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a. exclusão social.
9. ENEM 2012
b. imposição religiosa.
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque
c. acomodação política.
padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo
d. supressão simbólica.
Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua
e. ressignificação cultural.
cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um
engenho é de três. Também ali não faltaram as canas,
porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo 11. FGV 2014
para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores,
lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem vulgarmente engenhocas. Os reais ganharam este apelido
dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas por terem todas as partes de que se compõem e todas as
noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos,
Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, com muitos canaviais próprios e outros obrigados à moenda;
e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, e principalmente por terem a realeza de moerem com agua,
as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são
vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, menos providos e aparelhados; ou, pelo menos, com menor
também terá merecimento de martírio. perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco
número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951
moente e corrente.
(adaptado).
ANTONIL, André João. Cultura e opuléncia do Brasil. Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p. 69.
O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no
relação entre a Paixão de Cristo e início do século XVIII. A esse respeito é correto afirmar:
a. a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos a. O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica
brasileiros. do sertão nordestino durante o período colonial, permitindo a
b. a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana. ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e
c. o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios. o rio Parnaíba.
d. o papel dos senhores na administração dos engenhos. b. A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em
e. o trabalho dos escravos na produção de açúcar. larga escala, foi possível graças à implantação do sistema
de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas
moendas.
10. ENEM 2013
c. Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra
Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados
escrava africana, enquanto que nos engenhos
em soberbos cavalos; depois destes, marchava o
pernambucanos predominava o trabalho indígena.
Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de
d. Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de
seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do Rei
produção do açúcar, do plantio, passando pela moagem, a
estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve
purga, a secagem e até a embalagem.
repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de
e. A produção de açúcar no sistema de "plantation" ficou
tanta grandeza.
restrita aos domínios lusitanos das Américas, durante a
época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores em entendê-la, porque, como outras manifestações
locais e aos comerciantes reinóis. religiosas do período colonial, ela
a. a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos a. os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que
cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar. os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso
b. as formas de escravidão nos engenhos eram mais dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
brandas do que em outros setores econômicos, pois ali b. os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro
vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia. dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o
c. a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais
membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
justificá-la com base na Bíblia. c. o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns
d. clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto mercadores metropolitanos preocupavam-se com as
às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto
negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão. que outros os consideravam uma “mercadoria”.
d. a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se
indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo afirmar corretamente que
momento, também escravos africanos fossem empregados
a. buscava afirmar valores nativistas contestando a
na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de
exploração colonial.
pessoas.
b. era alicerçada em relações sociais que primavam por
e. o principal motivo da adoção da mão de obra de origem
igualdade e fraternidade
africana era o fato de que esta precisava ser transportada de
c. baseava-se em relações sociais de cunho escravista e
outro continente, o que implicava a abertura de um rentável
patriarcal.
comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente
d. procurou imprimir uma nova dinâmica social que em nada
às estruturas do sistema de colonização.
lembrava a metrópole colonizadora.
GABARITO: 1) c, 2) a, 3) a, 4) a, 5) e, 6) d, 7) b, 8) d, 9) e,
10) e, 11) d, 12) b, 13) d, 14) c, 15) c, 16) c, 17) e, 18) a, 19)
b, 20) c, 21) b, 22) c, 23) c, 24) d, 25) c, 26) c, 27) d, 28) a,
29) b, 30) a,