosférica por renováveis, poluição atmosférica,
emissões gasosas biosfera, outros
Retrofit
Recuperação, manutenção e Readequação do edifício: entulho Poluições sonora, atmosférica e da biosfera.
restauração do meio edificado Poluição do ar, água e terra por metais pesados
Fase de funcionamento Funcionamento e manutenção do edifício: Redução de recursos naturais não renováveis,
emissão de efluentes e resíduos poluição atmosférica, biosfera, poluição dos
sólidos domésticos, emissões gasosas recursos hídricos
e alto consumo hídrico e energético
Etapa de demolição do edifício Mesmos produtos gerados na etapa Mesmos impactos ocorridos na etapa de
de demolição descrita acima demolição dos componentes do edifício
Fonte: Marília Sayuri Chino, adaptado pela Téchne
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RETROFIT
eletromecânicas (elevadores),
hidrossanitárias e de telefonia
encontram-se defasadas em relação às
tecnologias atuais. Não há sistema de
condicionamento de ar central, sendo
que os aparelhos de ar-condicionado
individuais são instalados nas janelas.
Também não há sistemas de
cabeamento e automação predial.
A avaliação técnico-funcional estudou os
espaços propostos pelo projeto de
arquitetura e mostrou que o pé-direito
útil nos escritórios, de apenas 2,50 m,
dificulta a implantação de um sistema
de condicionamento de ar central, com
difusores no teto. Além disso, o edifício
não é adequado ao uso para deficientes
físicos, inclusive os sanitários.
A carga térmica produzida pelos janelas no período noturno. O layout
Solução equipamentos também foi reduzida interno do escritório também sofreu
Um estudo apurado serviu de base para devido à alteração do sistema de alterações devido à necessidade de uma
simulações computacionais de conforto iluminação artificial. A troca da caixilharia área para a casa de máquinas, que
térmico, luminoso e acústico, por meio foi recomendada, junto com a escolha de deveria estar localizada em um ponto
de softwares específicos, além do outros vidros com melhor desempenho central do escritório. Como o pé-direito
levantamento do consumo energético de acústico, mantendo-se o mesmo modelo reduzido impedia a instalação de
todos os equipamentos comuns. Também de dois panos projetantes. O vidro difusores de ar sob o forro foi escolhido
foram realizados estudos do clima e laminado proposto possui uma camada o sistema de insuflamento por meio de
insolação em cada fachada. O resultado de vidro de 1/8", uma película de PVB de um piso elevado monolítico, com altura
de todas as análises levou a arquiteta 0,030" e outra camada de vidro de 1/8". de 15,5 cm (acabado), que tira partido
Viviane a propor a inserção de brises, O nível de ruído resultante é de 40 dB(A), de uma menor vazão de insuflamento e
lightshelves e chapas metálicas para dentro dos limites estabelecidos pela da redução da dimensão dos
impedir a radiação solar direta na Norma Brasileira (NBR 10152). Para equipamentos e casa de máquinas.
superfície opaca da fachada. A estrutura otimizar a perda de calor do interior dos O sistema também favorece o uso de
compõe-se de perfis metálicos verticais e ambientes, Viviane recomendou a ciclo economizador, resultando em
horizontais, além dos contraventamentos. abertura dos panos superiores das menor consumo de energia.
Claudio Manzoni
e internos, instalação de novos sistemas tentabilidade", esclarece Roberta. os sistemas dentro de um mesmo espa-
elétricos, hidráulicos e de ar-condi- "Antes de reciclar existe o conceito de ço, é possível revalorizar a construção
cionado, adequação à acessibilidade, reutilizar", conclui. A reutilização inserindo novos espaços, caso dos edi-
todas as melhorias que garantam me- exige a definição de sistemas constru- fícios chamados simbióticos, ou seja,
lhores usos e aproveitamento do po- tivos mais industrializados e secos construídos a partir do aproveitamento
tencial construtivo são ações de retrofit. como lajes moduladas, divisórias des- da estrutura de outros mais antigos, de
Projetar um edifício já pensando montáveis, sistemas elétricos e hi- maneira a complementar usos e agre-
em seu possível reúso é um conceito dráulicos de fácil acesso e reparo, gar novos valores. De acordo com a ar-
estranho à grande maioria dos arqui- entre outros. Em muitos países euro- quiteta doutora e também pesquisado-
tetos brasileiros. A idéia implica defi- peus, principalmente na Holanda, as ra do Labaut, Denise Helena Silva
nir sistemas construtivos que permi- lojas de materiais de construção não Duarte,essas construções eram chama-
tam desmontagem, e não demolição. comercializam produtos novos, mas das de parasitas, "Parasite Buildings",
"Na Europa, o termo reciclagem é o usados, tirados de outras edificações. mas como o nome remete a algo nega-
último empregado na cadeia da sus- Além de requalificar a estrutura e tivo e restritivo, os especialistas têm
Retrofit de fachadas
Além da valorização do imóvel, o retrofit dilatação e movimentação e argamassa de mais adequado das juntas. O serviço
das fachadas diminui gastos com a emboço esfarelada. Junta-se a isso a começa pela remoção completa do
manutenção, aumenta a durabilidade da deterioração da tubulação externa de revestimento cerâmico, da argamassa de
envoltória e os cuidados que cada esgoto e gás. O projeto de melhoria base e dos caixilhos, substituídos por novos
condômino dispensa ao edifício. De acordo propôs soluções para cada um dos caixilhos de alumínio com pintura
com o engenheiro Paulo Maccaferri, da problemas com o desenvolvimento de um eletrostática branca e pingadeiras.
