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06/08/2018

Não está necessariamente associada a


APOPTOSE CELULAR condições patológicas

Apoptose: Via de morte celular


induzida por um programa de
“suicídio” estritamente regulado;

Ocorre normalmente durante o


desenvolvimento e por toda a vida;

Eliminar células envelhecidas,


potencialmente perigosas e células
funcionais;

É também um evento patológico


Ausência de resposta inflamatória; quando células doentes são
Membrana plasmática não se rompe (fagócitos); lesadas de modo irreparável;
Involução celular;
Corpos apoptóticos;

PROCESSOS QUE ENVOLVER APOPTOSE CELULAR


Destruição das células durante a embriogênese;

Involução de tecidos hormônio-dependentes sob privação de hormônios;


(menopausa e fim da gravidez)

Perda de celular em populações celulares proliferativas (linfócitos e epitélios de


criptas);

Eliminação de linfócitos auto-reativos potencialmente nocivos;

Morte de células que já tenham cumprido seu papel (neutrófilos na resposta


inflamatória);

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PROCESSOS QUE ENVOLVER APOPTOSE CELULAR

Lesão no DNA por radiação ou drogas citotóxicas e hipóxia;

Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas (mutações nos genes que


codificam essas proteínas);

Infecções, particularmente virais, onde o próprio agente infeccioso dispara a


cascata que culmina em morte;

Atrofia patológica no parênquima de órgãos pós obstrução de ductos (pâncreas,


parótidas e rins);

MECANISMOS NA APOPTOSE

Proteínas pré e anti apoptose

Fosfatidilserina
CASPASES

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VIA INTRÍNSECA

Contato célula – célula


Ex: neurogênese
Perda de estímulos
tróficos de ancoragem

Considerada o principal mecanismo de


apoptose em todas as células
eucarióticas;

A regulação da liberação de proteínas


mitocondriais é feita pelo fino equilíbrio
entre proteínas pró e antiapoptóticas;

Anti apoptóticas Bcl-2, Bcl-x, Mcl-1;


(maior expressão proteica, fosforilação)

Ativação da via antiapoptótica pelo


estímulo via receptor de membrana para
uma substância estimulante;

Ex: Hormônio

VIA INTRÍNSECA

Via antiapoptótica suprimida, assim


há ativação da via pró apoptótica;

“Sensores” apoptóticos Bim, Bid, e


Bad chamadas de “proteínas apenas
BH3”;

Aumento da permeabilidade
mitocondrial;

Extravasamento de proteínas que


iniciam a cascata que irá culminar na
morte celular; (Caspases)

Agonista x Antagonista
RECEPTOR?

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VIA EXTRÍNSECA

Via iniciada pelo envolvimento de


receptores de morte presentes na
membrana plasmática (Receptores
específicos);

Membros da família do receptor


TNF com apenas um domínio
citoplasmático;

VIA EXTRÍNSECA

Fas é o tipo de receptor de


morte que melhor ilustra este
processo;

Os ligantes deste receptor


são chamados de FasL;

FasL é expresso em alguns


linfócitos T citotóxicos que
eliminam células tumorais e
aquelas infectadas por vírus, por
ex: HIV

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NÚCLEO NECRÓTICO – PADRÃO PICNOSE

Aspecto citoplasma e nuclear

Basofilia :
aumento
afinidade por
corante básico
( Hematoxilina)

http://anatpat.unicamp.br/lamendo1.html DNA condensa de forma única, aumento da basofilia

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NÚCLEO NECRÓTICO – PADRÃO PARCIALMENTE PICNÓTICO

Fragmentação e
condensação da cromatina
Formando “ grumos”

PARCIALMENTE
PICNÓTICO

Após 1-2 dias o núcleo desaparece

http://anatpat.unicamp.br/lamendo1.html

NÚCLEO NECRÓTICO – PADRÃO CARIÓLISE

CARIÓLISE
Núcleo “pálido”
Redução da basofilia

http://anatpat.unicamp.br/lamendo1.html

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NÚCLEO APOPTÓTICO
Condensação da cromatina abaixo da membrana nuclear formando crescentes e a
dissolução da membrana nuclear e de estruturas citoplasmáticas. Fragmentação do
núcleo e formação dos corpos apoptóticos.

