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FACULDADE DE ENGENHARIA
1
RESUMO
ABSTRACT
Risk assessment and case study for the application of safety methods in Lathe Machine
didactic based on Regulatory Norm number 12. This work, as well as any work of risk
assessment, is basically divided into two stages: risk assessment and the analysis of risk
reduction, republished generally as before and after the proposed solution for the risks
studied. It was analyzed the general safety framework of the machines in the industrial and
university scenario and from there, what can be called as "Basic Design" of the equipment
was constructed, highlighting where the risk points are, the level of these, the proposed
solutions and subsequently analyzing the same risks, finding results of up to 98%
improvement in the risk assessment in certain cases.
2
1 TABLE OF CONTENTS
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5
3.4 ISO 13849-1 - Safety of machinery Safety related - General Principles for design.
11
4 METODOLOGIA ........................................................................................................ 12
3
5.6 Esboço da solução proposta e comentários ........................................................... 25
6 Conclusão ..................................................................................................................... 36
7 Referências ................................................................................................................... 36
4
2 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância da aplicação da Norma
Regulamentadora de número 12 (NR-12) em máquinas e equipamentos do setor de
ferramentaria, mais especificamente no Torno Mecânico modelo Riosulense TR-600.
Atualmente o Brasil possui 36 normas regulamentadoras do MTE (Ministério do
Trabalho e Emprego), todas elas estabelecidas pela CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho), o que significa que devem fazer parte obrigatoriamente do ambiente de trabalho.
A NR-12 foi criada a partir da portaria de número 3214, no mês de junho de 1978
(mil novecentos e setenta e oito), foi alterada 9 (nove) vezes, sendo a última em julho de
2017. Tais mudanças ocorreram pois ao longo dos anos foi se evidenciando – com a
crescente no número de acidentes de trabalho – a falta de segurança no ambiente fabril
(NAVARRO, A. F. A origem dos acidentes de trabalho. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/AntonioFernandoNavarro/a-origem-dos-acidentes-do-trabalho>
Acesso em: 07/20/2017).
Máquinas de ferramentaria em empresas de pequeno a grande porte são de
importância fundamental na indústria, seja para produção em série ou mesmo para apoio nos
setores de manutenção. O torno mecânico é uma máquina/ferramenta que permite a
usinagem de peças de geometria de revolução, o processo basicamente se confere pela placa
de castanhas (normalmente 3 ou 4 castanhas) que segura a peça a ser usinada e a gira em
alta velocidade, enquanto que, manual ou automaticamente, o carro de ferramentas avança
conforme controle/programação do operador. O torno mecânico possui normalmente dois
modos de atuação, o manual – onde o avanço do carro de ferramentas é feito manualmente
pelo operador, possibilitando o controle momentâneo do movimento – e o automático – que
é usado para o processo de rosqueamento.
Dito isto, cabe ressaltar a importância da segurança para operadores de máquinas e
equipamentos, em qualquer lugar em que estiverem, inclusive em ambientes didáticos.
Frequentemente são encontradas evidências de acidentes com operadores de máquinas
operatrizes justamente quando ainda estão no processo de aprendizagem. Apesar de
constante supervisão de um responsável, o fator humano é sempre colocado a prova, porém,
em alguns casos, qualquer que seja a falta de atenção ou mesmo falta de perícia, pode gerar
um acidente fatal.
É traçando um paralelo entre a conscientização da indústria com o bem estar do
operador e, o ambiente de aprendizado – seja ele um curso técnico ou uma universidade –
5
que entra em pauta o tema deste trabalho: adequação de NR-12 em máquinas operatrizes do
laboratório de prática de oficina da PUCRS.
6
O objetivo final é fornecer um mapa dos riscos da máquina, bem como os
equipamentos que podem ser utilizados para a mitigação dos mesmos e, por fim, uma nova
analise de risco com os sistemas supostamente implantados, mostrando a diferença em
pontuação de um sistema sem e um sistema com adequação de segurança.
