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Universidade Federal do Pará

Instituto de Ciências da Saúde


Curso de Especialização em Gestão e
Controle da Qualidade Laboratorial

Implementação da
Gestão de Risco em
Laboratório

Profª Jacqueline Cortinhas


jacqueline@ufpa.br
jac_cortinhas@yahoo.com.br
Gerenciamento de risco

 Como implementar a Gestão de Riscos nos


Laboratórios?

Identificando-o

Analisando-o

Avaliando
Gerenciamento de risco

 Considerações

• Segurança do trabalho é um conjunto de medidas que são


adotadas visando minimizar os riscos no ambiente laboral que
possam provocar acidentes de trabalho, causar doenças
ocupacionais e afetar a integridade do trabalhador.

https://segurancadotrabalhoacz.com.br/tecnicas-de-analise-de-risco/
Gerenciamento de risco

 Considerações
Risco Perigo
O risco está sempre É uma propriedade
associado à chance de intrínseca de uma
acontecer um evento ꭓ situação, ser ou coisa, e
indesejado; não pode ser
controlado ou reduzido
Gerenciamento de risco

 Análise de Risco

• A Análise de Risco (AR) é uma atividade voltada para o


desenvolvimento de uma estimativa, qualitativa e/ou
quantitativa do risco baseada na Engenharia de Avaliação e
técnicas estruturadas para promover a combinação das
frequências e consequências de um acidente, e através
desses fazer a avaliação dos riscos (CETESB, 2008).

Consiste na verificação dos pontos críticos que possam vir a


apresentar não conformidade durante a execução de
determinado projeto.
Gerenciamento de risco

 Análise de Risco
Objetivo da análise de risco:
Estabelecer critérios para: identificar, avaliar e gerenciar
continuamente riscos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde,
oriundos dos Processos e Operações da organização.
Gerenciamento de risco

 Análise de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- A elaboração de Mapas de Riscos está


mencionada na alínea “a”, do item 5.16 da NR
05, com redação dada pela Portaria nº 25 de
29/12/1994: “identificar os riscos do processo
de trabalho, e elaborar o MAPA DE RISCOS,
com a participação do maior numero de
servidores, com assessoria do SESMT, onde
houver”.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- OBJETIVOS:
a) reunir informações suficientes para o
estabelecimento de um diagnóstico da situação
de segurança e saúde no trabalho do
estabelecimento;
b) possibilitar a troca e divulgação de informações
entre os servidores, bem como estimular sua
participação nas atividades de prevenção.
Mapa de Risco

Mapa de Risco
- Etapas da elaboração:
1) conhecer o processo de trabalho no local analisado:
2) identificar os riscos existentes no local analisado;
3) identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia;
4) identificar os indicadores de saúde;
5) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados
no local;
6) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do órgão,
indicando através de círculos;
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas da elaboração:
1) conhecer o processo de trabalho no local
analisado:
- os servidores: número, sexo, idade, treinamentos
profissionais e de segurança e saúde, jornada de
trabalho;
- os instrumentos e materiais de trabalho;
- as atividades exercidas;
- o ambiente.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas da elaboração:
2) Identificar os riscos existentes no local
analisado;
- Químico
- Físico
- Biológico
- Ergonômico
- Acidentes
Mapa de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas da elaboração:
3) identificar as medidas preventivas existentes e
sua eficácia:
- medidas de proteção coletiva;
- medidas de organização do trabalho;
- medidas de proteção individual;
- medidas de higiene e conforto: banheiro,
lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,
refeitório, área de lazer, etc.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas da elaboração:
4) identificar os indicadores de saúde:
- queixas mais frequentes e comuns entre os
servidores expostos aos mesmos riscos;
- acidentes de trabalho ocorridos;
- doenças profissionais diagnosticadas; - causas
mais frequentes de ausência ao trabalho.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas da elaboração:
5) Conhecer os levantamentos ambientais já
realizados no local:
- Laudo;
- CIPA
Mapa de Risco

Mapa de Risco
- Etapas da elaboração:
6) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do órgão,
indicando através de círculos:
-o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor
padronizada;
- o número de trabalhadores expostos ao risco;
- a especificação do agente (por exemplo: químico – sílica,
hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico – repetitividade,
ritmo excessivo);
- a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos
trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos
proporcionalmente diferentes dos círculos.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- O que é ?
- É uma Planta que mostra os riscos no
local de trabalho.
- Para que serve ?
- Conscientizar os trabalhadores sobre
riscos;
- Ajuda no estudo de medidas preventivas;
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Como é feito?
- Cada cor corresponde a um tipo de risco;
- Cada tamanho corresponde à intensidade
do risco.
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Quem faz?
- O mapa de riscos é feito pela Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),
sendo ela o Agente Mapeador, após ouvir os
trabalhadores de todos os setores e com a
orientação do Serviço Especializado em
Engenharia e Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT do órgão.
Mapa de Risco

Mapa de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco

Diversos Tipos de Risco Risco afetando a seção


no mesmo local inteira
Mapa de Risco

Mapa de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco
Mapa de Risco

Mapa de Risco

- Etapas do mapeamento:
- levantamento dos riscos;
- elaboração do Mapa;
- análise dos riscos;
- elaboração do relatório;
- apresentação do trabalho;
- implantação e acompanhamento;
- avaliação.
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS

• O Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos (substâncias e misturas) e
de comunicação de perigos por meio de rótulos e fichas de
dados de segurança padronizados foi desenvolvido pela
Organização das Nações Unidas.