http://anatpat.unicamp.br/nptcaplexo1a.html#apoptose

Lesão de Isquemia-
Isquemia-Reperfusão Correlação clinicopatológico

Tecido apresentou isquemia temporária, a ponto de lesar parte do tecido;


Há restituição da perfusão normal do tecido que sofreu a isquemias;
As células da região lesada tem as células com lesão reversível danificadas neste processo de
reperfusão;

Comum no infarto do miocárdio e isquemia cerebral;

Possíveis mecanismos envolvidos


Endotélio e leucócitos aumentam produção de EROs (peroxidação lipídica e proteica)
-Aumento de produção de EROs células lesadas
- redução das enzimas antioxidantes;

Aumento do aporte dos leucócitos ao tecido - inflamação

Inflamação é um processo
sempre prejudicial ao
organismo?

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AUTOFAGIA

Estresse celular

Condições fisiológicas (impede acúmulo); Fonte de energia


Privação de nutrientes;
Apoptose

JÁ COMENTADOS
NECROSE X GANGRENA Coagulativa;
Fibrinóide;
Caseosa;
Gordurosa;
Tipo especial ou evolução de um processo necrosante, com
Liquefativa
variações nas características dependendo da velocidade de
instalação do processo, das causas e do aspecto
morfológico final do quadro (grau de hidratação dos tecidos
necróticos).

NECROSE GANGRENOSA

http://anatpat.unicamp.br/tanecrose1.html

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TIPOS NECROSE GANGRENOSA

GANGRENA SECA;
É também chamada de "Mumificação“.Usualmente associada à
necrose isquêmica de extremidades, quando esta se desenvolve
lenta e gradualmente, desidratação através da insuficiência do fluxo
de líquidos nutrientes, da drenagem e da evaporação dos mesmos
no local afetado pela isquemia. Cor escura, azulada ou negra.
Normalmente circundada por uma linha de inflamação nítida.

Etiologia
Fisiológica no cordão umbilical;
Intoxicações parasitos específicos
Frio / Congelamento;
Gesso e bandagens muito apertadas;
* Associada à alterações vasculares.

TIPOS NECROSE GANGRENOSA

GANGRENA ÚMIDA (PÚTRIDA);

Invasão da região necrosada por microrganismos


anaeróbicos produtores de enzimas que tendem a
liquefazer os tecidos e produzir gases de odor
pútrido acumulando bolhas juntamente com o
material liquefeito. Pode levar ao choque séptico.

Locais possibilidade de acesso de


bactérias:
- Ferimentos abertos, expostos a
contaminantes;
Edema celular e tecidual???? relembre

Aumento de volume (edema) e amolecimento


progressivo com hemorragias e escurecimento
(decomposição local da hemoglobina) do
local.

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"Gangrena enfizematosa", "gangrena


TIPOS NECROSE GANGRENOSA
crepitante" ou "gangrena bolhosa".

GANGRENA GASOSA (aspecto úmido e bolhoso


bolhoso);
);

Secundária a contaminação do tecido necrosado


com bactérias do gênero Clostridium .Os quais
produzem de enzimas proteolíticas e lipolíticas e
grande quantidade de gás.

Pé diabético
Isso é chamado de neuropatia periférica ( danos nos nervos). Isso leva à
falta ou diminuição da sensação de dor. Dor geralmente alerta uma pessoa
normal para cuidar de uma área de machucar a fim de evitar infecções.
Fatores cumulativos para agravo:

-Sistema imunológico debilitado;


- Glicemia elevada (bactérias favorecidas e glicosilações);
- Vascularização debilitada;
O Pé Diabético é motivo primário de ocupação
de camas hospitalares e é responsável por
40%-60% de todas as amputações realizadas
por causas não traumáticas.

ÚLCERAS DE PRESSÃO

A pressão extra interrompe o fluxo de sangue através da pele. Sem um


suprimento de sangue, a pele afetada fica carente de oxigênio e nutrientes,
levando a formação de uma úlcera.