7
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Desde o início do mundo o ser humano vem se adaptando às necessidades e elaborando
ferramentas para lhe auxiliarem no trabalho diário. A chegada da revolução industrial trouxe
novas formas de visão para empregados e empregadores; ela representa a transição dos
métodos de produção artesanais para o uso de máquinas e equipamentos dos mais variados
tipos e aplicações. Foi no contexto de revolução industrial e surgimento do sistema a vapor
de James Watt que as máquinas operatrizes ganharam destaque na indústria (SACCO, F. “A
Revolução das Máquinas”. Disponível em:
<http://www.omundodausinagem.com.br/?p=4517> Acesso em 07/09/2017).
Com relatos de existência desde o século XVI, as máquinas-ferramentas se tornavam
cada vez mais importantes na indústria, visto que as tecnologias da época também
avançavam e os materiais necessariamente também passavam por uma evolução. Peças que
antes eram feitas predominantemente de madeira pouco resistente, agora precisariam de
metal – material que conferia resistência necessária para as técnicas que vinham sendo
empregadas a cada dia em maior escala.
No ano de 1775, o inglês John Wilkinson criou o primeiro torno mecânico. Apesar de
alta simplicidade, a até então chamada “máquina de brocar” já apresentava desempenho
superior às concorrentes anteriores no que diz respeito ao trabalho de qualidade em metal.
Por volta de meio século depois, as máquinas operatrizes conhecidas até hoje já tinham papel
fundamental na indústria e agora eram usadas em larga escala, possibilitando alta redução
de tempo de fabricação, redução de custo de produto, aumento na qualidade, entre outros,
provando de uma vez por todas os benefícios que trariam. Já no início do século XX, tornos
já estavam sendo tocados a motor (1906); vinte anos mais tarde entraram também os motores
elétricos (SACCO, F. 2014).
É neste contexto de crescimento contínuo do uso de máquinas e equipamentos,
juntamente com os acidentes de trabalho relacionados ao uso dos mesmos, que surgiu a
importância do estudo de segurança do trabalho. Em 1977, a lei Nº 6.514 teve o capítulo V,
Título II da CLT, relativa a Segurança e Medicina do Trabalho. No ano seguinte, em 08 de
junho de 1978, as Normas Regulamentadoras foram aprovadas e se tornaram lei, a partir da
Portaria Nº 3.214 (NAVARRO, A. F. A origem dos acidentes de trabalho. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/AntonioFernandoNavarro/a-origem-dos-acidentes-do-trabalho>
Acesso em: 07/20/2017).
Já no ano de 1978, a NR-12 estava criada, com objetivo de assegurar a segurança dos
operadores em máquinas e equipamentos, a NR 12 afirma que é de responsabilidade do
8
empregador a saúde e integridade física dos funcionários. Esta norma se refere a segurança
relativa à máquina desde o seu transporte até o final da sua vida útil, incluindo etapas como:
instalação, utilização e manutenção.
De nada adiantaria existir uma norma se referindo a quais medidas de segurança devem
ser adotadas se não houvesse também outra norma balizando os conceitos do que são riscos
e como eles seriam avaliados. Foi a partir desde conceito e de outras normas que no ano
2013 entra em vigor a norma NBR ISO 12100:2013 - Segurança de máquinas - Princípios
gerais de projeto - Apreciação e redução de riscos.
Este trabalho procura fazer a associação da NR 12, que se refere ao que deve ser feito
pela segurança, com a ISO 12100:2013, que se refere a como empregar o conceito de
segurança.
Na etapa de avaliação dos riscos e dos sistemas a serem instalados, também será utilizada
a norma ABNT NBR 14153, que descreve o processo de categorização dos riscos
relacionados aos sistemas de comando das máquinas.
9
- Sistemas de segurança;
- Dispositivos de parada de emergência;
- Meios de acesso permanentes;
- Componentes pressurizados;
- Transportadores de materiais;
- Aspectos ergonômicos;
- Riscos adicionais;
- Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos;
- Sinalização;
- Manuais;
- Procedimentos de trabalho e segurança;
- Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título e
exposição;
- Capacitação;
- Outros requisitos específicos de segurança;
- Disposições finais.
10
3.2 NBR ISO 12100:2013 - Segurança de máquinas - Princípios gerais de projeto -
Apreciação e redução de riscos.