Adapt Tecnologia e Engenharia, empresa projeto executivo de revestimento de Tubulações de esgoto e gás novas passam
responsável por projetos de requalificação fachada que define um posicionamento a ser embutidas na argamassa.
de fachadas, a modernização das fachadas
Fotos divulgação Adapt
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RETROFIT
Arquivo histórico
Brett Boardman
Antes uma igreja agora um edifício de apartamentos, a Scotts Church é um exemplo de construção simbiótica
preferido chamar esses "anexos" como sempre respeitando o edifício existente Chino, que desenvolveu uma tese de
edifícios simbióticos, conceito que re- e o entorno", explica Denise. No entan- graduação sobre retrofit, a possibilida-
mete a uma interdependência positiva to, os edifícios simbióticos devem pri- de de obtenção de valores aceitáveis
a ambos. "Já foram feitos todos os tipos mordialmente possuir estruturas leves para o investimento requer um estudo
de estruturas simbióticas, desde uma e de construção rápida, tendo em vista de viabilidade econômica que não se
caixa pendurada do lado de fora de um o sobrepeso estrutural do novo conjun- encontra na mera análise por parâme-
prédio até a construção de andares in- to, além de preverem rotas de fugas fa- tros convencionais. Uma simples aná-
teiros novos sobre a cobertura de um cilitadas e atenderem a todas as normas lise de custos poderá negligenciar tanto
edifício antigo", conta Denise. A cons- de desempenho. "Adicionar uma nova valores mensuráveis, como a valoriza-
trução nas coberturas garante um piso 'camada' de uso pode trazer vida à ção do imóvel e melhoria da eficiência
elevado que pode abrigar diferentes construção e fazer a cidade contempo- energética, quanto intangíveis, como a
funções necessárias à cidade, que não rânea respirar, não só para habitação, preservação da memória, melhoria
têm espaços disponíveis no solo, além como para outras funções", conclui. dos padrões de segurança e conforto.
de constituir um espaço valorizado nas Seja qual for a estratégia de projeto Diferentemente, mensurar o re-
cidades adensadas. "Essas construções para reabilitação de edifícios ela deve torno de investimentos em eficiência
podem ainda testar novos conceitos, considerar as exigências dos usuários energética é mais fácil. Já existem
quanto ao clima e o desempenho do hoje, mesmo no Brasil, as chamadas
edifício ao longo do ano, deve analisar Energy Savings Companies, empresas
Celso Brando
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CAPA
Mercado de oportunidades
Aquecimento do setor gera oportunidades para engenheiros civis
especializados. Confira as principais necessidades das empresas
Marcelo Scandaroli
Alunos em aula de curso de pós-graduação oferecido pelo Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP
oi-se o tempo das vacas magras no mento da Construção gera tanta de- nação de obras, entre outros. E, com
F mercado de trabalho dos enge-
nheiros civis.Se na "década perdida" de
manda por profissionais qualificados
que os alunos já são contratados antes
falta de "material humano" de qualida-
de no mercado, as empresas estão
1980 a oferta de vagas era tão baixa que mesmo de se formar. No entanto, mais apostando cada vez mais na formação
os recém-formados preferiam migrar do que engenheiros "genéricos", as em- de seus próprios quadros internos.
para o setor financeiro, onde eram presas precisam de especialistas – em O setor está crescendo e deve con-
mais bem remunerados, hoje o aqueci- gestão, produção, orçamento, coorde- tinuar assim nos próximos anos. In-
Marcelo Scandaroli
vez mais o planejamento deverá ser
elaborado como visão da empresa e
não por cada gestão de obra", afirma o
diretor técnico e de obras da Goldzs-
tein Cyrela, Rogério Raabe. Para o Logística: o engenheiro é responsável por otimizar a organização espacial do
vice-presidente do SindusCon-SP canteiro e racionalizar o transporte na obra. Com isso, é possível reduzir perdas de
(Sindicado da Indústria da Constru- materiais e aumentar a produtividade na execução dos sistemas
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CAPA
Marcelo Scandaroli
Marcelo Scandaroli
Acervo pessoal
"O coordenador de projetos é o "Na área técnica, precisaremos de "Nós precisamos de profissionais não
profissional que recebe todas as pastas de especialistas em planejamento e muito fáceis de encontrar no mercado.
projetos de um empreendimento e faz orçamento, além de gestores da O orçamentista que buscamos é mais
com que ele aconteça. Ele deve ser hábil produção. Esses profissionais precisam ter evoluído do que aquele comumente
nas relações interpessoais, ter liderança, visão estratégica, conhecimento de obras encontrado em outras empresas. Além da
dominar questões gerenciais – como e em Tecnologia da Informação e, acima busca pela redução de custos, ele deve
planejamento e administração de receitas de tudo, bom relacionamento conhecer e estudar a viabilidade de
e despesas da obra –, conhecer as interpessoal. Cursos sobre liderança e tecnologias alternativas. É um engenheiro
tecnologias usadas pela empresa e os administração do tempo, por exemplo, capaz de intervir na escolha de uma
materiais disponíveis no mercado." são extremamente importantes." solução construtiva."
Paulo Sanchez, diretor presidente da Carlos Alberto Borges, diretor técnico Cláudio Sayeg, diretor de engenharia da
Sinco Engenharia da Construtora Tarjab CCDI
ção Civil do Estado de São Paulo), grande número de projetistas. Portan- cionado, impermeabilização e assim
Francisco Vasconcellos Neto, os enge- to, há espaço também para engenhei- por diante. Para os interessados em
nheiros dessa área não podem se ilu- ros capacitados em Gerenciamento de seguir por essas áreas de especializa-
dir, achando que basta dominar um Projetos. O diretor de engenharia da ção, as perspectivas são atraentes. "Os
software de planejamento para fazer CCDI (Camargo Corrêa Desenvolvi- projetistas contratados pelas constru-
bem seu trabalho. Em sua opinião, mento Imobiliário), Cláudio Sayeg, toras acabam sendo sempre os mes-
falta no mercado um curso de especia- cita três das principais competências mos, pois são os que têm mais expe-
lização forte nesse segmento. necessárias a esse profissional. Primei- riência para atender às demandas do
Com o aumento do número de ro, ele precisa ter um domínio técnico mercado", afirma o diretor presidente
obras é preciso, também, lidar com um básico, mas amplo, das várias especiali- da Sinco Engenharia, Paulo Sanchez.
dades que compõem a edificação. Se- "Há escritórios dispensando traba-
gundo, deve conhecer as tecnologias lhos porque não têm condições de
mais usadas no segmento de constru- atender a tantos pedidos."
