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FACULDADE IBMEC SP

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

JOÃO RAFAEL DE FAVERI LEACINA

PROJETO DE TCC

AS AFILIAÇÕES INTERNACIONAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS DA


ESQUERDA BRASILEIRA

Içara,
2021
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ............................................................................ 3


2. TEMA ...................................................................................................................... 3
3. DELIMITAÇÃO DO TEMA ...................................................................................... 3
4. PROBLEMA ............................................................................................................ 3
5. HIPÓTESES ............................................................................................................ 4
6. OBJETIVOS ............................................................................................................ 4
7. JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 4
8. METODOLOGIA ..................................................................................................... 6
9. ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO ................................................................... 7
10. CRONOGRAMA ................................................................................................... 8
11. REFERÊNCIAS PRELIMINARES ......................................................................... 8
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título/Subtítulo: As afiliações internacionais dos partidos políticos da esquerda


brasileira
Autor: João Rafael de Faveri Leacina
Área de Concentração: Relações Internacionais
Linha de Pesquisa: Relações Internacionais
Duração: 90 (noventa) dias
Início: 03/05/2021
Término: 02/07/2021

2. TEMA

As afiliações internacionais dos partidos políticos da esquerda brasileira.

3. DELIMITAÇÃO DO TEMA

O Sistema Partidário Brasileiro é composto por 33 (trinta e três) partidos


políticos que abrangem as diversas ideologias e espectros políticos presentes na
sociedade brasileira.
Muitos destes partidos – em especial, os partidos políticos do espectro da
esquerda – possuem afiliações com organizações internacionais, estas, por sua vez,
influenciam parte dos posicionamentos dos dirigentes partidários no que tange à
política externa.
Dado a influência externa nos posicionamentos dos atores e partidos
políticos brasileiros, cabe aos pesquisadores identificar a origem de tal intervenção
intelectual. Sendo assim, com base no exposto, apresenta-se a seguinte delimitação
temática de pesquisa: As afiliações internacionais dos partidos políticos da
esquerda brasileira.

4. PROBLEMA

Para corroborar com a natureza do tema proposto e motivar a


investigação lançam-se primeiramente algumas indagações, como: Qual o conceito
de ideologia? Quais as definições de Esquerda e Direita? Estas definições mudam
no Brasil? Quais partidos políticos brasileiros podem ser considerados de Esquerda?
Quais as suas afiliações internacionais? Quais são os seus objetivos? Como podem
ser classificados? Quais as suas ideologias? Quais as suas principais
características? Qual o seu nível de influência nos posicionamentos dos partidos
políticos brasileiros afiliados? Destacadas as indagações e com o fim de tornar
preciso o problema da pesquisa, estabelece-se como pergunta central: Quais são
as afiliações internacionais dos partidos políticos brasileiros de esquerda?

5. HIPÓTESES

O Sistema Partidário do Brasil é extremamente fragmentado, as ligações


de partidos políticos com organizações internacionais influenciam sensivelmente a
atuação dos atores políticos quanto a discussão de políticas externas a serem
aplicadas no país.

6. OBJETIVOS

O objetivo geral do projeto é a análise das afiliações internacionais dos


partidos políticos de esquerda do Brasil. Já os objetivos específicos do trabalho –
pontos importantes a serem desvendados para elaboração da tese, são:
a) Discorrer sobre o contexto histórico e cultural por trás da criação do
Sistema Partidário brasileiro;
b) Discorrer sobre os conceitos doutrinários dos espectros ideológicas no
contexto político brasileiro;
c) Discutir acerca dos objetivos das afiliações internacionais dos partidos
políticos de esquerda no Brasil;
d) Relacionar os objetivos das organizações com os posicionamentos dos
partidos políticos e seus respectivos atores.