Esta norma indica a terminologia básica, os princípios e uma metodologia de
apreciação e redução de riscos para alcançar a segurança nos projetos de equipamentos. Ela
aborda pontos específicos como:
- Apreciação de riscos;
- Identificação de perigos;
- Redução de risco;
- Escolha de tecnologias apropriadas, etc.;
3.4 ISO 13849-1 - Safety of machinery Safety related - General Principles for design.
A ISO 13849-1 contempla definições sobre princípios gerais para projetos também.
Nesta norma é tratado o PLr (Perfomance Level required), metodologia de classificação de
segurança que também será abordada neste trabalho. O basicamente se difere da categoria
de segurança (tratado no item anterior) por se tratar do nível de segurança do componente e
não do sistema.
11
4 METODOLOGIA
A norma NBR ISO 12100, como já dito anteriormente, aborda uma metodologia
básica para princípios gerais de projeto, apreciação e redução de riscos.
A apreciação de riscos consiste em uma série de passos que, seguidos conforme
orientações da norma permitem uma análise mais palpável do risco, visando a mitigação do
mesmo. Diversas ferramentas (metodologias) podem ser utilizadas para esta parte do
trabalho, porém, usaremos apenas três: o HRN (Hazard Rating Number – Número de
Avaliação de Perigos), a determinação de categoria e PLr (Performance Level required).
A figura 1 mostra o fluxo de processo de Análise e Apreciação de risco, conforme
ISO 12100:
Início
Determinação dos
Analise do Risco
Limites da Máquina
Seção 5.3 da NBR12100
Identificação do Perigo
Seção 5.4 da NBR12100
Apreciação do Risco
Estimativa de Risco
Seção 5.5 da
NBR12100
Avaliação do Risco
seção 5.6
Fim
12
Este trabalho se divide basicamente em duas etapas: a primeira consiste na Apreciação
de Risco, onde determinado risco será descrito, pontuado conforme HRN e devidamente
registrado; a segunda etapa será a Análise de Redução de Risco, onde a categoria e o nível
de performance requerido são avaliados também, ditando o nível de proteção que o sistema
e os componentes deverão estar, uma solução será proposta para redução do risco e
novamente será pontuado o HRN, permitindo seja feita uma comparação do risco antes e
depois da adequação.
13
4.1.1 PE – Probabilidade de Ocorrência.
Figura 2 - Probabilidade de Ocorrência
Probabilidade de Exposição
PE Descrição
0,00 Impossível
0,01 Quase impossível
0,05 Altamente improvável
1 Improvável
2 Possível
5 Alguma chance
8 Provável
10 Muito Provável
15 Certamente
Fonte: Autoria Própria [2017]
14
4.1.4 NP – Número de Pessoas Expostas ao Risco
É fácil analisarmos a gravidade do risco após feita a análise da tabela acima. Tratando
de forma prática, riscos pontuados de “Aceitável” a “Muito Baixo” não necessitam de
intervenção, podendo ser apenas determinadas medidas para mitigar os riscos residuais.
Riscos classificados de “Baixo” a “Significante” necessitam de medidas a serem tomadas
conforme avaliação técnica profissional, já os riscos avaliados como “Muito Alto” ou
“Extremo” devem ser estudadas medidas imediatas de proteção, sendo de extrema
importância a análise de categoria (ISO 14153).
15
4.2 Determinação de Categoria
Quando forem necessárias medidas de segurança que utilizem componentes de
controle (sensor – interface – atuador), deverá ser determinado a categoria de segurança que
o sistema exige. Esta categoria é definida a partir de análises de frequência, exposição, e
probabilidade de evitar o dano. A determinação de categoria está prevista na norma NBR
14153 e resumida por categoria no item 3.3 deste documento.
A figura 7 mostra o modelo de ferramenta de auxílio para especificação da categoria
de segurança a ser adotada:
Figura 7 - Gráfico para escolha de categoria
16
4.3 PLr – Perfomance Level required (Nível de Performance requerido)
No que se refere à tecnologia aplicada na solução, foi usada a metodologia PLr, que
determina os requisitos de segurança dos componentes, conforme ISO 13849-1 e, possui
cobertura para todos os sistemas eletrônicos de segurança, permitindo um estudo mais
específico em cada solução de risco (Disponível em:
<http://www.fastautomacao.com.br/site/nivel-de-desempenho-pl/> Acesso em: 07/20/2017.