ção em que atuará – popular, comer- A área de Engenharia de Produção
Fernando Blanco Calzada/Shutterstock
Marcelo Scandaroli
"Com a necessidade das empresas "O ideal é que a sustentabilidade na
capitalizadas em obter um banco de Construção não seja uma
terrenos para seus negócios, foi especialidade, mas um
Marcelo Scandaroli
necessário desenvolver um Engenheiro de conhecimento agregado já na
Negócios – profissional com forte formação acadêmica básica de um
preparação em incorporação, com engenheiro. Ele precisa sair da
habilidade comercial e de negociação. faculdade com o conceito já
Execução: são bem-vindos no mercado
Para essa função, ele tem que desenvolver absorvido, de maneira que possa
projetistas especializados em detalhar
uma visão que alia produto, projeto e aplicá-lo em qualquer ramo de
processo executivo de sistemas – como
custo, além de ter habilidade financeira." especialização que ele siga depois."
fôrmas, alvenaria, revestimento. Assim
como os engenheiros de logística, têm
Rogério Raabe, diretor técnico e de Luiz Henrique Ceotto, diretor de
papel importante no aumento de
obras da Goldzstein Cyrela Construção da Tishman Speyer
produtividade no canteiro
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CAPA
Escolha certa
Confira alguns dos cursos lato sensu de especialização e MBAs atualmente oferecidos no País.
Marcelo Scandaroli
ção dos alunos para o curso que coor- seja, quais os seus objetivos profissionais
dena, Cardoso dá preferência àqueles no longo prazo
que tenham entre cinco e sete anos de Converse com profissionais que já
experiência de mercado. Alunos fizeram especialização, veja quais são
recém-formados até são admitidos, as áreas profissional e financeiramente
mas são exceções. "Geralmente não mais atraentes e defina três ou quatro
Escolhido o curso, investigue a
credibilidade da instituição. Dê preferência
passam de três em uma turma de 30." cursos possíveis
a cursos de pós-graduação estabelecidos
Esses cursos, portanto, não se Converse com a empresa, saiba se suas no mercado, oferecidos há bastante tempo
prestam às empresas ou aos profissio- aspirações vão ao encontro das
nais que procuram resultados mais necessidades dela. Verifique se ela garante
Bons cursos de especialização mesclam
profissionais com grande experiência
imediatos. Para isso existem os cursos apoio no financiamento do curso
acadêmica e de mercado
de curta duração, de até seis meses,
criados pelas instituições de ensino
para atender a demandas pontuais. USP), Jorge Luis Risco Becerra. "Eles atualmente os cursos de treinamento
"São cursos que oferecem conheci- também são procurados por ex- da instituição mais procurados por
mentos em áreas mais específicas", ex- alunos de faculdades com currículos engenheiros civis são os de Engenha-
plica o coordenador do Pece (Progra- deficientes, que querem preencher la- ria de Túneis e de Pavimentação.
ma de Educação Continuada da Poli- cunas na formação." Segundo ele, Renato Faria
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PÁRA-RAIOS
Divulgação: Termotécnica
Depois de captar a descarga, o sistema de proteção contra descarga atmosférica deve dividir a corrente entre as diversas descidas
para condução ao aterramento. Eficiência e segurança estão ligadas à quantidade de condutores
ão é possível proteger completa- ficação. A função desses sistemas é re- pação, o tipo de construção, seu
N mente uma estrutura contra as
descargas atmosféricas. Os pára-
ceber o raio e encaminhá-lo para dis-
sipação no solo pelo caminho mais
conteúdo, localização e topografia
da região. Conforme for a classifica-
raios, tecnicamente chamados de curto e rápido. ção da estrutura, a norma indicará a
SPDA (Sistemas de Proteção contra O nível de proteção desejável necessidade de haver ou não SPDA,
Descargas Atmosféricas), atuam na para uma edificação é definido pela além do nível de proteção e respecti-
proteção contra incidência direta e, NBR 5419 – Proteção de Estruturas va eficiência. É necessário levar em
mesmo assim, sempre haverá riscos, contra Descargas Atmosféricas, que conta, ainda, o mapa de curvas iso-
ainda que substancialmente minimi- traz tabelas que classificam a edifi- ceráunicas*, que indica a quantida-
zados, de ocorrerem descargas na edi- cação de acordo com o tipo de ocu- de anual de cargas por quilômetro
* Curva isocerâunica é a que une dois pontos da superfície terrestre a um idêntico número de dias em que são observadas
trovoadas (se só se vêem relâmpagos, não são computados), em um intervalo de tempo
Divulgação: Termotécnica
Hélio Sueta / IEE
quadrado. Em São Paulo, por exem- mente contra danos decorrentes de os três subsistemas que o compõem,
plo, ao dividir a quantidade de raios surtos provocados pela alta intensi- pois são os mesmos em qualquer
pela quantidade de prédios, as esta- dade das descargas. Para tanto, divi- metodologia de cálculo adotada. O
tísticas indicam que os prédios são de as áreas externas do prédio de subsistema de captação é responsá-
atingidos por um raio a cada 15 acordo com a sujeição à queda direta vel por receber as descargas diretas.
anos, em média. "As descargas têm de raios. Assim, determina os prote- De acordo com o engenheiro e con-
preferência pelos prédios mais altos tores a serem colocados em cada am- sultor da Guismo Engenharia, Job-
e com maior massa", explica o enge- biente a partir do risco de descargas. son Modena, "tudo o que for metáli-
nheiro Duílio Moreira Leite, diretor co e estiver no topo de uma edifica-
da Encontre Engenharia. Proteção composta ção pode ser considerado elemento
O diretor da divisão de potência do Após definir os riscos a que está de captação". O mesmo vale para
IEE-USP (Instituto de Eletrotécnica e sujeita a edificação e qual é o nível de objetos metálicos localizados nas la-
Energia da Universidade de São Paulo), proteção desejado, são tomadas as terais a mais de 20 m de altura a par-
Hélio Eiji Sueta, conta que a revisão da decisões técnicas de projeto com re- tir do solo. É esse subsistema que di-
norma está sendo feita com base nas nor- lação a cinco pontos fundamentais: ferencia a metodologia de cálculo do
mas do IEC (International Electrotech- sistema de captadores, sistema de SPDA, como veremos adiante.
nical Commission). A norma do IEC é descidas, sistema de aterramento, O segundo subsistema é respon-
composta por quatro partes,sendo,res- distâncias de segurança e equipoten- sável por receber a descarga dos cap-
pectivamente, referentes a aspectos ge- cialização. Os dois últimos dizem tadores e dividir e conduzir, por meio
rais e principais conceitos; gerencia- respeito, respectivamente, ao distan- das chamadas descidas, a corrente
mento de riscos e probabilidades; pro- ciamento das descidas em relação a para o aterramento. Não afeta o cál-
teção das estruturas e seres vivos; e pro- portas e janelas e à continuidade da culo para disposição dos captadores,
teção de equipamentos eletroeletrôni- descarga durante sua trajetória até o mas a quantidade de descidas pode
cos internos. "Vai modificar bastante a aterramento. "Curvas no sistema de influenciar a eficiência da condução.