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Dosagens séricas Testes “não invasivos”

Lesão celular
Morte celular

Dosagens de proteínas e enzimas específicas (marcadores


bioquímicos) a partir de fluidos corporais, durante uma condição
patológica.
Um produto celular, conteúdo intracelular ou acúmulo sério em função
de mal funcionamento de algum sistema (tecido) .

Marcador bioquímico específico


-Identificar uma doença (órgão) para o tecido de estudo?
- Monitoramento do tratamento;
- Progressão da doença;

Marcadores bioquímicos –valor de referência


-Basal ( homeostase)
- Associado a uma patologia ( valores) NECROSE
Marcador específico intracelular
presença sérica

Dosagens séricas
Meia vida dos marcadores (minutos/horas /dias);
Picos de concentração em diferentes fase ( iniciais/tardios);

Biomarcadores dosados e relacionados com condições clinicas do paciente,


auxiliam no diagnóstico e fase da condição patológica.

Se o marcador sérico é de dano tardio eu


posso utilizar seu padrão de referência para
diagnosticar uma patologia logo após o dano Proteína C reativa (PCR): perfil
tecidual? inflamatório fase aguda
Combinado com outros exames

Diagnóstico x prognóstico

http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302002000100006

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Biomarcadores dosados e
combinados com condições
Dosagens séricas clinicas do paciente, auxiliam no
diagnóstico.

MARCADORES DOENÇAS HEPÁTICAS


Qual tecido estou
Ex: Disfunção hepática (causas diversas) avaliando?
ALT (alanina aminotransferase) Qual marcador para a
AST (aspartato aminotranferase) condição que se quer
•Intracelulares confirmar?
Ex: Icterícia ( disfunção hepática ou obstrução biliar)
Hiperbilirrubinemia sérica

Redução da albumina sérica:

-deficiência na produção de albumina;


- Excesso de perda da albumina

Dosagens séricas
MARCADORES DOENÇAS CARDÍACAS
Ex: Isquemia miocárdica aguda
troponinas cardíacas;
creatinocinase CK-2
•Intracelulares

Ex: insuficiência cardíaca


peptídeos natriuréticos – peptídeo natriurético tipo B (BNP)
- Secretado pelos ventrículos em resposta à expansão de volume
e sobrecarga de pressão ;

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Dosagens séricas Indicação de dano;


Indicação de recuperação;
MARCADORES DOENÇAS PANCREÁTICAS
Ex: Pancreatite aguda
O TAP (trypsinogen activation peptide) * intracelular
Interleucinas ( IL-6 e IL-8) – produzidas e secretadas
Ex: Inflamação pancreática
Lipase e amilase sérica elevada *intracelular

MARCADORES ENCEFÁLICOS
AVC ( acidente vascular cerebral):
- S100B (calcium binding proteinB)
- Proteína C-reativa,
- Metaloproteinases de matriz
Vamos pensar..... - Peptídeo natriurético cerebral

A S100B é encontrada em altas concentrações nas células da glia e de Schwann. Vários


estudos reportam um aumento significativo desta proteína no LCR (aproximadamente 40
vezes superior à do sangue periférico) logo após o AVC. No sangue periférico, aumenta
aproximadamente 12 horas após a lesão com um pico entre o segundo e terceiro dias e
tem um tempo de semivida de duas horas.

Dosagens séricas
MARCADORES DOENÇAS RENAL
Ex: Insuficiência renal
Creatinina elevada no sangue
Uréia

*** não é produzida pelos , nem está dentro das células renais , mas sua alteração
no plasma é decorrente de funcionamento insuficiente dos rins! Assim um marcador
sérico.

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PATOLÓGICA Dosagens séricas: métodos


bioquímicas
Ausência de um marcador específico (sérico)
Pré disposição uma patologia de origem gênica
Confirmação de uma patologia em função de uma síndrome

Histopatológico;
Citopatológico; PRESERVAÇÃO como fator limitante de
Histoquímico; análise e diagnóstico correto

Métodos moleculares;

Análise a nível molecular (moléculas de DNA, cromossomos, proteínas etc);


Confirmação de uma patologia e pré-disposição a uma condição patológica
(cautela)
• Ex: Oncogenes, mutações, etc;

Testes rápidos de vírus latente ( Ex: HIV);


Testes de compatibilidade para transplantes;

BIÓPSIA
NECRÓPSIA ou AUTÓPSIA (relembre)

* Procedimento médico de extrema importância na determinação da causa da morte, dos


diagnósticos principais e secundários, observados macroscopicamente e confirmados
microscopicamente (histopatologia) e, ou acrescidos de outros, os quais, correlacionados com as
informações clínicas no prontuário do paciente, poderão confirmar os diagnósticos em vida, em
parte ou no todo.