De modo geral, a definição de categoria (conforme tratado no item 3.2) se refere ao
nível de segurança em relação ao risco geral; enquanto que a definição o PLr se trata do nível
de segurança do componente em si, da sua estruturação interna, redundâncias, contatos, etc..
A figura 8 mostra a ferramenta utilizada para determinar o PLr, conforme ISO 13849-
1:
É possível notar também que os critérios para avaliação o PLr são os mesmos que os
da avaliação de categoria: Severidade do Dano, Frequência de Exposição e Possibilidade
de Evitar o Perigo.
17
5 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA
A aplicação da metodologia proposta se refere basicamente ao trabalho de avaliação
de risco como um todo. Neste trabalho, serão apresentadas nove avaliações de risco, uma
para cada risco encontrado no equipamento em questão.
As avaliações de risco se dividem em sete partes, que são elas:
- “Registro fotográfico – Antes” - onde o estado atual do risco é registrado;
- “Descrição do Risco” – onde o risco é relatado e comentado conforme normativa;
- “Avaliação de HRN – Antes” – onde o HRN atual do risco é pontuado;
- “Avaliação de Categoria e Avaliação de PLr” – onde a categoria é avaliada
conforme NBR 14153 e o nível de performance necessário é avaliado conforme ISO 13849-
1;
- “Solução Proposta” – onde uma proposta de solução para o risco será descrita,
seguindo as normativas de segurança;
- “Esboço da solução proposta e comentários” – onde serão mencionados e
exemplificados alguns componentes possíveis de serem aplicados na solução proposta. Nesta
etapa também serão feitos alguns comentários sobre as soluções apresentadas, pois os
mesmos foram considerados como fundamentais para o entendimento das esolhas.
- “Arquitetura da solução proposta e comentários” – onde será feito um esboço da
arquitetura do sistema, com o intuito de esclarecer como ocorrerão as comunicações entre
os sensores, controladores e atuadores do sistema;
- “Avaliação de HRN – Depois” – onde o HRN é pontuado novamente após suposta
aplicação da solução proposta.
O documento de avaliação de risco divide-se basicamente em duas partes gerais: a
apreciação de risco – do “Registro fotográfico – Antes” à “Avaliação de HRN – Antes” e;
na Análise de Redução de Risco, que vai da “Análise de Categoria”, até a “Avaliação de
HRN – Depois”.
18
5.1 Registro fotográfico - Antes
19
Figura 17 - Risco 05 - Partes Móveis Figura 14 - Risco 06 - Eixo Passante
21
5.3 Avaliação do HRN - Antes
22
5.5 Soluções Propostas
Nos quadros a seguir serão mostradas as soluções propostas para mitigar os riscos
existentes. É possível perceber que em alguns casos é indicado apenas proteção físicas, em
outros é indicado o monitoramento destas proteções atráves de dispositivos eltrônicos, etc.
É importante destacar que as soluções previstas neste trabalho foram as mais gerais
possíveis, tendo a plena condição de reavaliação em alguns casos em que seja necessário
adotar uma medida diferente, por exemplo, escolhendo um material diferente para a
produção das proteções físicas.
Tais reavaliações serão descritas como “Sugestão” na seção subsequente a esta, onde
os materiais e dispositivos serão descritos seguindo a mesma ordem dos riscos como já vista
até então.
Note também que foram propostas apenas soluções aos riscos iminentes detectados
na avaliação de risco realizada neste trabalho e, deste modo, pensadas de maneira a se
enquadrarem nos requisitos da NR-12 e da proposta deste trabalho, conforme explicado na
seção 2.3 deste material.
23
Figura 21 - Descrições das soluções propostas por risco
Solução Proposta
Deverá ser instalada uma proteção física móvel que impeça o funcionamento do
torno enquanto a proteção estiver aberta. Esta proteção física deverá ser
monitorada por uma chave magnética e uma chave eletromecânica com retenção,
R. 01 - Placa de Castanha de maneira que a chave com retenção só libere o acesso quando for detectado
que o a placa esta totalemnte parada. Ambas as chaves devem estar ligadas em
duplo canal, monitoradas por uma interface de segurança e com um rearme
manual local, todos obedecendo o nível de desempenho requerido.