atual norma brasileira", prevê Sueta, condução podem afetar a continui- "A quantidade mínima está ligada à
que participa do comitê de revisão. dade da descarga", alerta Sueta. norma e ao nível de proteção", eluci-
Uma das mudanças é a ênfase na Para entender o funcionamento da Modena. Se a corrente estiver con-
proteção de equipamentos, especial- de um SPDA, é importante conhecer centrada em poucas descidas, pode
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PÁRA-RAIOS
Simbologia
Descida e caixa de inspeção de Terminal aéreo (h = 60 cm) em planta Condutor (cabo de cobre
aterramento em planta nu ou aço galvanizado)
Terminal aéreo (h = 60 cm) em vista
Caixa de inspeção de aterramento
e haste de aterramento em vista
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PÁRA-RAIOS
Divulgação: Termotécnica
Benjamin Franklin. O cálculo consi-
dera que cada mastro vertical que re-
cebe as descargas protege o volume
de um cone com vértice na ponta do
captor. A angulação depende do
nível de proteção desejado e da altu-
ra do mastro. "Conforme aumenta a
altura, diminui o ângulo e a superfí-
cie de proteção", explica Leite.
A função de recepção de descargas
pode ser exercida não por mastros,mas
por malhas condutoras instaladas na
cobertura. É o chamado método das
malhas ou gaiola de Faraday, em refe-
rência ao físico inglês Michael Faraday.
Consiste na distribuição de cabos de
aço em torno de toda a estrutura, in-
cluindo as laterais, para a formação de
uma gaiola. Os distanciamentos são
Além do anel periférico na cobertura, anéis de interligação intermediários, definidos em norma. Leite explica que
que envolvem a fachada, auxiliam na distribuição da corrente e promovem "se uma malha envolve o corpo, o
a equipotencialização do sistema campo elétrico em seu interior é nulo".
O método mais moderno de con-
cepção e cálculo é o eletrogeométrico,
ou método da esfera rolante. Foi de-
Fatos sobre raios senvolvido para proteção de linhas de
A cada um milhão de pessoas, No Mundo, ocorrem cerca de dez transmissão e considera que, como a
0,6 morte é causada por raios descargas por segundo, resultando em eletricidade vem aos saltos da nuvem
Cerca de 100 pessoas morrem a oito bilhões de descargas por dia e três para a terra, a proteção tem que ser
cada ano no Brasil em decorrência bilhões por ano feita com base no comprimento desse
de raios Uma descarga elétrica é uma grande salto. Uma vez que o salto pode ser em
São a causa de 5% do total de transferência de cargas qualquer direção, a área passível de
fatalidades que ocorrem no mundo, Tem diâmetro de 1 cm descarga direta é esférica e definida a
matando mais do que tornados As correntes de pico variam entre partir da proteção exigida, em norma,
e furacões 2 mil A e 300 mil A de acordo com o tipo de edificação.
Uma tempestade típica de raios As tensões oscilam entre 100 milhões Nenhum ponto da edificação
tem 25 km de largura e dura de V a 1 bilhão de V pode estar descoberto. Então, esferas
aproximadamente 25 minutos A temperatura ultrapassa os 30 milºC imaginárias com 20 m a 60 m de raio
são roladas sobre o prédio. Os capta-
Informações: engenheiro Hélio Eiji Sueta, do IEE-USP
dores, mastros ou malhas devem
estar dispostos de maneira tal que a
que a área ao ar livre, assim como as afirma Duílio Moreira Leite. É seme- esfera não toque o prédio em ne-
pessoas que nela estiverem, estão teori- lhante, inclusive, a necessidade de nhum ponto.
camente protegidas contra descargas haver um anel na periferia da cobertu- "A diferença entre os métodos
diretas. Ainda assim, no entanto, ra, que é muito alvejada por raios. Se- em relação à eficiência é desprezível.
podem ocorrer descargas laterais ou gundo dados apresentados por Leite, Há diferenças comerciais", pondera
centelhamentos perigosos que não se não existissem pára-raios, 85% dos Modena. A afirmação refere-se ao
cabem ao SPDA evitar. "A recomenda- raios cairiam nos cantos do prédio. fato de que o método eletrogeomé-
ção, nesses casos, é que as pessoas se di- Outros 10% atingiriam o restante das trico tende a consumir menos mate-
rijam às áreas cobertas quando come- beiradas e apenas os 5% restantes acer- rial do que o Franklin. Além disso,
çar a trovejar", resume Jobson Modena. tariam o meio da laje de cobertura. conta Duílio Leite, "[o método das es-
Sendo assim, existem três méto- feras] exige certo conhecimento de
Descarga direta dos para cálculo de SPDAs. O mais geometria e não se popularizou de-
"O que diferencia os sistemas são adotado, por ser mais simples de vido à dificuldade de cálculo".
os captadores. O restante é o mesmo", conceber, é o do tipo Franklin, que Bruno Loturco
Industrialização plástica
Com leveza, facilidade de instalação e estanqueidade, os plásticos
tomaram conta do mercado de tubulações. Metais como o cobre, apesar
de eficientes, sofrem com a alta dos preços
Apesar da evolução
dos materiais, projetos
ainda sofrem com falta
de industrialização.
Conceito dos shafts
ainda não foi
completamente
difundido, resultando
em muitas tubulações
embutidas
61
materia_instalacao.qxd 6/5/2008 09:58 Page 62
I N S TA L A Ç Õ E S H I D R Á U L I C A S – E S P E C I A L 6 0 A N O S
conexões amigáveis e mais segurança sprinklers trabalham com água parada,o
contra vazamentos. "A grande vanta- cobre pode apresentar corrosão.