1. Exame macroscópico. 2. Exame microscópico. 3. Correlação dos achados macro e


microscópicos com os dados da história do paciente.

Causa de morte patológica


Erros procedimentos (confirmações)

AUTÓPSIA vem do grego: auto (por si mesmo ou pessoalmente – e não de si mesmo)


+ psia (ação de ver ou examinar). Significa, em suma, analisar por si mesmo ou analisar
pessoalmente.
NECROPSIA também vem do grego: necro (morte, morto ou cadáver) + psia (ação de
ver ou examinar).

Departamento de Patologia - EPM/UNIFESP

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Exemplo clínico
PATOLOGIA DO FETO: NATIMORTO

Tendo uma análise aprofundada do problema que impediu que a gravidez


fosse concluída com normalidade e êxito, é possível elaborar estratégias ou
tratamentos que evitem que a situação se repita.

-Diagnóstico correto da causa da morte


* Malformação tecidos
* Deficiências em suprimentos necessários ao desenvolvimento;

INVESTIGAÇÃO DA CAUSA OU CONFIRMAÇÃO DA CAUSA

Roteiro de estudos – questões direcionadas

Defina/ Diferencie hipóxia, anóxia e isquemia.


Cite um exemplo de evento isquêmico e condição de anóxia com suas possíveis reações
celulares.
Diferencia NECROSE de APOPTOSE quanto:
-Tamanho celular (desequilíbrio osmótico);
-Processo inflamatório;
-Membrana plasmática;
-Conteúdo celular;
-Papel fisiológico e patológico;
Defina lesão celular reversível e irreversível, cite exemplos de condições para estes tipos de
lesões.
Quando uma lesão celular deixa de ser reversível e torna-se irreversível? Relacione com um
exemplo patológico.
Qual a importância da apoptose nos processos fisiológicos normais? Cite duas condições que
envolvem eventos apoptóticos por condições fisiológicas (não patológicas).
A necrose liquefativa presente por exemplo no infarto do sistema nervoso apresenta aspecto
característico (tecido liquefeito). Explique o que leva o tecido a adquirir essas morfologia.
Quais os padrões de necrose e suas características de identificação?

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Quanto às técnicas de análises patológicas: histopatológica, citopatológica, imunológicas


e histoquímicas, para que servem e quando são utilizadas?
Lesões celulares podem apresentar etiologia química, física, biológica e genética.
Diferencie estas etiologias e cite ao menos um exemplo de cada uma.
Quais os principais sistemas celulares que podem sofrer lesão celular? De que modo a
lesão destes pode levar a célula a lesões irreparáveis e à morte celular?
A necrópsia em estudos de patologia tem qual função? Qual a diferença da avaliação
macroscópica da microscópica neste processo?
As técnicas moleculares diante de estudos patológicos tem qual função? O que se avalia
neste tipo de técnica?
Qual a relação do processo de autofagia celular com a apoptose? E de autólise na
necróse?
Qual a diferença entre as vias intrínseca e extrínseca do mecanismo de apoptose?
A necrose está relacionados a patologias e a processos fisiológicos. Explique esta
afirmação e exemplifique.
Qual a relação do processo inflamatório com os dois tipos de morte celular (necrose e
apoptose)?
Diferencie os três tipos de necrose gangrenosa.
O Cálcio é um íon de extrema importância para desencadear mecanismos intracelulares
( função de segundo mensageiro). Justifique a morte celular em condições irreversíveis em
decorrencia do desbalanço do cálcio.
Qual a importância de conhecer o agente etiológico e a patogênese de uma doença?
A necrose pode ocorrer em função a distúrbios nutricionais. Explique esta afirmação
(considere o excesso de nutriente e redução de nutrientes disponíveis).

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