Deverá ser instalada uma proteção física móvel que impeça o funcionamento do
torno enquanto a proteção estiver aberta. Esta proteção física deverá ser
monitorada por uma chave magnética e uma chave eletromecânica com retenção,
R. 02 - Carro de Ferramenta de maneira que a chave com retenção só libere o acesso quando for detectado
que o a placa esta totalemnte parada. Ambas as chaves devem estar ligadas em
duplo canal, monitoradas por uma interface de segurança e com um rearme
manual local, todos obedecendo o nível de desempenho requerido.
Instalar proteção física fixa sanfonada com o objetivo de proteger as partes
móveis do fuso, as proteções devem ser mantidas em suas posições de maneira
R. 03 - Fuso permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção
ou abertura com o uso de ferramentas específicas, levando em consideração os
procedimentos de manutenção/inspeção do equipamento e ao Quadro I, II, III do
Instalar proteção física fixa de forma a não permitir o acesso direto às partes
móveis. A proteção deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou
R. 04 - Transmissão por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com
o uso de ferramentas específica, suas características devem estar de acordo com o
Quadro I, II e III do Anexo I da NR12.
Instalar proteção física fixa de forma a não permitir o acesso direto às partes
móveis. A proteção deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou
R. 05 - Partes Móveis por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com
o uso de ferramentas específica, suas características devem estar de acordo com o
Quadro I, II e III do Anexo I da NR12.
Deverá ser avaliada a necessidade real de uso do acesso, em caso de não uso,
poderá ser instalado uma proteção física fíxa, impedindo o acesso dos membros
superiores no ponto de risco. A proteção deve ser mantida em sua posição de
R. 06 - Eixo Passante
maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua
remoção ou abertura com o uso de ferramentas específica, suas características
devem estar de acordo com o Quadro I, II e III do Anexo I da NR12.
Recomenda-se a instalação chave seccionadora com suporte para cadeado (lock-
out/Tag-out), desta forma não será necessário abrir o painel para realizar o
seccionamento e bloqueio da fonte de energia. O risco residual existente foi
R. 07 - Bloqueio Loto
classificado como “Significante” uma vez que mesmo a máquina possuindo o
dispositivo adequado para o bloqueio da energia elétrica o acionamento do
mesmo depende da correta execução do procedimento (fator humano).
Os botões de parada de emergência devem ser ligados em duplo canal, possuir
retenção e monitorados por uma interface de segurança, sua descrição de função
deve estar em português e realizar o desligamento seguro da máquina quando a
R. 08 - Parada de Emergência
função de segurança for solicitada conforme categoria requerida pela apreciação
de risco. O sistema de parada de emergência deve possuir um botão de rearme
manual.
Deve-se substituir as chaves por botões ou chaves adequadas a NR12. Deve-se
R. 09 - Painel de Comando instalar botões de comando independentes para acionamento e parada da
máquina.
24
5.6 Esboço da solução proposta e comentários
5.6.1 Risco 01 – Placa de Castanha
Fonte: http://flextechsolucoes.com.br e
http://ab.rockwellautomation.com/pt/Sensors-Switches/
[Acessado em novembro/2017]
Neste caso onde o risco possui movimento e este movimento possui inércia, é necessario
a aplicação deste dispositivo. Uma vez que acionada a parada do motor elétrico, este continua
produzindo uma tensão residual, que diminui a medida que a velocidade também diminui.
O Speed Zero entra neste contexo exatamente nesta hora, monitorando a tensão residual e
garantindo que o motor esteja parado para acionar a condição de liberação das travas.
25
5.6.2 Risco 02 – Carro de Ferramentas
Fonte: http://flextechsolucoes.com.br e
http://ab.rockwellautomation.com/pt/Sensors-Switches/
[Acessado em novembro/2017]
Na figura 22 temos a proteção física móvel que deverá ser aplicada junto ao carro de
ferramentas da máquina. Esta proteção será monitorada pelos equipamentos apresentados ao
lado, conforme mencionado também no Risco 01.
Perceba que diferente do Risco 01, este não carece do uso do Speed Zero, uma vez
que o risco agora se trata apenas da projeção dos cavacos gerados na operação e este não
envolve inercia do ponto de risco da máquina.