gem do PEX é dispensar algumas co-
nexões", resume Rocha, do IPT. Além Tendência por industrialização
disso, são bons adversários ao cobre Embora as normas para instalações
por terem fabricação nacional, o que hidráulicas não tenham sofrido altera-
reduz custos. Em janeiro do ano 2000, ções significativas, cada vez mais os pro-
a Téchne trouxe um artigo intitulado dutos novos buscam oferecer garantia à
"Choque sistêmico" que tratava justa- estanqueidade nas juntas, obtida com
Photoroller/Shutterstock
mente da integração de sistemas in- pouco treinamento aos operários. O pes-
dustrializados de construção, como as quisador do IPT critica, no entanto, os
paredes de drywall e o próprio PEX. projetos que ainda não absorveram por
Barboza lembra, ainda, que os fa- completo a idéia de shafts. "Ainda há
bricantes têm oferecido garantia de 15 muita tubulação embutida", lamenta
anos para o PEX e de 50 para o PPR.No Com aprovação do Corpo de Bombeiros, Rocha. "A parcela de mercado que usa
caso do PEX, ainda há a opção multica- plásticos chegaram até aos sprinklers novas tecnologias ainda é pequena."
mada para água quente, em que o re- como alternativa ao ferro galvanizado e ao Alguns fatores, no entanto, impul-
vestimento é em alumínio. Essa, no en- aço carbono. Por trabalharem com água sionam mudanças de pensamento e
tanto, ainda é uma opção que destoa da parada, o cobre pode apresentar corrosão concepção no mercado. É o caso da ne-
realidade de custos brasileira. cessidade por medição individualizada.
O cobre também tem perdido es- "Há uma pressão para a adoção desse
paço nas tubulações para gás. Se nos O plástico chegou até mesmo no tipo de sistema no mercado, e aí teremos
anos 70 conquistou o mercado que campo dos sprinklers. O CPVC (poli- novidades do ponto de vista de projeto e
antes era do aço carbono soldado e do cloreto de vinila clorado) foi aprovado execução tanto para água quanto para
ferro galvanizado rosqueado, hoje di- pelo Corpo de Bombeiros do Estado de esgoto", aposta Adilson Lourenço
vide espaço com o PEAD (polietileno São Paulo em edificações de risco leve, Rocha. Mudanças também estão sendo
de alta densidade). Especialmente conforme Instrução Técnica 023/2004, influenciadas pelas demandas por uso
agora, com a chegada do polietileno para uso entre forros. No subsolo per- de água da chuva e aquecimento solar.
com alma de aço para uso no interior manece o uso do ferro galvanizado e do Atualmente, as construtoras e insta-
das edificações. "É o que há de mais aço carbono, que retomaram o espaço ladoras têm trabalhado com kits pré-
moderno para gás", conta Barboza. que foi do cobre nos anos 1980. Como montados para instalação em obra. "Há
preferência por materiais que deman-
dem pouca mão-de-obra e que contem
com garantia", salienta Roberto Barboza.
Linha do tempo Assim, a concepção do projeto já prevê a
utilização dos kits, que, revela, conso-
ESGOTO Atualmente: surgimento do PEX
mem 15% da mão-de-obra em compa-
Antes dos anos 1970: chumbo, ferro multicamada, revestido com alumínio.
ração com o sistema convencional, além
galvanizado, caixas sifonadas em cobre ou
de eliminar o desperdício de materiais.
latão, conexões em chumbo derretido e, SPRINKLER
Bruno Loturco
posteriormente, juntas de borracha. Antes de 1970: materiais em ferro
Anos 1970 e 1980: surgimento do PVC galvanizado com rosca e aço carbono
(policloreto de vinila), com menor custo, eletrossoldado.
mais leveza e conexões facilitadas. Anos 1980: uso do cobre.
LEIA MAIS
Anos 1990: surgimento do PPR Anos 1990: volta do ferro galvanizado e Água quente. Téchne 122.
(polipropileno copolímero random), do aço carbono e surgimento e aprovação, Instalações hidráulicas com PEX.
com juntas por termofusão. pelo Corpo de Bombeiros, do CPVC Téchne 105.
Atualmente: ferro fundido revestido (policloreto de vinila clorado). Instalações hidráulicas. Téchne 104.
com epóxi. Ruídos em tubulações podem ter
GÁS várias causas. Téchne 72.
ÁGUA Antes de 1970: aço carbono Duas maneiras de utilizar o PEX no
Antes de 1970: ferro galvanizado. eletrossoldado e ferro galvanizado sistema hidráulico. Téchne 71.
Anos 1970: surgimento do PVC marrom com rosca. Instalações elétricas prediais com
para água fria e do cobre para água quente. Atualmente: além dos anteriores, barramento blindado. Téchne 47.
Anos 1990: chegada do PPR e do PEX difusão do cobre e aprovação, pela O incômodo ruído das instalações
(polietileno reticulado) para água quente. Comgás, do polietileno com alma de aço. hidráulicas. Téchne 35.
Sofia Mattos
A maior dificuldade para identifi-
car o tipo de estrutura mais adequada é
a falta de uma metodologia de avalia-
ção que leve em conta diferentes quali-
dades e desempenhos, e a influência da
estrutura nos demais serviços, que
podem beneficiar o custo total da obra.
Método de escolha
Das características identificadas Estudo de
da obra vão existir sempre as mais im- viabilidade Concepção Dimensionamento
Construção
portantes. A idéia então é hierarqui-
Tempo
zar, definindo um peso, de acordo
com a sua importância e, em seguida, Momento ideal para a escolha Fase do projeto, reservar um tempo
estabelecer notas para os sistemas es- do tipo de estrutura e seus para otimizar a escolha é tão importante
truturais que representem o seu méri- melhores partidos quanto a própria escolha
to para responder a cada característica
Gráfico 1 – Custo acumulado x possibilidade de interferência
analisada, independente da impor-
tância que possa ter para a obra.
É claro que quando um sistema
estrutural tem um mérito alto para Obra e seus
uma característica que é muito im- objetivos
portante para a obra, o sistema se po-
tencializa favoravelmente na compa-
ração (organograma 2). Conhecimentos do Conhecimentos do
Características
Muitas características podem ser sistema estrutural sistema estrutural
importantes da obra
de difícil interpretação e quantifica- Sistema A Sistema B
ção, e, muitas vezes, vão existir itens
conflitantes, mas a análise Caracterís-
tica x Sistema será sempre melhor do Sistema A Método Sistema B
que a simples intuição. Uma escolha configurado de escolha configurado
bem estruturada agrega valor ao pro- para a obra para a obra
cesso e, certamente, conduz para uma
decisão final mais acertada.