7. JUSTIFICATIVA

A Constituição Federal de 1988 estabelece como um dos fundamentos da


República Federativa do Brasil o pluralismo político. Tal fundamento, desemboca no
regime pluripartidário que rege o Sistema Eleitoral do Brasil.
O Brasil, durante a sua Ditadura Civil-Militar, viveu sob a égide do regime
bipartidário – imposto pelo Ato Institucional n. 4 (AI4), onde existiam apenas dois
partidos políticos, quais sejam: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido
que dava sustentação política ao regime autoritário; e o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), que era o partido composto pela oposição com autorização para
discordar do regime.
O ciclo político que vai do golpe de 1964 à posse de José Sarney na
Presidência da República, em 1985, foi um período de sucessivas
operações de engenharia política visando a legitimação e a permanência no
poder do regime autoritário e de seus partidários. Em nenhum outro
momento da história política brasileira assistiu-se a tantas alterações
casuísticas nas regras eleitorais e partidárias.
[...] Como a determinação do AC-4 era no sentido de que se constituíssem
organizações provisórias com atribuições de partidos, e não partidos
políticos propriamente ditos, nenhuma das novas legendas criadas pela
reforma partidária de 65-66 continha a palavra “partido” em sua
denominação. Os grupos parlamentares de situação reuniram-se na Aliança
Renovadora Nacional (ARENA), enquanto que a oposição ao regime
(aquela que sobrevivera às cassações) fundou o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) (SCHMITT, 2000).

Com o início da abertura da abertura política, iniciou-se o fim do


bipartidarismo e, com a redemocratização, tomam o protagonismo político no
cenário nacional partidos políticos que nasceram desse advento.
A princípio, existe a percepção equivocada de que a política externa sofre
influência inexistente ou marginal dos partidos políticos, sendo de responsabilidade
apenas do executivo (OLIVEIRA; ONUKI, 2010).
No entanto, como explicam Oliveira e Onuki (2010), este pensamento é
anacrônico, pois, os partidos políticos brasileiros não possuem apenas posições
discriminantes em temas de política externa como também podem alteram o curso
da agenda de política externa do país.
Com o decorrer dos anos, os partidos políticos nacionais – principalmente
aqueles no espectro ideológico-político de esquerda – foram buscando afiliações em
agremiações internacionais com o objetivo de discutir uma agenda comum no
âmbito da política externa.
Portanto, questiona-se em relação aos partidos de esquerda quais seriam
as suas afiliações internacionais e qual a influência destas organizações sobre os
partidos políticos brasileiros.
Abre-se o leque também para o estudo de outras consequências no meio
político brasileiro, perpassando pela maior clareza das ligações entre atores políticos
nacionais e externos.
O estudo beneficiará no sentido de trazer transparência a tais ligações
desmitificando afiliações internacionais políticas, podendo trazer à baila elementos
poucos explorados pelos agentes políticos, haja vista que, no pensamento comum,
os partidos políticos têm pouco ou quase nenhuma ingerência sobre o
direcionamento da política externa conduzida pelo executivo.