26
5.6.3 Risco 03 – Fuso
Na figura 23 está representada um modelo de proteção física sanfonada, que deverá ser
instalada ao longo do fuso da máquina, esta deverá ser fixada com parafuso, conforme
mostrado na imagem ao lado, possiblitando sua remoção apenas com ferramenta específica,
conforme descrito na seção de soluções propostas.
Para o risco detectado nas engrenagens, foi proposto a aplicação de parafusos como
elementos de fixação, podendo ser removidos apenas com ferramenta específica. O caso
poderá ser reestudado caso seja necessário o acesso ao ponto de risco em maior frequência,
onde por exemplo, poderá ser instalada uma proteção semelhante aos riscos 01 e 02.
27
5.6.5 Risco 05 – Partes Móveis
Sugestão: neste caso onde o uso do torno é didático, pode ser estudada a hipótese das
proteções físicas serem fabricadas de policarbonato, com o intuito de facilitar a visualização
da operação.
28
Neste caso foi levado em conta a frequência de utilização desta ferramenta da máquina.
Visto que o torno é majoritariamente de uso didático e que o suporte para eixo passante é
apenas para fins de demostração e não de utilização, foi proposto a proteção física fixa,
porém, o caso deverá ser reestudado em caso de necessidade de maior frequência de acesso
ao risco.
Sugestão: neste caso onde o uso do torno é didático, pode ser estudada a hipótese das
proteções físicas serem fabricadas de policarbonato, com o intuito de facilitar a visualização
da operação.
29
5.6.8 Risco 08 – Parada de Emergência
Fonte: http://athoselectronics.com/botoeiras-tipos-e-aplicacoes/[Acessado em
novembro/2017]
31
tensão de funcionamento dos componentes de partida, parada, acionamento e controle deve
ser de até 25VCA, conforme item 12.36, item “b” da norma.
Na figura rotulada como “A”, temos uma chave magnética e uma chave com trava,
solução proposta para o Risco 01; no rótulo “B” temos exatamente a mesma solução, porém,
para o Risco 02. Tais tecnologias foram escolhidas com base nos itens 12.44, 12.45 e 12.46
da norma, que tratam de proteções móveis e instalações pertinentes as mesmas.
O item “D” da figura contempla o CLP de segurança, este foi definido obedecendo
os princípios básicos e definições do fabricante como equipamento da linha “Safety”. Estes
equipamentos possuem aplicações específicas para segurança por conta de sua estruturação
interna, que permite maior confiabilidade ao sistema, por conta da quantidade considerável
a mais de testes a que são submetidos. As duas características básicas para escolha da
interface são: se a aplicação é de segurança ou não e; quantidade de entradas e saídas
necessárias. Estes temas não serão abordados neste trabalho, visto que o objetivo é uma
porposta de solução e não um projeto detalhado.
O item “E” mostra o Speed Zero Relay, este tem como função o monitoramento da
parada do motor, conforme já mencionado no item 4.6.1 deste documento.
32
probabilidade de uma falha elétrica levar a uma condição insegura [Apresentação de
Segurança em Máquinas NR12” – (GRANO. E – 2015) – Material interno Schneider
Electric]. A ligação em redundância basicamente significa a instalação de dois componentes
para fim da mesma tarefa, deste modo, quando ocorre a falha de um, o outro pode continuar
executando a ação, sem que perca a condição segura da máquina até que alguma medida
corretiva seja tomada, sendo assim, a redundância se refere ao monitoramento mútuo dos
equipamentos instalados.
Note que assim como a escolha do CLP que é de linha de segurança, as chaves,
contatoras e relé de velocidade zero, também foram escolhidos nesta mesma linha. Entre
uma das vantagens dos componentes de segurança está a impossiblidade de burla, exigência
da NR-12 conforme item 12.24. Outro ponto importante a ser esclarecido a respeito dos
componentes da linha de segurança é a caracterísitica de auto-teste, característica também
definida na norma EN 602104-1 e na NR-12 como um teste realizado pelo próprio sistema
antes de começar o funcionamento, a fim de garantir que todos os componentes estão
funcionando da maneira correta.