Uma planilha pode ser usada Sistema estrutural
para organizar os pesos das caracte- mais adequado
rísticas da obra e as notas dos siste-
mas, e ao final calcula-se a média Organograma 1 – Obra e seus objetivos
aritmética ponderada para cada sis-
tema. As maiores médias devem in-
dicar os sistemas mais adequados 1 – Tipo de fundação fator de decisão sobre o tipo de estru-
para a obra. Essa metodologia deve A influência da redução das car- tura a ser usada em uma obra.
ser desenvolvida pela própria empre- gas devido ao menor peso das estru-
sa, ser a mais impessoal possível e turas de aço nas fundações de uma 2 – Tempo de construção
aperfeiçoada continuamente. pequena estrutura, em um solo Sem dúvida a mais forte caracterís-
Comentaremos a seguir algumas muito resistente, pode ser pequena. tica das estruturas de aço é a rapidez,
das principais características que Entretanto, a redução das cargas em diferentemente da construção conven-
devem ser analisadas, isoladamente e uma grande estrutura, em um solo cional que normalmente tem o cami-
em conjunto, para um sistema estrutu- muito ruim, pode viabilizar a pró- nho crítico na fase da estrutura, o que
ral em aço. Pressupõe-se, obviamente, pria construção. acaba por limitar a velocidade da obra.
a análise de características semelhantes Portanto, o custo e o prazo das Para uma obra comercial, qualquer
para os outros sistemas estruturais. fundações podem ser um importante antecipação representa redução do
65
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ARTIGO
67
artigo.qxd 6/5/2008 10:28 Page 68
ARTIGO
FACHADAS
PORCELANATO A Hunter Douglas acaba de
A Neostone lança novos lançar uma linha de fachadas
modelos, novas cores, formatos ventiladas em cerâmica
e acabamentos para suas linhas Terracota. As peças são
já existentes. Destaque para a compostas por placas,
linha Ecotech de porcelanatos, oferecidas em diversas formas,
cujos produtos são fabricados tamanhos e cores. Dentre as
com 70% de matéria-prima diversas linhas de produtos da
reutilizada da indústria empresa, TerrArt Large dispõe de
do porcelanato. um diferencial: conta com placas
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entre painéis Masterboard.
de rodapés em paredes
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mofadas: Sika Imper Mur.
varia, segundo o fabricante,
O produto é aplicado na forma
entre 350 g e 400 g por metro
de pintura, e sua baixa
de juntas.
viscosidade lhe permite penetrar
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profundamente no substrato e
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p&t134.qxd 6/5/2008 10:37 Page 71
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possibilita que uma grande BALDRAME
variedade de perfis seja A Maxi Lajes lança o Maxi
ANTICORROSIVO
ADESIVOS E SELANTES produzida em uma única pista Brascolub, da Brascola, é um
A nova linha Unifix reúne Baldrame. O produto é
de produção. O sistema é spray desingripante e
adesivos e selantes variados. composto por peças pré-
composto de uma base de anticorrosivo de uso geral. Ele
Entre eles, a empresa destaca a moldadas de concreto paralelas,
nivelamento padrão, leitos reduz o atrito das partes
massa reparadora Lite, cada uma com 3 cm de
(fundos), laterais (moldes) e um metálicas, lubrificando-as e
recomendada para pequenos espessura e 25 cm de altura.
sistema de fixação que evitando seu desgaste.
consertos em áreas internas e O concreto usado atinge
proporciona, segundo o O produto protege também
externas, e o Tapa Trincas, ideal resistência final de 25 MPa e os
fornecedor, agilidade e contra a ferrugem e intempéries.
para corrigir fissuras em estribos de interligação são
flexibilidade na troca de moldes. Brascola
concreto, madeira, tijolo feitos com aço CA-50 ou CA-60.
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obras e, segundo o fabricante, e do IPT. Elas possuem sistema
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p&t134.qxd 6/5/2008 10:37 Page 72
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externas e complementos diferenciado, recebendo Premier. Os produtos podem ser com papel especial
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obra aberta-modelo.qxd 6/5/2008 10:18 Page 74
OBRA ABERTA
Livros
Infra-estrutura da
Paisagem*
Juan Luis Mascaró, Lucia
Código de Obras e Manual de Técnicas de David Libeskind
Mascaró e Ruskin Freitas
Edificações do Município Projetos Rodoviários* Luciana Tombi Brasil
196 páginas
de São Paulo – Wlastermiler de Senço 160 páginas
Masquatro Editora
Comentado e Criticado* 760 páginas Edusp (Editora da
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estrutura dos espaços urbanos
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abertos, o livro salienta a
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importância das alternativas
metropolitanas) ou 0800-596 para rodovias, considerando dissertações e teses
ao tratamento adicional da
6400 (demais regiões) desde os levantamentos apresentadas em escolas
paisagem urbana, reforçando
Vendas pelo portal preliminares até o orçamento. brasileiras de arquitetura, esse
a busca por uma sintonia
www.lojapini.com.br A obra contempla o projeto livro apresenta as idéias
ambiental das cidades. Para
Escrito por um arquiteto e um tradicional, mas também o uso presentes na dissertação de
tanto, afirma que os conceitos
engenheiro, ambos com mais de recursos tecnológicos mestrado "A obra de David
de cunho ambiental são o
de 40 anos de profissão, a modernos, como GPS e Libeskind – Ensaio sobre as
ponto de partida para o
publicação reúne e organiza os sensoriamento remoto. O autor Residências Unifamiliares",
trabalho paisagístico em
novos textos da legislação inicia o livro apresentando defendida no programa de
contrapartida ao desenho
municipal paulistana relativos generalidades e um resumo pós-graduação da FAU-USP
meramente estético. Trata dos
à construção, bem como leis, histórico dos transportes. (Faculdade de Arquitetura e
diferentes aparelhos e
decretos, normas técnicas, Depois, parte para definições Urbanismo da Universidade de
equipamentos urbanos, como
portarias, atos e resoluções. básicas e de grandezas São Paulo). O arquiteto
escadas, pavimentos, sistema
O livro traz parte de intervenientes para, então, retratado na obra, autor do
viário e estacionamentos,
documentos legais para falar sobre normas técnicas e projeto do Conjunto Nacional
trazendo exemplos de
auxiliar na compreensão e estudos econômicos. No na Avenida Paulista, nunca
soluções adotadas em locais
interpretação. Os comentários capítulo IV, fala de projeto havia sido objeto de livro
públicos de todo o mundo.
dos autores acompanham o básico, abrangendo desde monográfico. Além de explorar
texto na lateral das páginas e levantamentos até audiências os detalhes de projeto de
são compostos por ilustrações públicas. O projeto executivo, diversas residências ao longo
que pretendem dirimir as com informações mais voltadas do livro, há um capítulo
dúvidas técnicas mais comuns. à execução e ao uso das dedicado à análise de 12
Para consultas rápidas, conta rodovias, é abordado no residências que pretende
com índice remissivo. capítulo V, seguido de buscar uma linguagem
intersecções e licitações característica para a
de obras. arquitetura de Libeskind.