O GHS é considerado uma abordagem lógica e abrangente para


a definição dos perigos dos produtos químicos, bem como sua
classificação e comunicação de perigo por meio da FISPQ e de
Rótulo.
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS - Benefícios

 Incremento na proteção da saúde humana e do meio


ambiente;
 Redução da necessidade de testes em animais;
 Facilitação do Comercio Internacional;
 Auxilio na construção e aproveitamento de políticas
nacionais de segurança química.
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS - Abrangência

“26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho deve


ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde
dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos
pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das
Nações Unidas”.

“26.2.3.4 O empregador deve assegurar o acesso dos


trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos
químicos que utilizam no local de trabalho”.
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS - Abrangência

O GHS se aplica a todos os produtos químicos que são


manipulados por um trabalhador, por isso, as empresas dos
mais diversos segmentos como: alimentícias, farmacêuticas,
cosméticos, higiene pessoal, nutrição animal, nutrição
vegetal, entre outras, devem se adequar.
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS e os Rótulos

No Brasil todas as informações sobre a utilização do GHS nos


rótulos estão descritas na NR 26 – Decreto 229 e na ABNT
NBR 14725-3. A partir da classificação do produto (ABNT NBR
14725-2) é possível definir, os elementos de rotulagem que
devem ser utilizados (pictogramas, palavra de advertência,
frases de perigo e frases de precaução).
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS e os Rótulos


Gerenciamento de risco

 Sistema GHS
Gerenciamento de risco

 Sistema GHS
Gerenciamento de risco

 Desenvolvendo o estudo da análise de risco


Definição do sistema a ser estudado

Identificação dos perigos


Etapas do estudo

Avaliação das frequências

Avaliação das consequências e vulnerabilidade

Avaliação dos Riscos

Aceitabilidade dos Riscos

Gerenciamento do Risco
Gerenciamento de risco

 Gestão de Risco

Existem metodologias que possibilitam o


conhecimento dos perigos a que todos os
funcionários e clientes das organizações
estão expostos, ou seja, ferramentas
essenciais para a prevenção e o
monitoramento desses riscos, que são as
metodologias de análise de risco.
Gerenciamento de risco

 Metodologias aplicadas na Gestão de Risco

Análise Preliminar de Perigos

Análise de Perigos e Operabilidade

Análise de Árvore de Falhas

Análise de Árvore de Causas

Análise de Modo de Falhas e Efeitos


Gerenciamento de risco

 Análise Preliminar de Perigo (APP)

• Objetivo: “identificar os perigos presentes numa


instalação, que podem ser ocasionados por eventos
indesejáveis.”
• Características: permite inicialmente identificar e
analisar em forma abrangente os potenciais de riscos
que poderão estar presentes na instalação analisada
(Takada, 2013)
Gerenciamento de risco

 Análise Preliminar de Perigo (APP)

Etapas do desenvolvimento:

1) revisão de problemas conhecidos;


2) revisão da missão a que se destina;
3) determinação dos riscos iniciais e contribuintes;
4) revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos;
5) análise dos métodos de restrição de danos e;
6) indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou
preventivas
Gerenciamento de risco

 Aplicação da Análise Preliminar de Perigo (APP)

Elaboração de uma planilha com a descrição e


avaliação de todas as atividades desenvolvidas pela equipe;
definição dos itens a serem julgados.
Por exemplo: perigos, causas, severidade, frequência
e medidas preventivas.
Os níveis de risco podem ser obtidos através da
Matriz de Risco, a qual considera os valores de severidade e
frequência
Gerenciamento de risco

 Aplicação da Análise Preliminar de Perigo (APP)


Gerenciamento de risco

 Aplicação da Análise Preliminar de Perigo (APP)


Gerenciamento de risco

 Aplicação da Análise Preliminar de Perigo (APP)


Gerenciamento de risco

 Análise de Árvores de Falhas (AAF)

Consiste na construção de um processo lógico


dedutivo que, partindo de um evento indesejado pré-
definido (hipótese acidental), busca as suas possíveis
causas; persiste identificando as sucessivas falhas até
identificar a falha básica.
Gerenciamento de risco

 Análise de Árvores de Falhas (AAF)


Gerenciamento de risco

 Análise de Árvores de Causas (AAC)

• É um método de investigação de acidentes do trabalho;


• Baseado na teoria de sistemas e na pluricausalidade do
fenômeno acidente;
• Se for bem aplicada, deve apontar todas a falhas que
antecederam ao evento final (lesão ou não).
Gerenciamento de risco

 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (AMFE)

• Visa Identificar potenciais modos de falha de um


produto ou processo de forma a avaliar o risco
associado a estes modos de falhas, para que sejam
classificados em termos de importância e então
receber ações corretivas com o intuito de diminuir a
incidência de falhas;
• É um método importante que pode ser utilizado em
diferentes áreas de uma organização como: projetos
de produtos, análise de processos, área industrial e/ou
administrativa, manutenção de ativos
e confiabilidade com o intuito de trazer importantes
benefícios para o negócio.
Gerenciamento de risco

 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (AMFE)


Gerenciamento de risco

 O que fazer após a avaliação dos riscos?

• Após a avaliação, há a abertura de planos de ação para


conceber, manter ou melhorar os controles da atividade
– Ciclo PDCA.
• Os riscos podem ser reduzidos a partir da seguinte
hierarquia: eliminação, substituição, controles de
engenharia, sinalizações de riscos e equipamento de
proteção individual.
Gerenciamento de risco
Gerenciamento de risco

 Processo Laboratorial
Gerenciamento de risco

 Processo Laboratorial
• Vamos iniciar o gerenciamento de risco?

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