33
5.8 Avaliação de HRN – Depois
34
5.9 Análise de Resultados - Comparativo entre pontuação de risco – ANTES vs
DEPOIS
35
6 CONCLUSÃO
Como é possível perceber, a avaliação de risco apresenta uma percepção geral dos
níveis de segurança que uma máquina pode ter ou não. Foram estudados os riscos gerais de
um torno mecânico, avaliado quantitativamente em nível de risco e segurança e feitas novas
avaliações com a suposição da instalação dos itens e suluções propostas para mitigar o riscos.
Ao final das análises de resultados, foi feita uma suposição (que não é feita
usualmente) e somadas todas as avaliações de HRN antes e de depois na máquina,
encontrando uma soma de 1057 pontos sem segurança, contra 52,4 pontos com a aplicação
da solução proposta, deste modo, foi notada uma melhoria considerável na avaliação do
risco, na ordem de 95 por cento, o que mostra o quanto pode ser eficiente uma avaliação de
risco feita com cuidado e seguindo as normas adequadas e padrões exigidos (frisando que
este somatório total não é feito – a avaliação risco é feita ponto a ponto, neste caso foi
aplicado apenas para fins “ilustrativos”).
Mesmo que fosse falado apenas em termos de lei, é fácil traçar um comparativo e
entender o verdadeiro significado de “O barato sai caro”. Para o acidente apenas com a perda
de um dedo polegar, exitem caso de indenizações com valores acima de
R$50.000,00(NUNES, I. Quanto vale um dedo polegar?. Disponível em:
<http://www.israelnunes.com.br/v1/2010/12/19/quanto-vale-um-dedo-polegar/> Acesso
em: 07/20/2017). Desde modo, foi pessível perceber que não é preciso de grandes acidentes
para ultrapassar em 5 vezes ou mais o valor da adequação de NR-12 de um equipamento.
É importante lembrar de quanto o assunto “segurança” é presente hoje em dia e, mais
ainda, do quanto se escuta falar diariamente sobre acidentes de trabalho em locais até mesmo
onde os operadores apresentam nível de experise elevado, com mais de 10 ou 15 anos de
trabalho em uma mesma máquina. Falar em segurança é muito mais do que uma cobrança
do governo; falar em segurança é falar em saúde dos trabalhadores e operadores, em gestão
de tempo e dinheiro, em melhoria contínua, em visão da saúde do próximo e em “empatia”.
Um plano de ação elaborado com análise técnica, com emabasamento teórico e
prático pode diminuir consideravelmente as chances de ocorrência de acidentes envolvendo
máquinas e equipamentos, o que enquadra o seviço de consultoria em NR-12 como
fundamental em qualquer estabelecimento que procure gestão de segurança.
7 REFERÊNCIAS
36
http://ab.rockwellautomation.com/pt/Sensors-Switches/Safety-Interlock-
Switches/Magnetically-Coded-Non-Contact-Interlock-Switches
http://ab.rockwellautomation.com/Sensors-Switches/Safety-Interlock-
Switches/TLS-GD2-Guard-Locking-Switches
http://athoselectronics.com/botoeiras-tipos-e-aplicacoes/
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-monitor-de-movimento-zero-de-
seguranca-zero-speed-szs-w-22-10002375243-manual-portugues-br.pdf
http://flextechsolucoes.com.br/produto/protecao-para-torno-tf400/
http://www.fastautomacao.com.br/site/nivel-de-desempenho-pl/
http://www.fixpacos.com/pt/produtos/parafusos/parafusos-rosca-metrica/parafuso-
rosca-de-metal-din-966-iso-7047-25/
http://www.israelnunes.com.br/v1/2010/12/19/quanto-vale-um-dedo-polegar/
http://www.knall.com.br/text/15476.html
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-sit-319-2012-anexoII.pdf
https://segurancadotrabalhonwn.com/nr-28-como-calcular-as-penalidades/
https://www.frenchgerleman.com/145972/Category/440R-Back-EMF-Monitors
https://mall.industry.siemens.com/
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-w22-motofreio-catalogo-tecnico-
50048538-catalogo-portugues-br.pdf
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interno Schneider Electric;
http://literature.rockwellautomation.com/idc/groups/literature/documents/br/glsafe-
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