Software Site
Análise Estrutural para ArchiCAD Start Sil Fios e Cabos Elétricos Revista da Casa
Engenharia Civil e Edition 2008* Fone: (11) 6488-2000 Leroy Merlin
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184 páginas Direcionada aos escritórios de cores e tornaram o layout bricolagem, decoração e
UPF Editora pequeno porte e também aos mais limpo. Agora os jardinagem Leroy Merlin
www.lojapini.com.br profissionais autônomos, essa eletricistas contam com um abriga também a Revista da
A obra traz os conceitos versão do ArchiCAD foi espaço exclusivo, onde, Casa, uma publicação
fundamentais da engenharia concebida para aumentar a mediante cadastro gratuito, eletrônica que traz as últimas
estrutural para guarnecer o eficiência do trabalho no que podem receber catálogos de notícias em lançamentos de
leitor – especialmente diz respeito ao tempo produtos e tabelas. Na seção produtos, eventos e cursos,
estudantes de cursos de demandado e ao resultado Dúvidas o internauta tem dentre outros. Também conta
graduação de engenharia civil e final. O ambiente virtual em respostas para perguntas sempre com o perfil de um
arquitetura – de condições para que é desenvolvido o projeto comuns sobre instalações profissional do setor, como foi
entender como se dá e do que apresenta uma grande riqueza elétricas. Ainda na página o caso da design de interiores
depende o equilíbrio dos corpos de detalhes desde o desenho inicial há acesso direto para Carolina Szabó e do arquiteto
rígidos. Também aborda as das primeiras paredes até o localização de representantes Arthur de Mattos Casas.
solicitações a que estão sujeitas momento da plotagem de da empresa em todo o Brasil. A seção de dicas traz
e as tipologias das estruturas. toda a documentação final. Informações técnicas sobre informações úteis para
O autor restringiu os exemplos Conta com recursos essenciais todos os produtos podem ser solucionar pequenos
e ilustrações às obras civis e para o desenvolvimento de acessadas na página. problemas de construção,
buscou a elaboração de um projetos, sendo É possível, ainda, assinar o decoração e manutenção de
material didático que completamente adaptável ao informativo quinzenal da imóveis. Edições anteriores
correlacionasse teoria à trabalho do projetista. Mais empresa, com o registro dos podem ser acessadas no menu
realidade. O leitor pode optar informações, bem como a acontecimentos do mercado. de acesso, na parte superior à
por uma leitura superficial ou aquisição do sistema, podem direita de cada página.
pode querer se aprofundar na ser obtidas por meio do
técnica. Para tanto, estão telefone ou do portal de
indicados com asteriscos os vendas da Editora PINI.
itens considerados não
essenciais para a compreensão
global dos temas.
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75
agenda.qxd 6/5/2008 10:32 Page 76
AGENDA
Seminários e conferências Nordesteinvest O Enic (Encontro Nacional da Indústria da
28 a 30/5/2008 Construção) debaterá as perspectivas e os
Sinco 2008 Recife desafios do crescimento do setor nos
22 a 24/5/2008 O turismo nordestino será o assunto de próximos anos por reflexo das obras do
Sobral (CE) discussão do Nordesteinvest 2008. PAC (Programa de Aceleração do
O IV Simpósio Internacional sobre O evento reunirá grandes nomes do ramo Crescimento) e da Copa do Mundo de
Concretos Especiais discutirá os imobiliário tanto do Brasil quanto da 2014. O evento atrairá diversos
componentes dos concretos especiais, Europa, a fim de incentivar novos acordos, profissionais da construção e as inscrições
características, propriedades e parcerias e oportunidades por meio de já podem ser feitas no site do evento.
possibilidades de aplicações. O Sinco é uma conferência, do salão de exposição e Fone: (62) 3214-1005
realizado pelo Ibracon (Instituto Brasileiro da rodada de negócios realizados dentro www.qeeventos.com.br
do Concreto), Iemac (Instituto de Estudo do Centro de Convenções de Pernambuco.
dos Materiais de Construção) e a UVA Fone: (82) 3327-3465
(Universidade Estadual Vale do Acaraú). www.nordesteinvest.com.br
Feiras e exposições
Fone: (88) 3611-6796 Construir Minas 2008
Cimpar 2008 18 a 21/6/2008
Eco Building 2008 25 a 28/6/2008 Contagem
23 a 25/5/2008 Aveiro O Construir Minas 2008 é direcionado
São Paulo A Universidade de Aveiro, em Portugal, para construtores, engenheiros,
O evento, para construtores, engenheiros, realizará o 4o Cimpar (Congresso arquitetos, decoradores e lojistas
incorporadores, arquitetos e demais Internacional sobre Patologia e interessados em conhecer novos
profissionais do setor, apresentará as Reabilitação de Estruturas) para produtos, tecnologias, máquinas,
novidades nacionais e internacionais apresentar novos conhecimentos, equipamentos e serviços para a indústria
sobre sustentabilidade, como tecnologias técnicas e tecnologias para os da construção. A previsão é que 30 mil
e soluções construtivas, regulamentações profissionais do setor. visitantes compareçam durante os quatro
e tendências do mercado. São esperados cinpar@civil.ua.pt dias do evento.