8. METODOLOGIA

No caminho de se obter respostas e resultados confiáveis, necessário se


faz a utilização do método cientifico que, segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 83)
são “o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e
economia permite alcançar o objetivo [...] traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.
No que tange aos métodos, estes podem ser classificados em duas
classes, a mais abrangente chamada de métodos de abordagem e a segunda, mais
especifica, denominada de métodos de procedimento (PRODANOV; FREITAS,
2013, p. 23).
Quanto a abordagem o trabalho pode ser classificado como dedutivo, que
é o método que parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis,
possibilitando chegar a conclusões de maneira puramente formal (GIL, 2008, p. 9).
Os procedimentos seriam etapas mais concretas da pesquisa, tendo
como finalidade mais restrita em termos de explicação dos fenômenos e menos
abstrata (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 106), portanto, em relação aos métodos
procedimentais, a pesquisa utilizará os procedimentos monográfico, histórico e
comparativo.
Segundo Gil (2008, p. 18), o método monográfico “parte do princípio de
que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de
muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes”.
Já o procedimento histórico, conforme leciona Marconi e Lakatos (2003,
p. 107), funda-se em preencher os vazios dos fatos e acontecimentos e apoia-se em
um tempo, mesmo que construído artificialmente, que assegura a percepção de
continuidade e vínculo entre os fenômenos.
Por fim, o comparativo dá-se pela investigação de indivíduos, classes,
fenômenos ou fatos com o objetivo de ressaltar as diferenças e similaridades (GIL,
2008, p. 16).
As pesquisas também podem ser classificadas em exploratórias,
descritivas e explicativas de acordo com os seus objetivos gerais (GIL, 2002, p. 41).
A pesquisa proposta para o trabalho será a do tipo exploratória, pois
proporciona maior ligação com o problema, tornando mais explícito e ajudando a
construir a hipótese (GIL, 2002, p. 41).
O desenvolvimento do trabalho se dará por meio da pesquisa
bibliográfica e documental, aquela se dará com base em material já elaborado,
principalmente por meio de livros e artigos científicos já publicados, de outro turno,
esta se valerá de materiais que não receberam um tratamento analítico ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objetivos propostos (GIL, 2002, p. 44-
45).

9. ESTRUTURA FINAL DO TRABALHO

1. INTRODUÇÃO
2. OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS
2.1 BRASIL IMPÉRIO (1822-1889)
2.2 REPÚBLICA OLIGARQUICA (1889-1930)
2.3 ERA VARGAS E REPÚBLICA LIBERAL (1930-1964)
2.4 DITADURA MILITAR (1964-1985)
2.5 REDEMOCRATIZAÇÃO E A NOVA REPÚBLICA
3. SISTEMA PARTIDÁRIO BRASILEIRO
3.1 DIREITO PARTIDÁRIO
3.2 DEFINIÇÃO IDEOLÓGICA: PARTIDOS DE ESQUERDA E DIREITA
3.3 QUADRO PARTIDÁRIO DO BRASIL RECENTE
4. AS AFILIAÇÕES INTERNACIONAIS
4.1 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
4.2 INTERNACIONAL SOCIALISTA (1951)
4.3 LIGA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES – QUARTA
INTERNACIONAL (1953)
4.4 COPPAL (1979)
4.5 FORO DE SÃO PAULO (1990)
4.6 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PARTIDOS E ORGANIZAÇÕES
MARXISTAS-LENINISTAS (1994)
4.7 ENCONTRO INTERNACIONAL DE PARTIDOS COMUNISTAS E
OPERÁRIOS (1998)
4.8 FEDERAÇÃO DOS PARTIDOS VERDES DAS AMÉRICAS (1998)
4.9 GLOBAL VERDE (2001)
4.10 FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (2001)
4.11 ALIANÇA PROGRESSISTA (2013)
4.12 GRUPO DE MONTEVIDÉU (2019)
5. CONCLUSÃO
10. CRONOGRAMA

a) Levantamento de dados: abril de 2021


b) Análise e fichamento de obras consultadas: maio de 2021
c) Redação do artigo: maio de 2021
d) Revisão (TCC 1ª Versão): junho de 2021
e) Entrega TCC Versão Final: julho de 2021

11. REFERÊNCIAS PRELIMINARES

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em 28 de Abr. 2021

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.

. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos


de metodologia científica. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

OLIVEIRA, Amâncio Jorge; ONUKI, Janina. Eleições, Partidos Políticos e Política


Externa no Brasil. Revista Política Hoje, [S.l.], v. 19, n. 1, jul. 2010. ISSN 0104-
7094. Disponível em:
<https://periodicos.ufpe.br/revistas/politicahoje/article/view/3836>. Acesso em: 28
abr. 2021.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de; Metodologia do


trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico.
2. Ed. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013.

SCHMITT, Rogério. Partidos Políticos no Brasil (1945-2000). 3. ed. Rio de


Janeiro: Zahar, 2000.

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