três mil profissionais por dia no local. Fones: (31) 3542-9637/(21) 2178-2315
Fone: (11) 3871-3626 Construmetal 2008 www.construirminas.com.br
www.anabbrasil.org/ecobuilding2008 9 a 11/9/2008
São Paulo Construfair 2008
Desafios e Oportunidades no A terceira edição do Construmetal terá 19 a 22/6/2008
Mercado de Baixa Renda conferencistas brasileiros e internacionais Caxias do Sul (RS)
29/5/2008 que discutirão os principais avanços A Construfair é uma das feiras mais
São Paulo tecnológicos e inovações da construção completas da região Sul e terá, neste ano,
O seminário proporcionará a troca de metálica. O evento é organizado pela ABCM três atrações principais: palestras técnicas
experiências e informações entre os (Associação Brasileira da Construção sobre materiais de construção, o
profissionais da indústria da construção Metálica) com o apoio da AARS (Associação seminário Grandes Obras & Infra-
civil ligados ao chamado mercado de do Aço do Rio Grande do Sul), do CBCA Estrutura, e a exposição Mobillar, voltada
baixa renda, de habitações para famílias (Centro Brasileiro da Construção do Aço), para arquitetos e designers. O evento
com renda a partir de cinco salários do Ilafa (Instituto Latinoamericano del acontece em parceria com a Fecomac
mínimos. O público-alvo são os diretores Fierro y el Acero) e do AISC (American (Federação das Associações dos
técnicos e de incorporação, analistas de Institute of Steel Construction). Comerciantes de Materiais de
investimentos, arquitetos, projetistas, Fone: (11) 3816-6597 Construção) e Acomac (Associação dos
executivos de empresas fornecedoras e www.construmetal.com.br Comerciantes de Matérias de Construção)
demais profissionais envolvidos com o de Caxias do Sul.
projeto e a execução de obras. 80o Enic Fone: (54) 3214-6886
Fone: (11) 2173-2395 22 a 24/10/2008 www.construfair.com.br
www.piniweb.com/DesafiosBaixaRenda São Luís
Expo Construção Bahia 2008 indústria do mundo vai ser aberta pela
19 a 23/8/2008 quarta vez para a visitação de
Salvador especialistas em materiais,
A feira, organizada pela Fagga Eventos e equipamentos, veículos e máquinas
pelo Sinduscon-BA (Sindicato da de construção. A idéia é que os
Indústria da Construção Civil do Estado fabricantes possam mostrar seus
da Bahia), apresentará o que há de mais produtos, adquirir novos lançamentos
moderno no setor da construção da e principalmente aproveitar a
região Norte e Nordeste e promoverá oportunidade de novos negócios.
paralelamente o IV Fórum Nacional de www.bauma-china.com
Arquitetura e Construção (Fonarc), o
Fórum Nordeste PAC, Dry Wall & Steel
Frame Show, Loja Modelo, VI Seminário
Cursos e treinamentos
Tecnológico da Construção Civil e Diretrizes para a Documentação de
Concurso A Ponte. Sistema de Gestão da Qualidade
Fone: (71) 3797-0525 ABNT ISO/TR 10013:2002
www.expoconstrucao.com.br 11/6/2008
São Paulo
Cobramseg 2008 O curso discutirá a documentação
23 a 28/8/2008 necessária do sistema de gestão da
Búzios (RJ) qualidade, descrição do SGQ,
O tema do XIV Congresso Brasileiro de elaboração do manual da qualidade
Mecânica dos Solos e Engenharia da organização.
Geotécnica terá como tema a Fone: (11) 3284-5165
Exploração e Distribuição de Energia – cursos@abnt.org.br
Uma Visão Geotécnica. Serão seis
sessões plenárias com duas mesas- Patologias da Construção
redondas sobre novas tecnologias, 12 20 e 21/6/2008
sessões paralelas, um dia especial para São Paulo
os geojovens, sete palestras dentro do O palestrante Ercio Thomaz analisará
"Encontro com Indústria" e quatro as patologias mais freqüentes em
minicursos, além de uma visita técnica edificações e destacará suas causas,
às obras de construção de uma agentes, mecanismos de formação
barragem. O evento é bienal. e formas de recuperação. O curso
www.cobramseg2008.com.br é direcionado para arquitetos e
contato@cobramseg2008.com.br engenheiros civis e tem carga
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concreto tanto nacional quanto Gerenciamento de Obras
internacional e possuirá exposições, 20 e 21/6/2008
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palestras para apresentar novas As aulas darão ao profissional uma
tecnologias, aplicações e forma de uso metodologia completa para atuar no
do material na América do Sul. O objetivo gerenciamento de pequenas, médias e
é estimular negócios e parcerias entre grandes obras de construção civil. São
diversos construtores e distribuidores. três módulos: Planejamento e Orçamento
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COMO CONSTRUIR
Instruções de montagem
Fotos: Marcelo Scandaroli
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1 Medição da altura total da caixa e pontiagudos) no fundo da vala. 5 Montar o anel na caixa, evitando
verificação da profundidade final de Compactação firme da camada de areia torções; aplicar pasta lubrificante.
instalação (considerar o piso acabado), para o assentamento da base da caixa. 6 Encaixar o tubo de esgoto.
conferindo se haverá necessidade de Para facilitar a compactação da camada 7 Reaterro lateral: o solo de reaterro
adquirir prolongadores. Atenção: a de base, molhar a areia. Se o nível do em volta da caixa deve ser muito
profundidade final das caixas deve ser lençol de água for muito elevado, bem compactado, para garantir um
limitada a, no máximo, 1 m (de acordo drenar o local antes da instalação. apoio firme da porta-tampa.
com a norma NBR 8160), para garantia 3 Assentamento da base da caixa no 8 Testar a colocação e acabamento da
de resistência e acesso para limpeza. fundo da vala, previamente preparada porta-tampa.
2 Preparação da base para o e nivelada, usando um nível de bolha. 9 Fazer o acabamento do piso em
assentamento: escavação do solo e 4 Ligar os tubos na caixa – seguir volta da porta-tampa, com a tampa
lançamento de uma camada de areia recomendações para a execução de instalada, para evitar deformação
(ou solo granulado sem elementos juntas elásticas e instalação de esgoto. lateral da porta-tampa.
pela tampa de inspeção da caixa e des- peza deve ser semanal. Dependendo da Caixa de gordura de ABS
cartadas no lixo (saco plástico), evitan- utilização,a freqüência é a cada dois dias. Material ABS;
do que os componentes provenientes Entrada e saída DN 100 (4' ou 100 mm);
da limpeza da caixa escoem livremente Caixa de gordura especial Estanqueidade garantida por anéis
pela rede, ocasionando sua obstrução. Recomendamos a sua limpeza de PVC flexíveis;
por empresas especializadas em de- Volume de retenção de 18 l (exigido
Caixa de gordura até 12 cozinhas sentupimento e drenagens de fos- pela norma NBR 8160), atendendo a
De forma análoga,no entanto,a lim- sas sépticas. uma pia de cozinha residencial.